Domingo
15 de novembro
Vislumbre da glória
Olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão Jesus. Marcos 9:8

Ao cair de uma tarde, depois de um dia cansativo em que Jesus Cristo, tendo a Seu lado os discípulos, havia curado física e espiritualmente muitas pessoas, ainda havia algo a fazer. Algo infinitamente mais restaurador do que o descanso físico estava reservado para três discípulos. Que pensamentos ocupavam a mente deles? Não sabemos. Provavelmente tivessem grande curiosidade para saber o motivo do convite do Mestre. Quaisquer que tenham sido as interrogações, elas foram interrompidas por um chamado à oração. Eles o atenderam, mas logo adormeceram.

Jesus continuou orando, preocupado com os discípulos, consciente da proximidade do fim de Seu ministério terrestre. Conhecia o coração deles, sabia que poderiam desanimar diante dos acontecimentos que logo teriam lugar. Então, pediu que o Pai lhes desse um vislumbre de Seu reino glorioso. Precisariam de algo a que se apegar para que a fé não vacilasse naquele momento que seria tão difícil. Ainda hoje, Ele sempre providencia mais do que suficientes evidências de Si mesmo para que não desanimemos em nenhuma situação.

Então transfigurou-Se, revelando na face a glória divina. “As Suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar” (Mc 9:3). Ao lado Dele, Moisés e Elias. O primeiro, “um testemunho da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte”, representando “os que sairão do sepulcro na ressurreição dos justos” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 442). O segundo representando “os que estarão vivos na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo” e serão transformados (ibid.). Petrificados diante do que viam, os discípulos nada disseram, exceto Pedro, que sugeriu a permanência deles ali (v. 5). Então a voz do Pai, entre nuvens, lhes falou: “Este é o Meu Filho amado. Ouçam-No!” (v. 7, NVI).

Ao som dessa voz, os discípulos caíram por terra (Mt 17:6). Despertados, “a ninguém mais viram, senão Jesus” (Mc 9:8). Essa é a visão que sempre deve prevalecer: a visão de Jesus, como “Filho amado” de Deus, em Sua vida, morte e ressurreição; poderoso para salvar e socorrer em todos os momentos e situações; Jesus intercessor; Jesus vitorioso. Pela graça divina, um dia O veremos no esplendor da glória que tem junto ao Pai, desde antes da criação do mundo (Jo 17:24). Acaso, há outro alguém tão precioso cuja visão devamos manter diante de nós ao longo da vida?