Domingo
22 de setembro
SUCESSÃO
Meu servo Moisés está morto. Agora, pois, você e todo este povo preparem-se para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que Eu estou para dar aos israelitas. Josué 1:2

Enquanto escrevo essas linhas, é impossível encontrar um canal de TV ou site de notícias que não esteja divulgando o acontecimento que entristeceu o planeta: Elizabeth II, a rainha da Inglaterra, morreu. Seu reinado foi o mais longo da história do Reino Unido. Ela ocupava o posto desde fevereiro de 1952, quando sucedeu seu pai, o rei George V. Ela reinou durante 70 anos, sete meses e dois dias. Só para você ter uma ideia do que isso significa, enquanto ela esteve no trono, houve 14 presidentes dos Estados Unidos e sete papas. Além disso, 15 primeiros-ministros entraram em seu palácio, começando com Winston Churchill até Liz Truss. 

Acontecimentos como esse nos relembram um fato tão duro quanto verdadeiro: mesmo as grandes personalidades deste mundo passam. Até a rainha mais poderosa do planeta passou. É página virada. A Inglaterra tem um novo rei. A vida segue. Isso me faz voltar às palavras de Josué 1:2. Talvez esse seja um dos versos mais humilhantes da Bíblia. Foi o Senhor quem disse: “Meu servo Moisés está morto. Agora, pois, você e todo este povo preparem-se…” Essas palavras demonstram como somos passageiros e dispensáveis. O mundo continua girando mesmo depois de nosso último suspiro. 

Moisés foi o maior líder do povo de Israel. Mas, quando ele morreu, não houve um extenso protocolo de sucessão. O povo lamentou, mas, na cena seguinte, Josué já apareceu como o novo comandante. Logo a marcha em direção à Terra Prometida prosseguiu. Sabe por quê? Porque a garantia do cumprimento da promessa não estava na força de um líder, mas na palavra do Eterno. 

Moisés descansou. Josué também. O prêmio que coroará seus feitos está na eternidade. Mais que um sepultamento pomposo, Deus preparou para eles uma coroa inigualável. O povo de Deus continuou a caminhada, e estamos aqui. Chegou a nossa vez de cumprir a missão, com humildade e dependência, entendendo que somos instrumentos imperfeitos nas mãos de um Deus perfeito. Só Ele é indispensável.