Quinta-feira
02 de novembro
Ter a alegria de Deus – apesar de…
O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22, ARA

Era uma bela manhã de sábado; eu sentia uma primavera extra em meus passos energizados pelo calor do sol, pelo céu azul, o ar fresco e o ambiente tranquilo ao meu redor. Meu coração louvava a Deus por Suas muitas bênçãos. Eu me achava à frente da congregação, dirigindo o louvor durante o culto. Estávamos cantando os belos hinos que apontavam para Sião, cânticos de esperança e ânimo, a fim de erguer os olhos e pensamentos para além dos cuidados desta vida. No entanto, ao olhar o rosto da maioria dos que ali se congregavam, notei que muitos não mostravam a mesma disposição mental feliz que eu tinha. Cantavam, mas seu semblante parecia triste e inexpressivo, como se ninguém se importasse com eles, como se ninguém os amasse, como se ninguém compreendesse sua infelicidade.

Parei no meio do cântico e mencionei a eles o que eu acabara de observar. Lembrei-lhes que a alegria do Senhor é a nossa força, que devemos deixar nossos fardos com Jesus e saborear as bênçãos do belo dia de sábado – e cantar com ação de graças no coração.

Após o culto, continuei a refletir sobre a falta de alegria e riso que muitos de nós experimentamos. Li um artigo, certa vez, afirmando que os bebês riem aproximadamente 400 vezes em um dia, em comparação com os adultos que riem, em média, 15 vezes ao dia. Não é de admirar que Jesus tenha dito que, a não ser que nos tornemos como crianças, não entraremos no reino do Céu ou em seu clima alegre e agradecido. “Então a nossa boca encheu-se de riso, e a nossa língua de cantos de alegria. […]. Sim, coisas grandiosas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl 126:2, 3).

Não faz muito tempo, após uma grave crise de saúde, eu estava sentada em uma cadeira de rodas no aeroporto, esperando minha vez de ser transportada até o avião. Era minha primeira vez usando esse tipo de transporte. De repente, as lágrimas começaram a fluir enquanto eu pensava sobre quanto da minha mobilidade se perdera. Sentia-me frustrada por ter que depender de alguém. Será que teria de volta minha plena mobilidade? Essa era outra cruz, acrescentada às muitas que eu já carregava. Então, ali mesmo, Deus falou comigo: Sonia, Minha graça é suficiente para você; seja agradecida pela cadeira de rodas. Enxuguei as lágrimas e dei graças e louvores a Ele, por Suas muitas bênçãos. Desde então, tenho animado outras pessoas a serem mais alegres no Senhor, apesar das circunstâncias. Sim! Ainda preciso de cadeira de rodas quando viajo – louvado seja o Senhor! Qual é o motivo de sua gratidão e qual o motivo de seu louvor a Ele hoje?

Sonia Kennedy-Brown