07. Castigo retributivo: 5 a 12 de novembro

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Jo 19-21)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “Você consegue perscrutar os mistérios de Deus? Pode sondar os limites do Todo-poderoso?” (Jó 11:7, NVI).

Leituras da semana: Jó 8:1-22; 11:1-20; Is 40:12-14; Gn 6:5-8; 2Pe 3:5-7

O problema do sofrimento humano certamente continua a assombrar a humanidade. Vemos pessoas “boas” sofrerem imensas tragédias, enquanto os maus ficam impunes nesta vida. Há alguns anos foi lançado um livro cujo título é Why do bad things happen to good people? [Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?]. Ao longo dos milênios, essa foi uma das diversas tentativas de se chegar a uma resposta satisfatória para o problema. Bem, não deu certo. Muitos outros escritores e pensadores têm escrito sobre suas lutas para aceitar o sofrimento humano. No entanto, parece que eles não encontraram as respostas certas.

É evidente que esse é o tema do livro de Jó, e nele continuamos a investigar por que até mesmo pessoas “boas”, tais como Jó, sofrem neste mundo. A diferença crucial entre o livro de Jó e os outros, entretanto, é que o livro de Jó não está fundamentado em perspectivas humanas sobre o sofrimento, ainda que encontremos muitas delas no livro. Em vez disso, por ser a Bíblia, vemos ali a perspectiva de Deus sobre o problema.

Nesta semana estudaremos mais alguns discursos dos que foram visitar Jó em sua miséria. O que podemos aprender com eles, principalmente com seus erros, à medida que eles, assim como outros têm feito, tentam lidar com o problema do sofrimento?

Há um poder transformador na Palavra de Deus e na literatura da Casa Publicadora Brasileira. Planeje em sua igreja o dia da literatura, com sermão sobre a importância da leitura devocional e culto jovem sobre o assunto.

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[cv_toggle title=”DOMINGO – Mais acusações (Ano Bíblico: At 1-3)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

Como se já não bastasse receber um sermão de Elifaz, Jó também encarou o discurso de Bildade, que disse coisas semelhantes ao que Elifaz havia dito. Infelizmente, Bildade foi ainda mais rude e duro com Jó do que Elifaz. Imagine ir até alguém cujos filhos morreram e dizer a essa pessoa: “Se os seus filhos pecaram contra Deus, Ele os castigou por sua transgressão” (Jó 8:4, New King James Version, tradução livre).

Isso é irônico, pois o primeiro capítulo de Jó (1:5) deixa claro que Jó oferecia sacrifícios em favor de seus filhos exatamente por essa razão, caso eles houvessem pecado. Portanto, vemos um contraste entre a compreensão da graça, vista nas ações de Jó, e as primeiras palavras de Bildade, que revelam um legalismo duro e punitivo. Mas ainda pior é que Bildade falou dessa maneira numa tentativa de defender o caráter de Deus.

1. Leia Jó 8:1-22. Qual foi o argumento de Bildade? Quanta verdade ele proferiu? Se você se esquecesse do contexto imediato e observasse apenas as opiniões expressas, encontraria algum erro nas palavras de Bildade?

Quem pode encontrar algum erro no que Bildade disse? “Pois nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias na Terra não passam de uma sombra” (Jó 8:9, NVI). Essas são palavras poderosas, verdadeiras e muito bíblicas (Tg 4:14). Ou ainda, que há de errado com sua advertência de que os ímpios que colocam sua esperança em coisas terrestres e temporais estão, de fato, confiando em algo cuja firmeza é como a “teia de aranha” (Jó 8:14)? Pensamento mais bíblico que esse é difícil de encontrar.

Talvez o maior problema é que Bildade estava apresentando apenas um aspecto do caráter de Deus. É como estar em uma vala de um ou de outro lado da estrada. Nenhum desses lugares é onde você realmente deveria estar. Alguém pode, por exemplo, se concentrar apenas na lei, na justiça e na obediência, enquanto outra pessoa pode focalizar a graça, o perdão e a substituição. A ênfase exagerada em ambos os casos geralmente leva a uma imagem distorcida de Deus e da verdade. Vemos na fala de Bildade um problema semelhante.

Devemos sempre lutar pelo equilíbrio entre lei e graça em nossa teologia e em nosso trato para com as pessoas que erram. A lei seria diminuída se estendêssemos a graça aos que caíram profundamente? Por quê?

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – “Menos do que merece a tua iniquidade” (Ano Bíblico: At 4-6)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

2. Leia Jó 11:7-9 e Isaías 40:12-14. Que verdade é expressa nesses versos? Por que devemos sempre nos lembrar dela? Assinale as alternativas corretas:

A. ( ) Deus e Seus mistérios estão além da compreensão humana. Precisamos ter a consciência de que somos pequenos e limitados diante de Deus.

B. ( ) Deus é eterno e nós somos transitórios. Um dia seremos eternos como Deus e também oniscientes.

C. ( ) Se nos esforçarmos, poderemos conhecer todos os segredos de Deus e merecer um pouco de Sua honra.

D. ( ) Deus é Todo-poderoso, mas somos imperfeitos. Isso torna impossível a superação das nossas dificuldades.

Há muita coisa sobre Deus que não conhecemos e, apesar de todos os nossos esforços para perscrutá-­Lo por nós mesmos, ainda continuaremos conhecendo bem pouco. Um dos filósofos mais famosos do século 20, o falecido Richard Rorty, basicamente argumentou que nunca compreenderemos a realidade e a verdade, e que, portanto, devemos desistir de tentar entendê-las. Em vez de tentar compreender a realidade, argumentou Rorty, tudo o que podemos fazer é tentar lutar com ela. É impressionante que 2.600 anos de tradição filosófica ocidental culmine nessa expressão de derrota. Se toda a nossa busca e investigação tem nos deixado nas trevas quanto à natureza da realidade em que vivemos, será que poderemos, mediante o estudo, compreender o Criador – Aquele que, primeiramente, criou a realidade, e por isso é muito maior do que ela? Rorty essencialmente confirmou o que acabamos de ler no discurso de Zofar, como parte de um argumento errôneo contra Jó.

3. Leia Jó 11:1-20. O que está correto na fala de Zofar? O que há de errado com o seu argumento?

É muito difícil entender como alguém pôde ir até um homem que estava sofrendo como Jó e dizer a ele, basicamente: “Você está recebendo o que merece. Não, na verdade, você está recebendo menos do que merece.” O pior é que Zofar estava fazendo isso, assim como os outros dois amigos, numa tentativa de defender a bondade e o caráter de Deus.

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[cv_toggle title=”TERÇA – Retribuição divina (Ano Bíblico: At 7-9)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

C entral nos argumentos dos amigos de Jó foi a ideia de que Deus é justo e que o pecado atrai o castigo divino sobre os maus e bênçãos especiais sobre os bons. Não sabemos a época exata em que aqueles homens viveram. No entanto, por aceitarmos que Moisés escreveu o livro de Jó enquanto estava em Midiã, então eles devem ter vivido algum tempo antes da época do Êxodo. É muito provável também que eles tenham vivido após o Dilúvio.

4. Leia Gênesis 6:5-8. Embora não saibamos quanto Elifaz, Bildade e Zofar conheciam do Dilúvio, como essa história pode ter influenciado a teologia deles? Complete as lacunas:

A _____________________ do Dilúvio é um exemplo de que _____________________ Se entristece por causa da maldade humana e permite que os _____________________ colham as _____________________ da transgressão.

A história do Dilúvio é um exemplo da retribuição divina pelo pecado. Porém, até mesmo nessa história é revelada a ideia de graça, conforme notamos em Gênesis 6:8. Ellen G. White também escreveu sobre o fato de que “cada pancada [de martelo] desferida sobre a arca pregava para o povo” (História da Redenção, p. 63).

5. Como a difusão do mal e a ideia do juízo retributivo é vista em Gênesis 13:13, 18:20-32 e 19:24, 25? Relacione as colunas:

A. Gn 13:13                           1. ( ) Na destruição de Sodoma e Gomorra com fogo e enxofre.
B. Gn 18:20-32                   2. ( ) Na maldade dos homens de Sodoma.
C. Gn 19:24, 25                   3. ( ) No agravamento dos pecados de Sodoma e Gomorra.

Não importa se Elifaz, Bildade e Zofar conheciam bem essas histórias bíblicas, o fato é que elas revelam a realidade do juízo divino sobre o mal. Deus não estava simplesmente abandonando os pecadores aos seus pecados e deixando que o próprio pecado os destruísse. Assim como no Dilúvio, Deus foi o agente direto do castigo dos ímpios de Sodoma e Gomorra. Ali, Deus atuou como juiz e destruidor da impiedade e do mal.

Por mais que desejemos (e devamos) nos concentrar no divino caráter de amor, graça e perdão, por que não devemos nos esquecer da realidade da Sua justiça? Pense em todo o mal que ainda está impune. O que isso nos diz sobre a necessidade da retribuição divina, não importando quando ou como ela venha?

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[cv_toggle title=”QUARTA – “Se o Senhor criar alguma coisa nova” (Ano Bíblico: At 10-12)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

Muito tempo depois da morte de todos os personagens do livro de Jó, foram registrados nas Escrituras muitos exemplos do direto castigo divino sobre os maus, bem como das bênçãos para os fiéis.

6. Que grande promessa é dada aos obedientes? Dt 6:24, 25. De acordo com o texto, assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

( ) A promessa de que não teremos problemas nesta vida.

( ) A promessa de sermos bem-sucedidos e preservados em vida.

O Antigo Testamento está repleto de promessas de bênção e prosperidade. Deus diretamente as traria ao Seu povo se ele Lhe obedecesse. Portanto, podemos ver aqui exemplos do que Elifaz, Bildade e Zofar haviam dito a Jó a respeito de Deus abençoar a fidelidade daqueles que buscam obedecer a Ele e aos Seus mandamentos, e ter uma vida piedosa e justa.

É evidente que o Antigo Testamento também apresenta muitas advertências a respeito do castigo divino que recairia nos desobedientes. Em grande parte do Antigo Testamento, especialmente após a aliança feita com Israel no Sinai, Deus advertiu os israelitas sobre as consequências da desobediência deles. “Todavia, se vocês desobedecerem ao Senhor e se rebelarem contra o Seu mandamento, Sua mão se oporá a vocês da mesma forma como se opôs aos seus antepassados” (1Sm 12:15, NVI).

7. Leia Números 16:1-33. O que esse incidente nos ensina sobre a realidade do castigo retributivo de Deus?

Dada a maneira surpreendente pela qual os rebeldes foram destruídos, esse incidente não pode ser atribuído à ideia do “pecado provocando o seu próprio castigo”. Aquelas pessoas sofreram o direto castigo divino por seu pecado e rebelião. Nesse caso vemos manifestações sobrenaturais do poder de Deus. Parece que as próprias leis da natureza haviam sido mudadas. “Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao sepulcro, então, conhecereis que estes homens irritaram ao Senhor” (Nm 16:30, ARC).

O verbo “criar” nesse verso vem da mesma raiz utilizada para a palavra “criou” em Gênesis 1:1. O Senhor queria que todos soubessem que foi Ele mesmo que, de maneira imediata e direta, havia trazido aquele castigo sobre os rebeldes.

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[cv_toggle title=”QUINTA – A segunda morte (Ano Bíblico: At 13-15)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

Certamente, a maior e mais poderosa manifestação do juízo retributivo será no fim dos tempos, com a destruição dos ímpios, chamada na Bíblia de “segunda morte” (Ap 20:14). É claro que essa morte não deve ser confundida com a morte comum a todos os descendentes de Adão. Essa é a morte da qual o segundo Adão, Jesus Cristo, poupará os justos no fim dos tempos (1Co 15:26). Por outro lado, a segunda morte, assim como alguns outros castigos vistos na época do Antigo Testamento, é o castigo direto de Deus para os pecadores que não se arrependeram e não receberam a salvação em Jesus.

8. Leia 2 Pedro 3:5-7. O que a Palavra de Deus nos diz sobre o destino dos perdidos? Assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

( ) Sofrerão o tormento eterno, do qual jamais ficarão livres.

( ) Serão totalmente destruídos pelo fogo no juízo final.

“De Deus desce fogo do Céu. A Terra se fende. São retiradas as armas escondidas em suas profundezas. Chamas devoradoras irrompem de cada abismo imenso. As próprias rochas estão ardendo. Vindo é o dia que arderá “como forno” (Ml 4:1). Os elementos fundem-se pelo vivo calor, e também a Terra e as obras que nela há são queimadas (2Pe 3:10). A superfície da Terra parece uma massa fundida – um vasto e fervente lago de fogo. É o tempo do juízo e perdição dos homens maus – “dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião” (Is 34:8; O Grande Conflito, p. 672, 673).

Embora o pecado possa trazer, como consequência, seu próprio castigo, com certeza há situações em que o próprio Senhor pune diretamente o pecado e os pecadores, conforme argumentaram os protagonistas do livro de Jó. É verdade que todo sofrimento neste mundo veio do pecado. Mas não é verdade que todo sofrimento é castigo de Deus pelo pecado. Esse certamente não foi o caso de Jó, e não acontece na maioria das situações. O fato é que estamos envolvidos no grande conflito, e temos um inimigo que está à solta para nos causar dano. A boa notícia é que, em meio a tudo isso, podemos ter certeza de que Deus está conosco. Sejam quais forem as razões para as provações que enfrentamos, ou as atuais consequências dessas provações, temos a garantia do amor de Deus – um amor tão grande que Jesus veio e morreu na cruz por nós, um único ato que promete dar um fim a todo sofrimento.

Como podemos ter certeza de que o sofrimento de alguém é um castigo direto de Deus? Se não podemos ter certeza, qual é a melhor atitude a tomar para com a pessoa sofredora, ou até mesmo para com nosso próprio sofrimento?

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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: At 16-18)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

Como dissemos anteriormente neste trimestre, é importante tentar nos colocarmos no lugar dos personagens da história, pois isso pode nos ajudar a compreender seus motivos e ações. Eles não sabiam da batalha que acontecia por trás dos bastidores como nós sabemos. Se “calçássemos os sapatos deles”, não deveria ser muito difícil enxergar o erro que Elifaz, Bildade e Zofar cometeram a respeito do sofrimento de Jó. Eles fizeram um julgamento que realmente não estavam qualificados a fazer. “É muito natural que seres humanos pensem que grandes calamidades sejam um seguro indicativo de grandes crimes e enormes pecados. Mas, muitas vezes, as pessoas se equivocam ao avaliar assim o caráter. Não vivemos no tempo do juízo retributivo. O bem e o mal estão misturados, e sobrevêm calamidades a todos. Às vezes, as pessoas ultrapassam a linha demarcatória do cuidado protetor de Deus, e então Satanás exerce seu poder sobre elas, e o Senhor não Se interpõe. Jó foi severamente afligido, e seus amigos procuraram fazê-lo reconhecer que seu sofrimento era resultado do pecado, e levá-lo a se sentir sob condenação. Representaram seu caso como o de um grande pecador; mas o Senhor os repreendeu pela maneira com que eles julgaram Seu fiel servo”(Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, p. 1291).

Alguém fuma cigarros e contrai câncer de pulmão. Poderia ser mais simples que isso? Tudo bem, mas e aqueles que fumam a vida toda e nunca contraem câncer? Deus está punindo uma pessoa e não as outras? No fim das contas, assim como Elifaz, Bildade e Zofar, nem sempre sabemos por que o sofrimento acontece de determinada forma. O que importa é o que fazemos em resposta ao sofrimento que vemos. É nesse ponto que aqueles homens estavam completamente equivocados.

Perguntas para reflexão

1. A ideia do castigo retributivo nos leva a confiar na justiça final de Deus, apesar das circunstâncias desagradáveis que vivemos?

2. Aqueles três homens não compreenderam tudo que estava acontecendo com Jó. Em certo sentido, não é isso que acontece com todos nós? Não compreendemos totalmente as razões para o sofrimento humano. Como essa percepção nos ajuda a ser mais compassivos com os que estão sofrendo? Como foi mencionado acima, seria muito importante conhecer as causas do sofrimento? O que é mais importante?

Respostas sugestivas: 1. Se possível, com uma semana de antecedência, peça que os alunos leiam o capítulo 8 de Jó, anotando as verdades e erros encontrados nas palavras de Bildade. Na classe, dê a cada aluno a oportunidade de apresentar pelo menos uma verdade e um erro identificados no discurso de Bildade. 2. A. 3. Peça que os alunos leiam o capítulo 11 de Jó, anotando os acertos e erros encontrados nas palavras de Zofar. Na classe, dê a cada aluno a oportunidade de apresentar um acerto e um erro identificados no discurso de Zofar. 4. História – Deus – Pecadores – Consequências. 5. A = 2; B =3; C= 1. 6. F; V. 7. Com uma semana de antecedência, peça que os alunos leiam Números 16:1-33 e anotem as lições que aprenderam com a tragédia da rebelião de Coré, Datã e Abirão. 8. F; V.

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[disponivel em=”2016-11-04″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 04 de novembro de 2016″]

TEXTO-CHAVE: Jó 11:7, 8; 2 Pedro 3:5-7

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: Comparar exemplos históricos do julgamento retributivo de Deus com a situação específica de Jó.

Sentir: Perceber a soberania de Deus em Seu trato amoroso e justo para com a humanidade ao longo da história.

Fazer: Buscar um equilíbrio saudável e bíblico na compreensão da justiça e da misericórdia de Deus em sua própria vida e na vida das outras pessoas.

ESBOÇO

I. Conhecer: Juízo retributivo

A. Como você entende o que aconteceu durante o Dilúvio ou em Sodoma e Gomorra, em termos do juízo retributivo de Deus?

B. Qual é a grande diferença entre esses acontecimentos e a maneira pela qual os amigos de Jó reagiram?

II. Sentir: As coisas profundas de Deus

A. Quais são as nossas limitações na compreensão da maneira pela qual Deus tem lidado com a humanidade ao longo da história?

B. Que certeza podemos ter no modo pelo qual Deus lida conosco, mesmo que não entendamos os Seus caminhos?

III. Fazer: Encontrando equilíbrio

A. Deus ainda utiliza o juízo retributivo direto em nossos dias? Explique.

B. Como é possível encontrar equilíbrio entre nossa visão da graça e da misericórdia de Deus?

RESUMO: Bildade e Zofar realmente enfatizaram sua opinião num tom cada vez mais duro, à medida que Jó declarava a própria inocência. Embora exista o juízo divino retributivo direto na Bíblia, os caminhos de Deus não são os nossos. Não faz parte da nossa atribuição determinar quando Deus pune diretamente ou não. Nossa tarefa é aliviar o sofrimento, seja qual for a sua causa.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: 2 Pedro 3:5-7

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Haverá um juízo final no qual Deus destruirá o mal e seu originador. É importante reconhecer que Deus está ativamente envolvido nesse processo e que Ele tem concedido ampla evidência histórica em toda a Bíblia a fim de nos assegurar o resultado final do grande conflito. No entanto, nem todo sofrimento é um exemplo do castigo retributivo de Deus. É nisso que os amigos de Jó estavam extremamente equivocados.

Para o professor: A unidade da igreja é muitas vezes desafiada por pontos de vista que representam extremos. Porém, as pessoas que apresentam esses extremos argumentam que seguir algo além do seu ponto de vista corresponderia a comprometer a verdade. Parece ser muito difícil encontrar uma perspectiva equilibrada, um meio termo que mantenha a unidade.

Discussão de abertura

Todos conhecemos a triste história do massacre das crianças ocorrido em Belém após o nascimento de Jesus (Mt 2:13-18). Para recapitular: Somente as crianças a partir de dois anos de idade sobreviveram; todas as crianças menores foram cruelmente mortas pelos soldados de Herodes. Essa é uma terrível história do cumprimento da profecia messiânica (Mateus cita Jeremias), da proteção divina (José e sua família fugiram para o Egito, motivados por um sonho dado por Deus) e da tentativa de Satanás de matar o recém-nascido Messias.

No entanto, João Crisóstomo (349-407 d.C.), um pai da igreja primitiva e arcebispo de Constantinopla, sugeriu que o massacre decretado por Herodes apresentava uma prova textual à doutrina da Trindade. Eis a prova: apenas as crianças de três anos de idade sobreviveram, representando as pessoas que acreditavam na doutrina da Trindade (essas crianças simbolizavam um Deus trino). Já as crianças de dois anos de idade morreram (correspondendo à visão “binitariana”: apenas duas pessoas na Divindade). Também morreram as crianças de um ano (representando a visão unitariana: Deus é apenas uma Pessoa).

Para entender o significado dessa interpretação, precisamos colocá-la em seu devido contexto histórico. Crisóstomo viveu em um século marcado pelo grande debate ariano sobre a Trindade que quase destruiu a igreja primitiva. Ário sugeriu, no terceiro século d.C., que Cristo era subordinado e criado por Deus. Poderíamos chamar a teoria de Crisóstomo de uma interpretação alegórica.

Ainda que acreditemos na Trindade, como Crisóstomo acreditava, podemos não necessariamente procurá-la na história do massacre decretado por Herodes. O que Crisóstomo, bem como os amigos de Jó, não perceberam?

Compreensão

Para o professor: Um dos princípios mais importantes de interpretação bíblica é a questão do contexto. Tanto Bildade quanto Zofar cometeram o grande erro de não examinar as circunstâncias em que o sofrimento de Jó estava inserido. Eles se basearam em uma compreensão limitada de Deus, que não levava em conta uma conjuntura variável. Enquanto o juízo de Deus sobre Sodoma e Gomorra foi um exemplo do castigo divino retributivo direto, a situação de Jó exigia uma observação mais atenta de um contexto completamente diferente. Ali estava um homem sofrendo, um homem coerente e integralmente justo. Mas como seus amigos poderiam discernir isso? O fato de que eles deixaram de analisar o quadro geral os tornou cegos quanto à verdadeira questão e suscetíveis a pecar com suas palavras. Por isso, no fim do livro, Jó precisou interceder em favor deles.

Comentário bíblico

Há uma série de afirmações verdadeiras e importantes ao longo dos duros discursos de Bildade e Zofar que valem a pena ser examinadas. Embora eles não tenham conseguido retratar Deus corretamente e aliviar o sofrimento do amigo, eles tinham uma compreensão parcial dEle. Contudo, às vezes, ter um entendimento incompleto pode ser mais prejudicial do que não ter nenhuma compreensão, principalmente quando se trata da Bíblia.

I. Palavras duras
(Recapitule com a classe Jó 8:1-20; 11:1-20.)

Nos capítulos 6 e 7, Jó defende com veemência a sua própria inocência. O discurso de Bildade, registrado em Jó 8:1-20, é uma resposta às palavras de Jó. Os argumentos foram apresentados de forma calma e analítica. No entanto, a resposta contém palavras quase sarcásticas e devastadoras em rejeição à fala de Jó, que, para Bildade, era como um “vento impetuoso” (Jó 8:2). Para ele, não havia dúvidas de que Deus (a) sempre pune os maus (Jó 8:13) e (b) sempre faz o justo prosperar (Jó 8:20). A fim de sustentar seu ponto de vista, ele contou com a lógica (Jó 8:3-7), a tradição (Jó 8:8-10) e analogias da natureza (Jó 9:5-9). Além disso, a imagem que Bildade tinha do papiro que murchava sem umidade é interessante (Jó 8:11, 12). Moisés, autor do livro de Jó, estava muito familiarizado com essa planta que crescia profusamente no delta do Nilo, no Egito, de onde ele havia fugido. A análise lógica e rigorosa de Bildade o tornou insensível ao sofrimento de Jó, fazendo de Deus um carrasco de Sua própria justiça.

Zofar, por outro lado, depois de ouvir Jó defendendo desesperadamente a sua inocência por mais dois capítulos (Jó 9; 10), concluiu com a cruel teologia da retribuição e foi além: Jó devia ter pecado, como fica evidente pelo seu sofrimento (Jó 11:1-4). Como consequência disso, Jó devia ser castigado ainda mais, pois ele não admitia sua culpa (Jó 11:5, 6).

No entanto, no meio de toda essa conversa teológica sem sentido, há uma declaração verdadeira sobre as “coisas profundas de Deus” (Jó 11:7, 8): Deus é insondável e misterioso. Ironicamente, esse fato fala contra a mecânica teologia da retribuição de Bildade e Zofar, abrindo espaço para uma inesperada relação entre o sofrimento e a justiça.

Pense nisto: Como você tem passado por situações nas quais Deus não reage da maneira em que Ele supostamente “deveria” reagir?

II. Defendendo Deus
(Recapitule com a classe Marcos 15:3-5.)

Os amigos de Jó tinham opiniões muito fortes a respeito de defender Deus; seus argumentos são o protótipo da apologética cristã. No entanto, ao “protegê-Lo” veementemente, eles se esqueceram de que Deus não precisa de nossos débeis esforços humanos para Se resguardar.

Vemos essa verdade maior na narrativa do Evangelho de Marcos 15:3-5. Jesus estava diante de Pilatos; Ele havia sido acusado e açoitado. Marcos menciona duas vezes que Jesus ficou em silêncio. De forma semelhante, em Jó 38, quando Deus finalmente começou a falar, Ele não respondeu a nenhuma das inumeráveis perguntas que Jó Lhe havia feito ao longo do livro. Deus permaneceu em silêncio, por assim dizer, a respeito dessas perguntas.

Há uma citação que tem sido alternativamente atribuída, em suas diversas formas, a Martinho Lutero, Oswald Chambers e Charles Spurgeon (sendo este último o autor mais provável): “O evangelho é como um leão enjaulado. Ele não precisa de defesa; só precisa ser deixado de fora da sua jaula”. Não precisamos defender Deus. Qualquer tentativa nesse sentido está condenada ao miserável fracasso e, muitas vezes, é apenas uma autodefesa medíocre das nossas próprias teologias distorcidas. Apesar disso, precisamos dar razões à nossa fé, conforme a Bíblia instrui (1Pe 3:15). A apologética cristã também se faz necessária, mas não para os humanos defensores do Todo-poderoso, cujos limites não podemos sondar (Jó 11:7-9).

Pense nisto: Você já sentiu necessidade de defender Deus? Como foi?

III. Deus castigando ativamente os ímpios
(Recapitule com a classe Êxodo 15:7; 22:22; 32:10; Números 16; Apocalipse 18:8; 19:15.)

Várias pessoas não aceitam a destruição de Sodoma e Gomorra, a morte dos filhos de Coré, as pragas do Egito ou as pragas que ocorrerão no fim dos tempos. Nessas histórias, Deus parece estar à direta e envolvido ativamente no castigo dos ímpios, impondo Sua ira sobre aqueles que, de maneira deliberada e repetida, opõem-se a Ele até que a Sua misericórdia chega ao fim. Para conciliar essa imagem com a de um Deus de amor, tem sido sugerido que compreendamos a ira de Deus em termos da consequência impessoal e inevitável do pecado. Tal perspectiva implica em enxergar o castigo como consequência direta do pecado, sendo que o único papel ativo de Deus é retirar Sua proteção contra o pecador.

Essa ideia levanta uma série de questões: quem poderia ter estabelecido uma lei de castigo tão impessoal e universal, senão o próprio Deus? E ainda mais importante: o que dizer das constantes descrições da ira de Deus na Bíblia, uma ira que Ele pessoalmente decreta aos punidos? No grande conflito, o pecado se originou em nível pessoal com Satanás. O fim do pecado, seja por meio dos castigos diretos citados na Bíblia, que prenunciam o juízo final, seja pela destruição final do pecado no tempo do fim, também ocorrerá mediante a atuação de um ser pessoal – um Deus ativamente envolvido na obra da salvação. E para não esquecer: o juízo de Deus está indissoluvelmente ligado à Sua misericórdia.

Pense nisto: Como você se sente em relação ao fato de Deus castigar ativamente o ímpio com Sua ira? Por que você se sente assim?

Aplicação

Para o professor: Existe um aspecto muito prático quanto à ideia de Deus estar ativamente envolvido no castigo: é a questão de como relacionar Seu papel de castigador do pecado com o Seu papel de Deus amoroso.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. O que você pensa do fato de que Deus destruirá Satanás e também todo o mal no fim da História, na segunda ressurreição?

2. Como você pode associar o castigo divino à imagem de um Deus amoroso?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor:  Existe sofrimento ao nosso redor e não é preciso ir muito longe para percebê-lo. Na verdade, devemos sair e observá-lo com mais frequência. Isso pode nos guardar de cair na tentação da teologia da retribuição.

Atividades individuais ou em classe

1. Visite um lugar de sofrimento na sua comunidade (por exemplo, um asilo ou um hospital) e estenda a mão às pessoas que estão sofrendo.

2. Recentemente, você realizou ações ou proferiu palavras que ofereceram esperança a outras pessoas? Compartilhe essa experiência com os alunos na próxima semana.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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