Atarantar é perturbar; tarantela é um estilo de música e dança; Taranto é uma cidade ao sul da Itália e atarantado é uma pessoa tonta. Na Idade Média, tarantismo ou tarantulismo era uma doença provocada pela picada da tarântula. Segundo a lenda, além de febre e delírio, a vítima chorava e sorria histericamente; dançava até ficar banhada em suor e cair de cansaço. No dia seguinte, estava curada e não se lembrava do que havia acontecido.

Diziam também que as cores azul e negro apavoravam os pacientes, e verde e vermelho os acalmavam. Pior ainda, se uma pessoa ficasse olhando para um desses infelizes, também contraía a doença.

No século 14, surtos de tarantismo “contagiavam” centenas de pessoas, velhos e crianças, ricos e mendigos. Os ataques coletivos sumiam repentinamente, mas voltavam. A cura ocorria ao som de música violenta e ritmada, em compasso de 6 por 8. Os instrumentos eram o violino e o tamborim. Assim surgiu a tarantela, ritmo dos habitantes do Sul da Itália.

A epidemia atingia periodicamente a Espanha, Córsega e França. Até mesmo os ingleses e alemães, que não conheciam a tarântula, adotaram a moda. Diz-se que aldeias e cidades inteiras pulavam e gritavam ao som da música. As pessoas chegavam a abandonar suas casas e o trabalho e saíam a dançar pelos campos em um frenesi coletivo. Os pesquisadores da época terminaram culpando a pequena aranha com cara de lince, comum nos vales ensolarados da Europa, dando-lhe o nome de tarântula. Hoje, acredita-se que se tratava de epilepsia ou raiva, mas há também quem ache que tudo aquilo era fruto de fanatismo religioso.

Jesus curou muitas pessoas acometidas de epilepsia e outras doenças. Mas também eram comuns as manifestações espirituais do demônio, pois se ele tiver chance pode invadir a mente de uma pessoa.

Desnutrição severa e fraqueza mental são portas abertas para o demônio. Buscar os poderes do espiritualismo e da feitiçaria também. Mas Deus não permite que Satanás invada a mente dos que guardam os Seus mandamentos, mesmo que estejam fracos fisicamente. Foi Jesus quem disse: “As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu as conheço, e elas Me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da Minha mão” (João 10:27, 28).