Trovão não é relâmpago! – explicou o meteorologista. Enquanto o relâmpago é o clarão que vemos, o trovão é o estrondo que ouvimos alguns segundos depois. O trovão é uma consequência das descargas elétricas de uma tempestade.
Se pudéssemos “ver” um trovão, ele seria parecido com gigantescas ondas de som propagadas pelo ar. É como se o relâmpago fosse uma faísca elétrica em um barril de pólvora, e o trovão fosse o som da explosão.
A Bíblia, em diversas passagens, associa trovões e relâmpagos à descrição do trono de Deus. Os trovões parecem ocorrer especialmente quando o Senhor faz um pronunciamento. Essa é uma forma que as Escrituras utilizam para nos apresentar o poder estrondoso da voz do Altíssimo. Quando o Todo-Poderoso fala, o Universo inteiro se cala diante Dele.
A comparação que os profetas fizeram entre a voz de Deus e um trovão também serve para mostrar que, devido à nossa pequenez, temos dificuldades para entender até mesmo o que Ele sussurra. Foi por isso que os israelitas pediram a Moisés que lhes falasse no lugar de Deus, pois seu pavor não lhes permitia sequer entender as palavras do Altíssimo.
Em outra ocasião, Jesus estava conversando com algumas pessoas, quando Se dirigiu a Deus, pedindo que Seu nome fosse glorificado. Imediatamente, o Pai falou do Céu: “Eu já O glorifiquei e ainda O glorificarei” (Jo 12:28). Jesus entendeu as palavras, mas o povo ouviu um trovão.
A capacidade de Cristo em entender as palavras que outros pensavam ser um ruído ensurdecedor não era uma peculiaridade Dele. Não foi por Sua divindade que o Filho entendeu a voz do Pai, e sim por Sua comunhão com Deus, algo que todos podemos ter se entregarmos genuinamente o coração a Ele. A prova de que isso é possível está no fato de outros, como Moisés e João, também terem ouvido o estrondo do timbre de Deus e mesmo assim entendido o que Ele dizia.
Portanto, o que para os outros será um trovão ensurdecedor, para aquele que está em comunhão com Deus será um sussurro do Seu poder, dizendo com ternura: “Filho, dá-me o seu coração.”