Ela estava com a cabeça baixa e os olhos parcialmente cerrados, mal olhando para o caminho, pois tinha medo de ser notada. Assim, caminhava timidamente até seu destino. Sua missão era chegar ao lugar pretendido e sair o mais rápido possível. Por isso, ela estava concentrada, dirigindo toda a sua energia em cumprir seu objetivo, quando, de repente… Ela se assustou com uma voz masculina.

Ela moveu o véu ligeiramente para o lado e levantou a cabeça, imaginando quem seria aquele homem. Os pensamentos aceleraram e ela pensou no horário. Será que tinha errado no cálculo? Será que não era meio-dia? Além disso, pensou, os homens não vêm ao poço para tirar água. Geralmente, são as mulheres e as moças que vêm. Então, o que este homem está fazendo aqui?

Quando voltou à realidade, saindo dos seus próprios pensamentos, a mulher ficou intrigada ao ver um homem sentado na beira do poço, pedindo:

– Você pode me dar um pouco de água, por favor?

Ela olhou em volta e percebeu que só havia eles dois ali. Ele deve estar falando comigo, ela pensou. Seus olhares se cruzaram. Ela percebeu o olhar bondoso dele. Reparou em suas feições. Suas roupas. Ele não pertencia ao seu povo.

– Suas roupas e seu jeito denunciam que você deve ser judeu! Será que você não notou que sou samaritana? Ainda assim, você está me pedindo água do poço do nosso pai Jacó. Será que você não vê a ironia desta situação? Os judeus nos odeiam tanto que sempre cospem no chão quando passam acidentalmente perto de nós. Mesmo assim, você está pedindo água a mim que sou uma mulher samaritana?

Mas Jesus entendeu quem era aquela mulher com um ardente desejo espiritual.

Quero convidar você a se unir ao clube das pessoas comuns, falhas, famintas, sedentas que são atraídas pelo incrível amor e graça de Jesus. Assim como João, o discípulo amado, nós também podemos afi rmar que somos “amadas do Pai”. Quero convidar você a beber da água do poço que nunca seca, de onde um único copo irá saciar a sua sede espiritual e transformá-la para que você possa passar toda a eternidade com o Deus vivo.

Avis May Rodney