Lidar com a papelada sobre a mesa é uma das minhas tarefas menos apreciadas. Então, quando não foi mais possível adiá-la, prometi a mim mesma que faria o trabalho até concluí-lo e não permitiria que nada me atrapalhasse. Eu estava começando a ver algum resultado quando um dos meus cílios escapou e pousou dentro do meu olho. Foi necessário apenas um minúsculo cílio para que tudo o que eu estava fazendo viesse a parar por completo. Foi quando concluí que “pequeno” não significa necessariamente desimportante. Coisas pequenas impactam a vida mais do que imaginamos.
Eva deu uma mordida no fruto proibido e mudou o mundo para sempre. Uma pedrinha na funda de Davi matou um gigante que ninguém mais conseguira vencer. Esaú comeu uma tigela de guisado de lentilhas e perdeu seu direito de primogenitura. Um garoto entregou seu lanche a Jesus, e o Senhor o usou para alimentar mais de cinco mil pessoas.
Deus nos confia o poder de mudar vidas por intermédio daquilo que fazemos ou dizemos, mesmo que despretensiosamente. Com esse privilégio, vem uma responsabilidade.
Mesmo quando, aparentemente, temos pouco a oferecer, podemos combinar nossos dons ou talentos com os de outras pessoas para fazer uma diferença positiva.
Anos atrás, quando alguém da família da nossa igreja estava passando por um momento difícil financeiramente, membros ajudaram a pagar uma conta, comprar medicamento e oferecer dinheiro para a gasolina. Às vezes, isso exigia um razoável sacrifício da parte de uma pessoa. Então alguém sugeriu que, se cada família pudesse contribuir com um dólar por mês, essas doações iriam para um fundo de ajuda a membros da igreja nesse tipo de emergências. Nós o chamamos de Fundo para a Família da Igreja. Embora tenha mudado com o tempo, com diferentes famílias acrescentando um pouquinho, esse fundo ainda ajuda pessoas hoje.
Deus abençoará o menor ato de bondade, porque Seu nome é glorificado.
Talvez, Ele deseje nos lembrar que “pouco” não signifique, necessariamente, algo insignificante.
Márcia Mollenkopf