“Pastor, meu marido me deixou! Este mês completaríamos 43 anos de casados. Éramos um casal feliz até aparecer na vida dele uma garota de 19 anos. Ele se encantou com a moça e passou a dizer que não me amava mais. Então saiu de casa. Eu não sei o que fazer. Como posso esquecer um amor de 43 anos? Ele era diácono na igreja. Em casa, um bom pai e um bom marido. Nossa vida era tranquila, mas ele permitiu que o inimigo destruísse nosso lar.” Naquela tarde, eu (Ailton) orei com aquela senhora. A mulher havia entregado o coração e a vida a um homem que a tinha deixado para trás. Ela, que esperava envelhecer ao lado do companheiro, teria que lidar com a decepção do abandono dali para frente. Como consolar aquele coração ferido? Só Deus! Afinal, de quem foi a culpa? Da rotina monótona que desgasta os relacionamentos? Da beleza e encanto de outras mulheres que despertaram no marido o desejo de viver uma aventura amorosa? Da esposa cuja juventude o tempo roubou? Claro que não! Ela havia dedicado os melhores anos da vida dela ao homem a quem amava. Ele, por sua vez, decidiu agir como um “rapaz sem juízo” que se porta “como o boi levado ao matadouro, ou como o cervo que vai cair no laço até que uma flecha lhe atravesse o fígado, ou como o pássaro que salta para dentro do alçapão, sem saber que isso lhe custará a vida” (Pv 7:7, 22, 23).

A vida está repleta de casos desse tipo. Pessoas solteiras e casadas se deixam enlaçar pelas tentações sexuais e, com isso, detroem famílias e sonhos. Essa tem sido uma “atração fatal” para muitos, uma grande armadilha do inimigo. Leva a um círculo interminável de decepção, ódio, mentira e traição. Um dia, o interesse romântico acaba, então a graça e o desejo desaparecem. Fica apenas a essência do que você é. Só permanecem em sua vida as pessoas que verdadeiramente o amam. Sob a pressão das circunstâncias, revela-se o caráter de cada um.

Você já experimentou a dor de ser deixado para trás? Ou já pôs alguém nessa difícil situação? Infelizmente, enquanto vivermos neste mundo, estamos sujeitos a tudo. Deus é o único que jamais nos abandonará! “Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, Eu não Me esquecerei de você!” (Is 49:15).