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[cv_toggle title=”Explosão Missionária Protestante – Domingo, 1º de novembro” tags=””]
E a boa notícia sobre o reino será anunciada no mundo inteiro como testemunho para toda a humanidade. Então virá o fim. Mateus 24:14, NTLH
As missões mundiais estavam no coração do cristianismo protestante durante o século 19. O movimento missionário moderno começou em 1792, quando William Carey publicou uma importante obra sobre o desafio da pregação do evangelho a todo o mundo.
Pode não parecer uma ideia revolucionária para nós, mas era em 1792. No ano seguinte, ocorreu a fundação da primeira sociedade missionária para custear missões estrangeiras e o envio de Carey à Índia, onde ele trabalhou durante sete anos, sem converter nenhum indiano.
Muito embora os esforços dele tenham começado devagar, estabeleceram-se sobre bases firmes. Na época de sua morte, em 1834, Carey tinha consolidado uma forte igreja cristã na Índia, como também originado o movimento missionário moderno que levaria o protestantismo ao mundo inteiro. A primeira grande onda de missões pelo mundo chegou ao auge na década de 1830, mas não parou aí. Em vez disso, aumentou em magnitude na última parte do século. Kenneth Scott Latourette chamou o século 19 de “o grande século” das missões protestantes. Sydney Ahlstrom, estudioso da história da igreja nos Estados Unidos, observou que “as duas décadas finais do século 19 testemunharam o ápice do movimento
de missões estrangeiras no protestantismo norte-americano”.
Um dos principais fatores de estímulo foi o movimento de estudantes voluntários em prol das missões estrangeiras, que surgiu de um apelo do evangelista Dwight L. Moody em 1886 para que os universitários dedicassem a vida ao serviço missionário. Cem deles fizeram isso no primeiro ano. Em poucos anos, vários milhares de jovens se comprometeram com o serviço das missões. O lema do movimento era “a evangelização do mundo nesta geração”.
De acordo com Ernest R. Sandeen, Moody estimulou “a maior demonstração de interesse missionário já observada nos Estados Unidos”. Em resultado, os protestantes norte-americanos começaram a considerar que lugares como África, China e Japão eram suas províncias espirituais.
Tal movimento não pegou os adventistas de olhos fechados. Deus abriu o caminho por meio da iniciativa protestante, e os adventistas do sétimo dia logo chegariam “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” com as três mensagens angélicas.
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[cv_toggle title=”Explosão Missionária Adventista – 1 – Segunda, 2 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-02″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 2 de novembro de 2015″]
Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo. Apocalipse 14:6
É preciso confessar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não começou com uma orientação missionária. Pelo contrário, nos primeiros anos, seus membros eram o que poderíamos chamar de um povo antimissões.
Entre 1844 e 1850, apegando-se à teologia da porta fechada, não sentiam a necessidade de pregar àqueles que não haviam participado do movimento milerita dos anos 1840.
“Que mente fechada!”, você pode dizer. É verdade, mas foi uma etapa essencial para o desenvolvimento do adventismo. Esse período da missão adventista (1844-1850) foi dedicado essencialmente à elaboração de uma plataforma doutrinária. Em outras palavras, primeiro veio uma mensagem distintiva e só depois ela começou a ser espalhada.
A segunda etapa da missão adventista (1850-1874) se limitou à América do Norte. Esse também foi um passo necessário na progressão das missões adventistas. Tais anos permitiram o desenvolvimento de uma base administrativa nos Estados Unidos que poderia, com o tempo, subsidiar o projeto de missões estrangeiras.
Podemos classificar a terceira etapa (1874-1889) como a missão às nações cristãs. Assim, os adventistas do sétimo dia enviaram o primeiro missionário oficial da denominação para a Suíça, a fim de chamar as pessoas a saírem de Babilônia. E mesmo quando foram para lugares como a Austrália e a África do Sul, os adventistas sempre começavam sua obra entre os cristãos dessas nações.
Por mais limitada que tenha sido, essa etapa contribuiu para a criação de mais bases administrativas em meio às várias populações cristãs espalhadas pelo mundo. O resultado foi que tais nações se prepararam para servir de pontos de apoio para o envio de missionários no início da quarta etapa da missão adventista, que começou em 1890. Podemos chamar essa etapa de missão ao mundo – não só às populações cristãs, mas a todos os povos.
Passo a passo, sem que ninguém estivesse consciente do que se passava no desenvolvimento geral das missões adventistas, Deus colocou a Igreja Adventista do Sétimo Dia em uma posição na qual poderia extrair vantagem da explosão missionária protestante que ocorreu nos últimos anos do século 19.
Deus nos conduz mesmo quando não nos damos conta disso.
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[cv_toggle title=”Explosão Missionária Adventista – 2 – Terça, 3 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-03″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 3 de novembro de 2015″]
Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis. Apocalipse 10:11, ARC
Da perspectiva da história adventista, a década de 1890 foi uma época excelente para a explosão missionária protestante, que quase concluiria sua introdução nas partes mais remotas da Terra. Conforme vimos ontem, o desenvolvimento da mentalidade missionária adventista em três etapas ajudou a denominação a aproveitar os novos impulsos que eclodiam pela comunidade cristã mais ampla.
Além disso, os adventistas publicaram seu primeiro livro sobre missões estrangeiras que poderia ser traduzido como Esboço Histórico das Missões Estrangeiras dos Adventistas do Sétimo Dia, no mesmo ano (1886) em que D. L. Moody estimulou o nascimento do movimento de estudantes voluntários.
No início de 1889, a denominação enviou Stephen N. Haskell e Percy T. Magan em um itinerário de dois anos ao redor do mundo para descobrir oportunidades, problemas e possíveis lugares para missões em várias partes da África, da Índia e do Oriente. Eles fizeram um relato completo de sua viagem nas páginas do periódico Youth’s Instructor [O Instrutor da Juventude]. Foi dessa forma que a missão e o serviço missionário começaram a cativar a mente e o coração dos jovens adventistas, assim como o movimento protestante de estudantes mobilizou milhares de jovens.
Em novembro de 1889, a Assembleia da Associação Geral deu o passo histórico de fundar o Comitê Adventista do Sétimo Dia de Missões Estrangeiras “para administrar a obra missionária estrangeira” da denominação. No mesmo ano, foi criado o periódico Home Missionary [Missionário Local], com o objetivo de promover os diversos aspectos do serviço missionário.
A criação do Comitê de Missões Estrangeiras foi mais do que simbólico. Ele proclamou que, enfim, os adventistas estavam prontos para levar a sério sua comissão missionária. Nunca mais os adventistas do sétimo dia seriam retrógrados em relação às missões estrangeiras. Pelo contrário, eles se tornariam conhecidos pelos esforços de alcançar o mundo inteiro com sua mensagem especial dos três anjos, espalhando não só esta, mas também suas instituições nas áreas de publicação, saúde e educação.
Senhor, apreciamos a importância da mensagem final de advertência que dás à Tua igreja. Ajuda-nos a apoiá-la com nossas orações, nossos recursos e até mesmo com a própria vida se Tu assim desejares.
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[cv_toggle title=”Surgimento dos Colégios Missionários – Quarta, 4 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-04″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 4 de novembro de 2015″]
Como, porém, invocarão Aquele em quem não creram? Romanos 10:14
Essa é uma boa pergunta. Nos anos 1890, tanto a comunidade cristã mais ampla quanto os adventistas do sétimo dia começaram a dar passos sem precedentes para desenvolver colégios missionários e institutos bíblicos. Tais escolas tinham o objetivo de preparar o maior número possível de obreiros para ocupar posições missionárias no país e no exterior. As novas instituições se concentravam no treinamento prático e conhecimento da Bíblia. A primeira delas surgiu em 1883, com o nome que poderia ser traduzido como Colégio Missionário de Treinamento para Missionários e Evangelistas Locais e em Terras Estrangeiras.
Os acontecimentos dentro do adventismo foram paralelos aos da esfera educacional evangélica. Logo, as missões participaram diretamente da expansão do sistema de ensino da denominação. A igreja procurava em suas instituições educacionais as pessoas preparadas para enviar ao crescente programa de expansão mundial.
Ao que tudo indica, John Harvey Kellogg foi o primeiro adventista a fundar uma escola missionária. Ele criou o Sanatório-Escola Para Treinamento de Médicos Missionários em 1889, sucedido pelo Colégio Médico-Missionário Norte-Americano em 1895.
Enquanto isso, pontilhavam a paisagem adventista a Escola Avondale para Obreiros Cristãos, estabelecida em 1894, as escolas de treinamento fundadas por E. A. Sutherland e Percy Magan, e os colégios adventistas missionários em Washington, Berrien Springs e Loma Linda, entre outros. Todos tinham intenção de contribuir com o movimento missionário evangélico.
A expansão missionária afetou o crescimento educacional adventista de, no mínimo, duas formas. Primeiramente, aumentou muito o número de escolas e alunos nos Estados Unidos, uma vez que a maioria dos primeiros obreiros da denominação vinham de lá. Em segundo lugar, os adventistas começaram a fundar escolas em todo o mundo a fim de que a igreja pudesse capacitar as pessoas em sua terra natal. Por isso, em 1900, além de as instituições educacionais explodirem em números, o sistema se tornou internacional.
É impossível duvidar da orientação missionária das escolas adventistas nos anos 1890. Nosso desafio atual é manter o mesmo foco à frente de nossas instituições de ensino de todos os níveis. A natureza da missão mudou ao longo do último século, mas não a necessidade de contar ao mundo sobre a esperança em Cristo.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Rússia – 1 – Quinta, 5 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-05″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 5 de novembro de 2015″]
E como crerão nAquele de quem nada ouviram? Romanos 10:14
Às vezes, Deus usa meios estranhos para ajudar as pessoas a ouvirem sobre Sua Palavra. Esse foi o caso da chegada do adventismo à Rússia. Assim como em tantas outras regiões do mundo, os conversos ao adventismo nos Estados Unidos que faziam parte de populações de imigrantes da Rússia foram os primeiros estimuladores dos primórdios do adventismo em seu país. Sentindo o desejo de partilhar sua fé, eles tinham o hábito de enviar folhetos doutrinários para familiares e amigos.
Foi assim que, em 1882, um vizinho de Gerhardt Perk, na Crimeia, lhe informou que tinha literaturas interessantes, mas perigosas, que lhe haviam mandado em 1879. Depois de muito insistir, o vizinho emprestou a Perk The Third Angel’s Message [A Mensagem do Terceiro Anjo], de John N. Andrews. Perk leu a obra em segredo e escreveu para os publicadores norte-americanos, pedindo mais informações. Logo ele se convenceu da doutrina adventista por meio da leitura, mas hesitava em guardar o sábado.
Mais ou menos naquela época, Perk se tornou agente da Sociedade Bíblia Britânica e Estrangeira. Enquanto viajava de um lugar para outro vendendo livros, escapou várias vezes de desastres, por meio do que acreditava se tratar de proteção divina. Nesse momento, convenceu-se de que, para ter a expectativa de viver sob o cuidado de Deus, deveria colocar em prática toda a verdade bíblica que conhecia. Por isso, acrescentou literatura adventista às Bíblias que vendia.
Entretanto, Perk não era o único espalhando a doutrina adventista no sul da Rússia. Havia também um converso germano-russo que conhecera o adventismo em Dakota do Sul. Muito embora tivesse mais de 80 anos de idade, um problema de fala e nenhum dinheiro, ele voltou à Rússia para partilhar sua fé, chegando a vender as próprias botas a fim de pagar parte da passagem.
Para dizer o mínimo, ele era um sujeito criativo. Afirmando ter a visão debilitada, chegava ao mercado das vilas e pedia às pessoas que lessem para ele. Caso o leitor se interessasse pelo assunto, ele lhe dava um folheto.
Contudo, passar adiante esse tipo de material era ilegal na Rússia. Quando, porém, o padre da região solicitou que o velhinho fosse preso, as pessoas apedrejaram o clérigo por dizer que um idoso quase cego pudesse ser perigoso. O “senhorzinho inofensivo” evangelizou dessa forma por mais de um ano.
Esse foi o início do adventismo na Rússia. Deus parece capaz de usar quase qualquer um em qualquer condição, por meio de praticamente qualquer método para espalhar as verdades bíblicas. É provável que consiga usar até mesmo cada um de nós!
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Rússia – 2 – Sexta, 6 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-06″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de novembro de 2015″]
E como ouvirão, se não há quem pregue? Romanos 10:14
Havia pregadores! Um dos mais importantes foi L. R. Conradi, imigrante de naturalidade alemã que foi para os Estados Unidos, onde descobriu a mensagem do advento. Em 1886, voltou para a Europa a fim de atuar como pastor.
Quase que imediatamente, recebeu um convite de Gerhardt Perk para que visitasse a Rússia. As autoridades não permitiam que ministros entrassem no país, mas Conradi havia trabalhado na editora Review and Herald em Battle Creek e, por isso, disse que era impressor.
A despeito do título que tenha usado para se descrever, assim que entrou na Rússia, Conradi começou a pregar abertamente a mensagem adventista do sétimo dia. Ele e Perk localizaram cerca de 50 guardadores do sábado. As congregações batistas e luteranas costumavam saudá-los de braços abertos. Em outras ocasiões, os dois adventistas eram recebidos com pedras, sobretudo quando falavam sobre o sábado.
Entretanto, em todas as suas atividades, Conradi estava violando a lei russa, que proibia a pregação e o proselitismo. Mesmo assim, as coisas iam bem até eles chegarem a Berde Bulat, onde organizaram uma igreja e fizeram uma cerimônia pública de batismo no mar Negro. Os telhados das casas ficaram lotados de espectadores que queriam assistir à cena inusitada.
Aquilo foi demais para as autoridades locais. Prenderam Conradi e Perk e os acusaram de ensinar heresias judaicas, batizar em público e converter russos. Durante 40 dias, eles suportaram a permanência em uma cela lotada, alimentação insuficiente e ameaças. Por fim, a embaixada dos Estados Unidos em São Petersburgo conseguiu a libertação deles. E o que fizeram? Pregaram mais, espalhando a mensagem do advento em um lugar difícil de evangelizar. Depois de um tempo, Conradi se estabeleceu na Alemanha, de onde liderou a denominação adventista na Europa ao longo dos 35 anos seguintes.
Enquanto isso, lá na Rússia, mais imigrantes adventistas que retornaram à terra natal chegaram para pregar a mensagem que amavam. Alguns deles acabariam exilados na Sibéria, mas foi por meio de sacrifícios como esses que a mensagem adventista do sétimo dia criou raízes e começou a crescer no país.
Senhor, a maioria de nós hoje tem muitas facilidades. Ajuda-nos a relembrar os sacrifícios daqueles que nos antecederam para espalhar as três mensagens angélicas.
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[cv_toggle title=”O Adventismo nas Ilhas do Pacífico – 1 – Sábado, 7 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-07″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 7 de novembro de 2015″]
E como pregarão, se não forem enviados? Romanos 10:15
Alguns foram mesmo sem ser enviados. Um deles foi John Tay, marceneiro de navios que tinha o antigo sonho de visitar as ilhas Pitcairn, onde os mal-
afamados rebeldes da embarcação Bounty haviam finalmente se estabelecido em 1790. Trabalhando em seis navios para chegar até lá, Tay finalmente aportou em Pitcairn no ano de 1886.
Dez anos antes, Tiago White e John Loughborough haviam ouvido falar da ilha e enviado uma caixa com materiais adventistas, na esperança de que os habitantes os lessem, mas eles não o fizeram. A caixa ficou em um depósito por dez anos. Até que alguns jovens do local a redescobriram. E, para sua surpresa, aprenderam que o sétimo dia é o sábado verdadeiro. Contudo, mesmo impressionados com as evidências bíblicas, hesitaram em mudar suas práticas.
Foi nessa época que Tay chegou, pedindo permissão para permanecer em Pitcairn até a chegada do próximo navio. Quando lhe convidaram para falar na igreja no primeiro domingo que estava ali, o “missionário” enviado por conta própria abordou a questão do sétimo dia. Muitos se convenceram, mas outros ficaram com dúvida. No entanto, o estudo da Bíblia com Tay persuadiu a todos.
Quando ele partiu da ilha cinco semanas depois, todos os adultos haviam aceitado as doutrinas adventistas do sétimo dia.
A empolgante notícia da conversão dos habitantes das ilhas Pitcairn inspirou os adventistas dos Estados Unidos. Eles interpretaram o acontecimento como um sinal divino de que era hora de iniciar a obra adventista no sul do Pacífico.
Como? Parte do problema era que as conexões por navio em grande parte do trajeto eram um tanto quanto irregulares. Por isso, em 1887, a Assembleia da Associação Geral autorizou a despesa de 20 mil dólares para comprar ou construir uma embarcação o mais rápido possível, mas isso não aconteceu. Pelo menos, não naquela época.
Na tentativa de agilizar o processo, a liderança enviou Tay de volta a Pitcairn para fortalecer os conversos. Ele tentou fazê-lo, mas acabou retornando a San Francisco, a fim de conseguir encontrar um navio que o levasse para a isolada região. Mais desastrosa foi a experiência de A. J. Chudney, que também foi enviado a Pitcairn. Depois de não conseguir encontrar uma embarcação indo para aqueles lados, comprou uma bem barata. No entanto, ele e sua tripulação naufragaram no Pacífico. Tal catástrofe fez os líderes da igreja refletirem seriamente e voltarem à ideia de construir o próprio navio missionário.
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[cv_toggle title=”O Adventismo no Pacífico – 2 – Domingo, 8 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-08″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 8 de novembro de 2015″]
Deem glória ao Senhor e anunciem o Seu louvor nas ilhas. Isaías 42:12, ARC
O desastre de Chudney e a frustração de John Tay ao não conseguir encontrar um navio para levá-lo às ilhas Pitcairn reorientaram a Associação Geral para a necessidade de construir uma embarcação resistente que servisse na imensidão de ilhas do sul do Pacífico.
O navio missionário foi um projeto que despertou o entusiasmo das Escolas Sabatinas dos Estados Unidos como nunca antes. Os adultos levavam moedas e notas de um dólar, enquanto as crianças preparavam coisas para vender a fim de participar da compra de pregos, tábuas e lonas.
Os membros da Escola Sabatina foram até convidados a sugerir um nome para o navio. Alguns optaram por Glad Tidings [Notícias Alegres], mas outros acabaram decidindo pelo nome da ilha que havia estimulado o projeto. Assim, os adventistas chamaram seu primeiro barco missionário de Pitcairn.
Em outubro de 1890, a embarcação de 30 metros de comprimento, 120 toneladas e dois mastros partiu com sete tripulantes e três casais de missionários.
A primeira parada propriamente dita foi nas ilhas Pitcairn, onde E. H. Gates e A. J. Read batizaram 82 dos habitantes e organizaram uma igreja.
Semanas depois, o navio missionário prosseguiu para Taiti, Rarotonga, Samoa, Fiji e Ilha Norfolk. Em cada um desses locais, as pessoas eram motivadas a conhecer mais sobre a mensagem por conta da literatura que recebiam e das reuniões evangelísticas lideras pelos navegantes.
Dois anos depois, o Pitcairn voltou para San Francisco. Sua primeira viagem foi um sucesso, mas cobrara um preço em vidas humanas. John Tay, que ficara em Fiji para ser pioneiro da obra adventista ali, morreu cinco meses após o início do trabalho. E o capitão J. O. Marsh descansou enquanto o navio passava por reparos na Nova Zelândia.
Entretanto, a obra prosseguiu. No total, Pitcairn fez seis viagens entre 1890 e 1900. A partir de então, o trânsito de navios melhorou a ponto de a denominação não necessitar da embarcação missionária.
Esses dez anos, porém, não só levaram ao estabelecimento da igreja nas ilhas do Pacífico, mas também inspiraram outros adventistas ao serviço missionário e a doações para essa causa, em virtude das aventuras intrépidas no Pitcairn.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na África do Sul – 3 – Segunda, 9 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-09″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de novembro de 2015″]
Ajuntai para vós outros tesouros no Céu. Mateus 6:20
Alguns caçadores de tesouros encontram mais do que estavam procurando. Esse foi o caso de William Hunt, enquanto buscava ouro na Califórnia nos anos 1870 e acabou aceitando o sábado por meio da pregação de J. N. Loughborough.
Anos depois, dessa vez garimpando diamantes na África do Sul, Hunt conheceu dois fazendeiros holandeses que, de maneira independente, haviam se convencido, por meio do estudo da Bíblia, que o sétimo dia era o sábado.
O encontrou pareceu acidental; mas, aos olhos da fé, é possível considerá-lo providencial. George van Druten, um dos fazendeiros, cruzou com Hunt durante uma caminhada num sábado à tarde.
No entanto, ele observou algo estranho no explorador. Em vez de trabalhar, o homem estava lendo a Bíblia. E foi assim que os dois guardadores do sábado se conheceram nas minas de diamante da África do Sul.
Hunt colocou van Druten e outro guardador do sábado independente, chamado Pieter Wessels, em contato com os adventistas do sétimo dia nos Estados Unidos. Os dois sul-africanos enviaram um apelo para Battle Creek mandar um missionário que falasse holandês. Junto ao pedido, anexaram a considerável soma de 50 libras (boa parte do salário anual de um trabalhador) para custear a viagem.
Alguém leu o “chamado macedônico” que aqueles homens fizeram antes da Assembleia da Associação Geral em 1888. Os delegados ficaram tão emocionados que se levantaram espontaneamente e cantaram um hino de louvor a Deus. No mês de julho seguinte, um grupo de sete missionários, liderados por D. A. Robinson, partiu para a Cidade do Cabo. Nesse meio tempo, os sul-africanos converteram sozinhos cerca de 40 pessoas.
A obra missionária na África do Sul teve um salto para melhor após a descoberta de diamantes na fazenda de Johannes Wessels, pai de Pieter. Milionário de uma hora para a outra, o patriarca Wessells investiu fortemente no avanço do adventismo em sua terra natal. Logo a jovem igreja já contava com uma editora, um colégio, um sanatório e outras instituições.
Ao que tudo indica, foi muito mais do que acidental o encontro dos guardadores do sábado no meio de uma mina de diamantes sul-africana. Deus estava conduzindo Seu povo. E a boa notícia é que Ele continua a fazê-lo.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Rodésia – 1 – Terça, 10 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-10″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 10 de novembro de 2015″]
Por toda a Terra se fez ouvir a Sua voz, e as Suas palavras, até aos confins do mundo. Romanos 10:18
Uma coisa era começar uma missão entre os imigrantes europeus da África do Sul e outra bem diferente seria anunciar a mensagem do advento aos povos nativos do grande continente africano. O primeiro passo rumo a essa vasta missão ocorreu na Rodésia (hoje o Zimbábue).
Em 1894, a Associação Geral, após os apelos da família Wessels, decidiu tentar estabelecer um entreposto missionário em Matabeleland, no norte da África do Sul. Isso ocorreu logo depois de os britânicos terem massacrado a poderosa tribo Matabele.
Chamada de Rodésia em homenagem a Cecil Rhodes, desbravador de impérios e primeiro ministro da Colônia do Cabo da África do Sul, aquela era uma terra intocada pela influência europeia. A. T. Robinson e Pieter Wessels receberam um envelope selado após o término daquilo que temiam ter sido uma reunião bem insatisfatória com Rhodes. Os adventistas ficaram absolutamente surpresos ao descobrir que a carta lhes concedia cerca de 5 mil hectares perto da cidade de Bulawayo.
Conseguir a doação acabou sendo a parte fácil do desenvolvimento daquilo que se tornaria a Missão Solusi. Um desafio ao projeto veio dos Estados Unidos, onde Alonzo T. Jones disparou um ataque contra aqueles que aceitavam doações governamentais, confundindo os limites entre Estado e Igreja. De acordo com Jones e outros editores da revista Sentinel of Religious Liberty [Sentinela da Liberdade Religiosa], os missionários haviam “se vendido por um pedaço da confusão do caldeirão africano”. Caso a denominação fosse inconsistente, afirmou Jones, a notícia logo chegaria a seus inimigos e enfraqueceria o argumento adventista contra aqueles que queriam cristianizar a América por meio de ações como leis dominicais. O influente Jones chegou a conseguir, em 1895, que a Assembleia da Associação Geral votasse a negação da doação, com base na separação entre Igreja e Estado.
Do outro lado da polêmica estava Ellen White, que, lá da distante Austrália, escreveu aos líderes da Associação Geral, recomendando que Jones e outros lessem o livro de Neemias: “O Senhor continua a tocar o coração de reis e governantes em favor de Seu povo. Aqueles que tanto se interessam pela liberdade religiosa não devem eliminar favores, nem recusar o auxílio que Deus moveu os homens a darem para o avanço de Sua causa” (Ct 11, 1895).
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Rodésia – 2 – 5 – Quarta, 11 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-11″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2015″]
Fui achado pelos que não Me procuravam, revelei-Me aos que não perguntavam por Mim. Romanos 10:20
Após Ellen White mencionar que Neemias havia “orado pedindo a ajuda de Deus e o Senhor ouvira sua oração”, “moveu o coração de reis pagãos para irem a seu auxílio” (Ct 11, 1895), a Associação Geral anulou o voto contra a aceitação da doação de Solusi. Assim o desafio interno à missão foi superado.
Entretanto, a situação política era desafiadora. Não muito tempo depois da chegada dos missionários, a tribo Matabele se revoltou contra os britânicos. Isso forçou os missionários a se retirarem por cinco meses. E se esse já não fosse um problema suficiente, logo após o retorno eles precisaram enfrentar uma fome entre o povo local e um surto de peste bovina. A doença destruiu o escasso gado da missão que havia sobrevivido à guerra recente.
A missão ainda se deparava com outro problema grave: a malária. Ainda me lembro de percorrer o pequeno cemitério localizado no que hoje é a Universidade Solusi. Quase todos os missionários morreram por se recusarem a tomar quinino, o único preventivo para a malária conhecido nos anos 1890.
Por que eles se recusaram a tomar um remédio que lhes salvaria a vida? Porque, sem entender plenamente o contexto do conselho de Ellen White contra a ingestão de drogas prejudiciais, rejeitaram, de maneira inflexível, a única coisa que poderia tê-los ajudado. Foram “fiéis reformadores da saúde” até a morte.
Dos sete que chegaram em 1894, somente três sobreviveram até 1898 e dois deles estavam na Cidade do Cabo se recuperando da malária.
O missionário que permaneceu fora o “infiel”. Ele tomara quinino, justificando que o uso de um pouco de uma droga prejudicial era melhor do que ficar vulnerável à força de uma doença letal. Na verdade, ele estava usando o “bom senso” que Ellen White defendia em situações difíceis como aquela. Como resultado, continuou a servir e a testemunhar na Missão Solusi.
Em 2007, aquele início modesto havia resultado em mais de 5 milhões de membros batizados e três divisões mundiais da igreja que atendem ao continente.
As lições que podemos aprender com a Missão Solusi são muitas. Uma das mais importantes é que Deus continua a dirigir Sua igreja a despeito dos seres humanos falhos que escolheu usar em Sua obra.
Senhor, vivemos em um mundo complexo. Por favor, ajuda-nos em nossas lutas a manter os olhos bem abertos, superando os desafios com sabedoria e fé.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na América Central – Quinta, 12 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-12″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 12 de novembro de 2015″]
Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo. Romanos 10:17, NTLH
Há muitas maneiras de alguém ouvir a mensagem do advento. Essa é a lição que aprendemos com a introdução do adventismo do sétimo dia ao mundo tropical na região do Caribe.
Tudo começou em 1883, quando um adventista da cidade de Nova York convenceu o capitão de um navio a levar um fardo de material impresso para Georgetown, na Guiana Inglesa. O estilo de entrega do capitão deixou muito a desejar, mas cumpriu o objetivo. Ele jogou o pacote no porto e pensou ter realizado sua obrigação. Enquanto isso, certo homem que passava juntou alguns dos papéis que começavam a se espalhar. Além de lê-los, compartilhou com os vizinhos.
Muitos deles começaram a guardar o sábado e uma mulher enviou exemplares da revista Signs of the Times, que haviam sido encontradas, para a irmã em Barbados. Lá eles chegaram até uma mulher que, anos antes, dissera aos filhos que o verdadeiro sábado seria restaurado.
Nesse meio tempo, do outro lado do Caribe, a Sra. E. Gauteray, que havia se convertido ao adventismo na Califórnia, retornou em 1885 para as Ilhas da Baía, sua terra natal, ao largo da costa de Honduras. Depois de partilhar sua fé por seis anos, a denominação enviou Frank Hutchins para cuidar das pessoas que ela havia influenciado. As Escolas Sabatinas, no espírito de Pitcairn, angariaram recursos para Hutchins construir uma embarcação missionária, que recebeu o nome de Herald [Arauto] e tinha o objetivo de espalhar a mensagem do advento pela costa da América Central.
Em Antígua, foi a Sra. A. Roskrug, que aceitara o adventismo na Inglaterra, quem começou a plantar as sementes da igreja após voltar para sua ilha natal em 1888. Não demorou muito para que um livro adventista vendido em Antígua chegasse até a Jamaica.
A mensagem adventista no México iniciou em 1891 com um alfaiate ítalo-americano que se tornou colportor. Sem encontrar nada para vender em espanhol, ele espalhou exemplares de O Grande Conflito em língua inglesa.
Essas histórias revelam que Deus é capaz de usar qualquer pessoa e qualquer método para disseminar Sua mensagem. Ele pode inclusive nos usar, se estivermos dispostos a isso.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na América do Sul – 1 – Sexta, 13 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-13″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 13 de novembro de 2015″]
Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio. João 20:21
Muitos dos missionários adventistas pioneiros não contavam com o apoio da “organização”. Em vez disso, o Espírito os impulsionava a irem e se sustentarem por conta própria. Foi isso que aconteceu na América do Sul.
O mais interessante é que, embora os principais idiomas desse continente sejam o espanhol e o português, os primeiros conversos à Igreja Adventista foram imigrantes de língua alemã e francesa na Argentina, no Chile e no Brasil. Em grande parte, isso aconteceu porque a denominação não contava com materiais em espanhol e português, nem com pessoas que falassem esses idiomas.
Os primeiros adventistas do sétimo dia a chegarem à América do Sul foram Claudio e Antonieta de Dessignet, que aceitaram o adventismo na França por meio da influência de D. T. Bourdeau e imigraram para o Chile em 1885.
Mais ou menos na mesma época, duas famílias de regiões diferentes da Argentina descobriram o adventismo mediante o recebimento de periódicos da Europa. No norte da Argentina, um casal italiano, os Peverini, leu um artigo zombando da revista Sinais dos Tempos publicada em francês, a qual afirmava que o fim do mundo estava próximo. A Sra. Peverini conseguiu um exemplar da publicação adventista com o irmão que estava na Itália e, com o marido, leu e se converteu à fé adventista do sétimo dia. Mais ao sul, Julio e Ida Dupertuis, que moravam em uma colônia batista suíça e francesa, tiveram uma experiência semelhante.
Os Dupertuis, além de aceitarem as novas crenças, convenceram várias outras famílias da colônia quanto à verdade daquilo que descobriram. Por volta de 1889, eles entraram em contato com os adventistas do sétimo dia em Battle Creek. Suas perguntas estimularam os líderes da denominação a refletir sobre o início da missão na América do Sul. Entretanto, onde obter os recursos? Esse era um problema constante. A solução permanente acabou sendo as ofertas da Escola Sabatina. As coletas da segunda metade da década de 1890 foram dedicadas à Missão
Sul-Americana.
Deus trabalha de maneiras inesperadas. Ele toma indivíduos humildes e os usa para espalhar Sua verdade sem fazer alarde. Isso aconteceu no passado e continua a ocorrer em nossos dias, sempre que as pessoas abrem o coração e a vida para Seu Espírito.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na América do Sul – 2 – Sábado, 14 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-14″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de novembro de 2015″]
Deus […] abrira aos gentios a porta da fé. Atos 14:27
Ontem nós relatamos que a Escola Sabatina dedicou as ofertas da segunda metade dos anos 1890 para dar início à Missão Sul-Americana.
Precisamos parar neste ponto por um instante. A maioria de nós já contribuiu com as ofertas missionárias da Escola Sabatina, mas poucos sabem como elas começaram. A primeira arrecadação da Escola Sabatina destinada às missões ocorreu em 1885, quando a Igreja Adventista iniciava seu trabalho na Austrália. Entretanto, as ofertas missionárias só despertaram verdadeiro entusiasmo a partir do projeto Pitcairn, em 1889 e 1890. Depois dele, a Escola Sabatina nunca mais seria a mesma. Ela se tornaria uma grande apoiadora das missões adventistas ao redor do mundo e seu segundo grande projeto de doação seria para a Missão Sul-Americana em 1890. A partir de então, a Escola Sabatina nunca deixou de incentivar financeiramente as missões em todas as partes do planeta.
Isso nos leva de volta aos primórdios do adventismo na América do Sul. No início de 1890, antes que a igreja tivesse condições de enviar missionários custeados pela denominação, George Riffel conduziu quatro famílias germano-russas de fazendeiros do Kansas para a Argentina, a fim de serem missionários que sustentavam a si próprios. Riffel era recém-convertido ao adventismo e havia escrito sobre sua nova fé para colonos germano-russos do país sul-americano. Um deles respondeu que guardaria o sábado se tivesse alguém para observá-lo com ele. Isso foi o suficiente para levar Riffel a uma mudança transformadora de vida.
No fim de 1891, a Igreja Adventista do Sétimo Dia enviou seus primeiros missionários “oficiais” para a América do Sul. Nenhum deles falava espanhol, nem português. Por isso, os três colportores começaram o trabalho vendendo livros em alemão e inglês para uma população de outro idioma.
Os apelos da família Dupertuis, os relatos dos colportores e os pedidos da família Riffel estimularam a Associação Geral a enviar, em 1894, F. H. Westphal para supervisionar a missão adventista na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e no Brasil. Westphal passaria mais de vinte anos trabalhando nesses países e no Chile
Pequenas ideias geram grandes resultados. A obra de pessoas leigas e humildes partilhando literatura com outras contribuiu muito para a disseminação do adventismo pelo mundo. Essa é uma atividade da qual todos nós podemos participar.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Índia – Domingo, 15 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-15″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 15 de novembro de 2015″]
Vão e ensinem a todos os que encontrarem, de perto e de longe, sobre este estilo de vida. Mateus 28:19, A Mensagem
Assim como em tantos outros lugares do mundo, os colportores logo começaram a espalhar a mensagem adventista na Índia. William Lenker e A. T. Stroup chegaram a Madras em 1893 para vender livros para os habitantes das principais cidades da Índia que falavam inglês.
Assim como aconteceu em tantos outros lugares, Lenker e Stroup não foram os primeiros adventistas do país. Enquanto estava em Londres, a caminho da Índia, Lenker ficou feliz ao descobrir que já havia adventistas morando lá. Ele disse: “Meu coração se regozijou ao descobrir que a verdade fora antes para a Índia e havia começado com indícios animadores.”
Não se sabe como a mensagem adventista chegou até lá. Presume-se que tenha sido por meio de folhetos enviados da América, Europa ou Austrália. Tais mensageiros silenciosos realizaram mais do que todos os outros métodos combinados para espalhar os ensinos adventistas “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6).
Em 1894, pelo menos cinco colportores trabalhavam na Índia, três deles provenientes da Austrália. Os livros tinham boas vendas e não demorou muito para as pessoas solicitarem traduções para o tâmil e outras línguas locais.
A primeira funcionária da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Índia foi Georgia Burrus (posteriormente Georgia Burgess), jovem obreira bíblica da Califórnia. Ela chegou ao país em 1895 para ser a única representante oficial da igreja naquela nação.
A Associação Geral planejara que D. A. Robinson liderasse a missão, mas sua viagem foi protelada na Inglaterra. Isso não deteve a intrépida Srta. Burrus, que prosseguiu sozinha, mesmo que só tivesse recebido pela passagem. Enquanto aprendia o bengali, trabalhava para sobreviver, mas logo alguém da África prometeu uma ajuda financeira. Georgia passaria 40 anos no país que adotou, espalhando a mensagem do advento.
Outros missionários chegaram à Índia no fim de 1895 e, em 1898, William A. Spice (que se tornaria presidente da Associação Geral em 1922) chegou para dar início à publicação do periódico Oriental Watchman [Atalaia Oriental].
Algo chama a atenção de quem estuda a disseminação das missões adventistas: elas foram internacionais desde o início. Muito embora, ao longo do século 19, o movimento tenha sido predominantemente norte-americano, encontramos pessoas, literaturas e recursos provenientes de toda parte distribuídos a todos os lugares. Essa continua a ser a dinâmica nas missões adventistas.
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[cv_toggle title=”O Adventismo na Ásia Oriental – Segunda, 16 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-16″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 16 de novembro de 2015″]
Muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Mateus 8:11
Abram La Rue (1822-1903) foi uma pessoa verdadeiramente fascinante no adventismo, assim como um número considerável de outros indivíduos únicos. Depois de juntar uma fortuna nas minas de ouro da Califórnia e de Idaho, conseguiu perder tudo até os anos 1880 e alternava trabalhos como pastor de ovelhas e lenhador quando conheceu a mensagem adventista.
Logo após sua conversão, La Rue, que não tinha problemas com falta de ousadia, nem de entusiasmo, solicitou à Associação Geral um chamado missionário para a China. Contudo, levando em conta que era recém-convertido e já chegara à idade de se aposentar, os líderes recusaram a proposta, sugerindo que ele fosse pelo sistema de sustento próprio para uma das ilhas do Pacífico.
Depois de estudar um semestre no Healdsburg College, La Rue conseguiu chegar a Honolulu em 1883 ou 1884. Seu sucesso ali levou a denominação a enviar W. M. Healey para o Havaí, a fim de organizar a igreja nas ilhas.
Em 1888, o animado pioneiro partiu para Hong Kong, onde fundou uma missão para marinheiros e trabalhou na obra da colportagem durante catorze anos. Seu foco eram os muitos navios do porto multinacional. Contudo, durante os anos que passou ali, La Rue conseguiu encaixar, em sua agenda, viagens missionárias a lugares como Xangai, Japão, Bornéu, Java, Ceilão, Malásia, Cingapura e até Palestina e Líbano. É claro que ele também vendia livros e folhetos por onde o navio parava. Em seu tempo livre, também conseguiu a publicação dos primeiros folhetos adventistas em mandarim.
Enquanto isso, na Califórnia, um dos primeiros conversos de La Rue, W. C. Grainger, se tornou presidente do Healdsburg College; porém, inspirado por seu mentor, logo receberia o chamado oficial para ir ao Japão. Lá, com um ex-aluno de ascendência japonesa, cujo nome era T. K. Okohira, ele fundou uma escola da língua estrangeira para ensinar inglês a universitários usando a Bíblia. Desse modo, Grainger iniciou um tipo de evangelismo produtivo no Extremo Oriente até os dias atuais.
Uma das lições que podemos aprender com a história de La Rue é que Deus pode usar os “velhos” para espalhar Sua mensagem. A boa notícia é que, para o Senhor, a vida não acaba depois da aposentadoria.
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[cv_toggle title=”Missão aos Negros Americanos – 1 – Terça, 17 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-17″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 17 de novembro de 2015″]
Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Gálatas 3:26
Um aspecto singular da ampliação das missões adventistas durante os anos 1890 foi o evangelismo aos afro-americanos. Embora alguns negros tenham participado do movimento milerita (inclusive o pastor William Foy, que desempenhou um papel profético de 1842 a 1844), o movimento dos adventistas guardadores do sábado era formado predominantemente por brancos. Na verdade, demorou cerca de meio século após o grande desapontamento para que o adventismo chegasse aos negros norte-americanos com algum sucesso verdadeiro.
Historiadores da denominação estimam que havia apenas cerca de 50 negros adventistas do sétimo dia nos Estados Unidos em 1894; mas, até 1909, esse número havia aumentado para 900. O crescimento do número de membros negros resultou de vários projetos missionários focados na evangelização desse grupo durante os anos 1890.
As décadas de 1870 e 1880 testemunharam um trabalho esporádico em meio aos negros sulistas no Texas, Tennessee, na Geórgia e em outros estados. A primeira igreja de negros foi oficialmente organizada em Edgefield Junction, Tennessee, em 1886. No entanto, os yankees brancos do Norte estavam meio perdidos quanto a como enfrentar os problemas raciais tão difíceis e específicos do Sul. Eles levantaram suspeitas dos brancos sulistas por serem do Norte (é preciso lembrar que os dois grupos haviam acabado de travar uma sangrenta guerra civil por causa da questão racial). Além disso, passavam pelo dilema de como lidar com questões como a segregação.
A obra costumava ser recebida com violência pelos brancos locais, pois estes temiam que os intrusos estivessem pregando a “perigosa” doutrina da igualdade racial. Levando em conta as dificuldades, a liderança adventista finalmente concluiu que seria melhor seguir as convenções sociais e fundar congregações separadas para as duas etnias. Charles M. Kinny, que já conhecemos este ano como o primeiro afro-americano a se tornar um pastor ordenado da Igreja Adventista do Sétimo Dia, concordou com esta decisão. Embora não considerasse que as congregações separadas fossem o ideal, Kinny acreditava que tal solução era preferível a segregar os negros, restringindo-os aos bancos detrás das igrejas de brancos.
Senhor, pedimos hoje e a cada dia que tragas cura às relações entre os diversos grupos étnicos do mundo. Se isso não acontecer no mundo como um todo, que se torne realidade em nosso coração.
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[cv_toggle title=”Missão aos Negros Americanos – 2 – Quarta, 18 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-18″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 18 de novembro de 2015″]
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Gálatas 3:27
Em 1891, Ellen White estava preocupada com a falta de trabalho adventista entre os negros norte-americanos. Em 21 de março, ela apresentou um “testemunho” sobre o assunto para os delegados da Assembleia da Associação Geral. Ela pediu, de maneira especial, por uma obra mais intensiva entre os negros do Sul. Seu apelo logo foi impresso em um livreto de dezesseis páginas.
Ela disse aos delegados: “O Senhor nos deu luz a respeito de tais questões. Há princípios em Sua Palavra que devem nos orientar ao lidarmos com estas questões que causam perplexidade. O Senhor Jesus veio ao mundo para salvar homens e mulheres de todas as nacionalidades. Ele morreu tanto pelos negros quanto pelos brancos. […] O mesmo preço foi pago pela salvação do homem negro e do homem branco, e o menosprezo lançado sobre os negros por muitos dos que alegam ser redimidos pelo sangue do Cordeiro […] representa mal a Jesus, revelando egoísmo, tradição e preconceito que poluem a alma. […] Que nenhum dos que levam o nome de Cristo sejam covardes em Sua causa. Em nome de Cristo, permaneçam firmes como quem olha para os portais abertos da cidade de Deus” (SW, p. 9-18).
A despeito de seu apelo para uma forte expansão das missões adventistas aos negros do Sul, nada aconteceu até 1893. Nesse ano, James Edson White “descobriu” o documento. Edson, seu filho vivo mais velho, passara por uma experiência recente de conversão aos 40 e poucos anos. Tomado por zelo, sentiu a convicção de que deveria levar a mensagem adventista aos ex-escravos do extremo Sul.
Inspirado, ao que tudo indica, pelo navio Pitcairn, o criativo Edson logo se aliou a Will Palmer (outro recém-convertido com um passado dúbio) para construir um “barco missionário” e escrever um dos capítulos mais empolgantes das missões adventistas nos Estados Unidos.
Os dois missionários improváveis construíram a embarcação Morning Star [Estrela da Manhã] em Allegan, Michigan, em 1894, gastando 3.700 dólares. A embarcação serviria de casa para a equipe de obreiros. Além disso, tinha espaço para uma capela, biblioteca, impressora, cozinha e laboratório fotográfico. Em suma, tratava-se de um entreposto missionário sobre as águas.
O fato de Deus ter conseguido usar Edson e Will me surpreende. Esse é um aspecto de Sua graça. Além disso, traz um raio de esperança para aqueles cujos filhos ainda não encontraram o Caminho.
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[cv_toggle title=”Missão aos Negros Americanos – 3 – Quinta, 19 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-19″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 19 de novembro de 2015″]
Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto […] porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28
O barco missionário de Edson White tinha um grande problema. Ele estava a centenas de quilômetros de seu público-alvo e a pelo menos 32 quilômetros de um corpo de água importante.
Isso não era problema para o criativo Edson. Ele fez a embarcação flutuar pelo rio Kalamazoo até o lago Michigan, cruzou o lago Michigan até a região de Chicago, atravessou o Illinois no sistema fluvial que ligava o lago Michigan ao Mississippi e desceu esse rio até Vicksburg, Mississippi, no sul dos Estados Unidos, onde estabeleceu sua sede.
White ainda tinha outro problema: dinheiro! Sem a confiança dos líderes da Igreja Adventista, ele e seus companheiros obtinham o próprio sustento durante a missão. Assim como seu pai, um dos talentos de Edson era conseguir dinheiro.
Um projeto que ele usou para custear o trabalho missionário foi a publicação de Gospel Primer [Cartilha do Evangelho], um livro simples para ensinar analfabetos a ler, e transmitir, ao mesmo tempo, a mensagem bíblica. A venda dessa pequena obra de sucesso ajudou a financiar a missão.
De Vicksburg, a obra se espalhou pelas redondezas, enfrentando, muitas vezes, resistência e violência. Contudo, no início do século 20, a missão já contava com quase 50 escolas em funcionamento. Em 1895, a missão autossustentada de Edson organizou a Sociedade Missionária do Sul. Em 1901, a sociedade se tornou parte da recém-fundada União Sul dos Estados Unidos. Depois de um tempo, a parte de publicações da iniciativa também passou a ser administrada pela denominação e foi chamada de Associação Publicadora do Sul, com sede em Nashville, Tennessee.
Na metade dos anos 1890, ocorreu a abertura de uma escola de treinamento para obreiros negros. A Associação Geral inaugurou a Escola Industrial Oakwood em 1896, em uma propriedade de 145 hectares no Alabama. Logo Oakwood se transformou em um centro para a capacitação de líderes negros, tornando-se uma faculdade em 1943 e uma universidade em 2007.
A missão tardia aos negros norte-americanos é uma lição muito importante. É fácil demais nos empolgarmos com o envio de missionários para além-mar, ao mesmo tempo em que negligenciamos as pessoas que estão ao nosso lado.
Senhor, ajuda-nos a colocar os valores de Teu povo no lugar certo e a permitir que Tu nos uses onde estamos hoje para espalhar Teu amor.
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[cv_toggle title=”Mulheres de Poder – 1 – Sexta, 20 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-20″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de novembro de 2015″]
Não pode haver […] nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28
“Ela realizou mais nos últimos dois anos do que qualquer pastor do estado. […] Sou […] favorável a conceder [uma] licença para a Sra. Lulu Wightman pregar e, se o irmão W. for um homem capaz e trabalhar com a esposa, prometendo se transformar em um obreiro de êxito, sou a favor de dar uma licença para ele também.” Essas foram as palavras do pastor S. M. Cobb, ao escrever para o presidente da Associação de Nova York, em 1897.
Uma vez que a maioria dos ministros adventistas é do sexo masculino, poucos reconhecem a contribuição de mulheres que serviram na obra em diferentes funções.
Sem dúvida, o papel de Ellen White foi central para a fundação e o desenvolvimento do adventismo. Embora a denominação nunca a tenha ordenado formalmente, desde 1872, ela possuía uma credencial de obreira. É inquestionável que ela foi a pessoa mais influente que já serviu à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Muitas outras mulheres atuaram durante o fim do século 19 e início do século 20 na função de obreiras licenciadas. Uma das primeiras deve ter sido Sarah Lindsay, que recebeu a licença em 1872. Os anuários da denominação citam mais de vinte outras mulheres que serviram como obreiras licenciadas desde 1884 até 1904 – as duas primeiras décadas do anuário. Apesar de, por vezes, sofrerem discriminação, tais mulheres deram importantes contribuições para a igreja.
Minnie Sype, por exemplo, fundou pelo menos dez igrejas. Em determinada ocasião, ela foi criticada por se propor a pregar mesmo sendo mulher. Ela respondeu que, depois de ressuscitar, Jesus comissionou Maria a contar para os discípulos que Ele estava vivo. Minnie declarou que estava seguindo os passos de Maria, contando às pessoas que Cristo, além de ter ressuscitado, viria outra vez.
Deus pode usar tanto homens quanto mulheres para espalhar as boas-novas da salvação em Cristo. Esse é o sentido do testemunho cristão. A igreja estaria em melhores condições se contasse com mais homens e mulheres de fé e poder engajados na obra de testemunhar do Salvador ressurreto.
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[cv_toggle title=”Mulheres de Poder – 2 – Sábado, 21 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-21″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 21 de novembro de 2015″]
Maria! […] vai ter com os Meus irmãos e dize-lhes: Subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus. João 20:16, 17
“Ontem a Câmara dos Deputados [de Missouri] tomou a resolução de convidar a Sra. Wightman para falar aos políticos sobre a ‘Ascensão da Liberdade Religiosa nos Estados Unidos’. Creio que tal ação por parte do legislativo de Missouri é sem precedentes na história de nosso povo.”
Esse ato foi parte do impacto do ministério da impressionante Lulu Wightman, uma das evangelistas de maior sucesso no adventismo. Ela recebe o crédito por ter fundado no mínimo dezessete igrejas.
Outra mulher de poder foi Jessie Weiss Curtis, que apresentou 80 candidatos ao batismo no fim de sua primeira campanha evangelística. A igreja de Drums, Pensilvânia, surgiu mediante esse esforço. Ela ampliou sua esfera de influência capacitando jovens ao ministério adventista. Um desses foi N. R. Dower, que posteriormente se tornou diretor do departamento Ministerial da Associação Geral.
Além das mulheres que detinham credenciais de obreiras, muitas outras serviam à denominação de diversas maneiras. A maioria ocupava papéis costumeiramente femininos, como enfermeiras e professoras, mas outras exerceram funções de liderança. Entre elas, encontrava-se L. Flora Plummer, que se tornou secretária da Associação de Iowa, em 1897, e foi a presidente interina durante parte do ano de 1900. Em 1901, ela assumiu a função de secretária do recém-organizado departamento de Escola Sabatina da Associação Geral. Em 1913, tornou-se diretora do departamento, em que atuou ao longo dos 23 anos seguintes.
Houve também Anna Knight, pioneira do programa educacional adventista entre os negros no sul dos Estados Unidos. Ela também tem a honra de ter sido a primeira mulher missionária afro-americana a ser enviada dos Estados Unidos para a Índia.
No fim do século 19 e início do século 20, muitas outras mulheres serviram como tesoureiras, secretárias de Associação e líderes de departamento. Além disso, existem milhões de mulheres anônimas que integram a liderança de importantes congregações ao redor do mundo.
A comissão de Jesus a Maria continua a ser levada avante.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 1 – Domingo, 22 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-22″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 22 de novembro de 2015″]
Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos. Atos 6:7
De modo geral, o crescimento é algo bom. Nas igrejas, porém, ele leva à necessidade de se repensar as estruturas que permitem ao corpo religioso desempenhar suas funções. Foi isso o que aconteceu em Atos 6, quando a mudança levou à nomeação dos diáconos.
O adventismo do sétimo dia experimenta um crescimento dinâmico desde sua gênese. De 1863 a 1900, ocorreu uma expansão denominacional sem precedentes, em parte por causa de sua organização. O adventismo iniciou esse período com 30 evangelistas e seis Associações, todas localizadas no nordeste dos Estados Unidos. A denominação o concluiu com 45 Associações e 1.500 evangelistas espalhados pelo mundo.
Além do crescimento das Associações, o setor institucional da denominação também se desenvolveu rapidamente. Somente entre 1888 e 1901, o número de
instituições médicas importantes saltou de 2 para 24, terminando com cerca de 2 mil funcionários. Em 1903, a denominação contava com 464 escolas adventistas nos níveis básico e médio, 687 professores e 11.145 alunos matriculados. Além das instituições de saúde e educação, um número cada vez maior de casas publicadoras estava em funcionamento ao redor do mundo.
Tal expansão sem precedentes em todos os setores da igreja levou a uma situação administrativa com a qual o formato organizacional de 1863 estava despreparado para lidar. A maioria das pessoas parecia satisfeita com os dois níveis administrativos acima da estrutura das congregações locais, mas logo descobriram a existência de alguns problemas inerentes.
Um deles era a centralização da tomada de decisões nas mãos dos poucos indivíduos que compunham a pequena comissão diretiva da Associação Geral (no máximo oito até 1897, quando mudou para 15), que se reunia com pouca frequência. Por isso, a maioria das principais decisões ficava nas mãos do presidente da denominação. Além disso, não ajudava o fato de Tiago White e George I. Butler terem tendências dominadoras em sua personalidade. Portanto, um problema constante da estrutura de 1863 era que ela se tornava vulnerável àquilo que Ellen White chamou diversas vezes de “poder controlador”.
Em 1900, quase todos reconheciam a necessidade de mudança.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 2 – Segunda, 23 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-23″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 23 de novembro de 2015″]
O cabeça de todo homem é Cristo. 1 Coríntios 11:3, NVI
Na era pós-1888, ocorreria o desenvolvimento de duas abordagens principais para a reorganização da igreja. Os líderes da denominação e os teólogos mais influentes durante os anos 1890 (Alonzo T. Jones, Ellet J. Waggoner e William W. Prescott) promoveram o primeiro caminho para a reforma. Eles elaboraram uma eclesiologia teológica a qual defendia o ponto de vista de que a igreja não necessitava ter um presidente, uma vez que Cristo era o cabeça e dirigiria cada pessoa nascida de novo.
Waggoner afirmou: “União perfeita significa independência absoluta. […]
A questão da organização é muito simples. A única necessidade é de cada um se entregar ao Senhor, que fará com o indivíduo aquilo que quiser. […] ‘Recebei o Espírito Santo.’ O Espírito Santo é o organizador.” Prescott afirmava: “Se entendermos direito essa ideia, não haverá oficiais aqui.” “Vós todos sois irmãos” é o ideal bíblico.
Para Prescott, Jones, Waggoner e seus colegas, tal esquema não era anarquia, mas a verdadeira organização bíblica. Eles propagaram suas ideias com vigor nas Assembleias da Associação Geral de 1897, 1899, 1901 e 1903.
Obtiveram o maior sucesso em 1897. Impulsionados por uma citação de Ellen White de 1896 (tirada do contexto de suas declarações gerais sobre o assunto), de que “não é sábio escolher um homem como presidente da Associação Geral” (Ct 24a, 1896), os reformadores pressionavam para que não houvesse presidente (a preferência deles) ou para que fossem escolhidos vários presidentes. Em 1897, conseguiram fazer passar a resolução para a escolha de três presidentes da Associação Geral, um na América do Norte, outro na Europa e o terceiro na Austrália.
Na prática, as coisas não funcionaram como queriam os reformadores, mas suas ideias eram firmes e eles as defenderam com toda força em 1901 e 1903.
Arthur G. Daniells, que, no futuro, viria a tornar-se presidente da denominação, brincava que as ideias de Jones e Waggoner sobre organização funcionariam muito bem no Céu, mas certamente não na Terra. E Ellen White deve ter se espantado com a estranha distorção de sua declaração original, feita pelos dois homens.
Senhor, ajuda-nos enquanto pensamos sobre o propósito da organização e como ele se relaciona à missão de Tua igreja aqui na Terra.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 3 – Terça, 24 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-24″ ate=”22015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 24 de novembro de 2015″]
E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. Mateus 24:14
O segundo caminho para a reforma organizacional proposto nos anos 1890 surgiria nos campos missionários da denominação, focado em necessidades pragmáticas, não na teologia. A teologia não estava ausente, mas não era central. A base teológica para essa abordagem era escatológica. Uma vez que os adventistas necessitavam pregar as três mensagens angélicas para todo o mundo antes do segundo advento, essa perspectiva se concentrava na relação da missão denominacional com seu objetivo escatológico.
Os primeiros elementos da reforma começaram na recém-fundada Associação Sul-Africana em 1892, sob a liderança de A. T. Robinson. O principal problema ali era a falta de pessoal. De maneira nenhuma ele conseguiria encontrar pessoas para dirigir todas as organizações auxiliares independentes que haviam se desenvolvido em Battle Creek. Lá havia a Associação de Publicações, a Sociedade Geral de Folhetos e Missões, a Sociedade Educacional, a Associação Geral da Escola Sabatina, a Associação de Temperança e Saúde, a Associação Geral e o Conselho de Missões Estrangeiras.
A solução de Robinson nasceu da necessidade. Em vez de criar organizações independentes, ele desenvolveu departamentos ligados à Associação.
Ole A. Olsen, presidente da Associação Geral, e William C. White se preocuparam com a sugestão, e a Associação Geral escreveu pedindo a Robinson que não criasse os departamentos.
Era tarde demais. Por causa do tempo que as correspondências demoravam para chegar por navio naquela época, quando a instrução da Associação Geral chegou, Robinson já havia colocado o programa em prática e descoberto que ele funcionava.
Nos anos 1890, Robinson foi transferido para a Austrália, onde conseguiu convencer Arthur G. Daniells e William C. White da ideia dos departamentos. Estes, por sua vez, levariam a ideia para a Assembleia da Associação Geral de 1901, como parte de um plano de reorganização.
A inovação costuma estar na origem do progresso. Embora estruturas e regras sejam necessárias para qualquer organização estável, a habilidade de improvisar é essencial para a continuação da vitalidade.
Ajuda-nos, Pai, a encontrar o equilíbrio adequado entre regras e inovações tanto em nossa vida diária quanto na igreja.
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[cv_toggle title=”Conheça Arthur G. Daniells – Quarta, 25 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-25″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2015″]
Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo. Filipenses 3:13, 14
“Se eu realizei algo que valeu a pena na causa de Deus, é porque, em minha juventude, fixei os olhos no alvo e […] pela graça de Deus, nunca permiti que nada desviasse minha mente, nem tirasse meus olhos desse objetivo”, escreveu Arthur G. Daniells perto do fim de uma vida longa e frutífera. Ele foi um líder por excelência não só por conhecer seu alvo, mas também por persistir nele e alcançá-lo.
Daniells nasceu em 1858. Seu pai morreu durante a guerra civil dos Estados Unidos. O menino aceitou o adventismo aos dez anos de idade. Assim como todos os jovens, enfrentou a assustadora dúvida do que fazer com a vida. Depois de estudar no Battle Creek College por um ano, foi dar aulas em uma escola pública quando recebeu o chamado para o ministério.
Não era isso que ele esperava. Sentia-se despreparado; mas, assim como muitos ao longo das eras, Arthur não conseguia se livrar da certeza da vocação.
Daniells iniciou o ministério no Texas em 1878, onde atuou como secretário de Tiago e Ellen White por um ano. Em 1886, enquanto conduzia uma série evangelística, recebeu o convite de ir para a Nova Zelândia e Austrália, onde serviu como administrador da igreja por catorze anos. Enquanto esteve no hemisfério sul, trabalhou de perto com William C. White e sua mãe. Ele e Willie criaram as estruturas que Daniells colocaria em prática em 1901 para a reorganização da igreja.
Eleito presidente da Associação Geral em 1901, permaneceu no cargo por 21 anos, mais do que qualquer outro homem. Em parte por causa do eficiente modelo de organização adotado em 1901 e 1903, o adventismo cresceu com rapidez durante sua administração.
Posteriormente, ele criou a Associação Ministerial da Associação Geral, por meio da qual influenciou uma geração de jovens pregadores a enfatizar, em sua vida e ministério, a Cristo e a salvação por intermédio dEle. O livro de sua autoria, Cristo, Nossa Justiça, relembrou as questões de 1888 ligadas à salvação e é um clássico adventista.
Daniells era uma pessoa com um alvo, seguindo, nesse ponto, o exemplo de Paulo e de Jesus. Eu também preciso ser assim.
Senhor, ajuda-nos hoje e sempre a prosseguir “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus”.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 4 – Quinta, 26 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-26″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 26 de novembro de 2015″]
Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos. Efésios 4:4-6, NVI
Como manter, ao mesmo tempo, unidade e eficiência em uma igreja mundial? Não se trata de uma tarefa fácil, mas é muito importante.
Parte da dificuldade enfrentada pela denominação que se espalhava rapidamente nos anos 1890 estava ligada à comunicação. Em nome da unidade, a praxe declarava que a sede da igreja em Battle Creek precisava aprovar todas as decisões acima do nível das Associações.
Arthur G. Daniells falou sobre o problema do intervalo temporal na comunicação e no processo de tomada de decisões da perspectiva de 1913. A dificuldade era que as correspondências demoravam, no mínimo, quatro semanas para chegar e muitas vezes encontravam os membros da Comissão Diretiva da Associação Geral em viagem, longe do escritório. Daniells observou: “Lembro que esperávamos de três a quatro meses para receber respostas a nossas perguntas.” E, mesmo então, podia ser apenas um questionamento de cinco ou seis linhas, dizendo que os líderes da Associação Geral não haviam entendido o assunto direito e precisavam de mais informações. E assim a situação prosseguia até que “depois de seis a nove meses, talvez, conseguíamos resolver a questão”.
Ellen White também se deparou com obstáculos em relação à estrutura de 1861/1863, que centralizava a tomada de decisões. Depois de passar anos nos campos missionários da igreja, ela reconheceu que “os homens em Battle Creek não são mais inspirados a dar conselhos livres de erros do que as pessoas de outros lugares, a quem o Senhor confiou a obra em cada localidade” (Ct 88, 1896).
O desafio era como descentralizar e, ao mesmo tempo, manter a unidade. A resposta foi a criação das Uniões, unidades administrativas “inventadas” na Austrália na metade da década de 1890. A União Australásia era formada por
várias Associações e Missões que faziam parte de seu território e servia como intermediária entre a Associação Geral e os campos locais. Com poder executivo em seu território, descentralizou o processo de tomada de decisões, mantendo a unidade.
Quando os líderes da igreja australiana criaram as Uniões, A. T. Robinson chegou da África do Sul com o sistema de departamentos, que também foi adotado na Austrália.
A maioria de nós não pensa muito na mecânica necessária para administrar uma igreja mundial. Talvez devêssemos fazê-lo. Mesmo nessa área relativamente “trivial”, podemos ver a mão orientadora de Deus.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 5 – Sexta, 27 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-27″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 27 de novembro de 2015″]
O Senhor usou um profeta para tirar Israel do Egito, e por meio de um profeta cuidou dele. Oseias 12:13, NVI
Algumas coisas parecem impossíveis de realizar. Uma delas era a reestruturação da Igreja Adventista em 1901. Os pastores da liderança haviam esbarrado nessa questão por mais de dez anos, sem conseguir resolver nada.
Tudo isso mudaria a partir de uma reunião com os líderes da denominação, presidida por Arthur G. Daniells na biblioteca do Battle Creek College em 1º de abril de 1901. Daniells disse aos que ali estavam reunidos que alguns deles haviam se encontrado na noite anterior, mas queriam abrir a discussão para mais pessoas e também permitir à irmã White estar presente e expor a luz que ela tivesse sobre a questão.
Contudo, Ellen White não quis tomar frente da reunião. Ela disse a Daniells: “Pensei em deixá-lo liderar e, se eu tiver algo a dizer, direi.” O presidente respondeu que ele e os colegas não queriam discutir mais a questão da organização sem antes ouvir a opinião dela.
A Sra. White contra-argumentou: “Eu prefiro não falar hoje […] não por não ter nada a dizer, porque eu tenho.” Então, por cerca de uma hora e meia, ela fez um dos discursos mais influentes de seu ministério.
Sem meias palavras, ela defendeu a chegada de “sangue novo” e de “uma organização totalmente nova”, que ampliasse a base administrativa. Opondo-se à centralização do poder, não deixou dúvidas de que o “poder controlador, absoluto” e qualquer administrador que se assentasse em um “pequeno trono” precisariam ir embora. Ela apelou por uma renovação imediata, dizendo: “Deus não permita, irmãos, Deus não permita que esta assembleia aconteça e termine como as outras, com o mesmo espírito de manipulação!” (Man. 43a, 1901).
No dia seguinte, na reunião de abertura da Assembleia da Associação Geral, ela foi à frente e pediu a reorganização de forma clara, muito embora “a maneira exata de realizá-la [ela não pudesse] dizer” (1901, Boletim da Associação Geral 25). Em seu modo de ver, era seu dever impelir à reforma, mas os delegados tinham a responsabilidade de desenvolver as estruturas.
Nessa situação, nos deparamos com esclarecimentos interessantes sobre o papel profético de Ellen White. Ela foi a catalisadora para que as coisas acontecessem. Sem a faísca que ela acendeu em 1901, a igreja provavelmente não teria partido para nenhuma ação firme no que se refere à reorganização. O dom profético é uma das formas usadas por Deus para guiar Seu povo.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 6 – Sábado, 28 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-28″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 28 de novembro de 2015″]
Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. Hebreus 13:14
Esta Terra não é nosso lar. Essa filosofia e a necessidade missionária impeliu o grupo que saiu vitorioso da Assembleia da Associação Geral em 1901.
G. A. Irwin, o presidente, abriu as reuniões reconhecendo a força do apelo de Ellen White por reforma, mas parou em generalidades.
Nesse momento, Arthur G. Daniells foi à frente e sugeriu que “os papéis e procedimentos costumeiros para organizar as questões administrativas da assembleia fossem suspensos” e eles escolhessem uma comissão geral para desenvolver recomendações relacionadas à reorganização denominacional e outros tópicos de interesse. Sua proposta foi aprovada.
Os líderes nomearam Daniells presidente da comissão de reorganização. Ele e William C. White foram as principais vozes na reorganização, muito embora a coalizão de Jones e Waggoner tenha tentado mudar as coisas em sua direção.
Quando Daniells falou sobre a reorganização da igreja, estava se referindo à reestruturação administrativa para maior êxito no alcance missionário. Ele deixou isso bem claro na segunda manhã da Assembleia de 1901, ao dizer aos delegados que, a menos que algo definitivo fosse feito, levaria “um milênio para dar esta mensagem ao mundo”.
A Assembleia da Associação Geral de 1901 resultou em algumas das mais relevantes mudanças na história da denominação. As mais importantes, em termos organizacionais, foram cinco: (1) a criação das Uniões Associações e Uniões Missões que supervisionariam as Associações e Missões locais, descentralizado, assim, a autoridade administrativa dos líderes da Associação Geral; (2) o fim da maioria das organizações auxiliares e a adoção do sistema de departamentos; (3) a comissão diretiva da Associação Geral aumentou o número de membros para 25; (4) a propriedade e a administração da maioria das instituições passou da Associação Geral para as Uniões Associações; (5) a Associação Geral não teria mais presidente, apenas um coordenador da comissão diretiva, podendo ser removido do cargo a qualquer momento que esta decidisse.
A igreja fez mudanças radicais baseadas na experiência missionária de Daniells e de William C. White. E a liderança fez a diferença. Deus continua trabalhando por intermédio das pessoas, tanto na esfera coletiva quanto individual, para guiar Sua igreja.
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[cv_toggle title=”Revendo a Organização da Igreja – 7 – Domingo, 29 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-29″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 29 de novembro de 2015″]
De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? Tiago 4:1
Ótima pergunta! A resposta se encontra na natureza humana universalmente pervertida. Queremos as coisas do nosso jeito. Queremos proteger nosso lado.
Isso se aplica às pessoas de todos os lugares, seja na família ou na vida profissional. E, na igreja, tais disputas podem surgir quando a “missão” de indivíduos se sobrepõe à missão evangélica ordenada por Deus.
Dois problemas estruturais persistiram após a Assembleia de 1901. O primeiro era que a forte iniciativa médica sob o controle do Dr. John Harvey Kellogg continuava fora do sistema de departamentos. O segundo era a questão da presidência.
Em 1902, desenvolveu-se uma grande luta de poder entre Arthur G. Daniells, o “coordenador” da comissão diretiva da Associação Geral, e Kellogg. Ela resultou do fato de Daniells exigir responsabilidade fiscal enquanto o médico tinha planos de gastos ilimitados na ampliação de seu império médico.
A solução para a dificuldade parecia clara para Kellogg, que controlava um terço dos votos na comissão diretiva e tinha influência sobre outros: tirar Daniells da função e substituí-lo por Alonzo T. Jones, que era favorável a seu ponto de vista.
Os intempestivos sons da contenda abalaram a denominação em novembro de 1902. O motivo: quem controlaria a igreja e por quais razões. Podemos ser gratos por Daniells ter vencido a batalha que determinaria o propósito do adventismo no século 20.
Nesse meio tempo, Daniells voltou assumir o título de “presidente”, após descobrir que, para fins legais, era quase que uma necessidade.
Esses foram os embates que criaram o clima para a Assembleia da Associação Geral de 1903. Nela, o programa médico se transformou em um departamento da igreja e a presidência foi restabelecida, abrindo caminho para o cisma.
Muitas vezes na história da igreja, a missão se transformou em “eu” e “meu programa”, o que leva ao fim da paz e da espiritualidade. O diabo sempre está a postos
para incentivar nossos desejos individuais. Todos somos tentados a nos assentar em pequenos tronos pessoais.
Senhor, ajuda-nos a avaliar nossas intenções ao trabalhar para Ti. Salva-nos do “eu”.
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[cv_toggle title=”Reflexões sobre a Reestruturação de 1901 e 1903 – Segunda, 30 de novembro” tags=””]
[disponivel em=”2015-11-30″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 30 de novembro de 2015″]
Aumentarei a produção das árvores e as safras dos campos. Ezequiel 36:30, NVI
A reestruturação da igreja abriu caminho para maior produtividade e eficiência. Assim, seu programa missionário mundial avançou de uma forma que teria sido impossível com os problemas da velha estrutura.
Devemos, porém, observar que a organização de 1901 e 1903 não era uma estrutura nova. Ela manteve o esboço geral do plano de 1861/1863, modificando-o
apenas para atender às necessidades de uma igreja em crescimento.
Apenas modificar o que estava ultrapassado, porém, não era o ideal de alguns dos delegados em 1901 e 1903. A facção de Jones e Waggoner buscava uma revolução total. No fim, sua proposta de remodelamento drástico da igreja perdeu por vários motivos. Tratava-se de um modelo teologicamente inadequado, pois focava no membro da igreja, sem espaço para uma abordagem prática à ação unificada. Na teoria, parecia ótimo: cada um trabalharia em harmonia com os outros se fossem convertidos; mas, na prática, a imagem bíblica reflete menos perfeccionismo e uma visão mais complexa do pecado do que a defendida pelos candidatos a revolucionários do adventismo.
Esse grupo também tinha o costume de deslocar citações de Ellen White de seu contexto literário e histórico, fazendo transparecer que ela dissera coisas nas quais não acreditava. Por exemplo, ela não tinha problema nenhum com o título “presidente”, uma vez que o usava com frequência.
A abordagem de Daniells era mais próxima da realidade e estava em harmonia com a organização que Tiago White desenvolvera em 1861/1863. Ambos buscavam uma estrutura eficiente para a conclusão da tarefa de levar a mensagem adventista aos confins da Terra o mais rápido possível. Então Cristo logo iria voltar.
A eficiência para a missão é uma palavra-chave na história da organização do adventismo do sétimo dia. Embora a maioria dos delegados de 1903 tenha concordado com as conclusões finais da Assembleia, M. C. Wilcox fez a importante ressalva de que a igreja não deveria ser organizacionalmente inflexível. Era imprescindível se manter aberta para fazer adaptações às necessidades que surgissem da missão.
Pai, obrigado pela estrutura da igreja, capaz de alcançar o mundo inteiro de maneira unificada. Queremos, mais do que qualquer outra coisa, que Jesus venha.
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