Domingo
29 de dezembro
Suga sanguessuga
A sanguessuga tem duas filhas, e as duas se chamam: Me dá! Me dá! Há quatro coisas que nunca estão satisfeitas: o mundo dos mortos; a mulher sem filhos; a terra seca que precisa sempre de chuva; e o fogo de um incêndio. Provérbios 30:15, 16 (NTLH)

Lagoas paradas e rios de águas calmas são a morada preferida da sanguessuga. Lugares úmidos, onde há limo e lama também servem. É pequenina, com 1,5 centímetro, mas pode crescer até 15 centímetros. Quando está com a barriga vazia é tão fina como o grafite de um lápis. É parente da minhoca, mas diferente desta, que se contenta em comer terra, a sanguessuga tem um gosto vampiresco por sangue. Como não tem olhos, guia-se pelo cheiro ou pelo som. As ventosas localizadas nas duas extremidades, e três mandíbulas dotadas de dentes curvos a ajudam a se fixar. Gruda nos pés, nas pernas e nas pálpebras das pessoas.

Ao morder, a sanguessuga injeta duas substâncias na pele da vítima: uma para impedir a coagulação do sangue e outra para anestesiar o local da mordida. Depois que se agarra, só solta quando está quase explodindo de sangue. A transfusão da sanguessuga é vagarosa. Aos poucos, ela engole cinco vezes o próprio peso em sangue. Se você pesasse 45 quilos e comesse como uma sanguessuga seria capaz de almoçar, de uma só vez, 225 quilos de feijão. Não é pra menos que a digestão da sanguessuga chega a durar vários meses. Por causa do fluido anticoagulante, mesmo depois de retirada, a pessoa continua a sangrar por cerca de 24 horas.

Agur, autor de vários provérbios, citou a sanguessuga como exemplo de avareza. Disse que ela tem duas filhas: Dá, Dá (ARA). Devem ser gêmeas idênticas. Além disso, são feitas da mesma matéria da mãe, o sangue de suas vítimas: de bicho ou de gente. Nada satisfaz ao avarento. Quanto mais tem, mais deseja. A sanguessuga é, pois, um sócio à altura. O fogo, a terra, a sepultura e a madre estéril foram também citados por Agur, como elementos insaciáveis.

É bom estar contente com o que se pode ter, nas determinadas situações que a vida nos apresenta. Se temos saúde para estudar e trabalhar, façamos isso com alegria e moderação, com o objetivo de partilhar o que a vida nos dá. Avareza e egoísmo andam de mãos dadas. Bondade e amor, também. Além disso, nada supera em qualidade e quantidade a presença de Jesus em nossa vida.