10. A ira de Eliú: 26 de novembro a 3 de dezembro

[cv_button text=”Comentário da Lição | Download do Comentário” url=”post:31165″ size=”medium” style=”glassy” color=”accent” custom_color=”” icon_position=”before” icon=”link-ext-alt”]

[cv_toggle_group first_open=”false” allow_multi=”false” spacing=”true”]

[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 2Co 1-4)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “Assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:9).

Leituras da semana: Jó 13:28; 28:28; 32:1-5; 34:10-15; Ez 28:12-17; Jó 1; 2:1-10

A intensa discussão entre Jó e aqueles três homens continuava. Às vezes, eles falavam palavras intensas, profundas, belas e verdadeiras. O livro de Jó é muito citado, até mesmo dos discursos de Elifaz, Bildade e Zofar. A razão para isso é que, como já vimos repetidas vezes, os três amigos de Jó de fato tinham muitas coisas boas a dizer. Acontece que eles simplesmente não as disseram no lugar, momento e circunstância certos. Isso deveria nos ensinar a verdade poderosa de Provérbios 25:11-13:

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Como pendentes e joias de ouro puro, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento. Como o frescor de neve no tempo da ceifa, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam, porque refrigera a alma dos seus senhores”.

Infelizmente, não eram essas as palavras que Jó estava ouvindo de seus amigos. Na verdade, o problema ficaria pior, pois em vez de apenas três homens dizerem que Jó estava errado, um novo homem surgia em cena.

Ajude a fortalecer os clubes de Aventureiros e Desbravadores de sua igreja. Incentive os jovens de sua igreja a participar do próximo Projeto Calebe.

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”DOMINGO – Consoladores miseráveis (Ano Bíblico: 2Co 5-7)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Mesmo após a poderosa declaração de fé feita por Jó (Jó 13:15, 16), a discussão continuava. Ao longo de muitos capítulos, aqueles homens debateram questões profundas e importantes sobre Deus, o pecado, a morte, a justiça, os ímpios, a sabedoria, e a natureza transitória da humanidade.

1. Que verdades são expressas nos seguintes textos?

Jó 13:28

Jó 15:14-16

Jó 19:25-27

Jó 28:28

O debate continuou por todos esses capítulos e nenhum lado se rendia. Elifaz, Bildade e Zofar, cada um em sua própria maneira, com seus próprios objetivos, não arrefeciam em seu argumento de que as pessoas recebiam o que mereciam na vida. Portanto, o que havia acontecido com Jó só podia ser um castigo justo pelos seus pecados. Enquanto isso, Jó continuava a lamentar seu destino cruel, certo de que ele não merecia aquele sofrimento. Eles discutiam sem cessar; cada “consolador” acusava Jó de dizer palavras vãs e inúteis e Jó também os acusava.

No fim das contas, nenhum deles, nem Jó, compreendia o que estava acontecendo. Como podiam compreender? Eles falavam a partir da perspectiva limitada que todos os seres humanos têm. Se podemos aprender uma lição do livro de Jó (que deveria ser óbvia neste momento, especialmente depois de todos os discursos daqueles homens), é que nós, seres humanos, precisamos ter humildade quando professamos falar de Deus e de Sua atuação. Podemos ter algum conhecimento da verdade, talvez até muito, mas às vezes, como no caso daqueles três homens, pode ser que não saibamos necessariamente a melhor forma de aplicar as verdades que conhecemos.

Olhe para o mundo natural. Por que só esse fato já nos revela quanto nosso conhecimento é limitado, até mesmo em relação às coisas mais simples?

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”SEGUNDA – Eliú entra em cena (Ano Bíblico: 2Co 8-10)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Dos capítulos 26 a 31, Jó, o trágico herói dessa história, fez seu último discurso aos três homens. Apesar de eloquente e impetuoso, Jó basicamente repetiu o argumento que vinha usando ao longo de todo o livro: “Não mereço o que está acontecendo comigo. Ponto final.”

Jó representa a humanidade no sentido de que muitas pessoas sofrem coisas que não merecem. E a questão, a mais difícil em muitos aspectos, é: por que isso acontece? Em alguns casos a resposta para o sofrimento é relativamente simples. As pessoas claramente trazem problemas para si mesmas. Mas muitas vezes, especialmente no caso de Jó, não é isso que acontece, e assim a questão do sofrimento continua.

À medida que o capítulo 31 vai chegando ao fim, Jó fala sobre a vida que levava, na qual nada do que ele havia feito justificava o que estava lhe acontecendo. Em seguida, o último verso do capítulo diz: “Aqui terminam as palavras de Jó” (Jó 31:40, NVI).

2. Leia Jó 32:1-5. O que aconteceu nessa passagem? Considere as afirmações abaixo e assinale a(s) alternativa(s) correta(s):

A. ( ) Eliú ficou indignado com os três amigos de Jó, pois eles não haviam encontrado meios de refutar Jó, e ainda assim o condenaram.

B. ( ) Eliú acusou Jó de pretender ser mais justo do que Deus.

C. ( ) Eliú acusou os amigos de Jó de serem coniventes com o pecado de Jó.

Essa é a primeira vez que Eliú é mencionado no livro de Jó. Embora não saibamos quando exatamente ele entrou em cena, é óbvio que ele ouviu parte das longas discussões. Eliú deve ter chegado mais tarde, pois não é mencionado junto com os outros três amigos quando estes foram visitar Jó pela primeira vez. Seja qual for a parte do diálogo que ele acompanhou, o que sabemos é que Eliú ficou insatisfeito com as respostas que ouvira. Na verdade, nesses cinco versos, vemos que sua “ira” se acendeu por quatro vezes por causa do que ouvira. Então, nos seis capítulos seguintes, Eliú procurou dar seu parecer e sua explicação sobre as difíceis questões com as quais aqueles homens lidaram por causa das calamidades que atingiram Jó.

Jó 32:2 afirma que Eliú ficou irado com Jó, “porque este pretendia ser mais justo do que Deus”, o que era uma distorção da verdadeira atitude de Jó. Devemos ter muito cuidado com nossa maneira de interpretar as palavras de outras pessoas. Como interpretar da melhor maneira o que as pessoas dizem?

*Lembrete: Aproveite mais o estudo da lição e envolva cada aluno na busca das respostas para as perguntas de cada dia, com base nas respostas e atividades para a semana, sugeridas no fim da lição de sexta-feira.

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”TERÇA – Eliú defende Deus (Ano Bíblico: 2Co 11-13)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Foram escritos muitos comentários sobre Eliú e seu discurso ao longo dos séculos. Alguns consideram suas palavras um momento decisivo na direção do diálogo. Porém, não é muito fácil perceber em que aspecto Eliú acrescentou alguma coisa tão inovadora a ponto de modificar a dinâmica do diálogo. Em vez disso, Eliú parece ter apresentado os mesmos argumentos que os outros três amigos haviam apresentado na tentativa de defender o caráter de Deus contra a acusação de injustiça em relação aos sofrimentos de Jó.

3. Leia Jó 34:10-15. Quais verdades Eliú expressou nesse texto? Qual é o paralelo entre essas verdades e as palavras dos outros amigos de Jó? Embora suas palavras fossem verdadeiras, por que elas foram inapropriadas àquela situação?

Talvez o que percebemos em Eliú e nos outros três homens seja medo. Talvez eles tivessem medo de que Deus não fosse o que eles imaginavam. Eles queriam acreditar na bondade, na justiça e no poder de Deus. Portanto, o que fez Eliú senão expressar verdades sobre a bondade, a justiça e o poder de Deus?

“Os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem e veem todos os seus passos. Não há trevas nem sombra assaz profunda, onde se escondam os que praticam a iniquidade” (Jó 34:21, 22).

“Eis que Deus é mui grande; contudo a ninguém despreza; é grande na força da sua compreensão. Não poupa a vida ao perverso, mas faz justiça aos aflitos. Dos justos não tira os olhos; antes, com os reis, no trono os assenta para sempre, e são exaltados” (Jó 36:5-7).

“Ao Todo-Poderoso, não o podemos alcançar; Ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça. Por isso, os homens O temem; Ele não olha para os que se julgam sábios” (Jó 37:23, 24).

Se tudo isso é verdade, então a única conclusão lógica a que podemos chegar é de que Jó estava recebendo o que merecia. O que mais poderia ser? Eliú estava tentando “proteger” sua própria compreensão de Deus em face do mal tão terrível que estava acontecendo com um homem tão bom como Jó.

Você já enfrentou uma situação que o fez temer por sua fé? Como você reagiu? Olhando para trás, o que poderia ter feito diferente?

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”QUARTA – A irracionalidade do mal (Ano Bíblico: Gl 1-3)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Aqueles quatro homens, que acreditavam em um Deus de justiça, encontravam-­se num dilema: como explicar a situação de Jó de maneira lógica e racional que fosse consistente com a compreensão que tinham sobre o caráter de Deus? Em sua tentativa de compreender o mal, ou pelo menos o mal que sobreviera a Jó, eles infelizmente acabaram adotando uma posição essencialmente errada.

Ellen G. White escreveu um comentário poderoso quanto a esse assunto: “É impossível explicar a origem do pecado de maneira a dar a razão de sua existência […] O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para sua existência, deixaria de ser pecado” (O Grande Conflito, p. 492, 493).

Embora ela utilize a palavra pecado, vamos supor que essa palavra seja trocada por outra que tem um significado semelhante: mal. Assim, a citação ficaria: “É impossível explicar a origem do mal de maneira a dar a razão de sua existência […] O mal é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para sua existência, deixaria de ser mal.”

Muitas vezes, quando a tragédia bate à porta, as pessoas dizem ou pensam: “eu não entendo”, ou “isso não faz sentido”. Era exatamente disso que se tratava a queixa de Jó.

4. Leia Ezequiel 28:12-17. A queda de Satanás e a origem do mal fazem sentido? Por quê? Marque V para verdadeiro ou F para falso:

( ) A queda faz certo sentido, pois Deus não supriu todas as necessidades e desejos de Lúcifer.

( ) A queda não faz sentido, pois Lúcifer era perfeito em seus caminhos e nada lhe faltava.

Ali estava um ser perfeito, criado pelo Deus perfeito, em um ambiente perfeito. Ele era exaltado, cheio de sabedoria, perfeito em beleza, coberto de pedras preciosas; era um “querubim ungido”, que estava “no monte santo de Deus”. No entanto, mesmo com tudo isso e tendo recebido tantos privilégios, esse ser se corrompeu e permitiu que o mal o dominasse. O que pode ser mais irracional e ilógico do que o mal que contaminou o diabo?

Você já sentiu em sua experiência quanto o mal é realmente irracional e inexplicável?

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”QUINTA – O desafio da fé (Ano Bíblico: Gl 4-6)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

Com certeza, os principais personagens do livro de Jó, meros mortais que viam “como em espelho, obscuramente” (1Co 13:12), estavam agindo de acordo com uma perspectiva muito limitada e uma compreensão muito estreita da natureza do mundo físico, e muito menos do espiritual. Também é interessante notar que em todos aqueles debates sobre o mal que havia ocorrido com Jó, nenhum deles, nem mesmo Jó, falou sobre o papel do diabo, que era a causa direta e imediata de todas as aflições de Jó. Aqueles homens, principalmente Eliú (veja Jó 36:1-4), tinham convicção de que estavam certos. Porém, suas tentativas de explicar racionalmente o sofrimento de Jó não foram suficientes. Além disso, é evidente que Jó sabia que as tentativas deles haviam falhado.

5. Conhecendo o contexto cósmico da história de Jó, podemos explicar de modo satisfatório o mal que aconteceu com ele? Leia Jó 1:1–2:10. Mesmo com todas essas revelações, que outras perguntas permanecem sem resposta?

Como vimos anteriormente, não foi a maldade de Jó que lhe trouxe o sofrimento. Longe disso! Na verdade, foi precisamente sua bondade que fez com que Deus o destacasse diante do diabo. Então foi a bondade de Jó e seu desejo de ser fiel a Deus que fizeram com que tudo aquilo acontecesse com ele? Como podemos entender isso? E mesmo que Jó soubesse o que estava acontecendo, não teria ele clamado: “Por favor, Deus. Use outra pessoa. Devolva meus filhos, minha saúde e minha propriedade!”? Jó não tinha se oferecido como cobaia. Quem faria isso? Portanto, o que aconteceu com Jó e sua família foi justo?

Enquanto isso, embora Deus tenha vencido o confronto com o diabo, sabemos que o inimigo não admitiu a derrota (Ap 12:12). Qual era então o propósito de tudo aquilo? Além do mais, não importa o bem que tenha resultado dos sofrimentos de Jó, será que valeu a pena a morte de todas aquelas pessoas e toda a aflição que Jó passou? Se ainda temos essas perguntas (embora estejamos esperando mais respostas no futuro), imagine todas as perguntas que Jó tinha!

Contudo, eis aqui uma das lições mais importantes que podemos tirar do livro de Jó: devemos viver pela fé e não pelo que vemos; devemos confiar em Deus e permanecer fiéis a Ele mesmo quando não pudermos racionalizar nem explicar a razão das coisas que acontecem. Não vivemos pela fé quando tudo é explicado de maneira plena e racional. Andamos pela fé quando confiamos em Deus e a Ele obedecemos, mesmo sem entender as coisas que acontecem ao nosso redor.

Em quais coisas você precisa confiar em Deus, mesmo quando não as compreende? É possível continuar construindo essa confiança, ainda que não tenhamos as respostas?

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Ef 1-3)” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

O autor John Hedley Brooke escreveu sobre o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e sua tentativa de compreender os limites do conhecimento humano, principalmente no tocante às obras de Deus. Para Kant, “justificar os caminhos de Deus ao homem era uma questão de fé, não de entendimento. Como exemplo de uma postura autêntica em face da adversidade, Kant escolheu Jó, que foi despojado de tudo, exceto da consciência limpa. Sujeitando-se diante de uma ordem divina, ele estava certo em resistir aos conselhos dos amigos que buscavam apresentar as razões do seu infortúnio. A força da atitude de Jó consistia em saber o que então sabia: o que Deus pensava que estava fazendo ao acumular infortúnios sobre ele” (Science and Religion [“Ciência e religião”]; Nova York: Cambridge University Press, 2006, p. 207, 208). Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú julgavam que podiam explicar o que havia acontecido com Jó em uma simples relação de causa e efeito. A causa era o pecado de Jó; o efeito era seu sofrimento. O que poderia ser mais claro, teologicamente correto e racional do que isso? No entanto, o raciocínio deles estava errado – um exemplo poderoso do fato de que a realidade e o Deus que a criou e a sustenta não necessariamente obedecem nossa compreensão de Deus e do funcionamento do mundo criado por Ele.

Perguntas para reflexão

1. Como vimos, o diabo não é mencionado sequer uma vez em nenhum dos longos discursos sobre a situação do pobre Jó e por que tudo aconteceu. Por quê? O que isso nos diz sobre a compreensão limitada daqueles homens, apesar de todas as verdades que possuíam? O que a ignorância deles nos ensina sobre nossa própria ignorância, a despeito de todas as verdades que temos?

2. “Quando tomamos em nossas mãos a direção das coisas com que temos de lidar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda […] Mas quando realmente acreditarmos que Deus nos ama, e nos quer fazer bem, cessaremos de afligir-nos a respeito do futuro. Confiaremos em Deus assim como uma criança confia em um pai amoroso.” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 468). Como podemos ter essa fé? Isto é, que escolhas estamos fazendo hoje que fortalecerão ou enfraquecerão nossa fé?

Respostas e tarefas para a semana: 1. Com alguns dias de antecedência, distribua os textos entres os alunos, solicitando que eles identifiquem a verdade da passagem bíblica que receberam e tirem lições para a vida prática. 2. A e B. 3. Com antecedência, solicite aos alunos que identifiquem as verdades mencionadas por Eliú em Jó 34:10-15, e quais dessas verdades foram apresentadas no momento inoportuno. 4. F; V. 5. Com antecedência, divida a classe em dois grupos, designando a um deles o capítulo 1 de Jó, e ao outro o capítulo 2:1-10. Solicite a cada grupo que leia seu capítulo e procure anotar as explicações para o sofrimento de Jó e também as perguntas que permanecem sem resposta. Permita a cada grupo apresentar suas conclusões na classe.

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[cv_toggle title=”AUXILIAR” tags=””]

[disponivel em=”2016-11-25″ ate=”2016-12-31″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de novembro de 2016″]

TEXTO-CHAVE: Jó 32:1-5; Ezequiel 28:12-17

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: Analisar o discurso de Eliú, de seu início promissor ao seu decepcionante final.

Sentir: Compreender a difícil natureza da origem do mal e a impossibilidade de explicá-la adequadamente.

Fazer: Lidar com as grandes questões da vida com uma boa dose de humildade, principalmente ao respondê-las a outras pessoas.

ESBOÇO

I. Conhecer: As ciladas da ira imatura

A. Qual era a esperança no início do discurso de Eliú, o qual, posteriormente, foi manchado pela impaciência e ira?

B. Qual é relação entre a conclusão de Eliú e as respostas que os outros três amigos deram ao sofrimento de Jó?

II. Sentir: O inexplicável

A. Como podemos explicar o fato de que o mais perfeito ser criado, Lúcifer, virou as costas para o seu Criador?

B. À luz da resposta à pergunta anterior, por que tentamos, repetidas vezes, explicar o inexplicável, ou seja, o sofrimento em nossa vida e ao nosso redor?

III. Fazer: Praticando a humildade

A. Qual é o oposto de humildade? De que forma isso se manifestou no grande conflito?

B. Qual é o papel da nossa humildade na resposta ao sofrimento e na busca da verdade?

RESUMO: Quando Eliú surgiu em cena, parecia que haveria uma “brisa de ar fresco”. Ele era jovem e estava irado, esperando que chegasse a sua vez de falar. Porém, ele também carecia de humildade e, no fim das contas, suas palavras não foram diferentes das dos outros amigos. O mal permanece inexplicável, e apenas uma fé humilde pode nos dar esperança.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Jó 28:28; 32:1-5

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O discurso de Eliú prometia ser diferente. Porém, assim como os outros amigos de Jó, ele caiu na mesma armadilha da teologia da retribuição. Suas palavras, proferidas com ira, foram ofensivas e caracterizadas por um orgulho espiritual que realmente deu vantagem ao inimigo de Deus, cuja queda havia sido causada pelo orgulho angelical e pela falta de humildade. Apenas uma atitude humilde para com a questão do sofrimento pode apresentar respostas honestas, fundamentadas no temor do Senhor.

Para o professor: Ao olhar para nossas igrejas ao redor do mundo, podemos perceber um conflito de gerações. Estudos têm revelado que a igreja na América do Norte está suscetível a não conseguir atrair a geração Y (aqueles que atingiram a idade da juventude por volta do ano 2000). Em outros lugares do mundo, há um grande número de jovens na igreja, mas poucos deles participam da liderança, que é reservada para os mais velhos e experientes. Discuta com os alunos como ocorre a relação entre os jovens e idosos (e os de meia-idade) em sua igreja local.

Discussão de abertura

Finalmente, um pouco de sangue jovem, com novas perspectivas! Finalmente, alguém que vai endireitar as coisas e lutar contra o sistema teológico! Essa é a sensação que se tem quando Eliú, filho de Baraquel, o buzita, aparece do nada e, irado, começa o seu discurso.

A ira tem sido, muitas vezes, o poder motivador da juventude. A ira contra opiniões estabelecidas sobre guerra, segregação racial, economia, injustiça social e assim por diante, tem motivado movimentos de protesto em todo o mundo, os quais são principalmente liderados pelas gerações mais jovens. Muitas dessas mobilizações também trouxeram mudanças positivas para a sociedade. Eliú não tinha uma agenda política, mas teológica. Sua abordagem foi associar a ira a uma boa dose de impaciência (Jó 32:4, 5). A aparição de Eliú definitivamente provocou uma agitação.

Como você vê a força da juventude se desenvolvendo em sua igreja? O que os jovens podem fazer que os mais velhos não conseguem realizar? Que papel a ira desempenha nessa situação?

Compreensão

Para o professor: Ellen G. White deu algumas declarações importantes sobre o “exército de jovens” em nossa igreja. Elas podem ser resumidas na seguinte citação: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!” (Educação, p. 271; compare com Serviço Cristão, p. 30). Seria interessante observar como esse “exército de jovens” está presente em sua igreja. Ele é visível? Em que direção ele marcha? Leia para seus alunos algumas outras citações do livro Serviço Cristão.

Comentário bíblico

O discurso de Eliú abrange seis capítulos do livro de Jó (32–37). É o mais longo discurso ininterrupto de todo o livro. Começa após o término da fala de Jó (31:40) e é motivado por uma declaração quádrupla sobre a ira de Eliú. Essa manifestação se encontra na introdução prosaica do discurso dele (32:1-5) e merece um comentário: Eliú entendia a declaração de inocência de Jó como uma tentativa de autojustificação arrogante. Ele também estava irado com os três amigos, pois eles não haviam conseguido convencer Jó de sua culpa. Todo o seu discurso surgiu da ira, que não é um bom ponto de partida para nenhuma discussão, mesmo se apresentada como santa e justa.

I. O discurso de Eliú
(Recapitule com a classe Jó 32–37.)

A aparição de Eliú é marcada por uma ascendência ilustre que, possivelmente, o liga a Abraão (Buz era sobrinho de Abraão; Gn 22:21) e até mesmo faz dele um antepassado de Davi (Rão era antepassado de Davi; Rt 4:19). Diferentemente dos três amigos de Jó, que eram edomitas, Eliú era definitivamente um hebreu. Por isso, ele começou o seu discurso afirmando que havia recebido inspiração divina direta (Jó 32:6-10) que, finalmente, o levou a falar contra os homens mais velhos e, presumivelmente, mais sábios (Jó 32:11-22).

No capítulo 33, Eliú resumiu os discursos anteriores de Jó e lhe prometeu restauração com a condição de que Jó ouvisse o que ele tinha a dizer. A essa altura, a expectativa tornou-se quase insuportável, e foram esperadas respostas para todos os sofrimentos de Jó. No entanto, o capítulo 34 quase se tornou um anticlímax, levando-se em conta que a apresentação da solução de Eliú, em última análise, coincidiu exatamente com o que os outros três amigos haviam sugerido – Deus retribui cada um de acordo com as suas obras (Jó 34:10-15). Ali estava, mais uma vez, a teologia da retribuição! Piorando o quadro, Eliú acrescentou a rebelião aos pecados de Jó (34:36, 37), visto que ele insistia em sua inocência.

Os capítulos 35 e 36 retratam uma imagem sombria de Deus, descrevendo-O como um Ser distante, muito longe da esfera humana e sem nenhum interesse na vida individual da humanidade. Curiosamente, Eliú utilizou imagens de tempestade no último capítulo de seu discurso (Jó 37), alegando que falava em nome de Deus, apenas para ser corrigido quando o Senhor realmente falou, nos capítulos 38–41, a partir da verdadeira tempestade divina (Jó 38:1). No fim do discurso de Eliú, só podemos fazer a seguinte avaliação: um monte de palavras, muita conversa fiada, mas nada substancial que pudesse apresentar respostas. Uma grande decepção!

Pense nisto: A postura irada de Eliú foi justificada? Por quê?

II. Absurdo
(Recapitule com a classe Ezequiel 28:12-17.)

O texto de Ezequiel 28, geralmente relacionado com Isaías 14, é utilizado para o estudo sobre a origem do mal e a queda de Satanás. De fato, a lição já trouxe o estudo desses textos nesse contexto. No entanto, há outro aspecto que surge desse lamento épico que inicialmente parece descrever o rei de Tiro, uma cidade fenícia famosa por seu envolvimento cruel no comércio de escravos do Mediterrâneo. Mas depois esse lamento assumiu um tom mais universal e cósmico que vai muito além da descrição de um rei terrestre. Ele passou a descrever a queda de Lúcifer, o ser mais perfeito já criado. O texto não deixa qualquer dúvida sobre a incrível beleza do “querubim ungido”, que habitava no monte santo de Deus. Essa cena é então colocada em gritante contraste com a queda mais profunda que uma criatura poderia experimentar. Da própria presença de Deus até as profundezas da depravação demoníaca, o destino de Satanás finalmente terminará no solitário milênio e na destruição final (Ap 20; 21).

Isso não faz sentido! E é exatamente esse o ponto. O pecado e o sofrimento são incompreensíveis; eles são absurdos. Poderíamos racionalizá-los, mas isso corresponderia a desculpar ou defender o pecado. Com base nisso, é possível concluir que todas as intenções dos três amigos, além de Eliú, de explicar o sofrimento de Jó, estavam condenadas ao fracasso. Na verdade, Deus finalmente declarou que eles haviam pecado por meio de seus discursos. Talvez também não devamos mais tentar explicar o que é absurdo.

Pense nisto: Por que a racionalização do pecado e do sofrimento pode, no fim das contas, nos levar a pecar?

III. Humildade e verdade
(Recapitule com a classe Salmo 45:4; Tiago 4:6.)

Um belo salmo de coroação expressa o desejo de que o rei recém-coroado tenha as seguintes características: “verdade, humildade e justiça” (Sl 45:4). A busca pela verdade precisa estar associada à humildade. Somente o humilde encontrará a verdade, pois ele está pronto para ser corrigido. Eliú demonstrou atitude oposta, marcada por arrogância e orgulho, e foi exatamente isso que impediu que ele e os outros três amigos encontrassem a verdade. Deus dá graça aos humildes, mas resiste aos soberbos (Tg 4:6). O orgulho nos leva de volta ao querubim caído.

Pense nisto: É possível afirmar que temos a verdade, como nós fazemos, às vezes, e ainda ser humildes? Explique.

Aplicação

Para o professor: Embora seu início seja promissor, o extensivo discurso de Eliú é uma grande decepção. Precisamos encontrar maneiras práticas de evitar a armadilha na qual Eliú caiu; caso contrário, também estaremos andando em círculos.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. Como podemos diferenciar a ira justa da ira hipócrita?

2. Como podemos evitar a mesma armadilha na qual Eliú caiu – ele apenas repetiu o argumento dos outros amigos, acrescentando, em seu discurso, sua ira hipócrita?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor:  O radicalismo juvenil de Eliú estava baseado muito mais na ilusão do que na realidade. Seu extensivo discurso acabou sendo uma grande decepção.

Atividades individuais ou em classe

1. Leve para a classe um belo recipiente (por exemplo, uma taça de prata com uma tampa) e deixe que seus alunos o admirem. Em seguida, abra-o e mostre o interior do recipiente, que deverá conter algum alimento apodrecido, preparado com antecedência. Leia Mateus 23:27, 28 e discuta com os alunos a reação deles ao verem o que estava dentro do recipiente.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

[/disponivel]

[/cv_toggle]

[/cv_toggle_group]