Certo dia, quando meu esposo retornou de uma viagem missionária, anunciou que havia trazido um presente para mim. O presente era uma garotinha que precisava de um lar. Imediatamente, eu a abracei e beijei. A menina estava encantada por encontrar um lar no qual todas as suas necessidades seriam supridas, mas não estava realmente pronta para desaprender os dez anos anteriores de sua criação. Começamos, imediatamente, a ensinar-lhe inglês. Nós lhe ensinamos as matérias da escola em casa, até que ela atingisse o nível de sua série.
O lugar mais complicado para ensiná-la era a igreja, onde ela achava difícil ficar quieta. Muitas vezes, eu lhe dava uma cutucada quando se fazia necessário um lembrete. Ela me ignorava. Então eu a beliscava de leve. Diante disso, ela corria para a extremidade do banco, sabendo que eu não a alcançaria ali. Não se importava em me deixar constrangida. No entanto, devo dizer que ela cresceu e me trouxe muita alegria. Em nossa família, damos uns aos outros uma leve cutucada quando alguém precisa de ajuda em público. Uma rápida cutucada, uma palavra gentil, para ajudar a melhorar uma situação ou um comportamento.
Na Bíblia, o próprio Deus diz que vem a nossa porta e bate levemente. Quando nós O amamos, com alegria ouvimos a Sua voz e Lhe damos as boas-vindas ao nosso coração. E que momentos agradáveis passamos juntos, conversando e comungando!
Após a grande vitória de Elias sobre os profetas de Baal no monte Carmelo (1Rs 18), Deus tinha mais trabalho para Elias realizar. Entretanto, temendo a vingativa rainha Jezabel, ele fugiu para o deserto. Dias após a fuga, o exausto profeta desabou, pedindo que Deus o deixasse morrer. Em vez disso, Deus permitiu que o mensageiro dormisse. Então enviou um anjo para alimentar o faminto profeta. O anjo se aproximou de Elias com “um suave toque e delicada voz” que transmitia “terna piedade” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 166). No monte Horebe, Deus poderia ter dado ordens a ele por meio do vento, de terremotos e do fogo. Em vez disso, Deus escolheu Se revelar com uma “voz mansa e delicada”. O temor de Elias desapareceu. Voltou a sua confiança. Ele retornou ao trabalho até Deus o levar para casa, para o Céu – que é o lugar para onde deseja nos levar também, algum dia.
Enquanto isso, permaneçamos atentas e obedientes às meigas cutucadas do Espírito Santo de Deus. Vamos abrir a porta do coração para um íntimo e eterno companheirismo com Ele.
Birdie Poddar