Vestida para ir à igreja na manhã de sábado, em maio de 2001, eu caminhava depressa pelo corredor do hospital quando avistei um colega de faculdade que eu não via fazia muitos anos. Chamei-o pelo nome. Ele parou para me cumprimentar e me perguntou por que eu estava no hospital.
Expliquei-lhe que estava com câncer e que estava ali para receber uma injeção a fim de aumentar minha contagem sanguínea, que caíra durante o tratamento. “Daqui vou para a igreja”, eu disse. “E você?” Não recebi uma resposta muito clara antes de nos separarmos.
Nove anos mais tarde, meu esposo (que hoje é falecido) e eu encontramos esse mesmo colega num programa de ex-alunos da universidade. Deixei os dois homens conversando e me afastei para cumprimentar outros amigos.
Mais tarde, naquela noite, no apartamento de minha mãe, meu esposo e eu estávamos comentando sobre os eventos do dia e as muitas pessoas que tínhamos visto. Durante a conversa, meu esposo disse: “Por falar nisso, aquele seu colega da universidade deu a entender que ele gostaria que você assistisse a um seminário que ele está dirigindo sobre o consumo e abuso de drogas. Parece que, quando ele a encontrou nove anos atrás, no corredor do hospital, ele estava indo fazer algum negócio ilegal relacionado com drogas. Ele disse que aquele encontro com você foi o ponto da virada na vida dele. Ele disse a Deus: ‘Veja o que estou fazendo com a minha vida, e mesmo assim estou bem, com saúde. Essa minha colega não fez uso de drogas, e está sofrendo com o câncer – mas com tanto otimismo!’”
Então meu colega contou ao meu esposo que ele confessou a Deus os seus hábitos destrutivos e orou: “Ajuda-me a fazer algo positivo com a minha vida”. Agora, ele está dirigindo seminários para dependentes químicos e quer que eles conheçam a pessoa que Deus usou para ajudá-lo a sair do seu poço de pecado.
Assim como aconteceu com esse colega, Deus permite em nossa vida circunstâncias para ensinar lições que nos despertem para nossa verdadeira condição. O efeito que aquele breve encontro exerceu sobre meu colega me fez lembrar de que nunca sabemos quem nos está observando ou como nossa vida pode afetar os outros. Resolvamos, hoje, permitir que Deus viva em nós – para a Sua glória e para ajudar outros no caminho em direção à cruz.
Ruby H. Enniss-Alleyne