Terça-feira
24 de junho
SICÔMOROS
Amós respondeu e disse a Amazias: “Eu não sou profeta nem discípulo de profeta. Eu cuido de gado e colho sicômoros.” Amós 7:14, NAA

O sicômoro é uma árvore cujo fruto é parecido com o da figueira, mas é inferior em qualidade. No passado, ele era consumido principalmente pelos mais pobres. Para que dê frutos, a árvore deve ser polinizada manualmente, e os frutos precisam ser furados ou cortados para que haja o aumento do gás etileno, responsável pela aceleração do processo de amadurecimento.

O profeta Amós era um homem simples que cultivava sicômoros. E Deus o chamou para denunciar a injustiça praticada contra os mais desfavorecidos em Israel, onde os justos eram vendidos “por prata”, e o pobre, “por um par de sandálias”; e “a cabeça dos necessitados” era pisada como “o pó da terra” (Am 2:6, 7). O livro de Amós é um dos maiores tratados contra a injustiça e a opressão que o mundo já conheceu.

Séculos após o ministério de Amós, um homem de pequena estatura física e moral subiu em um sicômoro. Como chefe dos publicanos, Zaqueu extorquia o povo judeu, devorando o salário dos pobres para aumentar seus lucros. Se vivesse nos dias do profeta, com certeza estaria entre os denunciados. Curiosamente, foi sobre um sicômoro que ele atendeu ao chamado de Jesus, que ecoava o chamado ao arrependimento feito séculos antes pelo profeta (Am 5:14).

Zaqueu não levou em conta seu status social e subiu como uma criança em uma árvore ligada à pobreza. Ele se humilhou sob a poderosa mão de Deus, e a salvação alcançou a sua casa (Lc 19:9). Ele foi colhido, pelo próprio Cristo, como o fruto de uma figueira-brava.

O mesmo pode acontecer em nossos dias. Pessoas corruptas podem ser alcançadas pelo evangelho. Sendo assim, convido você a orar por justiça e a interceder por aqueles que foram cativados pelos ganhos da corrupção. Cristo também estende Seu convite de salvação a eles.