A solidão é um sentimento familiar. Em algum momento, todos nos sentimos solitários. Quando esse sentimento bate à porta e tira de nós o pouco de coragem que nos resta para pedir auxílio, nossas forças diminuem a ponto de correr-mos o risco de ser levados ao desânimo e à apatia.

De todas as formas de solidão, a pior é aquela que condena ao isolamento em meio à multidão. Cidades grandes são capazes de levar pessoas a viverem esquecidas em meio ao frenesi, o que torna o quadro ainda mais cruel. Em casos extremos, a solidão nos faz sentir desprezados e até culpados por não fazer parte de algum círculo social. Um estranho senso de desânimo desperta o desejo de fugir sem saber para onde. É triste ver a vida passar e não se sentir parte dela. Não nos sentirmos amados nos faz definhar aos poucos.

Quando Jesus foi preso e levado a julgamento, Pedro acompanhava todos os Seus passos, porém de longe. Em determinado instante, alguém o viu sentado à beira de uma fogueira, aquecendo-se, e o reconheceu como um dos discípulos de Cristo. Estranhamente, Pedro começou a pronunciar palavrões para que ninguém achasse que ele era amigo Daquele que daria a vida por ele. Diante da fuga e negação de Seus discípulos, quão solitário Jesus deve ter Se sentido!

Nosso Salvador entende o desânimo dos que se sentem sós. Aos solitários, Ele dirige palavras de empatia e conforto: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:20). Com as palavras mais doces e oportunas, afirma: “Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e Eu lhes darei descanso” (Mt 11:28).

Cansados de ser iludidos, de lutar sozinhos, de ser passados para trás e de chorar, entendemos que mais importante do que sair da solidão é nos livrarmos da necessidade de depender de outros para sermos felizes. Como cristão, você não precisa continuar sozinho. Você não está só. Cristo está a seu lado! Abra os olhos da fé e agradeça a Deus essa maravilhosa promessa.