Estávamos voltando para casa depois de um fim de semana na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Depois do compromisso na sexta-feira à noite e no sábado o dia inteiro, resolvemos sair logo após o almoço no domingo.
Já havíamos percorrido uns 80 quilômetros quando meu marido percebeu que o GPS começou a insistir para que ele fizesse um retorno equivalente a 23 quilômetros. Como não conhecia muito bem o caminho, ele ficou em dúvida. Será que deveria obedecer ao aparelho? A estrada estava tão boa, bem pavimentada e parecia nos conduzir à direção certa. Quando nos aproximamos do ponto de retorno, ele teve que tomar uma decisão. Felizmente, ele optou por retornar. Foi então que vimos os nomes nas placas e entendemos que estávamos de fato indo na direção errada. Se tivéssemos avançado mais, teríamos ficado ainda mais distantes do nosso destino.
Essa experiência me ajudou a entender um pouquinho como funcionam as nossas escolhas. Quantas vezes tomamos decisões erradas, à semelhança daquela estrada, e ainda esperamos chegar ao lugar certo. Mesmo com todos os indicativos (conselhos de familiares, amigos, a Bíblia e até a voz do Espírito Santo) insistimos em prosseguir. O resultado? Acabamos sofrendo as consequências e muitas vezes temos que pagar um alto preço por nossa teimosia.
Certa ocasião um amigo pastor fez um sermão muito interessante sobre escolhas. Ele mostrou, usando algumas ilustrações bem práticas, o efeito das decisões – mesmo as mais simples e aparentemente insignificantes – sobre determinados fatos que mudaram o rumo da história em eventos mundiais. Várias vezes, ele repetiu a mensagem de que temos controle sobre nossas decisões, mas não o controle sobre as consequências delas. E isso se aplica a todos os aspectos da nossa vida. Só estaremos seguras se sempre nos submetermos à vontade e aos planos de Deus.
O ano está novamente chegando ao fim e, com certeza, muitas resoluções serão tomadas. Agora, mais do que em qualquer outro tempo, é o momento de avaliarmos nossas escolhas e corrigirmos a rota para que não prossigamos na estrada errada, esperando chegar ao destino certo.
O Senhor prometeu nos guiar em cada detalhe da nossa vida. Ele deseja tornar o próximo ano o melhor de nossa jornada aqui. Que tenhamos sensibilidade para ouvir a Sua voz e coragem para mudar de direção se estivermos no caminho errado. Lembre-se de que o melhor da viagem sempre é chegar ao destino certo.
Neila D. Oliveira