Quarta-feira
15 de setembro
Vou com você a qualquer lugar
Pai, se queres, afasta de Mim este cálice; contudo, não seja feita a Minha vontade, mas a Tua. Lucas 22:42

John Hunt foi um metodista que se tornou missionário. Quando jovem e noivo, ele foi convidado para trabalhar na África. No entanto, houve mudança de planos, e a sociedade missionária lhe comunicou que deveria ir para Fiji.

John Hunt aceitou o chamado de Deus, mas sua noiva o acompanharia?

Antes de se chamar Fiji, esse atual conjunto de 322 ilhas, no Oceano Pacífico, era chamado de Ilhas Canibais. O local era habitado por tribos ferozes e traiçoeiras que cometiam atos brutais. As vítimas eram frequentemente torturadas e desmembradas ainda vivas. Em meio a rituais, abuso dos corpos, cantos e tambores, eles consumiam a carne humana. O último incidente registrado de canibalismo em Fiji foi na década de 1860, com a morte do missionário reverendo Thomas Baker.

Era para esse local que John levaria sua futura esposa. Então ele lhe escreveu uma carta falando do novo desafio. Ele daria tempo para que ela pensasse e respeitaria sua decisão.

E a resposta chegou: “Eu irei com você a qualquer lugar!” Em 1838, John Hunt e Hanna chegaram a Fiji.

Existe uma palavra que expressa bem esse espírito de sacrifício: abnegação. Ela vem do latim abnegare, que significa “recusar”, “negar”, “renunciar”. Portanto, abnegar-se é renunciar aos próprios interesses e tendências naturais; é sacrificar-se por outra pessoa, por uma ideia ou causa.

Comentando sobre a ruína de Salomão, Ellen White diz: “Dentre as principais causas que levaram Salomão à extravagância e opressão destaca-se o seu fracasso em manter e alimentar o espírito de abnegação” (Profetas e Reis, p. 61).

Se desejamos ser aceitas por Deus, precisamos cultivar, por intermédio do Espírito Santo, a abnegação. “Abnegada devoção e espírito de sacrifício têm sido e serão sempre o primeiro requisito do culto aceitável. […] Em todas as nossas atividades, devemos lembrar que os maiores talentos e os mais esplêndidos serviços são aceitáveis somente quando o eu é posto sobre o altar para consumir-se como um sacrifício vivo” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 65).

Talvez não tenhamos o desafio de Hanna, mas Deus nos pede que renunciemos ao próprio eu, ao coração impuro e egoísta, para que Sua pureza e altruísmo tenham lugar.