Trabalhei arduamente, planejando minha repleta agenda duas semanas antes do Natal. Ignorei o modo como me senti durante o fim da semana. No sábado à noite, comecei a sentir dores excruciantes na parte inferior das costas. Coloquei a culpa no colchão, por ser macio demais, e passei o restante da noite dormindo no chão. No domingo de manhã, eu tinha a responsabilidade de dirigir estudos bíblicos para juvenis encarcerados. Fui de carro à instituição e concluí o estudo enquanto escondia minha dor. Tive forças apenas para voltar para casa e me arrastar até o chão, com dor. Permaneci ali até o momento de ir trabalhar na segunda-feira de manhã.
Enquanto caminhava, meus passos eram mais vagarosos, e a dor mais forte. Ficou claro que eu precisava ir ao pronto-socorro e consultar um médico. Quando cheguei à sala de consultas da clínica, a enfermeira mediu minha pressão. Estava em 90/54, e caindo. O médico veio imediatamente, fui colocada numa cadeira de rodas e levada para a triagem. Os exames de sangue revelaram uma sepse (infecção sanguínea com potencial de ameaça à vida) e uma pedra anormalmente grande no rim. Então fui levada de ambulância para o hospital, naquela noite. Ao chegar, fui informada de que um urologista me esperava na sala de cirurgia para inserir um stent no meu rim. Enquanto os enfermeiros e o anestesista me preparavam para o procedimento, o médico me olhou e perguntou: “Você entende que isso pode ser fatal? Por que demorou tanto para consultar um médico?”
Tive uma sensação de muita paz e calma. Sim, eu sabia que havia sido insensata ao colocar meu trabalho e meu ministério diante da minha saúde. Contudo, Deus nos ama tanto que nos salva embora não o mereçamos.
A infecção cedeu após uma semana de medicação e internação hospitalar. No dia seguinte ao Natal, a pedra no rim foi cirurgicamente removida. Embora tivesse que tirar uma licença do trabalho por dois meses, a misericórdia de Deus me salvou, e sou grata por uma nova oportunidade de servir ao Senhor.
Qual é o motivo de sua gratidão neste final de ano?
Charlene M. Wright