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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: At 19-21)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1).
Leituras da semana: Jó 10; Is 53:6; Rm 3:10-20; Jó 15:14-16; Jó 1:18-20; Mt 6:34
O escritor argelino Albert Camus lutou com a questão do sofrimento humano. Em seu livro The plague [“A peste”], ele utiliza uma peste como metáfora para os males que provocam dor e sofrimento à humanidade. Camus descreve uma cena na qual um garotinho, afligido pela pestilência, tem uma morte terrível. Posteriormente, um padre que havia testemunhado a tragédia disse a um médico que também estivera ali: “Esse tipo de coisa é revoltante, pois ultrapassa nossa compreensão humana. Mas talvez devamos amar o que não compreendemos.” O doutor, enfurecido, retrucou: “Não, padre! Tenho uma ideia muito diferente do amor; e até o dia da minha morte, me recusarei a amar um sistema em que crianças são torturadas” (Albert Camus, The plague; New York: First Vintage International Edition, 1991, p. 218).
Essa cena reflete o que temos visto no livro de Jó: respostas superficiais e nada convincentes ao que não possui uma solução simples. Assim como o médico da história acima, Jó também sabia que as respostas dadas não correspondiam à realidade em questão. Portanto, eis o desafio: como encontramos respostas que fazem sentido para o que, muitas vezes, parece sem sentido? Nesta semana continuaremos nossa busca.
Na semana que vem terá início uma grande campanha evangelística. Será de 19 a 26 de novembro. Teremos mais de 4 mil pregadores espalhados em todo o Brasil.
Prepare seu coração e convide seus amigos!
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[cv_toggle title=”DOMINGO – O protesto de Jó (Ano Bíblico: At 22, 23)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
Elifaz, Bildade e Zofar tinham um argumento: Deus pune o mal. Infelizmente, o argumento deles não se aplicava à situação de Jó. O sofrimento de Jó não era um exemplo de castigo retributivo. Deus não o estava punindo por seus pecados, como posteriormente Ele fez com Coré, Datã e Abirão. Jó também não estava colhendo o que plantara, como muitas vezes pode ser o caso. Nada disso! Jó era um homem justo; o próprio Deus havia dito isso (Jó 1:8). Portanto, Jó não somente não merecia o que havia lhe acontecido, ele sabia que não merecia aquilo. Foi isso que tornou suas queixas tão fortes e amargas.
1. Leia Jó 10. Ao considerar as circunstâncias de Jó, suas palavras ao Senhor faziam sentido? O que estava errado e o que estava certo em seu discurso?
Aqueles que creem em Deus não fazem perguntas semelhantes em momentos de grande tragédia? “Por que, Senhor, Tu tiveste o trabalho de me criar?”, ou “Por que Tu estás fazendo isso comigo?” ou ainda “Não teria sido melhor se eu nunca tivesse nascido do que ter sido criado e agora enfrentar tudo isso?”
Além disso, o que tornava tudo mais difícil de compreender era o fato de que Jó sabia da sua fidelidade a Deus. Ele clamou ao Senhor: “Bem sabes Tu que eu não sou culpado; todavia, ninguém há que me livre da Tua mão” (Jó 10:7).
Há uma ironia difícil nessa história: diferente do que seus amigos diziam, Jó não estava sofrendo por causa de seu pecado. O próprio livro revela o contrário: Jó estava sofrendo exatamente porque ele era muito fiel. Os dois primeiros capítulos do livro defendem essa ideia. Jó não tinha como saber que era essa a causa. E, mesmo que tivesse, provavelmente isso teria aumentado sua frustração e amargura.
Por mais singular que seja a situação de Jó, ela é também universal no sentido de que lida com o problema universal do sofrimento, especialmente quando a dor parece tão desproporcional diante do mal que alguém possa ter feito. Uma coisa é exceder o limite de velocidade e receber uma multa; outra é fazer a mesma coisa com o objetivo de matar alguém.
O que você pode dizer a alguém que acredita que está sofrendo injustamente?
Permaneça em oração pelo grande evangelismo e pelas pessoas que estão se preparando para o batismo.
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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Sangue inocente? (Ano Bíblico: At 24-26)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
Muitas vezes ouvimos sobre o assunto do sofrimento de “inocentes”. A Bíblia até mesmo utiliza a expressão “sangue inocente” (Is 59:7; Jr 22:17; Jl 3:19), geralmente no contexto de agressão ou até assassinato de pessoas que não mereciam o que lhes aconteceu. Se utilizarmos essa interpretação de “sangue inocente”, então, veremos que nosso mundo está repleto de muitos exemplos disso.
Por outro lado, a Bíblia fala sobre a realidade da pecaminosidade e corrupção humanas, o que levanta uma questão válida sobre o significado do termo “inocente”. Se todos pecaram e transgrediram a lei de Deus, quem de fato é inocente? Como disse alguém: “Sua certidão de nascimento atesta sua culpa.”
Embora teólogos e estudiosos da Bíblia tenham debatido por séculos a exata natureza da relação humana para com o pecado, a Bíblia deixa claro que o pecado impactou toda a humanidade. O conceito da pecaminosidade humana não se encontra apenas no Novo Testamento. Ao contrário, a investigação do tema no Novo Testamento é uma expansão do que foi escrito no Antigo Testamento.
2. O que os textos seguintes ensinam sobre a realidade do pecado? 1Rs 8:46; Sl 51:5; Pv 20:9; Is 53:6; Rm 3:10-20. Complete as lacunas de acordo com o conteúdo dos textos:
Esses textos nos ensinam que ___________________ nós _____________________ em pecado. Portanto, somos todos ___________________ e merecemos a _________________.
Além do claro testemunho das Escrituras, qualquer pessoa que tenha conhecido o Senhor pessoalmente e tido um vislumbre da bondade e santidade de Deus conhece a realidade da pecaminosidade humana. Nesse sentido, quem dentre nós é verdadeiramente “inocente”? (Vamos desconsiderar por enquanto a questão dos bebês e das crianças).
Por outro lado, não é bem essa a questão. Jó era um pecador. Nesse sentido ele não era inocente, assim como seus filhos também não eram. Contudo, o que ele havia feito, ou eles haviam feito, para merecer a sorte que recaiu sobre eles? Não seria essa, talvez, a grande pergunta da humanidade em relação ao sofrimento? Diferente dos “provérbios de cinza” (Jó 13:12) de seus amigos, Jó sabia que não merecia o que lhe estava acontecendo.
O amor e a santidade de Deus intensificam nosso senso de pecaminosidade. Essa percepção nos ajuda a enxergar nossa absoluta necessidade da cruz?
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[cv_toggle title=”TERÇA – Destinos injustos (Ano Bíblico: At 27, 28)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
3. Leia Jó 15:14-16. Que verdade Elifaz apresentou a Jó? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Todo sofrimento é fruto dos nossos pecados.
B. ( ) Não podemos esperar nada de Deus, pois Ele é justo, e nós, pecadores.
C. ( ) Todos os homens nascidos de mulher são pecadores, injustos e corruptos.
D. ( ) Deus perdoaria os pecados de Jó, se ele somente os confessasse.
Novamente Elifaz falou a verdade, assim como os outros amigos haviam falado, dessa vez, porém, a respeito da pecaminosidade de todo ser humano. O pecado é uma realidade universal da vida na Terra, assim como o sofrimento.
E, como também sabemos, no fim das contas todo sofrimento é resultado do pecado. Além disso, não há dúvidas de que Deus pode usar o sofrimento para nos ensinar lições importantes. “Deus sempre tem provado Seu povo na fornalha da aflição. É no calor da fornalha que a escória se separa do verdadeiro ouro do caráter cristão” (Patriarcas e Profetas, p. 129).
Há, porém, um problema mais profundo com relação ao sofrimento. O que dizer das vezes em que não vemos benefício algum como resultado do sofrimento? E quanto ao sofrimento dos que não tiveram, em seu caráter, a escória separada do ouro, pois foram mortos instantaneamente? O que dizer dos que sofrem sem conhecer o Deus verdadeiro ou qualquer coisa a Seu respeito? E as pessoas cujos sofrimentos apenas as tornaram amargas, furiosas e revoltadas com Deus? Não podemos ignorar esses exemplos nem tentar colocá-los numa fórmula simples. Fazer isso talvez nos tornasse culpados dos mesmos erros cometidos pelos acusadores de Jó.
Independentemente das lições que Jó e seus acusadores pudessem aprender, e da derrota que Satanás enfrentaria mediante a fidelidade de Jó, o destino dessas outras pessoas certamente não parece justo. O fato é que essas coisas não são justas, nem razoáveis ou corretas.
Enfrentamos desafios semelhantes hoje. Uma criança de seis anos morre de câncer. Isso é justo? Uma universitária de vinte anos é tirada à força de seu carro e abusada sexualmente. Isso é justo? Uma mulher de trinta e cinco anos, mãe de três filhos, morre em um acidente automobilístico. Isso é justo? O que dizer dos 19 mil japoneses mortos no terremoto de 2011? Todos eles eram culpados de alguma coisa, para que aquele terremoto fosse considerado uma punição justa? Se não, essas mortes também não foram justas.
Essas são questões difíceis.
*Lembrete: Aproveite mais o estudo da lição e envolva cada aluno na busca das respostas para as perguntas de cada dia, com base nas respostas e atividades para a semana, sugeridas no fim da lição de sexta-feira.
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[cv_toggle title=”QUARTA – Basta a cada dia o seu mal (Ano Bíblico: Rm 1-4)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
4. Pense no destino imediato das pessoas descritas nos versos a seguir. A vida foi justa com elas?
Jó 1:18-20
Gn 4:8
Êx 12:29, 30
2Sm 11:17
Jr 38:6
Mt 14:10
Hb 11:35-38
A Bíblia reflete uma realidade cruel a respeito da vida em nosso mundo caído: o mal e o sofrimento são reais. Somente fazendo uma leitura superficial da Palavra de Deus e tirando alguns textos do contexto, poderíamos pensar que a vida aqui seja razoável, justa e boa, e que, se apenas permanecermos fiéis a Deus, não teremos sofrimento. É evidente que a fidelidade pode trazer muitas recompensas hoje, mas isso não quer dizer que ela construa uma barreira completa para a dor e o sofrimento.
No Sermão do Monte, Jesus pregou uma mensagem poderosa, indicando por que devemos confiar em Deus e não nos preocupar com o que comeremos, beberemos ou vestiremos. Jesus utilizou exemplos da natureza como lições objetivas sobre as razões pelas quais podemos confiar na bondade de Deus para satisfazer nossas necessidades. Ele então acrescentou estas famosas palavras: “Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6:34, ARC).
Repare: basta a cada dia o seu mal. Jesus não estava negando a presença do mal em nossa vida, mesmo a presença diária do mal (esse termo vem de uma palavra grega cujo significado pode ser “maldade”, “depravação” e “malignidade”). Na verdade, era o contrário. Jesus estava reconhecendo o predomínio e a presença do mal em nosso dia a dia. Como Cristo poderia não reconhecer isso? Como Senhor, Ele tinha muito mais conhecimento sobre o mal no mundo do que qualquer um de nós poderia ter, ainda que todos nós já conheçamos bem esse assunto.
Quem já não provou um pouco, ou muito, do quanto a vida pode ser injusta e amarga? O fato de que Jesus reconheceu a realidade do mal pode nos trazer conforto e força em meio à maldade deste mundo?
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[cv_toggle title=”QUINTA – Fatos que não se veem (Ano Bíblico: Rm 5-7)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
5. Leia Provérbios 3:5. Embora seja um texto comum, que mensagem crucial ele tem para nós, principalmente no contexto do que estamos estudando? Marque V para verdadeiro ou F para falso:
( ) Devemos descansar em Deus, pois Ele nos dará tudo que Lhe pedirmos.
( ) Devemos confiar totalmente em Deus e não nos apoiar no nosso próprio entendimento.
Embora o caso de Jó seja extremo, ele reflete a triste realidade do sofrimento em nosso mundo caído. Não precisamos da história de Jó nem de outras histórias da Bíblia para ver essa realidade. Nós a vemos ao nosso redor. De fato, todos nós a vivemos até certo ponto.
“O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece” (Jó 14:1, 2).
Portanto, a questão com a qual lutamos é: como explicarmos o sofrimento, aquele que parece não fazer sentido para nós, no qual é derramado sangue inocente?
Como os primeiros capítulos do livro de Jó revelam, e conforme o que a Bíblia também mostra em outras partes, Satanás é um ser real e é a causa, direta ou indireta, de tanto sofrimento. Como vimos anteriormente neste trimestre (veja a lição dois), o conceito do grande conflito é muito eficaz para nos ajudar a lidar com a realidade do mal em nosso mundo.
No entanto, às vezes é difícil compreender por que algumas coisas acontecem. Muitas vezes, as coisas simplesmente não fazem sentido. Em momentos como esses, quando acontecem coisas que não entendemos, precisamos aprender a confiar na bondade de Deus. Precisamos aprender a confiar em Deus mesmo quando não podemos ver facilmente as respostas. Mesmo quando não é possível ver coisas boas como resultado do mal e do sofrimento ao nosso redor.
6. Hebreus 11:1 diz: “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” A partir das coisas que vemos, como podemos aprender a confiar em Deus sobre as coisas que não vemos? Pelo que lemos do livro de Jó até agora, em que sentido Jó aprendeu a fazer exatamente isso? Como podemos aprender a fazer o mesmo?
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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Rm 8-10)” tags=””]
[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
Albert Camus escreveu muitas coisas sobre sua luta para encontrar respostas para a questão do sofrimento e o significado da vida que se torna mais problemática por causa do sofrimento. Sua citação mais famosa mostra que seu progresso foi pequeno: “Há apenas um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se vale a pena viver equivale a responder a questão fundamental da filosofia” (The Myth of Sisyphus and Other Essays [“O mito de Sísifo e outros ensaios”]; Nova York: Vintage Books, 1995, p. 3). A questão do sofrimento humano não é fácil de responder.
Há, porém, uma diferença crucial entre as pessoas que lutam sem Deus para obter respostas e aquelas que o fazem com Deus. De fato, o problema do sofrimento se torna mais difícil quando se acredita na existência de Deus, devido aos problemas inevitáveis que a existência dEle traz em face do mal e da dor. Por outro lado, temos o que ateus como Camus não têm: a possibilidade e a perspectiva da resposta e da resolução. (Há evidências de que Camus tivesse posteriormente desejado o batismo, porém ele logo morreu em um acidente automobilístico). Temos a esperança de que Deus “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4). Mesmo que alguém não acreditasse nessa promessa, essa pessoa teria que admitir que, se não houvesse nada mais que isso, a vida seria muito mais agradável por termos ao menos essa esperança.
Perguntas para reflexão
Um argumento que as pessoas apresentam a respeito da questão do mal é este: “Sim, existe o mal neste mundo, mas também existe o bem, e o bem supera o mal.” A primeira pergunta é: Como saber que o bem supera o mal? Como fazer essa comparação? A segunda pergunta é: Mesmo que isso fosse verdade, que proveito esse argumento teria para Jó (ou outras pessoas) em meio ao seu sofrimento? O filósofo alemão Arthur Schopenhauer usou um exemplo poderoso para ridicularizar a noção de equilíbrio entre o bem e o mal neste mundo: “Dizem que o prazer neste mundo supera a dor; ou, em todo o caso, que há um equilíbrio entre os dois. Caso o leitor deseje descobrir, brevemente, se essa afirmação é verdadeira, compare os respectivos sentimentos de dois animais, um dos quais esteja ocupado em comer o outro.” Como você responderia à ideia de que o bem, de certa forma, se equilibra com o mal?
Respostas e tarefas para a semana: 1. Com uma semana de antecedência, peça que os alunos leiam o capítulo 10 de Jó, anotando os erros e acertos do discurso de Jó, e as lições para nossa vida, ao lidarmos com sofrimentos inexplicáveis. 2. Todos – nascemos – pecadores – morte. 3. C. 4. Conforme o tamanho de sua classe, com uma semana de antecedência, distribua um ou dois textos para cada aluno, solicitando-lhes que estudem as passagens. Na classe, peça que eles respondam: O que aconteceu com seu personagem? Isso foi justo? 5. F; V. 6. Peça que os alunos deem testemunhos pessoais sobre situações nas quais, em meio aos problemas visíveis, eles encontraram motivos para confiar no que não se vê. Valeu a pena ser fiéis ao Senhor?
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[disponivel em=”2016-11-11″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de novembro de 2016″]
TEXTO-CHAVE: Jó 15:14-16; Hebreus 11:1
O ALUNO DEVERÁ
Conhecer: O significado da natureza humana pecaminosa e seu impacto sobre o sofrimento neste mundo.
Sentir: A profunda tristeza de Deus e nossa impotência diante do sofrimento causado pelo pecado e pela injustiça humana.
Fazer: Buscar a resposta para o sofrimento na vida, não se valendo da amargura contra Deus, mas do fortalecimento da nossa fé.
ESBOÇO
I. Conhecer: A natureza humana pecaminosa
A. Por que a inocência de Jó, repetidamente enfatizada, é apenas parcialmente verdadeira?
B. Como a compreensão do estado pecaminoso da natureza humana contribui para que entendamos o sofrimento no livro de Jó?
II. Sentir: O sofrimento e o pecado
A. Como você reage ao sofrimento imerecido, causado por guerras, terrorismo e catástrofes naturai, entre outros?
B. O que você responderia a alguém que acusa Deus de permitir que todas essas atrocidades e desastres aconteçam?
III. Fazer: Fé e sofrimento
A. Qual é a relação entre sofrimento e fé no livro de Jó e em toda a Bíblia?
B. A fé é apenas mais uma resposta fácil quando se trata de lidar com o sofrimento humano? Por quê?
RESUMO: Ao observarmos o sofrimento imerecido em nosso mundo, é impossível não ficar horrorizado diante das coisas que testemunhamos na mídia. No entanto, o sofrimento nunca é inocente. Ele faz parte de um mundo cheio de pecados que está sendo destruído por Satanás e habitado por pessoas intrinsecamente pecaminosas. Contudo, a fé nos permite olhar para além do sofrimento, para a restauração divina.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 2:13-18
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Em Mateus 2:13-18 encontramos uma história que mostra o horror causado pelo pecado neste mundo. O massacre das crianças em Belém, decretado por Herodes, foi realmente uma tentativa de Satanás de matar o jovem Messias. Por que aquelas crianças inocentes tiveram que morrer? O que dizer dos pais traumatizados que ficaram para trás? Simplesmente não há explicação satisfatória para esse tipo de atrocidade. Porém, podemos olhar com fé para aquilo que não podemos ver e aceitar o que não podemos entender, sabendo que Deus consertará todas as coisas no fim.
Para o professor: Somos bombardeados de todos os ângulos e lados por todo tipo de mídia e tecnologia. Celulares, tablets, computadores e outros aparelhos trazem, em tempo real, à palma de nossa mão, aos nossos escritórios e às nossas salas de TV as terríveis notícias de morte e destruição. É interessante como a exposição excessiva ao sofrimento humano global pode nos tornar insensíveis ao sofrimento que está acontecendo bem ao nosso redor. Aproveite esta oportunidade para discutir com a classe os efeitos sutis da mídia em nosso cotidiano.
Discussão de abertura
Um artigo recente sugere que provavelmente 4% dos presos que receberam a pena de morte nos Estados Unidos foram injustamente condenados. Apesar disso, apenas 1,6% desses foram exonerados (o que significa que os outros 2,4% foram imerecidamente executados). Tomemos como exemplo a história de um homem do Texas que foi acusado de assassinar sua esposa. O homem foi libertado da prisão depois de passar 25 anos atrás das grades, pois novas evidências da cena do crime mostraram claramente que outra pessoa era responsável pelo homicídio. Pense bem. Esse homem passou vinte e cinco anos na prisão, de luto pela perda da esposa, tendo sido injustamente condenado pelo assassinato dela!
Em 1980, Lindy Chamberlain-Creighton foi acusada de matar sua bebê durante um acampamento na Austrália. Ela passou três anos na prisão antes de uma nova evidência surgir, confirmando sua alegação de que um dingo (cão selvagem) tinha levado sua filhinha da tenda. A história de Lindy virou um filme de sucesso que apela à necessidade universal de se fazer justiça aos que sofrem injustamente.
Em outros casos, a exoneração só vem depois que a execução ocorre. Nosso mundo está repleto dessas tristes histórias de injustiça e de falsas acusações. Uma coisa é ver alguém sofrendo sem conhecermos as razões para isso; outra coisa completamente diferente é ver alguém inocente sofrer por causa dos erros de outra pessoa.
Como você se sente diante do sofrimento desnecessário neste mundo?
Compreensão
Para o professor: Até aqui, temos nos referido constantemente à inocência de Jó em todo o sofrimento que ele passou. Na realidade, desde o início, o livro de Jó repetidamente esclarece que o patriarca era “íntegro e reto” (Jó 1:1, 8; 2:3). A palavra hebraica usada para “íntegro” (tam) significa “ser completo, ter integridade, ser idôneo e inocente”. Apesar disso, ela não quer dizer, necessariamente, “estar sem pecado”. Assim como qualquer outro ser humano que viveu depois da queda relatada em Gênesis, Jó era um pecador. Ele chegou ao ponto de se arrepender no fim do livro (Jó 42). Ao estudar a lição desta semana, é importante ter em mente a realidade do pecado, mesmo na vida de Jó. Na verdade, essa noção faz Jó se aproximar um pouco mais da nossa própria realidade.
Comentário bíblico
Toda a humanidade vive as consequências da queda. O pecado tornou-se parte do nosso DNA. O clamor desesperado que Jó dirigiu a Deus, no capítulo 10, ecoa essa desolação. Mesmo em suas angustiadas declarações de inocência estão as palavras amargas de uma pessoa que, embora estivesse sofrendo injustamente, ainda era um pecador como todos nós.
I. Deus, por quê?
(Recapitule com a classe Jó 10:22.)
Em seu discurso no capítulo 10, Jó deu uma resposta a Bildade (Jó 9); em seguida, ele se dirigiu a Deus, embora isso tenha sido expressado na hipotética frase “Direi a Deus” (Jó 10:2). Portanto, essa frase é bem diferente do que Jó disse a Deus quando ele, de fato, falou com o Senhor diretamente (Jó 40:3-5; 42:1-6). Naquele momento, Jó estava cheio de uma amargura que havia permeado todo o seu ser (nefesh, em hebraico; Jó 10:1). Ele se perguntava por que Deus continuava a “oprimi-lo” – uma palavra usada em outros lugares da Bíblia para se referir às ações daqueles a quem Deus condena (compare Ez 22:29).
Afirmando mais uma vez a sua inocência (Jó 10:7), Jó começou a fazer perguntas sobre o caráter de Deus que, por sua vez, o perseguia implacavelmente (Jó 10:13-16). Embora Deus o tivesse criado e moldado graciosamente (Jó 10:8-12), Jó agora estava conhecendo um Deus que parecia não mais fazer sentido. Uma pergunta passou a ser inevitável: será que o próprio Jó não acreditava na teologia da retribuição – somente no lado positivo da equação (isto é, Deus abençoa o justo) – e, por iso, abalou-se no íntimo quando as coisas não funcionaram assim?
Pense nisto: Você já imaginou o que poderia dizer a uma pessoa importante em um momento específico de tragédia? O que você diria a Deus, a Pessoa mais importante de todas?
II. A natureza pecaminosa e a fé
(Recapitule com a classe Romanos 3:10-20; Jó 15:14-16; Hebreus 11:1.)
O Antigo e o Novo Testamentos são claros a respeito da natureza pecaminosa da humanidade. Paulo, em Romanos 3:10-20, citou diretamente o Antigo Testamento pelo menos oito vezes, principalmente o livro de Salmos (Sl 5:9; 10:7; 14:1-3; 36:1; 53:1-3; 140:3; Pv 1:16; Is 59:7), embutindo profundamente sua teologia da natureza humana pecaminosa na cosmovisão do Antigo Testamento. Deus criou Adão e Eva à Sua imagem (Gn 1:26-28), mas, com a queda, a imagem de Deus nesse primeiro casal humano foi desfigurada. Assim, todos os seus descendentes passaram a compartilhar da natureza caída. Eles nascem com fraquezas e tendências para o pecado (Sl 51:5; Rm 5:12-17).
Embora não tenhamos participado da transgressão de Adão nem herdado o seu pecado – conforme defende a doutrina do pecado original, iniciada com Agostinho e que, em grande medida, tornou-se a doutrina da Igreja Católica – herdamos a tendência para o pecado e, portanto, nascemos corrompidos. É nesse quesito que Cristo foi diferente de nós: apesar de ter nascido no degradado estado humano (Hb 2:17), Ele não nasceu com a propensão para pecar (Hb 4:15).
Jó fez parte dessa longa geração de seres humanos caídos, que veio de Adão até nós. Embora fosse inocente em seu sofrimento, ele era pecador como nós. Como Jó poderia estar diante de Deus? Somente pela fé. Talvez essa seja uma das respostas que o livro de Jó pode nos dar.
Nessa sequência histórica interminável de pecado e sofrimento humano, seja ele inocente ou causado por nós mesmos, só há uma perspectiva que nos ajuda a lidar com essas coisas: a da fé. De acordo com a definição bíblica de fé em Hebreus 11:1, a fé vê além da realidade imediata e iminente. Ela se apossa da realidade distante e transcendente do futuro reino de Deus, onde não haverá mais sofrimento e toda lágrima será enxugada (Ap 21).
Pense nisto: Como o conhecimento da natureza humana pecaminosa muda suas ideias sobre o sofrimento humano?
III. Criação
(Recapitule com a classe Jó 10:8-12; Salmo 139:13-16; Jeremias 18:5-12; Isaías 53:5.)
Oculto em meio à amargura desesperada do imaginado discurso de Jó ao Senhor, no capítulo 10, há um belo vislumbre do início da vida. Em linguagem poética, Jó descreve como Deus forma cada ser humano no ventre de sua mãe; como Ele habilmente molda cada um de nós de acordo com a Sua imagem. Em um mundo que ignora de maneira contínua e cruel o valor da vida humana desde a sua concepção até a velhice (como se vê em abortos desnecessários ou em casos injustificados de eutanásia), Jó nos dá uma descrição impressionante do cuidadoso e amoroso plano divino. Ele afirma que Deus valorizou tanto a vida humana que enviou o Seu próprio Filho para morrer na cruz pela humanidade frágil, enfrentando um sofrimento mais intenso do que qualquer outro que imaginemos (Is 53:5).
Pense nisto: O que significa o imenso valor que Deus atribui a cada vida humana?
Aplicação
Para o professor: Embora esta lição não apresente uma resposta à questão do sofrimento, ela olha para além dele.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. Como você pode encontrar esperança em meio ao seu próprio sofrimento?
2. O que lhe deu esperança em momentos em que você estava sofrendo?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Em todos os séculos, pessoas inocentes foram perseguidas por sua fé. Suas histórias de perseverança trazem inspiração naqueles momentos em que nos sentimos perseguidos como Jó.
Atividades individuais ou em classe
1. Apresente a história dos valdenses que viveram nos Vales do Piemonte, no norte da Itália, no período das grandes perseguições papais (séculos 12 a 16 d.C.).
2. Estude as várias citações de Ellen G. White sobre os valdenses.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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