Não sei qual é sua fruta preferida, mas são tantas as variedades que muitas vezes temos duas ou três preferências. Só com a letra “m”: mamão, murici, melancia, manga, mangaba, melão, mirtilo, mexerica, mangostão e maçã. Ao escolher uma fruta sempre pegamos as mais bonitas e que não estejam amassadas ou murchas. Frutas nesse estado têm gosto ruim. Há, porém, uma fruta que não segue esse padrão: o maracujá.
Ele é nativo em nosso país e, como a videira, cresce escorado em cercas. Sua flor roxa é apreciada pela mamangava, e sem a ajuda desse inseto a planta não produz. É bom deixar pedaços de madeira velha nas plantações, visto que as mamangavas gostam de morar neles. O suco do maracujá é tranquilizante e relaxante natural, por causa de uma substância chamada passiflorina.
Quando o maracujá amadurece, cai do pé e começa a perder água rapidamente. É por isso que a casca murcha e fica com uma péssima aparência. Quem não conhece pensa que está estragado. Ao partir a fruta, porém, percebe-se que o sabor e o cheiro estão intactos. Na realidade, o fato de a casca murchar concentra o sabor.
Se o apóstolo Paulo conhecesse o maracujá, teria feito a comparação que vamos fazer agora. Por causa do pecado, é natural que a força de nosso corpo diminua. A pele fica mais flácida, os cabelos caem, a audição diminui e a visão enfraquece. Você não precisa se preocupar com essa depreciação toda, pois ainda está crescendo. Mas olhe o maracujá. Velho e murcho por fora e perfeito por dentro.
É assim também com os amigos de Jesus. Eles são alegres e felizes, pois têm esperança. A ressurreição, a segunda vinda e a nova Terra. É a expectativa que temos que faz de nós o que somos. “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2 Coríntios 4:18).