Tenho lembranças muito boas do meu avô Francis, mas não sei qual é a minha primeira memória dele. Não sei se foi ele liderando um culto de pôr do sol numa sexta-feira ou ele selando seu burrinho para ir à fazenda. A verdade é que ele estava sempre ocupado.
Cresci cercada pela família do meu pai. Meus pais se separaram quando eu era bem pequena, e, de alguma forma, nós, as três filhas, acabamos sendo criadas pelo clã dos Francis. Assim, tudo o que aprendi sobre o mundo espiritual foi com meu avô. Lembro-me de muitos cultos de pôr do sol que eram feitos dentro do quarto dele. Também tinha o coral da família, que era ensaiado e regido por quem? Sim, você acertou, pelo vovô Francis. Sorrio quando me lembro daqueles ensaios. As canções tinham que ficar perfeitas, segundo o critério do vovô.
Quando criança, eu sabia que meu avô era cego. No entanto, em meio à sua escuridão pessoal, ele conseguiu me mostrar a luz de Jesus. Ele era muito ativo. A falta de visão do meu avô não o impedia de cultivar sua fazenda e sustentar sua família. Ele era um homem de fé, que se dedicava ao serviço do Senhor. Outro legado de fé que ele me deixou foi o de chegar cedo na igreja. Ninguém, nem mesmo sua preciosa esposa, Lynn, podia fazer com que ele chegasse atrasado ao seu compromisso com Deus. Décadas depois de sua morte, ainda tenho em mente os valores que o vovô Francis me passou. Na verdade, tento levar adiante o legado da fé em Jesus do meu avô. Assim como ele, vivo na expectativa da volta de Cristo, quando poderei me reunir com meus entes queridos.
As palavras do primeiro hino que cantei com o coral da minha família ainda me animam:
“Oh! Nunca separar!
Não, nunca separar!
Iremos com Jesus reinar.
E nunca mais nos separar!”
Hoje, quero desafiá-la a viver de acordo com o legado de fé que você recebeu e a aprimorar ainda mais sua fé, pela graça de Deus, enquanto se esforça para transmiti-la às gerações seguintes.
Andrea K. Francis