Outubro / 2015 / Meditações Diárias

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e a Terceira Mensagem Angélica – 3 – Quinta, 1º de outubro” tags=””]

Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Apocalipse 14:12

Quase todos os intérpretes adventistas de Apocalipse 14:12 antes de 1888 consideravam que a “fé em Jesus” seria um conjunto de verdades em que se deveria crer e guardar. Todavia, na maior parte das vezes, os adventistas não dedicavam muito tempo a essa parte do versículo. Era o trecho sobre a obediência aos mandamentos que recebia mais atenção. Portanto, conforme observamos antes, Uriah Smith deu ênfase à palavra “guardam” quando comentou o texto em janeiro de 1888 e George Butler fez o mesmo em maio de 1889.

Tal ênfase derivava da visão de que a verdade do sábado, no contexto da marca da besta, seria a última mensagem de Deus a um mundo pronto para a segunda vinda. Não causa espanto o fato de essa interpretação levar o adventismo tradicional para muito próximo do legalismo. Tais consequências estavam na base do vocabulário de sua crença. Palavras como “guardar”, “fazer”, “obedecer”, “lei” e “mandamentos” lhes enchiam a mente com a importância das contribuições distintivas do adventismo para o cristianismo em geral.

Foi essa interpretação de Apocalipse 14:12 que se questionou em 1888. De Mineápolis emanou um novo entendimento do texto central da história do adventismo.

Jones aludiu à nova interpretação em dezembro de 1887. Ele escreveu: “A única forma de obter harmonia com a justa lei de Deus é por meio da justiça divina, a qual vem mediante a fé em Jesus Cristo. […] Na mensagem do terceiro anjo, encontra-se personificada a verdade suprema e a justiça suprema.”

Note o que Jones fez. Ele identificou uma equivalência entre “a verdade suprema” e “os mandamentos de Deus”, e entre “a justiça suprema” e “a fé em Jesus”, que ele sugeria ser a fé depositada em Cristo.

De fato, Jones ajudou os adventistas de sua época a compreenderem que somente a fé alicerçada no filho de Deus é capaz de nos conduzir a uma vida de obediência aos mandamentos. Essa é a mensagem que devemos levar ao mundo ainda hoje.

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e a Terceira Mensagem Angélica – 4 – Sexta, 2 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-02″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 2 de outubro de 2015″]

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Romanos 1:16

Alonzo T. Jones pode ter feito a primeira alusão ao novo entendimento do que seria a “fé em Jesus” em 1887, mas Ellen White seria ainda mais específica. Ela escreveu:

“A mensagem dada ao povo nas reuniões [em Mineápolis] apresentou em linhas claras não só os mandamentos de Deus – uma parte da terceira mensagem angélica – mas também a fé em Jesus, a qual envolve mais do que se costuma supor. E fará muito bem a proclamação da terceira mensagem angélica em todos os lugares, pois as pessoas necessitam de cada jota e cada til dela. Se proclamarmos os mandamentos de Deus e deixarmos a outra metade quase sem menção, a mensagem será manchada em nossas mãos. […]

“A mensagem presente que o Senhor confiou como dever para Seus servos proclamarem às pessoas não é algo novo, nem inédito. Trata-se de uma verdade antiga que foi perdida de vista, uma vez que Satanás fez grandes esforços para que isso acontecesse.
“O Senhor tem uma obra para cada um que pertence a Seu povo leal: levar a fé em Jesus ao lugar correto – dentro da mensagem do terceiro anjo. A lei ocupa uma posição importante, mas ela só tem poder quando a justiça de Cristo é colocada a seu lado para conferir sua glória a todo o padrão real de justiça. […]

“Uma confiança plena e irrestrita confere a qualidade correta à experiência religiosa. Sem ela, essa experiência se resume a nada. O serviço se torna como a oferta de Caim: sem Jesus. Deus é glorificado por meio da fé viva em um Salvador pessoal e todo-suficiente. A fé vislumbra Cristo como Ele de fato é: a única esperança do pecador. A fé se apega a Jesus e confia nEle. Ela diz: ‘Ele me ama e morreu por mim. Eu aceito o sacrifício, e Cristo não terá morrido por mim em vão.’

“Além de nós termos perdido muitas pessoas, os ministros têm negligenciado a parte mais solene de nossa obra ao não se demorarem no sangue de Jesus Cristo como a única esperança de vida eterna para o pecador. Contem a história de Cristo. […] Digam aos pecadores: ‘vede e vivereis’” (Man. 30, 1889).

A fé em Cristo como Salvador é o cerne do evangelho. É também o centro da terceira mensagem angélica, o coração da mensagem de 1888.

Ajuda-nos, Pai, a entender melhor a relação entre lei e evangelho à medida que refletimos sobre os desdobramentos de Apocalipse 14:12.

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e a Terceira Mensagem Angélica – 5 – Sábado, 3 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-03″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 3 de outubro de 2015″]

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). Gálatas 3:13

A exaltação da fé em Cristo como o coração da terceira mensagem angélica se tornou central para a mensagem de Ellen White na Assembleia da Associação Geral de 1888 e depois também.

Pouco após as reuniões em Mineápolis, ela fez uma de suas declarações mais poderosas sobre Apocalipse 14:12 e o significado central da mensagem de 1888: “A terceira mensagem angélica é a proclamação dos mandamentos de Deus e da fé em Jesus Cristo. Os mandamentos de Deus têm sido proclamados, mas a fé em Jesus não tem sido anunciada pelos adventistas do sétimo dia com a mesma importância, andando a lei e o evangelho de mãos dadas como deveriam. Não consigo encontrar palavras para expressar este assunto em sua plenitude.

“‘A fé em Jesus’ – fala-se sobre ela, mas não é compreendida. O que constitui a fé em Jesus, que pertence à mensagem do terceiro anjo? Jesus levou nossos pecados a fim de Se tornar o Salvador que nos perdoa. Ele foi tratado como nós merecemos ser tratados. Veio ao mundo e levou sobre Si nossos pecados, a fim de que pudéssemos nos revestir de Sua justiça. A fé na capacidade de Cristo nos salvar de maneira ampla, completa e sem medida é a fé em Jesus. […]

“Só há salvação para o pecador no sangue de Jesus Cristo, que nos purifica de todo pecado. O ser humano com o intelecto culto pode ter grandes somas de conhecimento, engajar-se em especulações teológicas, ser grande, honrado e considerado um depositário de sabedoria; mas, a menos que tenha o conhecimento salvífico de Jesus crucificado em seu lugar e, pela fé, se apegue à justiça de Cristo, estará perdido. ‘Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados’ (Is 53:5). ‘Salvos pelo sangue de Jesus Cristo’ será nossa única esperança para este tempo e nosso cântico pela eternidade” (Man. 24, 1888, itálico acrescentado).

Cristo morreu por nós e só podemos ser salvos por meio de uma fé vital em Seu sacrifício. Esse é o centro da fé em Jesus e de Apocalipse 14:12. É o cerne do que significa ser adventista do sétimo dia e o coração do verdadeiro cristianismo.

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e a Terceira Mensagem Angélica – 6 – Domingo, 4 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-04″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 4 de outubro de 2015″]

Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a Filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Apocalipse 14:14

Ouso dizer que não era qualquer assunto que empolgava Ellen White. No entanto, o entusiasmo que ela demonstrava pelo plano da salvação em Cristo era insuperável.

Ao refletir sobre a recém-concluída Assembleia da Associação Geral em 1888, ela constatou: “O Pastor E. J. Waggoner recebeu o privilégio de falar claramente e de apresentar sua perspectiva sobre a justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação à lei. Não foi nenhuma luz nova, mas uma luz antiga colocada no lugar em que deveria estar, dentro da terceira mensagem angélica.

“Qual é o objetivo dessa mensagem? João vê um povo. Ele diz: ‘Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus’ (Ap 14:12). João contempla esse povo logo antes de ver o Filho do homem ‘tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada’ (v. 14).

“A fé em Jesus tem sido negligenciada e tratada de maneira indiferente, descuidada. Ela não ocupa a posição de proeminência que foi revelada a João. A fé em Cristo como a única esperança do pecador muitas vezes vem sendo deixada de lado, não só nas pregações, mas também na experiência religiosa de muitos dos que afirmam crer na mensagem do terceiro anjo.

“Nesta reunião, testemunhei que a mais preciosa luz tem brilhado das Escrituras na apresentação do grande tema da justiça de Cristo ligado à lei, que deve ser constantemente colocada diante do pecador como sua única esperança de salvação.

“Não foi uma luz nova para mim, pois me foi dada por uma autoridade superior ao longo dos últimos 44 anos e eu a tenho apresentado ao povo por meio da pena e da voz, nos testemunhos do Espírito. Mas muito poucos têm respondido. […] Pouco se fala e se escreve sobre este grande tema. Os discursos proferidos por alguns seriam corretamente representados como a oferta de Caim: sem Cristo. O padrão para medir o caráter é a lei divina. A lei detecta o pecado. Por meio da lei, vem o conhecimento do pecado. Mas o pecador é constantemente atraído a Jesus” que morreu pelos pecados de cada indivíduo na cruz (Man. 24, 1888).

Reflita hoje em Cristo e no que Ele fez por você. Tais pensamentos não só lhe confortarão a alma, como também revigorarão sua vida e transformarão suas ações.

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e a Terceira Mensagem Angélica – 7 – Segunda, 5 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-05″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 5 de outubro de 2015″]

O justo viverá por fé. Romanos 1:17

Algo muito interessante que lemos antes foi o fato de Ellen White destacar mais de uma vez que a verdade sobre a justificação pela fé anunciada por Waggoner não era nova luz, que ela própria a vinha proclamando por 44 anos. Waggoner concordava com essa ideia, observando que a mensagem ensinada por ele fora proclamada “por todos os eminentes reformadores” “desde os dias de Paulo até a época de Lutero e Wesley”.

Em outras palavras, de acordo com Waggoner, suas ideias eram uma retomada do ponto de vista evangélico da justificação pela fé.
Essa também era a interpretação de Ellen White a respeito de, no mínimo, parte da contribuição de Jones e Waggoner. Em agosto de 1889, ela escreveu que a doutrina da “justificação pela fé” ficara “por muito tempo escondida debaixo de um entulho de erros”. Tais erros, afirmou ela, foram demonstrados pelo “povo da Santidade”, que pregava a fé em Cristo, mas também defendia a “eliminação da lei” (RH, 13 de agosto de 1889). De acordo com essa perspectiva, o ensino da justificação pela fé estivera na “companhia do erro” (Man. 8a, 1888).

No outro extremo, estavam os adventistas que defendiam a santidade da lei, mas haviam “perdido de vista” a “doutrina da justificação pela fé”. Nesse contexto, ela afirma que “Deus levantou homens [Jones e Waggoner] para atender às necessidades desta época. […] A obra deles não é somente proclamar a lei, mas pregar a verdade para este tempo: o Senhor, justiça nossa”.

Segundo ela, os adventistas vinham fazendo um bom trabalho no que se refere à lei, enquanto o povo da santidade pregava a fé em Cristo. Mas as duas partes estavam erradas. Os adventistas negligenciavam a fé, ao passo que o povo da santidade denegria a lei. A realização de Jones e Waggoner foi eliminar os erros de cada grupo enquanto aliavam suas verdades.

Como resultado, Ellen White podia afirmar que, por meio da ênfase de Jones e Waggoner na justificação pela fé, “Deus resgatou essas verdades da companhia do erro [os que desprezavam a lei] e as colocou dentro de seu contexto apropriado [a terceira mensagem angélica]” (Man. 8a, 1888).

O Senhor não deseja adventistas desequilibrados, focados apenas na lei ou na fé. Ele quer um povo que coloque esses dois elementos na perspectiva correta.

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[cv_toggle title=”Justificação Pela Fé e o Alto Clamor – Terça, 6 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-06″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de outubro de 2015″]

Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia. […] Retirai-vos dela, povo meu. Apocalipse 18:1, 2, 4

Observamos ontem que um dos aspectos da mensagem de Waggoner e Jones que empolgou Ellen White foi a junção das duas metades de Apocalipse 14:12. Eles pregavam não só os mandamentos de Deus, mas também a fé em Jesus como Senhor e Salvador. Assim, haviam resgatado as verdades da justificação pela fé “da companhia do erro [os que desprezavam a lei]” e as colocaram “dentro de seu contexto apropriado [a terceira mensagem angélica]” (Man. 8a, 1888).

Segundo seu modo de ver, a mensagem de 1888 não era uma doutrina adventista específica desenvolvida por Jones e Waggoner. Em vez disso, tratava-se da reunião do adventismo com o cristianismo geral. Ela exaltava Jesus Cristo como a coluna central de todo o viver e pensamento cristão, proclamava a justificação pela fé e ensinava que a santificação se reflete na obediência à lei de Deus por intermédio do poder do Espírito Santo.

Depois de compreendermos que o âmago da contribuição de Jones e Waggoner foi unir as várias partes da terceira mensagem angélica, é possível compreender a intrigante declaração de Ellen White a respeito do início do alto clamor em 1888. Na Review de 22 de novembro de 1892, lemos: “O período de prova se encontra sobre nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o princípio da luz do anjo cuja glória encherá toda a Terra. Pois é a obra de todo aquele que recebeu a mensagem de advertência […] exaltar a Jesus.”

Jones, confundindo a chuva serôdia (o derramamento do Espírito Santo – uma pessoa) com o alto clamor (uma mensagem), fez um grande alarde da declaração feita em 1892, proclamando que a chuva serôdia havia começado. Entretanto, ele precisava ler com mais cuidado. Era o alto clamor, não a chuva serôdia, que tinha iniciado em Mineápolis.

A poderosa ideia que Ellen White comunicou em 1892 foi que, em 1888, os adventistas do sétimo dia finalmente tinham a última mensagem de misericórdia completa para pregar ao mundo. O alto clamor proclamaria a continuidade da importância dos Dez Mandamentos no contexto de uma fé firme em Jesus como Senhor e Salvador, tudo dentro da expectativa do segundo advento (Ap 14:12).

Que mensagem! E Deus quer que sejamos fiéis a todas às suas partes.

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[cv_toggle title=”E a Trindade? – 1 – Quarta, 7 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-07″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 7 de outubro de 2015″]

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Mateus 28:19

Pode ser uma surpresa para muitos dos adventistas do sétimo dia atuais descobrir que a maioria dos fundadores da denominação não entraria para a igreja hoje se precisassem concordar com as 28 crenças fundamentais. Para ser mais específico, eles rejeitariam a crença número 2, sobre a Trindade, porque eram antitrinitários; refutariam a crença 4, sobre o Filho, pois defendiam que Ele não era eterno; e negariam a número 5, sobre o Espírito Santo, porque para eles o Espírito era uma força, em vez de uma pessoa.

Em grande medida, a Conexão Cristã havia moldado a compreensão deles acerca desses assuntos. Em 1835, Josué Himes, importante ministro dessa denominação, escreveu que “a princípio, eles [os membros da Conexão Cristã] eram, de modo geral, trinitários”, mas se afastaram da crença quando passaram a compreender que “não era bíblica”. Himes declarou que somente o Pai era “não originado, independente e eterno”. Logo, Cristo seria originado, dependente e trazido à existência pelo Pai. Os conexionistas também tinham a tendência de conceber o Espírito Santo como “o poder e a energia de Deus, a santa influência divina”.

José Bates, Tiago White e outros levaram tais pontos de vista para o adventismo do sétimo dia. Por exemplo, em 1846, White chamou a Trindade de “antigo credo antibíblico” e, em 1852, de “velho absurdo trinitário”.

John N. Andrews partilhava das perspectivas de White. Em 1869, ele escreveu que: “O Filho de Deus […] tem Deus por Pai e, em algum momento passado da eternidade, teve um princípio de seus dias.”

Uriah Smith também rejeitava a Trindade. Ele argumentou, em 1865, que Cristo foi “o primeiro ser criado” e, em 1898, que somente Deus não tem princípio.

Esse panorama dá uma ideia de quem era quem na Trindade segundo o modo de ver dos adventistas guardadores do sábado. Você pode ter observado que somente um nome está faltando: o de Ellen White. Não que ela não tivesse nada a dizer sobre o assunto. Contudo, é impossível saber exatamente em que ela acreditava com base no que disse nas primeiras décadas do movimento.

Como os primeiros líderes adventistas podem ter se equivocado em um tema tão importante? Parte da resposta é esta: Deus conduz Seu povo passo a passo e, à medida que progride, sua visão se torna cada vez mais clara. Ao longo dos próximos dias, veremos uma transformação que ocorreu no pensamento adventista sobre a Trindade.

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[cv_toggle title=”E a Trindade? – 2 – Quinta, 8 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-08″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 8 de outubro de 2015″]

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1

Os primeiros líderes adventistas do sétimo dia eram, de modo quase unânime, antitrinitarianos. E os reformadores em Mineápolis?
É interessante notar que esse era um ponto teológico no qual E. J. Waggoner concordava com Uriah Smith. “Houve um momento”, escreveu Waggoner em seu livro de 1890, intitulado “Cristo e Sua Justiça”, “em que Cristo procedeu e se originou de Deus […], mas isso aconteceu há tanto tempo na eternidade que, para a compreensão finita, é quase como se Ele não tivesse princípio”.

Sua declaração é notavelmente paralela à de Smith na mesma década: “Só Deus não tem princípio. Em uma época das mais remotas em que se pudesse haver um início – uma ocasião tão distante, que, para as mentes finitas, é essencialmente eterna – surgiu o Verbo.”
Se Smith e Waggoner estavam do mesmo lado no que se refere à Trindade, precisamos perguntar: De onde veio o estímulo para a mudança?

É aí que entra outra reformadora de 1888. A experiência de 1888 literalmente transformou o ministério escrito de Ellen White. Foi durante os acontecimentos ligados à Assembleia da Associação Geral que ela reconheceu mais plenamente a ignorância dos ministros e leigos adventistas a respeito do plano da salvação e da centralidade de Cristo.

Nos anos seguintes, seus livros mais importantes sobre esses assuntos foram publicados:

Em 1892, o clássico Caminho a Cristo.

Em 1896, O Maior Discurso de Cristo, que aborda o sermão do Monte.

Em 1898, O Desejado de Todas as Nações, seu livro sobre a vida de Cristo.

Em 1900, Parábolas de Jesus, sua obra sobre as parábolas.

Em 1905, A Ciência do Bom Viver, cujos capítulos iniciais se concentram no ministério de cura de Jesus.

Nenhum desses livros traz um capítulo ou mesmo um parágrafo sobre a Trindade ou a divindade plena de Cristo, mas ela profere expressões e palavras que levaram os adventistas a estudar novamente o assunto. Tal estudo da Bíblia acabaria por transformar a posição do adventismo sobre a Trindade e tópicos relacionados.

Obrigado, Senhor, por Tua bondosa guia. Tu fazes Tua igreja avançar na velocidade em que é capaz de absorver o que tens para ela.

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[cv_toggle title=”E a Trindade? – 3 – Sexta, 9 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-09″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de outubro de 2015″]

Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo? […] Não mentiste aos homens, mas a Deus. Atos 5:3, 4

A despeito da clareza da Bíblia sobre o assunto, os primeiros adventistas falharam em reconhecer a pessoalidade e a plena divindade do Espírito Santo. Isso teria consequências desastrosas para a denominação por volta do fim do século 19.

Entretanto, primeiro precisamos reconhecer que, nos anos 1890, possivelmente foi escrito mais sobre o Espírito Santo e Cristo do que em qualquer outra década da história adventista. Isso era natural, uma vez que começaram a falar sobre a justificação pela fé e a centralidade de Cristo para a salvação. Afinal, se é Cristo quem salva, é importante que Ele seja adequado para a tarefa. E se o Espírito desempenha um papel-chave nesse processo, seria esperado falar sobre Sua função. Portanto, não foi acidental o início da discussão sobre a Divindade dentro do adventismo na década de 1890.

No entanto, os adventistas não eram os únicos a falar sobre o Espírito Santo. As denominações wesleyanas, com sua ênfase na cura pela fé e na vida vitoriosa surgiram durante esses anos e, na virada do novo século, ocorreria a ascensão do pentecostalismo moderno. Ambos os movimentos tinham muito a dizer sobre a obra do Espírito na vida das pessoas e na igreja. No outro extremo do espectro teológico, encontravam-se os cristãos liberais, que renovaram o interesse em teorias ligadas ao Espírito, como a imanência de Deus e também as ideias de religiões orientais como o hinduísmo, com a perspectiva panteísta de que tudo o que existe é Deus.

O adventismo, sofrendo com a falta de um entendimento apropriado sobre esses assuntos, seria profundamente afetado pelos movimentos do mundo religioso mais amplo. De um lado, aconteceria, na virada do século, um afloramento pentecostal, com o movimento da Carne Santa, o qual proclamava que até o dente caído dos fiéis cresceria de volta antes do retorno de Cristo, para todos terem uma carne perfeita. Em contrapartida, Waggoner e J. H. Kellogg se deixaram influenciar pelo panteísmo. Nas assembleias da Associação Geral de 1897 e 1899, por exemplo, Waggoner afirmou que Cristo “apareceu como uma árvore” e que “o indivíduo pode obter justificação ao se banhar, quando sabe de onde provém a água”.

Que confusão! Mas foi nesse contexto que Deus conduziu o adventismo ao passo seguinte no caminho progressivo da verdade presente.

Deus tinha uma mensagem sobre a Trindade para Seu povo; porém, ela só seria compreendida por meio do estudo da Bíblia.

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[cv_toggle title=”E a Trindade? – 4 – Sábado, 10 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-10″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 10 de outubro de 2015″]

Mas a respeito do Filho, diz: “O Teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre.” Hebreus 1:8, NVI

Muito embora a Bíblia não tenha nenhuma dificuldade de chamar Jesus de Deus, os adventistas sofriam desse problema, sem dúvida com base em um preconceito, segundo o qual a doutrina da Trindade era produto de uma igreja em apostasia. Entretanto, tal atitude mudaria.

E à frente daqueles que direcionavam a igreja a um novo rumo se encontrava Ellen White. Embora ela nunca tenha usado a palavra “Trindade”, seus escritos da era de 1888 e após esse período estão repletos de expressões e conceitos trinitários. Ela observou, por exemplo, que “há três pessoas vivas pertencentes à Trindade celeste [no original, trio celeste]” (Ev, p. 615). Em 1901, escreveu sobre “os eternos dignitários celestes – Deus, Cristo e o Espírito Santo” (ibid., p. 616). Várias vezes, referiu-se ao Espírito Santo como a “terceira pessoa da Trindade [no original, Divindade]” (ibid., p. 617; DTN, p. 671). E não tinha dúvidas de que “o Espírito Santo […] é tanto uma pessoa como o próprio Deus” (Ev, p. 616).

Com respeito a Cristo, Ellen White foi bem além de Waggoner, Smith e da maioria dos outros adventistas de sua época, ao caracterizá-Lo não só como “igual a Deus”, mas também como “o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo” (ibid., p. 615). Ele era um com o Pai “desde toda a eternidade” (RH, 5 de abril de 1906).

Talvez a declaração mais controversa e inesperada da Sra. White para os adventistas dos anos 1890 seja uma frase de seu livro sobre a vida de Jesus, na qual destacou que “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” (DTN, p. 530, itálico acrescentado). Tal afirmação pegou a denominação de surpresa. Alguns questionaram se ela não haveria se afastado da fé. Não temos a menor dúvida de que Ellen White esteve na vanguarda daqueles que procuraram cristianizar o adventismo em sua compreensão sobre a natureza de Jesus.

Contudo, é crucial observar que ela nunca resolveu nenhum problema, nem desenvolveu a teologia da Trindade. Em vez disso, salpicou seus escritos com declarações que levaram os pastores e membros da igreja a se voltarem mais uma vez para a Bíblia a fim de estudar novamente o assunto por si mesmos.

Pai celestial, nós Te agradecemos hoje porque Cristo é suficiente para salvar e por termos o Espírito Santo ao nosso lado em Sua tarefa redentora.

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[cv_toggle title=”E a Trindade? – 5 – Domingo, 11 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-11″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de outubro de 2015″]

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte. Isaías 9:6

Ontem vimos algumas das declarações distintamente trinitárias de Ellen White, feitas durante o período de 1888. Para muitos, a mais problemática era a encontrada em O Desejado de Todas as Nações, página 530: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.”

A convicção dessa frase pegou muitos de surpresa. Um deles foi o jovem pregador M. L. Andreasen. Ele tinha certeza de que a Sra. White não havia escrito aquilo, que seus editores e assistentes deveriam ter feito alguma alteração. Por isso, pediu para ler o manuscrito original. Ela disponibilizou o documento com alegria. Posteriormente, ele recordou: “Eu tinha levado uma série de citações para ver se constavam no original escrito por seu próprio punho. Lembro-me de como fiquei pasmo quando O Desejado de Todas as Nações foi publicado, pois continha coisas que considerávamos inacreditáveis, dentre elas, a doutrina da Trindade, que não era, na época, aceita pelos adventistas de modo geral.”

Tendo permanecido por vários meses na Califórnia, Andreasen teve tempo suficiente para averiguar suas suspeitas. Ele tinha interesse especial pela “afirmação em O Desejado de Todas as Nações que, na época, causou grande preocupação teológica para a denominação: ‘em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada’. […] Essa frase pode não parecer muito revolucionária para você”, disse a seu público em 1948, “mas foi para nós. Mal podíamos acreditar. […] Eu tinha certeza de que a irmã White nunca havia escrito” a passagem. “Mas então a encontrei registrada de próprio punho assim como fora publicada.”

Alguns ainda não acreditam nisso. Durante os últimos quinze anos, tem havido um renascimento do antitrinitarismo entre alguns adventistas. Assim como Andreasen, os adeptos desse movimento acham que os editores mudaram os pensamentos de Ellen White.
Com certeza, isso revela muito sobre sua falta de conhecimento a respeito de Ellen White. Ela sabia em que acreditava e discordava de editores e até mesmo de administradores da Associação Geral, conforme vimos em 1888. Seus assistentes tinham permissão para modificar palavras específicas, por meio do uso de sinônimos, mas não seus pensamentos.

A recuperação da crença na Trindade foi mais um passo na guia progressiva de Deus no adventismo, rumo a uma compreensão mais plena das Escrituras.

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[cv_toggle title=”Retrospectiva Sobre a Trindade – Segunda, 12 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-12″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 12 de outubro de 2015″]

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. 2 Coríntios 13:13

Essas foram as últimas palavras de Paulo em sua segunda carta aos coríntios, uma frase que chama a atenção de todos os leitores da Bíblia para a identidade dos membros da Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Entre os anos 1880 e o meio do século 20, o adventismo passou por uma revolução na crença sobre a Trindade e a natureza divina do Filho e do Espírito. Conforme constatamos, Ellen White apontou o adventismo para a nova direção, mas suas declarações não criaram a revolução. Em vez disso, incentivaram outros adventistas a explorarem as Escrituras por si mesmos, em busca de uma resposta bíblica sobre o assunto.

Mesmo assim, porém, a mudança não foi rápida. Na verdade, demorou décadas. Um exemplo foi a Conferência Bíblica organizada pela Associação Geral em 1919. Nela, o debate inicial sobre a Trindade deixou alguns nervosos. Um dos pastores da liderança declarou: “Não posso aceitar a suposta doutrina trinitária. […] Não consigo acreditar que duas pessoas da Divindade são iguais, o Pai e o Filho. […] Não posso crer na doutrina trinitária de três pessoas que sempre existiram.”

O presidente da Associação Geral, Arthur G. Daniells, tentou acalmar as coisas ao dizer: “Não vamos votar em favor do trinitarismo ou do arianismo.” Ele também afirmou que as escamas haviam caído de seus olhos após a publicação de O Desejado de Todas as Nações e depois de pesquisar o assunto na Bíblia.

Em 1931, a denominação fez a primeira declaração de crenças fundamentais com uma posição trinitária. Isso não quer dizer que todos concordaram com ela. Redutos antitrinitários permaneceram até os anos 1940; mas, na década de 1950, a igreja passou a ecoar a mesma voz em relação à Trindade.

Por isso, surpreende um pouco ver o reavivamento do antitrinitarismo. Alguns dos apóstolos dessa doutrina me pararam em um “corredor escuro” da Assembleia da Associação Geral em Toronto, no ano 2000. Eu lhes perguntei por que acreditavam que sua posição era verdadeira. A resposta foi que essa era a opinião de nossos fundadores. Tal lógica nos levaria a comer carne de porco e a guardar o sábado das 18h às 18h. Disse-lhes que a tradição era um bom argumento para a igreja medieval, mas não para um movimento baseado na Bíblia.

A única tradição válida é que os adventistas são um povo da Bíblia.

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[cv_toggle title=”Os Anos Pós – Mineapólis – 1 – Terça, 13 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-13″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 13 de outubro de 2015″]

Nós lhes anunciamos as boas-novas: o que Deus prometeu a nossos antepassados Ele cumpriu […] ressuscitando Jesus. Atos 13:32, 33, NVI

Espalhar as “boas-novas” foi a tarefa dos reformadores de 1888 após o encerramento da Assembleia da Associação Geral.

Ellen White foi embora de Mineápolis desanimada com a liderança ministerial da denominação, mas continuava a ter esperança no povo adventista como um todo. Antes do encerramento da assembleia, ela disse aos ministros reunidos que, se eles não aceitassem a luz, queria “dar ao povo essa chance; talvez os membros a recebessem” (Man. 9, 1888). Com certeza, precisavam dela. Em setembro de 1889, a Sra. White comentou que não havia “um em cem” que realmente entendesse o que significa ser justificado pela fé, o que quer dizer que “Cristo deve ser […] a única esperança de salvação” (RH, 3 de setembro de 1889).

Até o outono de 1891, ela, Jones e Waggoner percorreram a nação, pregando a justificação pela fé “ao povo” e aos pastores. Depois que partiu para a Austrália em 1891 e Waggoner foi para a Inglaterra, Jones e William W. Prescott continuaram a apresentar a mensagem nos Estados Unidos. Ao longo de todo esse período e além, Ellen White enfatizava que Deus havia escolhido Jones e Waggoner para dar uma mensagem especial à Igreja Adventista. Ela também publicava bastante material sobre a justificação pela fé.
Os novos administradores da Associação Geral, Ole A. Olsen (1888–1897) e G. A. Irwin (1897–1901), tiveram uma reação positiva, dando visibilidade a Jones e Waggoner ao longo dos anos 1890. Esses dois tinham acesso ao povo por meio das igrejas, das lições da escola sabatina, dos colégios, das escolas para ministros e das casas publicadoras da denominação.

De especial importância foi o fato de Jones e Waggoner terem recebido papéis proeminentes no estudo da Bíblia e da teologia em cada Assembleia da Associação Geral de 1889 a 1897. Além disso, em 1897, Jones assumiu a importante posição de editor da Review and Herald.

É difícil imaginar um esquema que daria mais proeminência aos reformadores durante a década de 1890.

Verdadeiramente, as “boas-novas” estavam sendo levadas ao “povo”. E continuam a ser. Cristo ainda é a atração principal na pregação adventista centrada na Bíblia.

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[cv_toggle title=”Os Anos Pós – Mineapólis – 2 – Quarta, 14 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-14″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2015″]

Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas! Romanos 10:15, NVI

Os meses após Mineápolis foram de muito trabalho para Ellen White, Jones e Waggoner, enquanto pregavam Cristo e Seu amor aos pastores adventistas e membros leigos por toda a nação em 1889. Embora os resultados tenham ficado bem aquém do desejado, ocorreram algumas confissões acerca da atitude errada em Mineápolis, bem como grande júbilo pela nova liberdade encontrada na justiça de Cristo. A Sra. White escreveu, com alegria, durante a Assembleia da Associação Geral de 1889: “Temos tido reuniões excelentes. O espírito que prevaleceu na reunião de Mineápolis não está aqui.” Muitos dos delegados testemunharam que o ano que havia se passado fora “o melhor de sua vida; a luz a resplandecer da Palavra de Deus foi clara e distinta – a justificação pela fé, Cristo justiça nossa” (ME3, p. 160).

A boa notícia é que estava acontecendo progresso. E ele prosseguiria ao longo da década de 1890, mesmo que alguns continuassem se apegando ao passado.

Em 1899, Waggoner disse aos delegados da Assembleia da Associação Geral que os princípios que ele e Jones haviam pregado em Mineápolis “foram aceitos, em grande medida, desde aquela ocasião”.

Quatro dias depois, Jones comentou na Review que a igreja como um todo havia aceitado tanto a mensagem, a ponto de ele ter medo “de haver uma tendência de chegar ao outro extremo agora, de pregar a fé em Jesus sem os mandamentos”. Então ele prosseguiu argumentando em favor do equilíbrio adequado, apresentando as várias partes de Apocalipse 14:12.

Uma terceira testemunha da aceitação teológica da mensagem de 1888 foi Ellen White. Em 6 de fevereiro de 1896, ela aconselhou a interrupção dos institutos ministeriais com cursos de três a cinco meses, inaugurados na esteira da crise de Mineápolis para instruir os pastores. “Houve um tempo em que este trabalho se tornou necessário, porque nosso próprio povo se opôs à obra de Deus, recusando a luz da verdade sobre a justiça de Cristo pela fé”, mas tal esforço não era mais necessário (TM, p. 401).

Louvado seja o Senhor! A denominação progrediu. No entanto, esse tipo de conquista nunca é universal, nem totalmente duradouro. A reforma é uma ordem constante para a igreja. Necessitamos mais de Cristo hoje, mas também precisamos de um equilíbrio contínuo enquanto procuramos apresentar, ao mesmo tempo, a fé salvadora e os mandamentos de Deus na relação adequada que deve existir entre eles.

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[cv_toggle title=”O que Aconteceu com Butler? – 1 – Quinta, 15 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-15″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 15 de outubro de 2015″]

Abandonaste o teu primeiro amor. Apocalipse 2:4

Nem todas as experiências após Mineápolis foram felizes. George Butler, sentindo que fora “ferido” em casa de amigos seus, abdicou à presidência da Associação Geral no encerramento da Assembleia de 1888. Pouco depois, ele e a esposa se mudaram para a Flórida, a fim de cultivar laranjas. Seis dias antes de sua partida para o Sul, no meio de dezembro, Ellen White lhe enviou uma carta, chamando-o de inimigo dos Testemunhos e de não convertido. Encerrou com um apelo para que ele mudasse os caminhos de seu coração.

Essa foi a primeira de muitas cartas mandadas para Butler, mas ele não estava disposto a confessar. Recordando o período inicial que passou na Flórida, da perspectiva de 1905, Butler escreveu: “Algumas pessoas têm muita dificuldade de fazer uma confissão. […] Ela costumava me escrever, vez após outra, sobre a Assembleia de Mineápolis e coisas do tipo, e eu invariavelmente respondia que não tinha utilidade nenhuma eu sair fazendo confissões que não considerava necessárias. Fiquei firme nesse ponto.” Disse que nunca cometeria o erro de fingir paz quando esta não existia.

No que se refere às aparências externas, a frustração de Butler chegou ao auge no início de 1893, quando pediu à denominação que não renovasse sua credencial de pastor. Na verdade, porém, Butler provavelmente não estava solicitando a renúncia da posição de ministro, mas levantando um questionamento para o qual ele precisava de resposta: “Eu ainda sou necessário?”

Mais ou menos na mesma época, ele pregou pela primeira vez em quatro anos. Enquanto isso, a igreja renovou sua credencial. Cheio de alegria pela aceitação, Butler declarou que estava quase pronto a exclamar que “os queridos irmãos fizeram uma conspiração para matar o velho pecador com atos de bondade”.

Contudo, sendo uma pessoa complexa, como todos nós, ainda não conseguia acreditar “que Deus conduzira Waggoner a inundar a denominação com a controvérsia de Gálatas”. Em contrapartida, pelo menos ele estava disposto, nessa ocasião, a admitir que Deus havia extraído algo bom de tudo aquilo – sobretudo no que se refere ao aumento da proeminência da justificação pela fé e da justiça de Cristo.

Senhor, nós queremos Te agradecer por Tua longanimidade com os seres humanos rebeldes. Todos necessitamos de ajuda. Mais do que isso, queremos ajuda. Muito obrigado por permanecer em nossa vida, a despeito de quem somos.

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[cv_toggle title=”O que Aconteceu com Butler? – 2 – Sexta, 16 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-16″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 16 de outubro de 2015″]

Na velhice darão ainda frutos. Salmo 92:14

O irmão Butler era um velho durão, mas Deus o amava assim mesmo. Essa é uma ótima notícia para a maioria de nós.

Ele teve seus momentos de arrependimento. Por exemplo, em 1893, escreveu para Ellen White: “Ao longo dos últimos anos, quase me matei de tanto trabalhar, mas isso não é nada em comparação com o progresso da obra.” No outono de 1894, Butler até convidou Alonzo T. Jones para ajudá-lo na reunião campal da Flórida.

Em 1901, após a morte de sua esposa, Butler saiu de sua “semiaposentadoria” e se tornou presidente da Associação da Flórida. Entre 1902 e 1907, atuou como presidente da União Sul dos Estados Unidos.

Ellen White se alegrou ao ver o experiente pioneiro de volta em uma posição de liderança. “Eu sabia”, disse ela aos delegados da Assembleia da Associação Geral em 1903, “que chegaria o momento em que ele assumiria novamente seu lugar na obra. Gostaria que vocês reconhecessem as provas pelas quais ele passou. […] Deus deseja que os pioneiros de cabelos brancos”, os quais participaram do início do adventismo, “assumam uma posição em Sua causa hoje. Eles não devem desaparecer de vista” (Boletim da Associação Geral de 1903, p. 205).

O novo Butler, escreveu ela em 1902, não era o mesmo de 1888. Além de estar “forte em saúde física e espiritual”, “o Senhor o provara e testara, assim como fizera com Jó e com Moisés.” Ela disse: “Vejo no pastor Butler alguém que humilhou a alma perante Deus. Ele tem outro espírito, diferente do pastor Butler de anos atrás. Está aprendendo uma lição aos pés de Jesus” (Ct 77, 1902).

Tal atestado de saúde não quer dizer que Butler havia entendido as questões de 1888. Ele disse ao presidente da Associação Geral Arthur G. Daniells, em 1909, que “nunca conseguira ver a luz” das mensagens de Jones e Waggoner. Seu lema continuava a ser “obedeça e viverá”.

A despeito de seus problemas, Ellen White escreveu, a seu respeito: “Embora ele possa cometer alguns erros, continua a ser um servo do Deus vivo e farei tudo a meu alcance para apoiá-lo em seu trabalho” (Ct 293, 1905). Butler permaneceu surpreendentemente ativo na igreja até sua morte, em 1918, aos 84 anos de idade.

Deus usa até mesmo pessoas nada perfeitas. E isso é ótimo. Caso contrário, ele não teria ninguém a quem usar.
Toma-nos, Senhor, com todos os nossos defeitos e nos usa para Tua glória. Amém.

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[cv_toggle title=”O que Aconteceu com Smith?- Sábado, 17 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-17″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 17 de outubro de 2015″]

Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços. Lucas 20:18

Assim como Butler, Uriah Smith passou por uma experiência traumática em Mineápolis. Em novembro de 1888, profundamente decepcionado e chateado com a assembleia, renunciou à posição de secretário da Associação Geral, que ocupava havia bastante tempo, mas continuou editando a Review.

Manteve-se nessa função até 1897, discutindo com Alonzo T. Jones, na maior parte do tempo, acerca da interpretação profética e de outras questões. Contudo, sua atuação editorial entrou em uma espiral descendente, diante da popularidade do carismático Jones, que, por volta do fim de 1892, havia se tornado a voz ministerial mais ouvida dentro do adventismo. Em 1897, Smith recebeu sua humilhação final quando a denominação nomeou Jones como editor da Review e Smith como seu associado.

Nos anos posteriores a 1888, Smith achava quase impossível conciliar os fatos de que Waggoner pregara que os Dez Mandamentos eram a lei a que Gálatas se referia e de que Ellen White o apoiava na relação entre a lei e o evangelho. Após as reuniões de Mineápolis, Smith seria o cabeça na onda de lançar dúvidas sobre a obra de Ellen White.

Contudo, ela não desistiu dele. Escreveu-lhe carta após carta, apelando para que se arrependesse, mas sem resultado. Até que, em janeiro de 1891, confessou seus erros em Mineápolis. Conforme expressou a Sra. White, “ele caiu sobre a Pedra e ficou em pedaços”. No entanto, isso não significa que ele se apoiou por completo nessa Rocha. A teologia focada na lei ainda lhe causava problemas.

Em 1901, a liderança da igreja o renomeou editor da Review. Ellen White ficou cheia de alegria, expressando seu apreço pelo nome de Smith estar, mais uma vez, no “topo da lista de editores; pois assim deve ser. […] Quando, alguns anos atrás, o nome dele foi colocado em segundo [depois do de Jones], fiquei magoada. Mas quando foi novamente posto em primeiro, chorei e disse: ‘Obrigada, Senhor’” (Ct 17, 1902).

Entretanto, ele ainda tinha parte do velho Smith dentro de si. Pouco depois de reassumir o posto de editor, voltou a abrir a guerra sobre Gálatas e precisou ser demitido. Ele nunca se recuperou do choque. A mesma Review que anunciou a mudança de editoria informou que Smith estava gravemente enfermo. Ele descansou em 1903, aos 70 anos de idade.

Senhor, ajuda-nos hoje a lidar com nosso eu teimoso. Ajuda-nos a entregar tudo a Ti, até mesmo as ideias e os hábitos pelos quais mais prezamos.

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[cv_toggle title=”O que Aconteceu com Jones e Waggoner – Domingo, 18 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-18″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 18 de outubro de 2015″]

Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Apocalipse 3:11

Logo depois de Mineápolis, Jones e Waggoner tiveram dificuldade de ser ouvidos pela igreja, mas essa situação não persistiu. Por meio da ajuda do novo presidente da Associação Geral, O. S. Olsen, de Ellen White e outros, eles se tornaram grandes oradores da denominação.

Talvez seja mais fácil mensurar o apoio da Associação Geral mediante o papel central dos dois homens como os principais oradores sobre temas bíblicos nas Assembleias da Associação Geral no período pós-Mineápolis:

Em 1889, Jones fez uma série sobre a justificação pela fé. O povo, observou Ellen White, “está recebendo grandes bocados da mesa do Senhor” e “grande interesse se manifesta” (Man. 10, 1889).

Na Assembleia de 1891 (após 1889, elas passaram a acontecer a cada dois anos), Waggoner fez 16 sermões exaltando Jesus Cristo e o evangelho eterno em Romanos.

Jones conduziu os momentos de estudo da Bíblia em 1893, com 24 sermões sobre a terceira mensagem angélica. Dez sermões sobre a promessa do Espírito Santo, pregados por William W. Prescott – o colega de obra mais próximo a Jones nos Estados Unidos, de 1892 até o fim do século – complementaram seu trabalho.

Na Assembleia de 1895, Jones foi, mais uma vez, o principal expositor da Bíblia, com 26 sermões sobre a mensagem do terceiro anjo, além de outras apresentações.

As 18 exposições de Waggoner sobre Hebreus foram o ponto central do estudo das Escrituras em 1897. Além disso, Jones discursou 11 vezes.

No longo prazo, os reformadores de Mineápolis foram “vencedores” na batalha contra Smith e Butler. Infelizmente, porém, sua vitória não foi duradoura. Ambos saíram da igreja no início dos anos 1900 – Waggoner por causa do panteísmo e de uma mulher que não era sua esposa, e Jones por lutar e não conseguir se tornar líder da Associação Geral. Por volta de 1907, Jones havia se tornado um amargo inimigo de Ellen White e da denominação.

Paradoxo dos paradoxos: os “vencedores” de Mineápolis saíram perdendo! “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Esse conselho é necessário para todos nós em um mundo de pecado. Precisamos manter os olhos centrados em Jesus a cada passo de nossa jornada.

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[cv_toggle title=”Retrospectiva Sobre Mineápolis – Segunda, 19 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-19″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 19 de outubro de 2015″]

E lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles. Mateus 1:21

A Assembleia da Associação Geral de 1888 foi um dos grandes pontos de virada na história dos adventistas do sétimo dia.

Não podemos ter a menor dúvida acerca de suas conquistas. Orientou a igreja de volta à Bíblia como única fonte de autoridade tanto em doutrina quanto em prática, exaltou Jesus, colocou a salvação pela graça mediante a fé no centro da teologia adventista, contextualizou o papel adequado da lei dentro do evangelho da graça, levando a um novo estudo sobre a Trindade, a plena divindade de Cristo e a pessoalidade do Espírito Santo.

Esse importante evento também deu ao adventismo um entendimento mais completo sobre a terceira mensagem angélica de Apocalipse 14:12 – o texto central para a compreensão adventista da própria identidade. Essa passagem, além de identificá-los como adventistas que aguardam com perseverança o Senhor enquanto guardam todos os mandamentos de Deus, também colocou diante deles a mensagem evangélica de que a última proclamação divina ao mundo antes do segundo advento (v. 14-20) se concentraria em ter a fé em Jesus.

Em suma, os acontecimentos de 1888 transformaram o pensamento adventista sobre sua mensagem. Essa é a boa notícia.
A má notícia é que o diabo sempre procura um jeito de garantir que nos esqueçamos das boas-novas ou as negligenciemos. Por isso, alguns adventistas nos anos 1890, e depois disso também, continuaram a focar a lei, em vez do evangelho, ao passo que outros usaram a mensagem de Jones e Waggoner como uma nova porta de acesso ao velho legalismo e perfeccionismo humano que eles haviam sido criados para resistir.

Toda a saga de Mineápolis traz à mente duas das maiores verdades da Terra. A primeira é a perversidade dos seres humanos. A segunda é a graça irrestrita de Deus. Olhando para trás na história da igreja na era de Mineápolis, o que me vem à mente são as palavras do grandioso hino de John Newton: “Ó graça excelsa de Jesus! Perdido me encontrou. Estando cego, me fez ver. Da morte me livrou.”

A “graça excelsa” é a única que existe. Essas duas palavras sintetizam a mensagem e o significado de 1888.

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[cv_toggle title=”Conheça William Prescott -Terça, 20 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-20″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de outubro de 2015″]

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Apocalipse 3:19

Um dos líderes mais enérgicos do adventismo no fim do século 19 foi William Warren Prescott, mas pessoas enérgicas nem sempre são líderes espirituais. Esse era o caso de Prescott em sua juventude, quando se tornou presidente do Battle Creek College em 1885.

O ponto de virada em sua vida aconteceu no fim dos anos 1890, quando leu um testemunho especial chamado “Sê zeloso e arrepende-te” durante um culto para a congregação no tabernáculo de Battle Creek. A mensagem dizia: “O Senhor tem visto nossa apostasia. […] Porque Deus abençoou e honrou, no passado, ela [Igreja Adventista] se orgulha de ser escolhida e verdadeira, e acha que não precisa de advertências, instruções e reprovação.”

Contudo, “a Testemunha Fiel e Verdadeira diz: ‘Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te’”, caso contrário, “‘virei sobre ti sem demora e retirarei a luz deste lugar’. […] O desprazer do Senhor é contra Seu povo. Na condição presente, é impossível que ele represente o caráter de Cristo. E quando a Testemunha Verdadeira lhe envia conselhos, repreensões e advertências porque o ama, recusa-se a aceitar a mensagem. […] Qual é o sentido de uma graça tão sublime não abrandar nosso duro coração? […]
“Deve haver nas igrejas uma excelsa manifestação do poder de Deus, mas ele só se moverá sobre aqueles que se humilharam perante o Senhor e abriram a porta do coração por meio da confissão e do arrependimento. […] Talento e vasta experiência não transformam as pessoas em canais de luz, a menos que se coloquem sob os raios brilhantes do Sol da Justiça. […]

“A luz brilhará sobre o povo de Deus em raios claros e distintos, levando Jesus às igrejas e ao mundo. […] Um só interesse prevalecerá e um assunto sobrepujará todos os outros: Cristo, justiça nossa. […] Todos aqueles que preferirem os próprios caminhos e não se unirem aos anjos enviados do Céu com uma mensagem para encher toda a Terra com sua glória passarão. A obra irá avante sem eles e não terão parte alguma em seu triunfo” (RH Extra, 3 de dezembro de 1890).

Enquanto lia, Prescott se emocionou tanto que precisou parar várias vezes porque seus olhos se encheram de lágrimas. Sua vida nunca mais seria a mesma. Até então, ele fora adventista, mas, naquele dia, encontrou a Cristo como Salvador. Após a leitura, uniu forças com Ellen White, Jones e Waggoner na pregação de Cristo e de Seu amor. Prescott levou a sério o conselho para se arrepender e ser zeloso.

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[cv_toggle title=”Batismo da Educação Adventista – 1 – Quarta, 21 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-21″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 21 de outubro de 2015″]

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Apocalipse 3:20

Em dezembro de 1890, conforme vimos ontem, Cristo foi até William Warren Prescott e bateu à porta de seu coração. O jovem educador abriu-a e nunca mais foi o mesmo. Nem Uriah Smith. Um dos resultados da conversão de Prescott foi um ministério junto a Smith, levando-o à confissão pública e à reconciliação entre ele e Ellen White.

É assim que a mensagem de Cristo transforma vidas e as remodela. No caso de Prescott, esse remodelamento não só afetou vidas individuais, como também teve um poderoso impacto sobre a educação adventista.

Além de diretor do Battle Creek College, Prescott era também presidente da Associação Educacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia e logo seria o líder tanto do Union College quanto do Walla Walla College. Por ser o presidente da associação e diretor de três instituições de ensino ao mesmo tempo, o articulado Prescott se encontrava na posição apropriada para fazer mudanças radicais na educação adventista.

Ele iniciou a transformação na educação adventista em uma convenção educacional em Harbor Springs no norte de Michigan, em julho e agosto de 1891.

Até aquele momento, a educação adventista lutava com sua missão e identidade. Embora a igreja a tenha fundado para que fosse distintamente cristã e preparasse pastores e missionários, desde seus primórdios, no Battle Creek College em 1874, a instituição se mantivera refém dos clássicos pagãos e do estudo do latim e do grego antigos. Houve a tentativa de algumas reformas, mas ainda faltava muito.

Isso começou a mudar com a conversão de Prescott. A verdade da história de Prescott é que Deus usa as pessoas para mudar Sua igreja, mas o Senhor só trabalha por intermédio daqueles que estão dispostos a ser usados por Ele.

É aí que você e eu entramos. Deus deseja tomar nossa vida e nos moldar de tal maneira que possa nos usar para tocar e afetar outros indivíduos e a igreja como um todo.

Sei que alguns devem estar dizendo que não têm influência nenhuma. Mas isso não é verdade. Cada um de nós influencia outras pessoas todos os dias. É por meio de pequenas atitudes que a bola de neve da mudança acaba por se formar.

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[cv_toggle title=”Batismo da Educação Adventista – 2 – Quinta, 22 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-22″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 22 de outubro de 2015″]

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3:22

O Espírito Santo tinha muito a dizer à igreja e a seu programa educacional nos anos 1890. Além de Ellen White, Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner estarem levando a mensagem de Cristo e Sua justiça às igrejas e reuniões campais, a Associação Geral havia criado o instituto anual para ministros, no qual os pastores adventistas se reuniam ao longo de várias semanas a cada ano a fim de estudar a Bíblia e o plano da salvação.

Prescott, cheio de energia, decidiu fazer o mesmo com os educadores da denominação no verão de 1891 em Harbor Springs. William C. White descreveu as reuniões como um reavivamento espiritual, destacando a ênfase em testemunhos pessoais espontâneos. Ele relatou que cada dia começava com uma mensagem de Jones sobre o livro de Romanos. Ellen White também falou sobre assuntos como a necessidade de um relacionamento pessoal com Cristo, de um reavivamento espiritual entre os educadores que participavam da convenção e a centralidade da mensagem cristã para a educação.

Prescott afirmou que, em 1893, a Assembleia da Associação Geral marcou o ponto de virada na educação adventista: “Embora o propósito geral até aquela época [fosse] ter um elemento religioso em nossas escolas, desde aquele instituto de verão, como nunca antes, nossa obra prática [em vez de teórica] tem se sustentado sobre essa base, o que se demonstra nas disciplinas de estudo e nos planos de ensino de uma forma que não ocorria antes.”

Antes das reuniões em Harbor Springs, o ensino da Bíblia ocupava um lugar de menor destaque dentro da educação adventista. Entretanto, a convenção adotou a recomendação de quatro anos de estudo da Bíblia para os alunos dos colégios adventistas. De maneira específica, os delegados decidiram que “a Bíblia toda deve ser estudada como o evangelho de Cristo do princípio ao fim”. Também recomendaram o ensino de história da perspectiva da cosmovisão bíblica.

Existe uma lição valiosa ao pensarmos nas mudanças ocorridas na educação adventista em Harbor Springs: quando realmente entendemos a centralidade de Cristo em nossa vida, ela afeta tudo que fazemos como indivíduos e como denominação. No que se refere à educação, precisamos pensar que, se nossa salvação depende de Cristo, o melhor que temos a fazer é conhecê-Lo ainda mais.

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[cv_toggle title=”O Experimento em Avondale – 1 – Sexta, 23 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-23″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 23 de outubro de 2015″]

Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim. João 6:45

O primeiro passo para a transformação das escolas adventistas ocorreu no instituto educacional, no verão de 1891 em Harbor Springs. O passo seguinte começou quando Ellen White e o filho, William C. White, embarcaram para a Austrália em novembro de 1891. Eles permaneceram no país até 1900 e tiveram a oportunidade de trabalhar em uma reforma com alguns dos líderes adventistas que se mostraram mais receptivos às suas sugestões.

Uma das iniciativas mais importantes dos adventistas australianos nos anos 1890 foi a fundação da Avondale School for Christian Workers [Escola Avondale para Obreiros Cristãos], hoje conhecida como Avondale College. A Austrália tinha a vantagem de estar fora do alcance da liderança adventista extremista dos Estados Unidos, na época. Além disso, era um campo missionário novo para os adventistas do sétimo dia. Por isso, a denominação nascente não tinha tradições consolidadas contra as quais lutar. Como resultado, essa instituição se tornou o piloto para diversas inovações durante a década de 1890, que teriam sido mais difíceis de experimentar dentro dos Estados Unidos.

A igreja criou um novo tipo de escola adventista em Avondale. No fim do século, Ellen White estava tão impressionada que chamava Avondale de “lição prática”, “escola-modelo”, “instituição modelar” e “padrão” (LS, p. 374; CPPE, p. 349). Em 1900, afirmou categoricamente: “A escola em Avondale deve ser um padrão para as outras instituições que serão estabelecidas entre nosso povo” (Man. 92, 1900).

Milton Hook, o historiador de Avondale, concluiu que dois objetivos principais norteavam a escola. O primeiro era a conversão e o desenvolvimento do caráter dos alunos. “Educação superior”, conforme a definição de Avondale, era a que preparava indivíduos para a vida eterna.

O segundo objetivo era a capacitação dos jovens para o serviço cristão tanto na comunidade local quanto nas missões mundiais. As duas metas refletem um nítido afastamento da orientação estritamente acadêmica de Battle Creek College e das escolas sob sua influência.
Por que valorizamos a educação adventista? A única resposta importante é que ela faz a diferença na vida de nossos filhos. Seu propósito primário é lhes apresentar Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Quando isso acontece, ela tem um valor que transcende qualquer soma monetária.

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[cv_toggle title=”O Experimento em Avondale – 2 – Sábado, 24 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-24″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 24 de outubro de 2015″]

Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e será grande a paz de teus filhos. Isaías 54:13

Conforme observamos ontem, Ellen White passou grande parte da década de 1890 trabalhando de perto no desenvolvimento da escola em Avondale, Austrália, para que fosse um modelo cujos princípios a igreja pudesse aplicar a outras instituições.

No início de 1894, ela escreveu: “Nossa mente tem estado muito preocupada, de dia e de noite, com referência a nossas escolas. Como elas devem ser dirigidas? E qual deve ser a educação e o preparo dos jovens? Onde deve localizar-se a nossa Escola Bíblica Australiana? Acordei esta manhã à uma hora da madrugada com um pesado fardo em minha alma. O assunto da educação tem-me sido apresentado em diversos sentidos, em aspectos variados, por meio de muitas ilustrações e com especificações diretas, ora acerca de um ponto, ora de outro. Creio realmente que temos muito que aprender. Somos ignorantes a respeito de muitas coisas” relacionadas à educação (FEC, p. 310).

A Sra. White estava pensando seriamente sobre a futura instituição australiana porque via nela a possibilidade de desenvolver uma escola fora da esfera da influência do Battle Creek College. Em seu principal testemunho sobre o assunto, abriu caminho para a reflexão sobre um novo tipo de escola adventista. Seria uma escola bíblica que enfatizaria atividades missionárias e o lado espiritual da vida. Além disso, seria prática, ensinaria os jovens a trabalhar e teria localização rural.

Após vinte anos de tentativas e erros, Ellen White estava mais convencida do que nunca de que esse era o tipo de educação do qual a igreja precisava. Com base em sua compreensão crescente dos próprios testemunhos das duas décadas anteriores, já havia afirmado explicitamente que a Bíblia deveria ser o centro e que as escolas adventistas não deveriam seguir os falsos rumos da instrução clássica. Ela escreveu: “Passou, porém, muito tempo para que compreendêssemos as mudanças que deveriam ser feitas” a fim de estabelecer uma educação de “diferente ordem” (T6, p. 126). No entanto, o processo de entender e colocar em prática tal entendimento se desenvolveria rapidamente entre 1894 e 1899.

Conforme observamos vez após vez ao longo dos últimos meses, Deus guia Seu povo passo a passo. Ele não dá toda a compreensão de uma só vez. O Senhor nos dirige ao passo seguinte na hora certa. Foi assim no campo da educação. Na década de 1890, o adventismo estava pronto para uma revolução educacional.

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[cv_toggle title=”O Experimento em Avondale – 3 – Domingo, 25 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-25″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de outubro de 2015″]

Todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Hebreus 8:11

Parte da experiência da aliança sobre a qual Hebreus 8 reflete é educacional. Um elemento central na nova aliança é o conhecimento de Deus e de Sua vontade. Com isso em mente, não é acidental que a revolução pós-Mineápolis, a qual deu início à transformação no pensamento adventista sobre o papel de Cristo e da igreja, também tenha moldado poderosamente a filosofia educacional da denominação.

Foi à luz do experimento em Avondale que Ellen White escreveu: “Produções humanas têm sido usadas como mais essenciais” na educação adventista até então “e a Palavra de Deus tem sido estudada simplesmente para dar colorido a outros estudos” (FEC, p. 395).
Esse modelo, afirmou ela, deveria chegar ao fim. “Não se deve introduzir a Bíblia em nossas escolas para ser intercalada no meio da incredulidade. A Bíblia deve tornar-se o fundamento e o assunto da educação. […] Ela deve ser usada como a Palavra do Deus vivo e considerada como o primeiro e o último e o melhor em todas as coisas. Então se verá verdadeiro crescimento espiritual. Os alunos desenvolverão salutar caráter religioso, porque comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus. A não ser, porém, que seja cuidada e promovida, a saúde da alma decairá. Mantende-vos no conduto de luz. Estudai a Bíblia” (FEC, p. 474).

Além disso, “a mais elevada educação é o conhecimento experimental do plano da salvação, adquirido por meio de sincero e diligente estudo das Escrituras. Essa educação renovará o entendimento e transformará o caráter, restaurando a imagem de Deus na alma. Fortalecerá a mente contra […] [o] adversário, e nos habilitará a compreender a voz de Deus. Ensinará o discípulo a tornar-se um coobreiro de Jesus Cristo. […] Ela é a singeleza da verdadeira piedade – nosso certificado da escola preparatória da Terra para a escola superior do alto.

“Não há mais elevada educação a adquirir do que a que foi ministrada aos primeiros discípulos, e que nos é revelada mediante a Palavra de Deus. Obter a mais alta educação é seguir implicitamente essa palavra; isso significa andar nas pegadas de Cristo e exercer Suas virtudes. Importa renunciar ao egoísmo e consagrar a vida ao serviço de Deus” (CPPE, p. 11).

Essa é a base da educação revolucionária para uma vida cristã.

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[cv_toggle title=”O Experimento em Avondale – 4- Segunda, 26 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-26″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 26 de outubro de 2015″]

Vocês mesmos já foram ensinados por Deus a se amarem uns aos outros. 1 Tessalonicenses 4:9, NVI

O reavivamento espiritual na igreja e em seus ensinos havia levado a um chamado, nos anos 1890, para uma reforma semelhante na educação adventista. As escolas da denominação deveriam ser mais especificamente cristãs e adventistas do que haviam sido até então.

Os numerosos testemunhos de Ellen White sobre educação nos anos que ela passou na Austrália continuaram a prover direcionamento para a instituição em Avondale. Além disso, por morar perto do campus durante os anos de formação da escola, pôde participar do desenvolvimento de maneira única para sua experiência. Para completar, William W. Prescott, que havia reunido e editado os manuscritos de Christian Education [Educação Cristã], 1893, e Special Testimonies on Education [Testemunhos Especiais sobre Educação], 1897, passou vários meses no campus na metade da década de 1890. Durante esse período, ele e Ellen White tiveram longas conversas sobre a educação cristã. Ambos se beneficiaram por poderem compreender mais plenamente os desdobramentos dos testemunhos e como seria possível colocar seus princípios em prática. Ela escreveu para o filho Edson que Prescott instigara sua mente e seus pensamentos como seu marido fizera no passado. Os diálogos que tiveram a ajudaram a esclarecer suas ideias e a falar mais do que antes. “Conseguimos enxergar as coisas com uma luz mais clara” (Man. 62, 1896).

O experimento em Avondale ajudou a transformar a Bíblia, a espiritualidade dos alunos, a missão e o serviço aos outros nos pontos focais da educação adventista. Além disso, também incentivou que as escolas fossem rurais sempre que possível. Por isso, em vez dos poucos hectares de terra na cidade que haviam bastado para o Battle Creek College, a nova instituição ficaria em uma propriedade de 60 hectares em Brettville. O tamanho e a localização rural não só permitiam que os alunos ficassem distantes dos problemas das cidades e mais próximos à natureza, como também davam bastante espaço para o ensino de habilidades práticas do mundo do trabalho. A educação adventista nunca mais seria a mesma após a fundação de Avondale. A denominação passaria a contar com um vasto material de ideias educacionais a partir dos escritos de Ellen White e também com um modelo real no qual poderia se espelhar em outras partes do mundo.

Dada a importância da educação para a igreja, precisamos nos interessar mais pelos jovens e pelas escolas denominacionais. Além de auxiliá-los com nossos recursos, também devemos ajudá-los a se tornarem aquilo que podem e devem ser.

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[cv_toggle title=”As Escolas Adventistas de Ensino Fundamental – 1 – Terça, 27 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-27″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 27 de outubro de 2015″]

Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Deuteronômio 6:6, 7, NVI

Um dos acontecimentos mais empolgantes na educação adventista nos anos 1890 foi o movimento em prol das escolas de ensino fundamental. Até a metade da década, os adventistas haviam basicamente negligenciado essa modalidade, a não ser nos locais em que havia uma faculdade ou escola de ensino médio. Tal indiferença mudaria até o fim da década. Desde então, os adventistas têm apoiado um forte sistema de escolas de nível fundamental.

A Associação Geral havia proposto, em 1887 e 1888, o início de uma rede de escolas de ensino fundamental, mas nada saíra das resoluções.

Contudo, em 1897, Ellen White desafiou a igreja com um novo apelo por escolas para essa faixa etária. A situação australiana a alertara quanto ao assunto. Afirmou: “Em alguns países os pais são obrigados por lei a mandar os filhos à escola. Nesses países, nas localidades onde há igreja, devem-se estabelecer escolas, mesmo que não haja mais de seis crianças para frequentá-las. Trabalhemos como se o fizéssemos para salvar a própria vida, para salvar os filhos de serem afogados nas influências contaminadoras e corruptoras do mundo.
“Achamo-nos demasiado aquém de nosso dever […]. Em muitos lugares, as escolas já deveriam estar funcionando há anos” (T6, p. 199).

Também escreveu: “Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que as induza a se tornarem missionárias. Empreguem-se professores capazes de ministrar uma educação completa em todos os ramos comuns da vida, tornando a Bíblia o fundamento e a vida de todo o estudo” (ibid., p. 198).

Tais palavras foram um de seus conselhos mais importantes. Nos anos seguintes, as igrejas adventistas de todo o mundo criariam escolas, mesmo se tivessem apenas poucas crianças para frequentá-las. A salvação e o futuro delas se transformaram em um ponto central, à medida que a igreja começou a levar a sério sua responsabilidade de preparar as crianças para o reino de Deus.
Com base nessa perspectiva, a educação é uma forma de evangelismo. Não ousemos perder de vista esse ideal!

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[cv_toggle title=”As Escolas Adventistas de Ensino Fundamental – 2 – Quarta, 28 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-28″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 28 de outubro de 2015″]

Eu o escolhi para que ele mande que os seus filhos e os seus descendentes obedeçam aos Meus ensinamentos e façam o que é correto e justo. Gênesis 18:19, NTLH

A educação para a fé tem uma longa história na tradição judaico-cristã. Aliás, Deus escolheu e separou Abraão, o pai da fé, por sua disposição em educar sua família nos caminhos e ensinos do Senhor.

Entretanto, essa antiga ordem bíblica demorou a chegar ao adventismo do sétimo dia. A denominação demoraria mais de 50 anos, desde o grande desapontamento de 1844, para começar a desenvolver um sistema de ensino fundamental.

Conforme vimos ontem, o estímulo veio da intimação de Ellen White, na distante Austrália, para que as igrejas locais organizassem escolas mesmo se na congregação não houvesse mais do que seis crianças para frequentá-la.

Nos Estados Unidos, pessoas como Edward Alexander Sutherland e Percy T. Magan, os líderes da renovação que levariam o Battle Creek College para o campo em 1901, consideraram com seriedade a admoestação. Anos depois, Sutherland recordou, com um toque de exagero: “Magan, Miss DeGraw e eu pegávamos um professor no fim de cada semana, saíamos e fundávamos três escolas antes da segunda de manhã.”

Exageros à parte, as estatísticas do ensino fundamental adventista cresceram extraordinariamente desde a segunda metade dos anos 1890. Observe a curva: em 1880, a denominação tinha uma escola de educação básica com um professor e 15 alunos; em 1885, contava com 3 escolas, 5 professores e 125 alunos; em 1890, eram 7 escolas, 15 professores e 350 alunos; em 1895, já havia 18 escolas, 35 professores e 895 alunos; em 1900, o total era de 220 escolas, 250 professores e 5 mil alunos. E o crescimento não parou por aí! Em 1910, os números haviam saltado para 594 escolas, 758 professores e 13.357 alunos. Em 2012, o total era de 5.714 escolas, cerca de 40 mil professores e 1.147.830 alunos.

O movimento em prol do ensino fundamental também estimulou a expansão da educação secundária e superior dentro da igreja. Acima de tudo, o movimento divulgou a crença de que todo jovem adventista deveria ter uma educação cristã.

Senhor, muito obrigado pelo sistema educacional adventista. Ajuda-me a fazer minha parte para apoiar cada jovem de minha congregação a ter uma educação que o preparará para a eternidade.

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[cv_toggle title=”Explosão Educacional – Quinta, 29 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-29″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 29 de outubro de 2015″]

E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. 2 Timóteo 3:15, NTL

Podemos chamar os anos 1890 de década da educação adventista. Começando com o reavivamento em Mineápolis em 1888, passando pelo início da reforma na Convenção de Harbor Springs em 1891, até chegar ao experimento em Avondale e ao movimento em prol da educação básica, os anos 1890 moldariam a educação adventista por toda a sua existência nesta Terra.

E ainda nem mencionamos a explosão missionária dos anos 1890, que levou o adventismo e seu sistema educacional quase que literalmente para todos os extremos do globo. Nem exploramos o impacto do modelo de Avondale sobre as escolas adventistas em outras partes do mundo.

Um pequeno aspecto dessa influência foi a transformação da educação adventista nos níveis secundário e superior em um sistema amplamente rural. Por exemplo, E. A. Sutherland e P. T. Magan transferiram o Battle Creek College de seu campus limitado para os “ermos” de Berrien Spring, Michigan, onde se transformou em Emmanuel Missionary College [Faculdade Missionária Emmanuel] em 1901. Num movimento semelhante, os diretores de Healsburg College transferiram a instituição, no início do século 20, para o pico do monte Howell, onde passou a se chamar Pacific Union College. Além de isoladas dos problemas das cidades, foram construídas dentro de extensas propriedades, com muitos hectares. Nós, alunos do Pacific Union College no início dos anos 1960, brincávamos que a escola estava localizada a 15 quilômetros do pecado mais próximo,

Esse modelo tornou-se referência para a educação adventista ao redor do mundo. As reverberações de Avondale nunca cessaram. E tiveram alguns desdobramentos interessantes. Com o crescimento da população, a expansão das cidades e o aumento dos valores imobiliários, as escolas adventistas do sétimo dia costumam se encontrar hoje em propriedades valiosíssimas que nunca conseguiriam comprar nos preços atuais.

Deus dirigiu Seu povo de uma forma única e especial. Quando relembramos os vários aspectos do progresso adventista ao redor do mundo, temos apenas uma coisa a fazer: louvar o nome do Senhor pela orientação que Ele nos concedeu em nossa história passada. Agora precisamos orar para que tenhamos convicção e coragem a fim de seguir Sua direção na história presente.

Pai, ajuda-nos a responder à Tua orientação assim como os reformadores de eras passadas.

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[cv_toggle title=”Uma Reviravolta na Educação – Sexta, 30 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-30″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 30 de outubro de 2015″]

Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos. Marcos 9:35

“Nossas ideias acerca da educação têm sido demasiadamente acanhadas. Há a necessidade de um objetivo mais amplo e mais elevado. A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro” (Ed, p. 13).

Essas são as palavras de abertura do livro Educação, uma das mais importantes contribuições de Ellen White para o adventismo. Não foi acidental a data de publicação do livro em 1903. Após uma década de reflexão e escrita sobre educação, ela estava pronta, nos primeiros anos do novo século, para desenvolver um livro que desse orientações para um dos setores mais importantes da denominação. Educação provê as diretrizes para o sistema educacional adventista em termos filosóficos. E, nesse processo, enuncia os ideais de uma educação que se choca com os programas tradicionais.

Ao passo que o objetivo da educação tradicional é preparar as pessoas para uma vida de sucesso na Terra, o livro Educação, ao mesmo tempo em que reconhece essa importante função, afirma que tal preparo não é suficiente. Mais vital ainda é preparar os alunos para morar com Deus ao longo de toda a eternidade.

Enquanto a educação tradicional tende a se concentrar no desenvolvimento mental de seus alunos, a educação cristã conclama ao aperfeiçoamento do ser por inteiro.

No modelo tradicional, as pessoas são preparadas para se colocar em posição de vantagem e sair à frente no mundo, mas, no livro Educação, o serviço a Deus e aos outros é apresentado como o objetivo central da vida. Em sua última página, lemos: “Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em favor de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação” (ibid., p. 309).

O livro Educação dá uma verdadeira reviravolta na educação tradicional. E, nesse processo, expressa uma filosofia de educação e de vida que necessitamos compreender e praticar. Trata-se de uma filosofia que torna reais os valores dAquele que disse: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos.”

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[cv_toggle title=”Evangelismo Educacional – Sábado, 31 de outubro” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-31″ ate=”2015-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 31 de outubro de 2015″]

Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27

O livro Educação, de Ellen White, tira a pedagogia da esfera do mundo e a transfere para o tema crucial do grande conflito.

Na segunda página, a autora declara qual é o propósito supremo da educação adventista: “A fim de compreendermos o que se acha envolvido na obra da educação, necessitamos considerar tanto a natureza do homem como o propósito de Deus ao criá-lo. Precisamos também considerar a mudança na condição do homem em virtude da entrada do conhecimento do mal, e o plano de Deus para ainda cumprir Seu glorioso propósito na educação da humanidade” (Ed, p. 14, 15).

Nesse ponto, o livro destaca que: (1) Deus criou os seres humanos à Sua imagem, para serem como Ele; e (2) eles têm potencial infinito.

Em seguida, discorre de maneira específica e bem pertinente sobre a situação humana: “Pela desobediência, porém, isto se perdeu. Com o pecado, a semelhança divina ficou obscurecida, sendo quase que totalmente apagada. Enfraqueceu-se a capacidade física do homem e sua capacidade mental diminuiu; ofuscou-se-lhe a visão espiritual. Tornou-se sujeito à morte. Todavia, o ser humano não foi deixado sem esperança. Por infinito amor e misericórdia foi concebido o plano da salvação, concedendo-se um tempo de graça. Restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma para que se pudesse realizar o propósito divino da sua criação – tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida” (ibid., p. 15, 16).

Ellen White é ainda mais franca quando diz que o ser humano “não pode encontrar auxílio senão em um poder. Esse poder é Cristo. A cooperação com esse poder é a maior necessidade do homem. Em todo esforço educativo não deveria esta cooperação ser o mais alto objetivo? […] No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma. […] Deve ser o primeiro esforço do professor e seu constante objetivo” apresentar os alunos a Jesus e a Seus princípios (ibid., p. 29, 30).

Com tais pensamentos em mente, não surpreende que os adventistas apoiem a educação cristã tanto para os próprios filhos como para outros jovens por meio de doações e sacrifícios. Eles reconhecem a verdade de que a educação é uma obra evangelística.

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