Fiquei muito emocionada quando meu marido, que é pastor ordenado, recebeu sua carta de admissão de uma universidade no Zimbábue para continuar seus estudos, depois de 15 anos de ministério pastoral, sendo 12 deles comigo ao seu lado. A essa altura, já tínhamos quatro filhos adultos. Logo fomos informados de que, durante os estudos do meu marido, receberíamos meio salário e que a igreja nos daria apoio financeiro adicional. Também estávamos economizando para que ele pudesse continuar estudando. Por fim, quando concluímos os preparativos, voamos do Quênia para o Zimbábue.

Rapidamente, fizemos vários amigos no campus. Tudo correu muito bem durante os dois primeiros anos. Entretanto, no início do nosso terceiro ano, a situação mudou drasticamente. Não só tínhamos usado todo o dinheiro que havíamos economizado no Quênia para os estudos, mas também – por um motivo ou outro – não estávamos recebendo o apoio financeiro prometido pela igreja. Esses fatores levaram a uma grave crise financeira. Veja bem, além de meu marido trabalhar arduamente para tirar boas notas, ele também trabalhava dia e noite para suprir
as necessidades da nossa família e para arcar com suas mensalidades escolares. Eu não tinha outra opção a não ser apoiá-lo em tudo o que ele fazia. Por isso, orei muito por ele. Formei um grupo de oração com minhas amigas de fé: a Sra. Mugadza, a Mama Hope e a Night. Eu compartilhava meus pedidos de oração com elas, que sabiam o quanto eu estava me esforçando para arrecadar dinheiro a fim de ajudar a suprir as necessidades da nossa família.

A experiência mais inesquecível durante esse período foi quando nosso estoque de comida acabou. Eu perguntei ao meu marido como iríamos sobreviver.

Ele me disse que Deus proveria. No fim daquele terceiro dia, fui convocada para me encontrar com alguém. Quando cheguei, disseram-me que um bom samaritano havia se oferecido para nos alimentar pelo próximo ano inteiro, e ele o fez!

Querida amiga: “Porque, se o meu pai e a minha mãe me abandonarem, o SENHOR me acolherá” (Sl 27:10). Como é verdade que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Sl 46:1)!

Que possamos sempre confiar Nele, independentemente das dificuldades que sofrermos.

Naomi N. Otore