O capítulo 11 de Hebreus é geralmente chamado de “a galeria dos heróis da fé”. Gosto muito dessa definição e acrescentaria ainda um subtítulo: “Eles viram o que ninguém viu.” Imagino até um programa de entrevista em que todos esses heróis estariam sentados à mesa, e o apresentador perguntaria: “Como vocês conseguiram fazer tudo aquilo?” Provavelmente um deles, talvez Moisés, levantaria a mão e diria: “O Senhor nos deu uma visão, e nós fomos fieis. Ele fez o resto.”
Todos os personagens de Hebreus 11 foram pessoas visionárias, homens e mulheres de fé e coragem, que enxergaram além das circunstâncias e partiram em busca da realização dos seus sonhos, ou melhor, dos sonhos de Deus. Eles viam o invisível!
É interessante notar que todas as realizações neste mundo começam com uma visão. O artista “vê” primeiro a sua obra na mente e depois a coloca em prática. O arquiteto imagina um prédio e depois faz o esboço em um pedaço de papel. O compositor cria a melodia em seu interior e depois a anota em uma partitura. Quer escrevendo, compondo ou decorando um ambiente, não há como evitar a visão imaginativa.
No âmbito religioso não é diferente. Grandes coisas para o Senhor começam quando assimilamos a visão Dele em nossa vida. Foi assim com Moisés. Mesmo fugitivo no deserto de Midiã durante 40 anos, ele não perdeu a esperança de que Deus o usaria para libertar o povo de Israel do Egito. Quarenta anos? É muito tempo! Não para aqueles que veem o invisível.
Gosto de pensar naqueles que fizeram algo quando ninguém via possibilidades. Hudson Taylor, por exemplo, desejou proclamar o evangelho na China, e essa visão resultou na conversão de mais de 18 mil pessoas naquele país. Dwight Moody criou o Instituto Bíblico Moody, que já formou milhares de missionários pelo mundo. Amy Carmichael sonhou em resgatar jovens da violência e da prostituição na Índia. Seu ministério resultou na publicação de 35 livros e na salvação de milhares de jovens.
E você? Qual é o seu legado? Sugiro que comece com uma visão. Veja aquilo que ninguém viu ainda.