Eu havia sido convidada para ser a representante dos pacientes em um grande hospital de reabilitação em Asheville, Carolina do Norte, Estados Unidos. Depois que nossos novos pacientes estavam no hospital por vários dias, eu os visitava para ver se eles estavam gostando da estadia ou se tinham alguma reclamação. 

Quando entrei no quarto de Julia, ela estava chorando e não conseguiu falar por alguns minutos. Eu disse a ela que trabalhava para o hospital e era a representante dos pacientes. Ela se recompôs e depois me contou sua história. 

Ela havia passado por um dia cansativo de terapia e estava exausta. Quando ela voltou ao quarto, disse que uma das enfermeiras havia falado duramente com ela. Minha resposta sincera foi: “Oh, sinto muito pelo que aconteceu com você”. 

Ela respondeu: “Bem, você não precisa se desculpar. Não foi culpa sua!” 

Então contei a ela algo que aconteceu com minha filhinha quando ela estava com três anos. Certo dia ela veio correndo até mim com o joelho esfolado, chorando como se seu coração fosse se partir. 

Eu imediatamente a abracei e disse: “Ó, querida, sinto muito”. Em meio às lágrimas, ela respondeu: “Mas você não fez isso, mamãe, fui eu.” 

A essa altura, Julia tinha um leve sorriso no rosto, e eu sabia que ela estava começando a entender por que eu havia lhe pedido desculpas. Ela disse que se sentiu muito confortada pelo meu pedido de desculpas, embora eu não tivesse nada a ver com o ocorrido pouco antes. 

Esse incidente me levou a pensar em Jesus quando estava pendurado na cruz. Se eu estivesse lá, quase poderia ouvir nossa conversa: “Terry, querida, sinto muito que você tenha que experimentar o pecado e todas as suas terríveis consequências.” 

Posso até me ouvir respondendo: “Mas, Você não fez isso, Jesus, fui eu.” 

Jesus não fez o pecado entrar em nosso mundo. Não é culpa Dele termos que supor- tar tanto sofrimento e dor, mas Sua morte nos dá uma nova vida. Algum dia viveremos com Ele no Céu para sempre! 

Você gostaria de estar lá também? 

Terry Wilson Robinson