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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: 2 Pedro)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-18″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 18 de dezembro de 2015″]
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5).
Leituras da Semana: Jr 2:13; 6:20; 7:1-10; Mt 9:12; Dt 6:5; Jr 10:1-15; 23:1-8
Estamos no final de nosso estudo de Jeremias. Tem sido uma aventura; grande dose de drama, emoção e energia foi investida na saga de nosso profeta.
Como todos os profetas, Jeremias não escreveu num vácuo; sua mensagem vinha do Senhor e se destinava a pessoas que viveram num certo tempo e lugar, e em circunstâncias específicas.
Contudo, por mais radical que fosse a diferença entre as circunstâncias dele e as nossas, ou as de muitas outras gerações que já leram seu livro, os princípios fundamentais ali expressos são os mesmos para o povo de Deus em todas as gerações.
Por exemplo, a fidelidade a Deus e a obediência aos Seus mandamentos; a verdadeira religião do coração, em contraste com rituais vazios e mortos que levam as pessoas a um falso estado de satisfação; a disposição das pessoas em dar ouvidos à correção, mesmo quando ela vai contra o que elas querem ouvir; o verdadeiro reavivamento e reforma; a confiança no Senhor e em Suas promessas, não no braço de carne; […]
A lista continua. Nesta semana, vamos examinar algumas das muitas lições que aprendemos com essa revelação de amor que Deus faz a Seu povo, mesmo em meio às muitas advertências trovejantes que lhes dirige a respeito dos resultados de suas ações.
O que você pode fazer para ter mais comunhão com Deus e relacionamento com as pessoas em 2016? O que você pode fazer para melhorar a vida espiritual de sua família?
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[cv_toggle title=”DOMINGO – O Senhor de Jeremias (Ano Bíblico: 1 João)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-20″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 20 de dezembro de 2015″]
Os adventistas do sétimo dia entendem que no âmago do grande conflito existe uma questão fundamental: Como é realmente o caráter de Deus? Ele é o tirano arbitrário que Satanás faz parecer que seja, ou é um Pai amoroso e solícito, que deseja somente o nosso bem? Essas perguntas são, na verdade, as mais importantes de todo o Universo. Qual seria nossa situação se Deus não fosse bondoso, amoroso e abnegado, mas mesquinho, arbitrário e sádico? Estaríamos muito melhores se não existisse um Deus do que se existisse um Deus assim. Portanto, essas perguntas têm enorme importância. Felizmente, temos as respostas, e elas podem ser melhor vistas na cruz.
“Jamais será esquecido que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins se deleitavam em adorar, Se humilhou para levantar o homem decaído; que Ele suportou a culpa e a vergonha do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e destruíram a vida na cruz do Calvário.
O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 651).
1. O que as passagens abaixo nos dizem sobre Deus, Seu caráter e Sua natureza? Jr 2:13; Jr 5:22; Jr 11:22; Jr 31:3 e Jr 3:7
Essas são apenas algumas das muitas imagens e expressões usadas no livro que nos revelam algo da natureza e do caráter de nosso Criador. Ele é a fonte da vida, o poderoso Criador, o Deus do juízo, que nos ama e nos chama, vez após vez, a nos arrependermos de nossos pecados e a abandonarmos os caminhos que nos levarão à destruição.
Em sua experiência, que evidências você já viu do amoroso caráter de Deus?
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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Os rituais e o pecado (Ano Bíblico: 2 João; 3 João; Judas)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-21″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 21 de dezembro de 2015″]
“Há um documento que registra a infindável e desalentadora luta de Deus com a religião organizada; esse documento é conhecido como a Bíblia” (Terry Eagleton, Reason, Faith and Revolution: Reflections on the God Debate [Razão, fé e revolução: reflexões a respeito do debate sobre Deus], p. 8, edição para Kindle).
Isso não é totalmente verdadeiro, e é por isso que a religião da Bíblia, a religião que Deus deu à humanidade, sempre foi uma “religião organizada”.
Por outro lado, não há duvida de que, no livro de Jeremias, o Senhor estava procurando fazer com que as pessoas deixassem os rituais frios, mortos, mas muito organizados, que tinham passado a dominar sua fé. As pessoas acreditavam que esses rituais cobriam seus pecados.
Como foi dito anteriormente, a grande maioria das lutas de Jeremias era com os líderes, os sacerdotes e as pessoas que acreditavam que, por serem os escolhidos de Deus, os filhos de Abraão e o povo da aliança, estavam bem com o Senhor. Que triste engano, contra o qual nós, que também somos descendentes de Abraão (Gl 3:29), precisamos nos precaver!
2. Qual é a mensagem das seguintes passagens de Jeremias? Como podemos aplicar os princípios expostos nelas à nossa experiência com o Senhor? Jr 6:20; 7:1-10
Leia Jeremias 7:9, 10. Se alguém deseja encontrar uma situação que se encaixe naquilo que tem sido chamado de “graça barata”, essa passagem certamente apresenta uma dessas situações. Ironicamente, as pessoas faziam todas aquelas coisas pecaminosas, e depois voltavam ao templo para “adorar” o Deus verdadeiro e reivindicar perdão para os seus pecados. Deus não Se deixa escarnecer. A menos que mudassem seus caminhos, especialmente sua maneira de tratar os fracos entre elas, enfrentariam um juízo severo.
Os que assim pensam e agem estão sujeitos a um grande engano: a crença de que sua religião organizada e seus rituais são suficientes para cobrir seus pecados, de forma que possam continuar neles.
Qual é a diferença entre o problema sobre o qual Jeremias advertiu e o que Jesus disse em Mateus 9:12? Por que é importante conhecer essa diferença?
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[cv_toggle title=”TERÇA – Religião do coração (Ano Bíblico: Ap 1–3)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-22″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 22 de dezembro de 2015″]
“Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12).Grande parte do livro de Jeremias é dirigida à nação como um todo.
Repetidamente ele falou sobre Israel e Judá, de maneira corporativa, como a “videira seleta” de Deus (Jr 2:21, NVI), ou a “amada” do Senhor (Jr 11:15; 12:7, ARC), ou a “herança” de Deus (Jr 12:7-9), Sua “vinha” (Jr 12:10) e Seu “rebanho” (Jr 13:17). Sem dúvida, nesse livro obtemos um senso da natureza corporativa do chamado que o Senhor fez à nação.
Logicamente, o mesmo ocorre no Novo Testamento, onde, diversas vezes, a igreja é entendida no sentido corporativo (ver Ef 1:22; 3:10; 5:27).
Contudo, a salvação é uma questão pessoal, não corporativa. Não somos salvos num pacote. Como ocorria com a igreja do Novo Testamento, a nação de Judá era composta de indivíduos, e é no nível individual que surgem as verdadeiras questões cruciais. O famoso texto de Deuteronômio 6:5: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”, embora dito à nação como um todo, está escrito na segunda pessoa do singular, isto é, “tu”. Deus está falando a cada um, individualmente. No fim das contas, cada um de nós, pessoalmente, terá que dar contas de si mesmo a Deus.
Encontramos a mesma coisa em Jeremias.
3. O que os textos seguintes dizem sobre a importância de uma experiência pessoal, individual com o Senhor? Jr 17:7; Jr 17:10; Jr 29:13 e Jr 9:23, 24
Embora ambos os testamentos da Bíblia falem sobre a natureza corporativa da igreja de Deus, a verdadeira fé é a entrega diária de cada pessoa ao Senhor, e a escolha pessoal de andar em fé e obediência.
Mesmo não havendo dúvida de que cada um de nós é responsável por si mesmo, como podemos ter a certeza de que estamos fazendo tudo o que podemos para inspirar e encorajar outros? A quem você pode dizer hoje algumas palavras amáveis e inspiradoras?
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[cv_toggle title=”QUARTA – A decadência dos ídolos (Ano Bíblico: Ap 4–6)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-23″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 23 de dezembro de 2015″]
4. Qual era um dos grandes pecados que o povo cometia, com o qual Jeremias tinha que lidar constantemente? Jr 10:1-15
O interessante nesses versos não é apenas o modo como o profeta mostra que esses ídolos são inúteis, vãos e tolos, mas a forma pela qual ele os contrasta com o Deus vivo. Eles são impotentes, inúteis, vazios e falsos; que contraste com o Senhor que fez os céus e a Terra! Ele permanecerá para sempre, enquanto esses ídolos desaparecerão para sempre. Portanto, a quem deveríamos estar adorando e a quem deveríamos estar dedicando nossa vida: àquele que é fraco, falso, vão e impotente, ou ao Senhor, cujo poder e força é tão grande que criou e sustenta o Universo? A resposta é óbvia.
Porém, por mais óbvia que seja a resposta, o fato é que nós também estamos em perigo de cair na idolatria. Embora hoje talvez não adoremos o mesmo tipo de ídolos que as pessoas da época de Jeremias, nossa vida moderna é cheia de deuses falsos. Esses ídolos modernos podem ser qualquer coisa que amemos mais do que a Deus; seja o que for que “adoremos” (e adorar nem sempre significa cantar e orar) se torna nosso deus, e nos torna culpados de idolatria.
5. Quais são algumas coisas que estamos em perigo de transformar em ídolos? Que dizer de coisas como aparelhos digitais, dinheiro, fama, ou mesmo pessoas? Faça uma lista desses ídolos em potencial, e então pergunte a si mesmo: Acaso, eles oferecem salvação real?
É claro que sabemos, intelectualmente, que nenhuma dessas coisas é digna de adoração. Sabemos que, no final, nada que esse mundo ofereça, nada que transformemos em ídolos, pode, em última análise, satisfazer nossa alma nem redimi-la. Sabemos de tudo isso, mas, a menos que sejamos cuidadosos, a menos que conservemos Jesus diante de nós, bem como o que Ele fez por nós e a razão pela qual o fez, podemos ser facilmente envolvidos numa forma moderna da idolatria que Jeremias, tão veementemente, combateu.
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[cv_toggle title=”QUINTA – O remanescente (Ano Bíblico: Ap 7–9)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-24″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 24 de dezembro de 2015″]
“Nos anos finais da apostasia de Judá, as exortações dos profetas foram aparentemente de pouco valor; e ao virem os exércitos dos caldeus pela terceira e última vez para sitiar Jerusalém, a esperança fugiu dos corações. Jeremias predisse total ruína; e foi em virtude de sua insistência para que se rendessem que finalmente ele foi levado à prisão. Mas Deus não deixou em desespero irremediável o fiel remanescente que ainda estava na cidade. Mesmo quando Jeremias foi mantido sob severa vigilância pelos que desprezavam suas mensagens, vieram-lhe novas revelações concernentes à disposição do Céu para perdoar e salvar, revelações que têm sido uma infalível fonte de conforto para a igreja de Deus desde aquela época até hoje” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 466).
Mesmo em meio à apostasia reinante e à destruição inevitável, Deus sempre teve um povo fiel, embora pequeno em número. Como em muitos dos livros dos profetas, grande parte da ênfase de Jeremias está na apostasia e infidelidade, porque era disso que Deus queria salvar o povo. No entanto, ao longo de toda a história sagrada o Senhor teve um remanescente fiel. Isso, logicamente, ocorrerá até o fim dos tempos (ver Ap 12:17).
6. De que forma o conceito do remanescente é expresso em Jeremias 23:1-8? Como isso se aplica aos tempos do Novo Testamento? Jr 33:14-18
Há muito tempo os eruditos têm visto nos versos 5 a 7 uma profecia messiânica de redenção para o fiel povo de Deus. Embora seja verdade que, após o exílio babilônico, um remanescente tenha retornado, não foi um retorno glorioso. Contudo, os propósitos de Deus seriam cumpridos por meio da linhagem de Davi, através do “Renovo justo”, o Rei que, um dia, governaria.
Essa profecia teve cumprimento parcial na primeira vinda de Jesus (Mt 1:1; 21:7-9; Jo 12:13), mas terá cumprimento total na segunda vinda (Dn 7:13, 14), quando todo o fiel povo de Deus, Seu verdadeiro remanescente, habitará para sempre em paz e segurança. A redenção, simbolizada primeiramente pela saída do Egito, será final, completa e eterna.
Em que está sua esperança? Como você pode confiar cada vez mais nas promessas de Deus e no cumprimento delas em sua vida? Além delas, o que mais você tem?
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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Ap 10, 11)” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-28″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 25 de dezembro de 2015″]
Estudo adicional
Muitos anos atrás um ministro adventista chamado W. D. Frazee pregou um sermão intitulado “Vencedores e Perdedores”. Ele examinou a vida de vários personagens bíblicos, analisando sua obra e seu ministério; depois, fez uma pergunta a respeito de cada um: Ele foi um vencedor ou um perdedor?
Por exemplo, ele analisou João Batista, que viveu uma vida solitária no deserto. Mesmo que João tivesse alguns seguidores, nunca foram muitos e, certamente, não se igualaram em número aos seguidores de Jesus. Além disso, João viveu seus últimos dias numa prisão úmida onde, às vezes, era assaltado por dúvidas; por fim, cortaram-lhe a cabeça (Mt 14). Depois de narrar tudo isso, o pastor Frazee perguntou: “João foi um vencedor ou um perdedor?”
O que podemos dizer do profeta Jeremias? Quanto sucesso ele teve na vida? Sofreu muito, e também não teve receio de expressar lamentos e queixas a respeito disso. Ele foi visto até mesmo como traidor de seu povo. No final, vieram a destruição e o juízo contra os quais ele passou a vida advertindo, porque as pessoas rejeitaram suas palavras. Lançaram-no em uma cisterna lamacenta, esperando que ele morresse ali. Do ponto de vista humano, as coisas não foram muito bem para Jeremias. De certa perspectiva, se poderia dizer que ele teve uma vida miserável.
Perguntas para reflexão
1. Jeremias foi vencedor ou perdedor? Quais são as razões para sua resposta? Qual é a importância de não julgar a realidade pelos padrões do mundo? Que padrões devemos usar para entender o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é mau, o que é sucesso e o que é fracasso?
2. De que maneira vemos a vida e o ministério de Jesus prefigurados em Jeremias? Quais são os paralelos?
3. Nesta semana, vimos o problema da “graça barata”, o engano de que o ritual religioso, sem mudança de coração, é suficiente para cobrir o pecado. O que é a verdadeira graça, em contraste com a versão barata, inútil e enganosa da graça?
Respostas sugestivas: 1. Deus é a fonte da vida; Ele é o Criador e tem todo o poder; Ele é o Deus do juízo; Ele nos ama com amor eterno e nos atrai a Si; Ele nos convida a abandonar nossos pecados e voltar para Ele. 2. Deus não Se agrada de uma religião formal. Ele não aprecia que as pessoas vivam no pecado ao mesmo tempo que professam adorá-Lo. 3. Devemos confiar no Senhor e colocar nossa esperança nEle; Deus prova o coração e os pensamentos de cada pessoa e retribui segundo o seu proceder; devemos buscar a Deus de todo o coração, pois só assim O encontraremos; não devemos nos orgulhar de nossa sabedoria, força ou riquezas, mas de conhecermos o Senhor, que é misericordioso e justo. 4. A idolatria. 5. Quase tudo pode ser transformado em ídolo: nós mesmos, outras pessoas, dinheiro, fama, um aparelho de TV, um rádio, um celular, um computador, etc. Mas nada disso pode trazer salvação. 6. O povo de Deus é comparado a ovelhas que tiveram maus pastores, que as haviam dispersado, mas Deus recolheria Suas ovelhas e levantaria sobre elas um Renovo justo, que as faria habitar em segurança, o Rei messiânico, o Senhor Justiça Nossa. Essa profecia se cumpriu parcialmente na primeira vinda de Cristo, e se cumprirá totalmente em Sua segunda vinda.
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[cv_toggle title=”AUXILIAR” tags=””]
[disponivel em=”2015-12-18″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 18 de dezembro de 2015″]
Texto-Chave: Jeremias 2:13; Deuteronômio 6:5; Jeremias 23:1-8
O aluno deverá:
Conhecer: As principais lições do livro de Jeremias, que se concentram primeiramente no caráter de Deus e em nossa resposta a Ele.
Sentir: As solenes implicações do tema do remanescente no livro de Jeremias e o contraste entre “muitos” e “poucos”.
Fazer: Adotar o conceito da religião do coração, que é o caminho único para a verdadeira felicidade e para a vida eterna.
Esboço
I. Conhecer: O caráter de Deus
A. Que distorções do caráter de Deus eram populares na época de Jeremias?
B. A mensagem do juízo, que era a mais constante de Jeremias, envolve uma concepção de Deus como juiz severo que está determinado a nos punir? Por quê?
II. Sentir: Somente uns poucos
A. Que são as solenes implicações do tema do remanescente? Como ele se desenrolou no livro de Jeremias?
B. Por que o tema do remanescente ainda é relevante para os dias de hoje, quando vemos a igreja adventista crescendo rapidamente?
III. Fazer: A religião do coração
A. A religião do coração é apenas uma experiência religiosa com base em emoções?
B. Qual seria o oposto da religião do coração?
C. Como a religião do coração é vivida no dia a dia?
Resumo: Ao revisarmos o livro de Jeremias, vemos em seus capítulos um tema que, na verdade, é o centro do grande conflito: o caráter de Deus e as concepções e interpretações errôneas que os seres humanos têm a respeito dEle. Deus deseja nosso coração e não fica satisfeito com nada menos que isso. Nós também não nos satisfaremos com nada menos que isso.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Jeremias 2:13
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O custo do discipulado é alto. Ao longo da vida, Jeremias enfrentou tremendas dificuldades para proclamar a mensagem de Deus e retratar um Deus que é o verdadeiro “manancial de águas vivas” e que, com amor, procura continuamente Seu povo para atraí-lo de volta a Si.
Para o professor: Jeremias profetizou ao seu povo durante mais de quarenta anos, primeiramente em Judá e depois no Egito. Em vários momentos de sua vida ele se queixou amargamente a Deus a respeito de seu ministério e de sua mensagem (Jr 11:18–12:5; 15:10-18; 17:12-18; 18:19-23),
o que finalmente levou à sua queixa máxima, na qual ele amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jr 20:14-18). Contudo, continuou a acompanhar Judá até os últimos dias da nação, que foram marcados por rebeliões e destruições.
Embora tivesse outra opção, ele escolheu ficar com o povo de Deus, e até o acompanhou ao Egito, onde morreu em circunstâncias desconhecidas. Foi verdadeiramente um dos maiores profetas, mas revelou, ao mesmo tempo, características muito humanas. Discuta com a classe a grandeza de Jeremias, que brilha através de sua humanidade.
Discussão de abertura
Todos gostamos de finais felizes. Contudo, o final da história de Jeremias não foi bom. Jerusalém foi destruída, Gedalias foi brutalmente assassinado, o profeta de Deus foi mais uma vez ignorado, os judeus que restavam foram com Jeremias de volta para o Egito, e ali a história toda simplesmente se desvaneceu em meio ao sincretismo e à morte.
Imagine um pastor que passou a vida toda pregando sermões evangelísticos, que sempre visitou os membros do rebanho e cumpriu fielmente todos os deveres pastorais, mas que nunca batizou uma única pessoa. Que desanimador! Ou pense no incontável número de missionários que depuseram a vida em selvas úmidas sem ver quaisquer resultados tangíveis dos esforços de toda uma vida. O custo do discipulado realmente não é baixo. Como você reage quando as coisas ficam difíceis em sua caminhada cristã e quando enfrenta oposição vinda de todas as direções?
Compreensão
Para o professor: Ao concluir o estudo da lição deste trimestre, precisamos olhar para o quadro geral que emerge do estudo do livro de Jeremias e ver como isso se encaixa no quadro ainda maior do grande conflito. O livro, em realidade, não tem a ver apenas com os últimos dias de Judá e com mensagens de juízo, mas com o caráter de Deus e com a maneira pela qual Satanás tem alcançado sucesso em distorcê-lo e, consequentemente, em distorcer a imagem divina em nós.
As contínuas tentativas de Deus para atrair Seu povo rebelde de volta a Si, que se tornam quase dolorosamente repetitivas, mostram o Deus de amor que procura chegar até as pessoas vez após vez. Mesmo quando o chamado ao arrependimento não é atendido e vem o exílio, a mensagem seguinte é de restauração e esperança futura para um remanescente. Esses são, na verdade, os grandes temas bíblicos que transmitem o evangelho, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Comentário Bíblico
Os comentaristas modernos geralmente veem o juízo no centro da mensagem teológica do livro de Jeremias. Contudo, o juízo nunca é um fim teológico em si mesmo, mas apenas um meio para atrair mais uma vez os seres humanos para perto do Criador. O juízo – como no caso da espada, fome e peste (uma tríplice maldição que ocorre cerca de 15 vezes em Jeremias; por exemplo, Jeremias 14:12; 21:7; 29:17, etc.) – nunca é a palavra final de Deus; a Sua palavra final é a salvação (ver especialmente Jeremias 30–33, passagem denominada o “Livro do Consolo”) e a promessa de um remanescente que cumprirá a vontade de Deus na própria vida.
I. O caráter de Deus (Recapitule com a classe Jeremias 2:11-13.)
Se o caráter de Deus está em jogo no grande conflito, Jeremias deixou claro desde o início de seu livro que a rebelião de Judá estava enraizada numa distorção desse caráter divino. Jeremias 2:11-13 descreve o cerne da mensagem do profeta: O reino de Judá (e antes dele, o de Israel) havia trocado a glória de Deus pelo que não é de nenhum proveito (v. 11). O termo hebraico kabod (“glória”), em conexão com Deus, se refere à Sua presença no templo em certas ocasiões (por exemplo, Êx 16:10) e especialmente a Sua presença que enche o templo, indicando o desejo divino de habitar com os seres humanos e nos preencher com Sua presença.
Israel (Judá) trocou essa presença tangível de Deus pelo vazio do ritualismo, ou seja, trocou “o manancial de águas vivas” por “cisternas rotas”. Que triste troca! A água viva, na Bíblia, é um tipo de Cristo (Êx 17:6), bem como uma poderosa metáfora da salvação (Jo 4:10-14), indicando os traços de caráter inerentes a Deus. Ele deseja nos salvar, suster e encher com Sua contínua presença. Foi assim que Deus Se revelou por meio de Jeremias desde o início do livro. Não importa o que coloquemos no lugar de Deus, sempre estaremos prejudicando a nós mesmos.
Pense nisto: A glória de Deus e a água viva são figuras poderosas na Bíblia. O que essas figuras significam para sua experiência cristã?
II. Ritual e ídolos (Recapitule com a classe Jeremias 6:20; 7:1-10; 10:1-14.)
Uma religião formal expressa em rituais sem sentido vai de mãos dadas com a idolatria, e muitas vezes coexiste lado a lado com ela numa estranha relação simbiótica. A tríplice expressão “templo do Senhor” que Jeremias citou na porta desse edifício (Jr 7:4) serviu como vívida expressão desse tipo de religião substituta semelhante a uma cisterna seca.
Eles acreditavam que a simples presença do templo bastava para funcionar como um encantamento mágico contra os ataques dos babilônios, e haviam convenientemente encerrado Deus dentro daquele edifício para que pudessem invocá-Lo sempre que fosse necessário. Nem mesmo importava que o estilo de vida pessoal e o comportamento ético estivessem completamente em desarmonia com a lei de Deus (Jr 7:5-10) e que a idolatria fosse generalizada (Jr 10:1-9)
e ocorresse até dentro do templo (Ez 8).
Mas tudo isso era simplesmente religião morta, voltada para as obras, e estava em nítido contraste com o Deus que é a água viva, o dinâmico Deus criador. Uma vez mais a batalha dizia respeito ao caráter de Deus.
Pense nisto: Por que alguém em são juízo trocaria o Deus vivo por um ídolo inanimado? Por que, infelizmente, isso não é tão inconcebível como podemos pensar?
III. A religião do coração e o remanescente (Recapitule com a classe Deuteronômio 6:4-6 e Jeremias 23:1-8.)
O Shema Yisrael (“Ouve, Israel”) ainda é a parte principal dos serviços de oração judaicos durante o sábado, indicando a importância do que vem a seguir, no verso 5, como o aspecto central da genuína adoração. Um Deus vivo e pessoal exige nada menos que a verdadeira religião do coração. Esse tipo de religião está fundamentado num relacionamento de amor que envolve todos os aspectos da pessoa: o “coração” como sede do pensamento e da vontade; a “alma” (nephesh no hebraico), que se refere à pessoa toda; e a “força”, que se refere ao aspecto físico.
A verdadeira religião do coração precisa ser integral e genuína. Ela é tanto parte do Antigo Testamento quanto do Novo, embora algumas pessoas suspeitem que ela tenha se originado na seção do Pentateuco chamada de “o segundo decálogo”, que delineia os princípios da aliança (Dt 5:1–11:32).
Contudo, parece que sempre apenas um remanescente é atraído para esse relacionamento de amor com seu Deus. Na verdade, desde os tempos de Noé sempre houve apenas um remanescente ao lado do Senhor. O remanescente prometido em Jeremias, que voltaria do exílio babilônico, consistia em cerca de apenas 50 mil pessoas (Ne 7:66-73). O Talmude babilônico, um dos documentos religiosos mais importantes do judaísmo rabínico, originou-se na Babilônia, o que evidencia o grande número de judeus que haviam se estabelecido confortavelmente na Mesopotâmia e haviam feito de Babilônia seu lar.
Mas, além do exílio, há o aspecto messiânico da profecia de Jeremias que aponta para Cristo como o Rei cujo nome será “Senhor, Justiça Nossa” (Jr 23:6), um título que Paulo retoma em 1 Coríntios 1:30. Mas, mesmo além de Cristo, o tema do remanescente aponta para o fim do tempo, quando haverá uma igreja que viverá a verdadeira religião do coração, aceitando o “testemunho de Jesus”, que está relacionado à salvação pela graça, e vivendo uma vida de obediência aos “mandamentos de Deus” (Ap 12:17). A mensagem de Jeremias era um contínuo convite para que nosso coração encontrasse o coração de Deus.
Pense nisto: O que é a verdadeira religião do coração para você?
Aplicação
Para o professor: Como esta é a última lição do trimestre, seria importante que o professor se concentrasse nas aplicações mais amplas de todo o livro de Jeremias.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. O que mais tocou você no estudo do livro de Jeremias neste trimestre?
2. O que você pode fazer em sua igreja e em sua comunidade para promover a verdadeira religião do coração?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: O livro de Jeremias é uma história comovente, e ela deve nos comover também. Muitas vezes ficamos comovidos quando ouvimos outros compartilharem suas experiências com Deus.
Atividades individuais e em classe
Atividades individuais e em classe: Conclua o estudo deste trimestre com uma atividade em grupo que proporcione tempo para testemunhos pessoais sobre as grandes lições do livro de Jeremias. Vocês podem tomar uma refeição juntos (talvez uma refeição tradicional do Oriente Médio, como falafel) e depois dar oportunidade para testemunhos sobre assuntos como fidelidade, obediência, verdadeira religião do coração, ouvir a voz de Deus, reavivamento e reforma, abandono da idolatria e falsa religião, e envolvimento com a igreja remanescente.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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[cv_toggle title=”COMENTÁRIO – Márcio Costa / Vitor Hugo Congeski Nunes
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[disponivel em=”2015-12-18″ ate=”2015-12-28″ mensagem=”Disponível a partir de 21 de dezembro de 2015″]
Muitas mensagens de reavivamento foram transmitidas pelo profeta Jeremias nos últimos quarenta anos antes do exílio de Judá. Em meio a lutas, perseguições, rejeições e lamentos, Deus usou todos os recursos possíveis para evitar a destruição total do Seu povo. Embora esses esforços tenham sido inúteis, visto que os judeus não aceitaram as orientações divinas, as mensagens de Jeremias apresentam princípios válidos para todas as épocas.
Nas lições anteriores, o Senhor revelou Seu verdadeiro caráter amoroso, que leva Seu povo a uma conversão verdadeira, que traz bênçãos e evita a destruição. Porém, naquele tempo, a maioria das pessoas rejeitou as várias advertências e convites de Deus por meio do profeta. Não experimentavam arrependimento por sua vida falsa, rituais vazios e idolatria. Ao contrário, perseguiram o profeta, acusando-o de traição e rejeitando os convites de salvação.
Apesar da indignação e ira, o Senhor foi misericordioso e revelou um futuro esperançoso aos remanescentes que permanecessem fiéis. Ainda que essas advertências ainda sejam atuais, acima de tudo está a promessa de paz e bênçãos aos que decidem ser diferentes e evitar os erros do antigo povo de Deus.
Domingo – O Senhor de Jeremias
O livro de Jeremias revela o verdadeiro caráter divino, que orienta as expectativas do cristão. Essa revelação corrige ao menos duas concepções errôneas. A primeira é a noção de que Deus é amor e, por isso, aceitará a todos sem fazer nenhum julgamento. A segunda é a ideia de que Ele está pronto para castigar e faz isso com prazer. A verdade é que o Senhor apela insistentemente, convidando o povo com amor para que se desvie do caminho mau e, quando isso não acontece, Ele aplica o juízo, que não deve ser entendido como castigo na concepção humana.
“Satanás levou o homem a imaginar Deus como um Ser cujo principal atributo fosse a inimizade ao pecador; rigoroso juiz, e credor exigente e cruel.”1 Ainda hoje, muitas pessoas imaginam Deus observando os pecados para castigá-los, causando mais medo do que respeito. Porém, a mensagem de Jeremias mostra algo diferente: muitas vezes o Senhor insistiu na conversão e demonstrou paciência, oferecendo o perdão antes de aplicar Seus juízos sobre povo por seus maus atos. Ele ansiava uma conversão, mas ela não acontecia. Sua justiça pode ser mais bem visualizada na cruz onde Ele sofreu por amor e misericórdia, e ao mesmo tempo pagou pelos pecados da humanidade. Sua ira pode ser evitada com o arrependimento e confissão, pois, se alguém se dispuser, a “primeira resposta de Deus ao pecador é a oferta de salvação em Jesus.”2 Mesmo antes da grande rebelião no Céu, Deus deu oportunidade aos anjos que estavam insatisfeitos e aceitou de volta os que se arrependeram, demostrando que a aplicação do juízo é a Sua última opção para a remoção do pecado.3
Deus espera sempre pelo arrependimento, pois Ele é justo e misericordioso, e não quer “que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3: 9). Precisamos conhecer mais Seu caráter e Sua justiça, pois assim ficará claro que a concepção de Deus como tirano não passa de uma antiga artimanha do “pai da mentira” para afastar o pecador do verdadeiro Deus, por intermédio do medo injustificado.
Segunda-feira – Os rituais e o pecado
Deus Se agrada mais de uma entrega consciente e sincera do que de obras meramente exteriores. Embora Ele tenha prazer num culto organizado, isso deve ser fruto de uma transformação interior. Em Jeremias 7, os falsos profetas estavam encorajando o povo a acreditar no templo e em seus rituais supersticiosamente, como se eles os protegessem de qualquer mal. Isso pode ser confirmado na ênfase dada por Jeremias, ao reproduzir em seu sermão a voz do povo enfatizando três vezes as palavras “Templo do Senhor” (Jr 7: 4). O povo, guiado por uma liderança “surda”, acreditava que isso fosse suficiente e, assim, descartava o princípio da verdadeira salvação, que vem da aceitação e transformação interior. Ainda que prestasse o culto externo, não se voltava de todo o coração, e permanecia nos erros contra Deus e contra o próximo.
Mesmo na apostasia, os rituais ainda eram executados. Então, Deus os advertiu severamente contra isso. Schwantes escreveu: “Mais importante que a presença do Templo na cidade era a presença de Deus em cada coração.”4 Hoje, alguns procedem da mesma forma com o culto religioso. Estão “mais dispostos a participar de atividades religiosas externas do que em purificar o interior do coração.”5 Cada cristão deve ter o cuidado de não cair no engano de ir aos cultos, respeitar as leis e guardar o sábado imaginando que isso lhe traga a salvação. Não adianta apenas praticar os rituais, pois Deus os abomina se o coração da pessoa continua corrompido. “O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1Sm 16:7). Atos externos devem existir, mas em resposta a um coração convertido que produza obras boas e aceitáveis.
Terça-feira – Religião do coração
Em muitos casos, Deus oferece Sua salvação a um grande grupo de pessoas, porém, dá a cada um o livre-arbítrio para que escolha o seu caminho. Em Jeremias 17:7, o próprio Senhor fez uma referência direta à individualidade, quando disse: “Bendito homem que confia no Senhor”. Mesmo que a maioria não aceite o convite, ele ainda é válido, pois aqueles que se entregam serão abençoados. Em contrapartida, em Jeremias 17:5 Ele declara: “Maldito o homem que confia no homem”, referindo-Se ao fato de que, pelo braço de alguns, o povo fez alianças com nações pagãs, como Assíria e Egito. Isso mostra que grupos trazem influências sobre pessoas. No entanto, cada um pode fazer sua escolha.
O ser humano sempre está inserido em grupos, como família, igreja, etc. Por isso, o chamado de Deus tem o aspecto coletivo. Entretanto, devemos tomar cuidado com as influências mais próximas, pois por meio delas, podemos ser desviados da verdadeira fé. Ainda que um casal seja “uma só carne” (Gn 2:24) e vivam juntos em muitos momentos, e compartilhem de decisões, cada qual deve assumir a responsabilidade por seu próprio crescimento espiritual.6 O conselho inspirado de Paulo aos Romanos afirma o seguinte: “Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14: 12), pois o Senhor Se relaciona de maneira pessoal com cada um.
Embora todo o povo de Judá tenha se corrompido por influência de alguns, cada qual escolheu o mau caminho da grande apostasia. Deus convida a todos, mas cada pessoa deve escolher, não importando a opinião ou reação da multidão. A busca do reino da justiça deve ser individual, assim como será a recompensa da salvação ou morte eterna.
Quarta-feira – A decadência dos ídolos
A veneração a objetos feitos por mãos humanas foi intensamente combatida pelo profeta Jeremias. Seus contemporâneos pensavam que esses objetos lhes trouxessem benefícios como proteção e paz. No capítulo 10:2, 3, Jeremias começou seu discurso dizendo que esse tipo de costume era uma “vaidade” dos pagãos, ou seja, algo inútil e vazio7, como sugere a palavra hevel,8 usada originalmente em hebraico. Para caracterizar essa ideia, ele usou a forma poética com sentimentos de sarcasmo, fazendo um paralelo entre os ídolos vazios e o Deus supremo. Isso levou o povo a pensar na inutilidade das estátuas contra o magnífico poder do Senhor.
Infelizmente, essa prática ainda existe e deve ser combatida. Ídolo é aquilo que atrai nossa atenção de tal maneira que absorve nossa confiança, tempo e a vida de forma geral. Inclui as coisas que podem parecer soluções para as inquietações mas acabam tomando o que deveria ser de Deus. Alguns ídolos podem ser fáceis de reconhecer como as riquezas e os aparelhos digitais. Outros, porém, são discretos, como posições sociais, reconhecimento, pecados acariciados e sentimentos que ocupam o primeiro lugar no coração. O mundo materialista tende a idolatrar coisas visíveis e transitórias. Por isso, os Dez Mandamentos começam com uma regra de fé para todos que desejam servir a Deus: “Não terá outros deuses diante de Mim” (Êx 20: 3).
Não basta reconhecer Deus como único. É preciso colocá-Lo em primeiro lugar. Não devemos nos apegar às outras coisas, pois como Jeremias diz, essas coisas são “vaidade”, algo meramente terrestre e transitório (Jr 10: 11). Qualquer outra coisa que seja objeto de suprema atenção humana é um ídolo que corrompe o coração e leva à perdição eterna.
Quinta-feira – O remanescente
Desde o começo da História, Deus separou um povo para representa-Lo entre as nações. Mesmo quando a maioria escolhia o pecado e a apostasia, Ele sempre teve um remanescente. Na época de Jeremias, sob a direção de falsos líderes, o povo estava se degenerando por ignorar os conselhos divinos, apesar das muitas advertências apresentadas pelo profeta. Depois que foram destruídos por Babilônia, alguns dos que foram resgatados do domínio de Ismael (Jr 41) “disseram a Jeremias, o profeta: Apresentamos-te a nossa humilde súplica, a fim de que rogues ao Senhor, teu Deus, por nós e por este resto; porque, de muitos que éramos, só restamos uns poucos” (Jr 42: 2). Eles consultaram a Deus por intermédio de Jeremias, pois queriam saber se deviam se refugiar no Egito. Naquele momento, eles ainda prometeram fazer tudo o que fosse da vontade do Senhor. Então, Jeremias consultou a Deus. A resposta foi que eles deviam ficar ali mesmo, pois com a obediência deles haveria um futuro melhor para a nação derrotada.
Mais uma vez, Deus apelou ao povo e prometeu bênçãos aos que se mantivessem fiéis. A fidelidade é uma característica que o Senhor espera de Seus filhos. Por isso, ela é enfatizada em grande parte das mensagens proféticas. Jeremias 23:5-8 declara que Deus levantaria um Rei para que o povo novamente prosperasse. As palavras “Eis que vêm dias” representavam esperança para o futuro do remanescente fiel, pois receberiam do Senhor a justiça e a liberdade por meio da liderança correta de um Rei messiânico, o “broto de árvore cortada” que surgiria da linhagem de Davi (Jr 23: 6-8).9 Essa promessa se cumpriu parcialmente na primeira vinda de Jesus e alcançará sua plenitude na volta de Cristo, quando todos os fiéis serão abençoados, mesmo convivendo entre infiéis. Os que aceitam fazer parte desse grupo e receber essa recompensa prometida, aceitam os princípios divinos, independentemente da escolha da maioria.
Mesmo entre o povo de Deus, se a maioria se corromper, ainda assim o Senhor terá o Seu remanescente fiel. Como ocorreu no passado, ocorrerá no presente. Haverá um pequeno povo representando a Deus e caracterizado pela obediência à Sua vontade.
1 Ellen G. White. Caminho a Cristo, p. 11.
2 Raoul Dederen (Editor). Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 127.
3 Ellen G. White. História da Redenção, p. 16.
4 S. J. Schwantes. Jeremias – O Profeta Sofredor, p. 40.
5 Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 414.
6 Nisto Cremos, p. 371.
7 Johanes F. Hasenack (Editor). Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português, p. 52.
8 Bíblia Hebraica Stuttgartensia, p. 802.
9 Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 153.
Sobre o autor: Marcio Costa é PhD em teologia histórica pela Andrews University e atualmente é coordenador acadêmico do curso de teologia do SALT-IAP, em Maringá, PR. Iniciou sua carreira acadêmica no UNASP-C1 e, após aprofundar seus estudos retornou ao Brasil para atuar como professor e coordenador do curso de teologia da FAAMA, em Belém, PA. Marcio também atuou como pastor distrital nos EUA e no norte do Brasil. Possui grande interesse na área de doutrinas e estilo de vida adventista. Tem desenvolvido pesquisas sobre liberdade religiosa e tem trabalhado na produção acadêmica para breve publicação. É natural da região de São José do Rio Preto, SP. Seu ministério é desenvolvido com o auxílio de sua esposa, Jane Vianel da Costa, e suas duas filhas, Stephanie e Giovanna Costa.
Apresentação do autor dos comentários:
Márcio Costa: mdcosta@gmail.com
Pr. Marcio Costa é PhD em teologia histórica pela Andrews University e atualmente é o coordenador acadêmico do curso de teologia do SALT-IAP em Maringá, PR. Iniciou sua carreira academica no UNASP C1 e após aprofundar seus estudos retornou ao Brasil para atuar como professor e coordenador do curso de teologia da FAAMA em Belém, PA. Pr Marcio também atuou como pastor distrital nos EUA e também no norte do Brasil. Possui grande interesse na área de doutrinas e estilo de vida adventista onde tem desenvolvido pesquisas em liberdade religiosa e tem trabalhado na produção acadêmica para breve publicação. É natural da região de São José do Rio Preto – SP, seu ministério é desenvolvido com o auxilio de sua esposa Jane Vianel da Costa e suas duas filhas Stephanie e Giovanna Costa.
Participantes Especiais – Estudantes de Teologia
Ademar Antunes do Amaral (2º ano de Teologia)
Nascimento: Sarandi – RS
Idade: 31 anos
Estado Civil: Casado
Jader Henrique Garcia Silveira (2º ano de Teologia)
Local de Nascimento: São Paulo, SP.
Idade : 28
Estado civil: Solteiro
Jhonatan da Silva Moraes (1º ano de Teologia)
Nascimento: Quixadá – CE
Idade: 28 anos
Estado Civil: Casado
João Paulo Rodrigues Bittencourt Aranega (1º ano de Teologia)
Nascimento: Astorga-PR
Idade: 27 anos
Estado Civil: Casado
Laércio Marafigo (2º ano de Teologia)
Nascimento: Benedito Novo – SC
Idade: 30 anos
Est Civil: Casado
Tefferson Caetano Batista Diniz (2º ano de Teologia)
Nascimento: Niterói RJ
Idade: 27 anos
Estado Civil: Casado
Vitor Correia Deucher (1º ano de Teologia)
Nascimento: Brusque – SC
Idade: 19 anos
Estado Civil: Solteiro
Vitor Hugo Congeski Nunes (2º ano de Teologia)
Nascimento: Maringá – PR
Idade: 25 anos
Estado Civil: Casado
Revisão: Josiéli Nóbrega
Sugestões e dúvidas devem ser encaminhadas ao editor responsável: andre.oliveira@cpb.com.br
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Lições de Jeremias
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