Terça-feira
27 de agosto
Vida de cobaia
Jesus Cristo, que é a Testemunha Fiel, o Primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da Terra. Ele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do Seu sangue. Apocalipse 1:5

Os animais sempre foram vítimas do ser humano. Eles pagam pelo progresso industrial, pelo avanço urbano e até por nossas doenças. Eles são heróis anônimos de laboratórios, usados por homens e mulheres que recebem prêmios. As cobaias vivem em biotérios onde ajudam na produção de vacinas e em pesquisas. Nenhum remédio é dado a uma pessoa antes de ser testado em um animal.

Os macacos foram os primeiros a tomar a vacina contra a poliomielite. Assim que saem do ovo, pintinhos são contaminados com o protozoário plasmodium, que causa a malária. Quando adultos, são colocados em gaiolas infestadas com mosquitos esfomeados que se alimentam de sangue. Os cavalos são famosos na produção do soro antiofídico. Ao receber doses de veneno de cobras no próprio corpo, produzem os anticorpos com os quais se fabrica o soro.

Pombos criados em laboratório doam o sangue a barbeiros, insetos que transmitem o mal de Chagas. Já os camundongos são grandes auxiliares no combate ao mal de Chagas e em experiências de transplantes de tumores cancerígenos. Os coelhos também ajudam, especialmente no controle de qualidade das vacinas usadas no Brasil. O cientista Carlos Chagas Filho descobriu propriedades importantes do sistema nervoso humano, estudando um peixe-elétrico só encontrado no Rio Orinoco, no Amazonas.

Feio e malcheiroso, mais parecido com uma ratazana, o gambá é super-resistente ao veneno das serpentes. Ele não morre e continua indiferente, mesmo quando recebe quantidades mais de duas mil vezes maiores do que a dose considerada mortal para um ser humano adulto. Uns dão o sangue, outros, as células, e outros, pedaços do coração e do cérebro. Isso é vida de cobaia.

Ninguém se submeteria voluntariamente a tal sacrifício, mas foi exatamente o que Jesus fez. Ele recebeu em Seu corpo o vírus maldito do pecado, com suas consequências funestas. Ele mesmo não tinha pecado, mas pagou o preço por tudo isso. Ele deu não apenas o sangue ou um pedaço do coração. Jesus doou o corpo inteiro, derramando-o na morte. Fez isso porque nos ama e para nos libertar da doença do pecado. Agora somos livres, por Seu sangue.