Gosto de contar a história imaginada do baixinho que era sempre importunado por um grandalhão. Todas as vezes que se encontravam, o grandalhão enchia a mão e batia no peito do baixinho, dizendo: “E aí, baixinho!” O baixinho sentia-se humilhado, mas não tinha jeito. Cada vez que o grandalhão aparecia, a cena se repetia. Até que um dia o baixinho teve uma ideia: pegou um punhado de dinamite e amarrou no peito. Pensou consigo: “Agora quero ver! Quando ele bater aqui, vai explodir.” Só se esqueceu de que, no processo, ele explodiria junto.
Quando você não cuida de sua atitude, é como se estivesse carregando dinamite no peito. Tenho visto pessoas ficarem doentes e desenvolverem úlceras por causa de algo que lhes aconteceu 20 anos antes. Quem acumula lixo emocional no peito carrega um explosivo de efeito retardado. Qualquer hora pode detonar.
Não podemos nos desenvolver sem nos machucar; isso faz parte da vida. Mas quem insiste em massagear a ferida, vai se destruir física, emocional e espiritualmente. José do Egito é um exemplo de como podemos lidar com as dificuldades que a vida impõe. Em vez de ficar concentrado no sofrimento, ele olhou para frente e conquistou vitória em áreas em que a maioria fracassa. Ele era inocente, foi vítima do ciúme e da hostilidade de seus irmãos. Preso injustamente, experimentou a ingratidão e o esquecimento. José tinha motivos suficientes para se amargurar e jogar a culpa nos outros.
Qual era o segredo de José para lidar tão bem com o fracasso aparente? Ele nunca olhou para trás com se fosse vítima das circunstâncias. Sua atitude era a de um vencedor. Agindo de modo semelhante a Jesus, José foi vítima, mas jamais se fez de vítima.
A história de José deixa claro: o que acontece dentro de nós é mais importante do que o que acontece conosco. Nossas atitudes são escolhidas por nós mesmos. Devemos reconhecer que as dificuldades são como uma plataforma para que nossa confiança seja colocada em Deus.
Quando você se olha no espelho cada manhã, vê uma vítima ou um vencedor? A escolha é sua!