O povo de Deus tem sido, em muitos aspectos, extremamente falho. Satanás possui um exato conhecimento dos pecados que ele os tentou a cometerem, e apresenta esses pecados como exageradamente graves, declarando: “Irá Deus banir a mim e a meus anjos de Sua presença e, contudo, recompensar os que são culpados dos mesmos pecados? Não podes, ó Senhor, fazer isso com justiça. Teu trono não se achará baseado em justiça e juízo. A justiça requer que seja pronunciada sentença contra eles”.
Entretanto, embora os seguidores de Cristo tenham cometido pecado, não se entregaram ao domínio do mal. Abandonaram os pecados e buscaram o Senhor com humildade e contrição, e o Divino Advogado pleiteia em seu favor. Aquele que mais maltratado foi pela ingratidão de Seu povo, que conhece os pecados deles e também o arrependimento que eles manifestaram, declara: “‘O Senhor te repreenda, ó Satanás.’ Eu dei a vida por essas criaturas. Acham-se gravadas nas palmas das Minhas mãos”. […]
Ao afligir o povo de Deus seu coração perante Ele, suplicando pureza de caráter, é dada a ordem: “Tirai-lhes as vestes sujas”, e proferem-se as palavras animadoras: “Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes” (Zc 3:4). As imaculadas vestes da justiça de Cristo são colocadas sobre os provados, tentados, mas fiéis filhos de Deus. Os desprezados remanescentes são vestidos de vestes gloriosas, que nunca mais serão manchadas pelas corrupções do mundo. Seus nomes são retidos no livro da vida do Cordeiro, registrados entre os fiéis de todos os séculos. Resistiram aos ardis do enganador; não foram demovidos de sua lealdade pelos rugidos do dragão. Acham-se agora eternamente seguros dos ardis do tentador. Seus pecados são transferidos para o originador do pecado.
Os remanescentes são não só perdoados e aceitos, mas também honrados. […] Serão como reis e sacerdotes para Deus. Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que ninguém pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 474-476).