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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Malaquias)” tags=””]
VERSO PARA MEMORIZAR: “‘Israel, Meu povo, era santo para o Senhor, os primeiros frutos de sua colheita; todos os que o devoravam eram considerados culpados, e a desgraça os alcançava’, declara o Senhor” (Jr 2:3, NVI).
Leituras da semana: Jz 2:1-15; 1Rs 12:26-31; 2Cr 33:9, 10; Jr 2:1-28; 5:2, 3
Se pudéssemos escolher uma palavra para descrever a condição humana desde a queda, essa palavra seria “crise”, e sua extensão pode ser mais bem compreendida pelo que foi preciso para nos tirar da crise: a morte de Jesus na cruz. Essa crise deve ser muito grave. Vemos isso ao considerarmos as medidas radicais que foram necessárias para resolvê-la.
Ao longo de toda a Bíblia, ocorreram muitas histórias que tiveram como pano de fundo uma crise. A situação na época de Jeremias e de seu ministério não foi diferente. O povo de Deus enfrentou muitos desafios, tanto de ordem interna quanto externa. Infelizmente, apesar da terrível ameaça militar de potências estrangeiras, a maior crise, em muitos aspectos, vinha de dentro. Essa crise interna significava não apenas uma liderança e um sacerdócio corruptos, o que já era suficientemente ruim, mas tinha também o sentido de que o coração de muitas pessoas havia sido tão endurecido e danificado pelo pecado e pela apostasia que elas se recusavam a dar ouvidos às advertências enviadas por Deus, e que poderiam ter evitado o desastre em sua vida.
O pecado já é muito ruim, mas quando alguém se recusa a abandoná-lo, isso é verdadeiramente uma crise!
No mês de outubro será lançado o mutirão de natal em todo o Brasil. Desafie as pessoas a fazer algo especial pelo semelhante. O que você pode fazer para que sua igreja seja mais solidária?
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[cv_toggle title=”DOMINGO – Uma história intensa (Ano Bíblico: Vista geral do Antigo Testamento)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-04″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 4 de outubro de 2015″]
Quando os israelitas finalmente entraram na Terra Prometida, após anos de peregrinação pelo deserto, não demorou muito para que os problemas começassem. Bastou surgir uma nova geração “que não conhecia o Senhor” (Jz 2:10) e teve início uma crise espiritual que, de muitas formas, contaminou a nação ao longo de toda a sua história. O problema, na verdade, contaminou também a igreja cristã.
1. Leia Juízes 2:1-15. O que causou a crise, e de que forma ela se manifestou?
O verso 11 diz: “Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor.” Cada geração, uma após a outra, se afastou um pouco mais de Deus, até que a nação estava fazendo exatamente o que o Senhor havia dito que não deviam fazer. Devido ao pecado, as pessoas enfrentaram uma crise após outra, mas mesmo assim o Senhor não havia desistido delas. Enviou-lhes juízes (Jz 2:16) que os livraram de suas aflições imediatas.
Depois da era dos juízes, a nação entrou numa época de relativa paz e prosperidade sob o que tem sido chamado de “monarquia unificada”, isto é, o reinado de Saul, Davi e Salomão, que durou cerca de cem anos. Sob a liderança de Davi, e depois de Salomão, a nação se transformou numa potência regional.
Os “bons” tempos, porém, não duraram muito. Após a morte de Salomão (cerca de 931 a.C.), a nação se dividiu em dois reinos: Israel, no norte, e Judá, no sul. Grande parte da culpa pode ser atribuída ao governo mal dirigido de Salomão, que, apesar de toda a sua sabedoria, cometeu inúmeros erros. “As tribos vinham há muito tempo sofrendo cruéis injustiças sob as medidas opressivas do governante anterior. A extravagância do reinado de Salomão durante sua apostasia o havia levado a tributar o povo pesadamente, e a requerer dele muito trabalho servil”
(Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 88, 89). As coisas nunca mais foram as mesmas para a nação escolhida de Deus. Eles fizeram tudo o que o Senhor lhes havia advertido que não fizessem e, assim, colheram as dolorosas consequências.
Pense no problema de uma geração que não possui os valores e crenças da geração que a precedeu. De que forma lidamos com essa questão? Como podemos transmitir nossos valores aos que virão depois de nós?
Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.
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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Os dois reinos (Ano Bíblico: Mt 1–4)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-05″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 5 de outubro de 2015″]
Após a divisão da nação, as coisas foram de mal a pior. No reino do norte, o rei Jeroboão fez algumas escolhas espirituais terríveis, que tiveram um impacto duradouro para o mal.
2. Leia 1 Reis 12:26-31. De que maneira as circunstâncias imediatas podem cegar nossa percepção?
A introdução do culto idólatra feita pelo rei ajudou a colocar a nação numa rota desastrosa. “A apostasia introduzida durante o reinado de Jeroboão se tornou cada vez mais acentuada, até que finalmente resultou em ruína total do reino de Israel” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 107). Em 722 a.C., Salmaneser, rei da Assíria, pôs fim à nação e deportou seus habitantes para diferentes partes de seu império (ver 2Rs 17:1-7). Não houve reversão do exílio. Durante certo tempo, Israel desapareceu da História.
As coisas não estavam tão mal no reino do sul, pelo menos até esse tempo. Mas eles também não eram exemplares e, como ocorreu com o reino do norte, o Senhor procurou salvá-los da calamidade, que, no caso deles, era proveniente da ameaça dos babilônios. Infelizmente, com raras exceções, Judá teve uma série de reis que continuaram levando a nação a uma apostasia cada vez mais profunda.
3. O que os versos seguintes dizem sobre o reinado de alguns dos reis de Judá? 2Cr 33:9, 10, 21-23; 2Rs 24:8, 9, 18, 19
Apesar da liderança terrível, muitos dos livros proféticos da Bíblia, inclusive Jeremias, são palavras dos profetas que Deus enviou a Seu povo na tentativa de afastá-lo do pecado e da apostasia que estava destruindo o coração da nação. O Senhor não desistiria de Seu povo sem lhe dar tempo suficiente e oportunidade para abandonar seus maus caminhos e ser poupado do desastre que seu pecado inevitavelmente traria.
É difícil se desvincular da própria cultura e do ambiente, e olhar para si mesmo objetivamente! Na verdade, é impossível. Por que, então, precisamos constantemente comparar nossa vida com o padrão da Bíblia? Temos outro padrão?
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[cv_toggle title=”TERÇA – Dois males (Ano Bíblico: Mt 5–7)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-06″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 6 de outubro de 2015″]
Foi nesse contexto que o jovem Jeremias iniciou seu ministério profético. “A palavra do Senhor” veio a ele, que a transmitiu na esperança de que as pessoas, caso lhe dessem ouvidos, fossem poupadas da ruína que certamente viria, se não atendessem à mensagem.
4. Leia Jeremias 2:1-28 e responda às seguintes perguntas:
Que promessas Deus havia feito à nação quando ela ainda era fiel? (v. 2, 3)
Que pecado estavam cometendo alguns dos sacerdotes, pastores e profetas? (v. 8)
De que maneira as pessoas enganavam a si mesmas a respeito de sua verdadeira condição espiritual? (v. 23, 24)
Embora a nação tivesse experimentado certa reforma espiritual sob a liderança de Ezequias e Josias, as pessoas voltaram aos seus velhos caminhos e caíram numa apostasia ainda pior. Como fez durante todo o seu ministério, nesse texto Jeremias falou em termos claros sobre o que estava acontecendo.
São especialmente interessantes suas palavras em Jeremias 2:13. As pessoas haviam cometido dois males: abandonaram o Senhor, a fonte das águas vivas e, consequentemente, cavaram para elas mesmas cisternas rachadas, que, naturalmente, não podiam reter água. Em outras palavras, tendo abandonado o Senhor, haviam perdido tudo. Essas palavras se tornam ainda mais significativas à luz do que Jesus disse em João 4:10.
Em Jeremias 2:5, o Senhor disse que as pessoas tinham ido após “ídolos sem valor” [nulidade] e, como resultado, haviam se tornado “nulas”. A palavra hebraica para ambos os termos vem do mesmo termo (hbl) usado em Eclesiastes, e que muitas vezes é traduzido como “vaidade”. Também significa “vapor” ou “respiração”. Ir atrás de coisas inúteis nos torna “inúteis”? O que isso significa? De que forma esse conceito nos ajuda a entender pessoas que, às vezes, acham a vida sem sentido ou inútil? Qual é a resposta para elas?
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[cv_toggle title=”QUARTA – A ameaça babilônica (Ano Bíblico: Mt 8–10)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-07″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 7 de outubro de 2015″]
O contexto dos eventos políticos que moldaram o ministério de Jeremias está, até certo ponto, perdido para a História, isto é, muitos dos detalhes são desconhecidos. Mas temos na Bíblia (com a ajuda das descobertas arqueológicas) informações mais do que suficientes para nos dar uma visão geral do que ocorreu. Embora, do ponto de vista humano, provavelmente parecesse que ninguém estava no controle enquanto essas nações lutavam por território, poder e hegemonia, a Bíblia nos mostra algo diferente.
5. Leia Jeremias 27:6. Como devemos entender esse texto?
No princípio do ministério de Jeremias, o pequeno reino de Judá se viu envolvido nas batalhas militares entre Babilônia, Egito e a decadente Assíria. Com o declínio do Império Assírio no final do 7o século a.C., o Egito procurou recuperar o poder e o domínio na região. Contudo, na batalha de Carquemis, em 605 a.C., o Egito foi derrotado e Babilônia se tornou a nova potência mundial.
Essa nova potência fez de Judá um Estado vassalo. Jeoaquim, rei de Judá, só conseguiu estabilizar o país jurando lealdade ao rei babilônio. Contudo, muitos não queriam fazer isso. Preferiam lutar e se libertar dos babilônios, embora isso não fosse o que o Senhor desejava que eles fizessem. Ao contrário, Deus estava usando Babilônia especificamente como instrumento para punir a nação por sua apostasia.
6. Leia Jeremias 25:8-12. Qual foi a mensagem de Jeremias ao povo de Judá?
Repetidas vezes Jeremias advertiu o povo sobre o que aconteceria por causa dos pecados deles, e vez após vez muitos dos líderes políticos e religiosos se recusaram a dar ouvidos às advertências, acreditando no que queriam acreditar, isto é, que o Senhor os pouparia. Afinal de contas, não eram eles o povo especialmente chamado por Deus?
Qual foi a última vez em que você acreditou no que queria acreditar, apesar da evidência de que essa crença estivesse errada? Que lições você aprendeu para que isso não aconteça novamente?
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[cv_toggle title=”QUINTA – Falso juramento (Ano Bíblico: Mt 11–13)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-08″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 8 de outubro de 2015″]
Em Jeremias 5:1, o Senhor disse aos judeus: “Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem […] se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então Eu perdoarei a cidade” (NVI). Isso traz à mente duas histórias. Uma é a de um antigo filósofo grego do quarto século a.C. chamado Diógenes que, segundo a lenda, costumava andar pelo mercado durante o dia com uma lanterna acesa, dizendo que estava procurando um homem honesto. A outra história, é claro, é a de Deus falando com Abraão, dizendo-lhe que, se conseguisse achar 50 justos (o número logo foi reduzido para 10) na cidade de Sodoma, Ele não a destruiria.
Porém, nas palavras do Senhor por meio de Jeremias, o objetivo era revelar quanto a apostasia e o pecado haviam se disseminado entre Seu povo. Não havia ninguém que agisse com honestidade e buscasse a verdade? Se havia, eram bem poucos.
7. Leia Jeremias 5:2, 3. Qual foi a evidência de que a situação estava terrível? Lv 19:12
Esses versos mencionam um ponto que aparece ao longo do livro. Mesmo tendo a nação caído profundamente, muitas pessoas acreditavam que ainda seguiam fielmente ao Senhor! Estavam pronunciando Seu nome, mas “jurando falsamente” (Jr 5:2, NVI), e não “com fidelidade, justiça e retidão” (Jr 4:2, NVI), como o Senhor lhes havia ordenado. Não davam ouvidos à advertência de Deus, mas prosseguiam com sua vida e suas práticas religiosas como se tudo estivesse certo entre elas e Deus, quando, na verdade, quase nada estava certo.
A profundidade do engano em que se encontravam pode ser vista em Jeremias 7:4, onde é mencionado o falso conforto que o povo encontrava nestas palavras: hekhal yhwh hekhal yhwh hekhal yhwh hemma (“Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este”), como se a presença do templo fosse tudo o que necessitavam para garantir que as coisas dariam certo. Saber que se está numa crise é uma coisa ruim, mas quando se está numa crise e não se tem consciência disso, a situação é ainda pior.
Com todas as verdades que conhecemos, como podemos evitar o engano de crer que nosso chamado, por si só, é suficiente para nos salvar?
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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Mt 14–16)” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-09″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de outubro de 2015″]
Estudo adicional
A Bíblia adverte sobre a atitude de rebelião contra as orientações divinas: “Não procedereis em nada segundo estamos fazendo aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos” (Dt 12:8). “Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21:25; 17:6, ARC). Somos exortados a ouvir e obedecer à voz divina: “Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, e guardares todos os Seus mandamentos que hoje te ordeno, para fazeres o que é reto aos olhos do Senhor, teu Deus” (Dt 13:18).
Nesses versos é apresentado um contraste fundamental, especialmente para nossa época, em que muitas pessoas se revoltam contra a ideia de que uma autoridade externa lhes declare o que fazer, ou de que alguém lhes diga o que é certo e o que é errado. Contudo, podemos ver aqui uma clara distinção entre essas duas visões de mundo. Em uma delas, as pessoas fazem o que acham certo “aos seus olhos”; na outra, as pessoas devem fazer o que é “reto aos olhos do Senhor, [seu] Deus”. O problema com a primeira posição é que, com frequência, na História, o que é “reto” aos olhos de alguém é errado aos olhos de Deus. Por isso, temos que submeter tudo, até mesmo nossa própria consciência, à Palavra de Deus.
Perguntas para reflexão
1. Por que precisamos não apenas nos submeter aos ensinos da Bíblia, mas também ser muito cuidadosos em nossa maneira de interpretá-la? Em muitos casos, coisas “más” foram feitas por pessoas que justificaram seus atos pela Bíblia. Até que ponto os dez mandamentos devem ser importantes e fundamentais para todas as nossas crenças?
2. Ao estudar Jeremias neste trimestre, conserve em mente a ideia de que, apesar das seguidas advertências, as pessoas acreditavam que estavam num relacionamento correto com Deus. Por que elas se enganaram tanto a respeito de sua verdadeira condição? Que mensagem isso traz para nós?
Respostas sugestivas: 1. Os israelitas das gerações seguintes deixaram de olhar para o passado e começarem a se afastar do Senhor; isso fez com que eles caíssem nas práticas que Deus havia proibido. 2. O medo de perder a influência sobre os israelitas, caso fossem adorar em Jerusalém, capital do Reino de Judá, fez com que Jeroboão ficasse espiritualmente cego e induzisse o povo à idolatria, abandonando o Senhor. As pessoas se deixam levar por outras pessoas e pelas circunstâncias, e acabam se desviando do que é correto. 3. Manassés, Amom, Joaquim e Zedequias são exemplos de reis que fizeram o que era mau perante o Senhor e levaram o povo à apostasia. 4. a) Ele os tornaria as primícias dos povos e faria vir o mal sobre seus inimigos; b) Os sacerdotes não perguntaram pelo Senhor, os pastores se rebelaram contra Deus e os profetas profetizavam em nome de Baal, seguindo deuses inúteis; c) O povo dizia que não estava contaminado e que não corria atrás dos ídolos, mas é retratado como um animal selvagem, que não queria se submeter ao controle de Deus, mas que ansiava pelos ídolos e estava sempre pronto a se entregar a eles. 5. Deus disse que entregaria todas as terras mencionadas, inclusive Judá, ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Deus usaria Babilônia como instrumento para punir Seu povo. 6. Uma vez que eles não haviam dado ouvidos às palavras de Deus, Ele enviaria o rei de Babilônia para destruir a terra, e eles iriam servi-lo por 70 anos. 7. Eles usavam o nome do Senhor, mas juravam falsamente. Além disso, não quiseram receber a disciplina do Senhor e não se arrependeram.
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[cv_toggle title=”AUXILIAR” tags=””]
[disponivel em=”2015-10-03″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 3 de outubro de 2015″]
Texto-Chave: Jeremias 2:1-28
O aluno deverá:
Conhecer: A história de Israel desde o êxodo até o tempo de Jeremias (cerca de 800 anos) e identificar o tema comum da crescente apostasia do povo de Deus.
Sentir: A triste realidade da repetição da história, e maravilhar-se com a prolongada graça de Deus que se estende por muitas gerações.
Fazer: Avaliar atentamente os padrões que regem sua vida e seguir o que é reto aos olhos de Deus.
Esboço
I. Conhecer: A história da apostasia
A. Mencionar alguns dos momentos escuros da história de Israel que levaram à apostasia.
B. Quais foram os denominadores comuns da história de Israel que finalmente levaram à crise do exílio babilônico?
II. Sentir: Triste realidade
A. Como você se sente quando alguém o decepciona repetidas vezes? Como Deus Se sentiu?
B. Qual é sua reação quando a graça de Deus se torna juízo? Essa ação da parte dEle é necessária para o nosso bem?
III. Fazer: Os padrões de nossa vida
A. Como podemos evitar os pontos cegos em nossa vida que nos impedem de ver nossa realidade espiritual?
B. Como podemos aprender com o passado e sair do círculo dessas tristes repetições?
RESUMO: A mensagem de Jeremias foi direcionada a uma crise espiritual que acabou levando ao exílio babilônico. Contudo, essa crise foi se formando ao longo de séculos (durante os quais a graça se prolongou) e foi provocada por uma crescente apostasia que ocorreu porque as escolhas pessoais foram colocadas acima da vontade de Deus.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Jeremias 2:4-8
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus tem um conceito espiritual da História e de nossa vida. Podemos aprender com a triste história de Israel que levou à crise do exílio babilônico. A experiência deles deve nos ajudar a tomar a correta decisão de não substituir a verdade por qualquer tipo de religião alternativa, que, na verdade, seria idolatria.
Para o professor: “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162). Um exame da história de Israel entre o êxodo e o exílio revela como as lições da História foram esquecidas vez após vez, de forma que, no final, o futuro proclamado pelo profeta Jeremias parecia muito ruim. Encoraje os alunos da classe a examinar sua história individual, bem como a história de nossa igreja, para ver onde as coisas deram errado (ou certo) e o que podemos aprender com isso.
Discussão de abertura
A história do rei Onri (885-874 a.C.), no Antigo Testamento, apresenta um caso interessante para estudarmos o ponto de vista de Deus sobre a História. Há treze curtos versos dedicados à vida desse rei infiel, e eles culminam com este solene resumo: “Fez Onri o que era mau perante o Senhor; fez pior do que todos quantos foram antes dele” (1Rs 16:25). Aparentemente, os escritores bíblicos não desejaram gastar muitas palavras com ele.
Contudo, se examinarmos a literatura arqueológica e extrabíblica, surge um quadro diferente. Ele é mencionado na Estela de Mesa (840 a.C.) como rei de Israel, e também no Obelisco Negro (827 a.C.), que descreve, com palavras e figuras, “Jeú, filho de Onri”, pagando tributos ao rei assírio. Um século mais tarde, outro rei assírio, em duas inscrições diferentes, recebeu o título de “Conquistador de Samaria e de toda a terra da casa de Onri”. Tudo isso significa que Israel, o reino do norte, durante mais ou menos 150 anos esteve associado ao nome de Onri. Do ponto de vista internacional e político, Onri foi alguém importante; contudo, do ponto de vista de Deus, ele não mereceu muita atenção.
Examine com a classe as amargas lições da história de Israel que podem ser encontradas nesse caso, fazendo a pergunta: Se reis idólatras conseguiram se tornar reconhecidos como líderes políticos, o que havia de errado?
Compreensão
Para o professor: A mensagem que Jeremias recebeu não surgiu de uma situação momentânea, mas foi o resultado de uma longa história de apostasia crescente que finalmente levou à proclamação de juízo que ele foi incumbido de transmitir. É importante ilustrar o longo processo histórico entre o êxodo e o exílio, caracterizado pela graça de Deus e por Suas numerosas tentativas de disciplinar Israel.
Comentário Bíblico
Jeremias 2 é o foco do estudo desta semana. Contudo, o capítulo se refere a eventos passados da história de Israel a partir do êxodo, explicando como chegou à situação de crise que precedeu o exílio babilônico.
I. Religião alternativa
(Recapitule com a classe Jeremias 2:1-19 e 1 Reis 12:26-31.)
Uma longa e triste história se encontra por trás da crise iminente a respeito da qual Jeremias devia profetizar. A fase inicial, em que Israel era “consagrado ao Senhor” (Jr 2:3), assim que Ele os tirou do Egito, foi logo perdida depois que Ele os introduziu em Canaã, já que, depois dessa época “os profetas profetizaram por Baal” (v. 8). O verdadeiro problema foi que Israel escolheu, repetidas vezes, uma religião alternativa em lugar da verdadeira. Exemplificam esse padrão o pecado de Jeroboão, ao construir um santuário alternativo em Betel e Dã, após a divisão do reino ocorrida depois da morte de Salomão, em 930 a.C. (1Rs 12:26-31).
Essa foi uma tática política e religiosa com o fim deliberado de criar um santuário e um sistema religioso alternativo que evitariam que os israelitas do reino do norte fossem a Jerusalém para as festas anuais. É interessante notar que a expressão “os pecados de Jeroboão” se tornou um padrão para descrever a apostasia das tribos do norte durante os 200 anos seguintes, até a destruição de Samaria em 722 a.C. pelos exércitos assírios (ver 2Rs 17:22). Jeremias usou uma figura interessante para ilustrar o duplo pecado de Israel (Jr 2:13): substituir Deus, “o manancial de águas vivas”, por “cisternas rotas”. Escavações arqueológicas têm frequentemente encontrado cisternas cavadas na rocha e recobertas, na parte interior, com argamassa. Elas eram geralmente usadas para recolher água da chuva e preservá-la. Contudo, a água, muitas vezes, se tornava estagnada; além disso, a argamassa do interior das cisternas rachava, de forma que a água desaparecia.
A figura demonstra o contraste entre a religião verdadeira e a alternativa, entre a vida proporcionada por Deus (como diz o verso 13, “águas vivas”) e as imitações feitas pelo homem. Quando tentamos cavar nossas próprias cisternas para preservar um tipo de água diferente da que Deus proporciona, esse é um esforço fadado ao fracasso desde o princípio. Teologicamente, poderíamos falar do contraste entre a justiça pela fé em Deus e a justiça pelas nossas próprias obras.
Pense nisto: Corremos perigo hoje de cometer o duplo pecado de Israel e de brincar com uma religião alternativa, em vez de acolhermos a religião viva e verdadeira?
II. Quais são os seus deuses?
(Recapitule com a classe Jeremias 2:20-28.)
O interessante é que a religião alternativa é do tipo que não proporciona nenhuma salvação real em tempos de crise. Várias figuras ilustram o ponto, referindo-se, de alguma forma, à prostituição espiritual (o verso 20 diz: “te prostituías”). A “vide excelente” que se transformou numa “planta degenerada, de vide estranha” (v. 21, ARC) nos faz lembrar o Cântico da Vinha (Is 5:1-7), mas Jeremias leva as coisas mais além. Em Isaías, a vinha produz maus frutos (injustiça, derramamento de sangue, etc.); aqui o fruto se torna estranho (do hebraico nokriyah), um termo frequentemente empregado para se referir a prostitutas que, nos tempos do Antigo Testamento, eram habitualmente associadas a mulheres estrangeiras (comparar com Pv 2:16). Uma “dromedária” ou camela (v. 23) solta e uma “jumenta selvagem” (v. 24, 25) no ardor do cio são, ambas, metáforas que indicam a mesma realidade: Israel estava cometendo adultério espiritual, correndo atrás de outros deuses. A vergonha dessa apostasia que já durava um século era como a de um ladrão apanhado em delito (v. 26), e se estendia a todos os níveis da sociedade israelita, especialmente aos seus líderes seculares e espirituais.
A vergonha era uma emoção forte no antigo Oriente Próximo, tão intensa quanto hoje. Muitas vezes ela está associada à nudez (comparar com Miqueias 1:11 e 1 Samuel 20:30), que também faz parte da figura da prostituição espiritual. A idolatria, na verdade, expõe o que as pessoas são quando adoram objetos que, em última análise, não passam de madeira e pedra. Jeremias enfatizou o absurdo e a insensatez da idolatria no verso 27: “Que dizem a um pedaço de madeira: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste”. Todas essas figuras culminam na pergunta retórica de Deus: “Onde, pois, estão os teus deuses, que para ti mesmo fizeste?” (v. 28). A resposta é clara: “No tempo da tua angústia” (v. 28) esses deuses não podem trazer nenhuma esperança de salvação. A crise babilônica exterior, que viria, era, na verdade, apenas o resultado da crise interior que estava em andamento, crise essa que consistiu na alienação de Deus e na substituição dEle pela idolatria e por uma religião de feitura humana.
Pense nisto: De onde esperamos ajuda em tempos de crise? Para quem nos voltamos instintivamente numa situação de crise, e por quê?
Aplicação
Para o professor: Recapitule com a classe a história pessoal de cada aluno ou a história da igreja local ou regional, a fim de destacar os momentos em que ocorreu um aprendizado decorrente da experiência. Essa discussão deve se concentrar na experiência positiva de aprendizado e não na história negativa que talvez tenha levado a ela, e deve demonstrar como a graça de Deus brilha continuamente em nossa história.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. Quando você olha para sua vida, quais são as experiências de aprendizado que mais impactaram seu relacionamento com Deus?
2. Qual é a forma da religião alternativa no início do século 21, em sua vida pessoal?
3. Como você pode se resguardar contra a religião alternativa?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: A ideia central de Jeremias 2 é aprender com a História e perceber que ainda somos tentados a substituir a religião verdadeira pela falsa. As atividades precisam ser dirigidas para esse contraste.
Atividades de classe
Para este exercício, você pode usar um quadro ou qualquer outra coisa em que possa escrever, de modo que todos possam ver. Se o material ou o espaço for limitado, conduza o exercício em formato de discussão apenas. Reflita, com a classe, sobre o termo “Religião”, escrevendo-o em cima, no quadro, e então, embaixo, coloque duas colunas, uma com o título “Verdadeira”, e outra com o título “Alternativa” ou “Falsa”. Deixe os membros da classe escolherem onde querem colocar suas ideias, e discuta por que eles as colocaram ali. A atividade deve terminar com uma afirmação da religião verdadeira.
Atividades individuais
1. Convide os membros da classe a separar tempo no sábado à tarde para escrever sua própria história de vida, mostrando como, por tantas vezes, Deus lhes estendeu Sua graça.
2. Encoraje os membros da classe a falar com alguém (um familiar, colega de trabalho ou amigo) sobre o contraste entre a religião verdadeira e a falsa. Convide-os a contar essa experiência no próximo sábado.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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[cv_toggle title=”COMENTÁRIO – Pr. Ozeas Caldas Moura” tags=””]
[disponivel em=”2015-09-26″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 26 de setembro de 2015″]
Nesta semana analisaremos a época em que Jeremias exerceu o ministério profético e veremos que o povo de Deus enfrentou muitos desafios. O desafio externo tinha a ver com a ameaça de invasão por parte dos babilônios, enquanto o interno, ainda mais grave, estava relacionado à apostasia, idolatria e desobediência aos mandamentos de Deus. E o pior: o coração de muitas pessoas havia se tornado tão endurecido e danificado pelo pecado e pela apostasia que elas se recusavam a dar ouvidos às advertências enviadas por Deus, que poderiam ter evitado o desastre em sua vida.
I. Uma história intensa
A história do povo israelita mostra a força que o pecado tem nas pessoas que não se interessam pelo Deus verdadeiro nem estão dispostas a seguir Seus ensinamentos. Sempre que alguém abandona o Senhor e deixa de cumprir Sua vontade, cai nas garras do pecado. Ou seja, sem o poder de Deus, a chance de não pecar é nula.
Quando os israelitas finalmente entraram na terra prometida, após anos de peregrinação pelo deserto, não demorou muito para que ocorressem problemas. Bastou surgir uma nova geração “que não conhecia o Senhor” (Jz 2:10) e teve início uma crise espiritual que, de muitas formas, contaminou a nação ao longo de toda a sua história.
Juízes 2:11 diz: “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor”. Cada geração se afastou um pouco mais de Deus, até que a nação estava fazendo exatamente o que o Senhor havia dito que não fizesse. Devido ao pecado, as pessoas enfrentaram uma crise após outra, e mesmo assim o Senhor não havia desistido delas. Enviou-lhes juízes (Jz 2:16) que as livraram de suas aflições imediatas.
Depois da era dos juízes, a nação entrou numa época de relativa paz e prosperidade sob o que tem sido chamado de “monarquia unificada”, isto é, o reinado de Saul, Davi e Salomão, que durou cerca de cem anos. Sob a liderança de Davi, e depois de Salomão, a nação se transformou numa potência regional.
Os “bons” tempos, porém, não duraram muito. Após a morte de Salomão (em cerca de 931 a.C.), a nação se dividiu em dois reinos: Israel, no norte, e Judá, no sul. Em grande parte, essa situação pode ser atribuída aos altos impostos cobrados por Salomão e a instituição de trabalho escravo. As coisas nunca mais foram as mesmas para a nação escolhida por Deus. Por causa de seus pecados, Israel, o reino do norte, sofreu várias invasões de inimigos estrangeiros, sendo finalmente destruído pelos assírios, em 722 a.C. Já o reino do Sul, Judá, sofreu três invasões dos babilônios, sendo a última em 586 a.C. Os cativos judeus só voltaram do exílio babilônico cerca de 70 anos depois.
II. Os dois reinos
Após a divisão da nação, as coisas foram de mal a pior. No reino do norte, o rei Jeroboão fez algumas escolhas espirituais terríveis, que tiveram um impacto duradouro para o mal.
Temendo que o povo das 10 tribos do norte acabassem passando para o lado de Roboão, rei de Judá, Jeroboão I (931-910 a.C.) mandou fazer dois bezerros de ouro. Ele pôs um em Dã, a cidade mais ao norte do reino, e outro em Betel, a cidade mais ao sul, além de instituir festas idolátricas que rivalizavam com as festas ao Deus verdadeiro, realizadas em Judá (1Rs 12:26-33). Daí em diante, praticamente todos os reis que vieram depois de Jeroboão I cultuaram esses ídolos, além do deus Baal, da deusa Aserá, entre outros. Sem exceção, é dito que todos os reis de Israel, o reino do norte, “fizeram o que era mau perante o Senhor”. Como os israelitas imitavam o proceder de seus reis, eles acabaram desaparecendo da História, sendo levados cativos para a Assíria e outras nações, por Salmanasar V, em 722 a.C.
As coisas não estavam tão mal no reino do sul, pelo menos até esse tempo. Mas Judá também não era exemplar e, como ocorreu com o reino do norte, o Senhor procurou salvar aquelas pessoas da calamidade, que, no caso delas, era proveniente da ameaça dos babilônios. Infelizmente, com raras exceções, Judá teve uma série de reis que também “fizeram o que era mau perante o Senhor”. Eles continuaram levando a nação a uma apostasia cada vez mais profunda. Em 586 a.C., os babilônios, sob o comando de Nabucodonosor, deportaram as pessoas do reino de Judá para Babilônia.
Apesar da liderança terrível, muitos dos livros proféticos da Bíblia, inclusive Jeremias, são palavras dos profetas que Deus enviou a Seu povo na tentativa de afastá-lo do pecado e da apostasia que estava destruindo o coração da nação. O Senhor não desistiria de Seu povo, mas lhe daria tempo suficiente e oportunidade para que abandonasse seus maus caminhos e, assim, fosse poupado do desastre que seu pecado poderia trazer.
III. Dois males
Embora a nação tivesse experimentado certa reforma espiritual sob a liderança de Ezequias e Josias, as pessoas voltaram aos seus velhos caminhos e caíram numa apostasia ainda pior. Como fez durante todo o seu ministério, Jeremias falou em termos claros sobre o que estava acontecendo.
São especialmente interessantes suas palavras em Jeremias 2:13. As pessoas haviam cometido dois males: abandonaram o Senhor, a fonte das águas vivas e, consequentemente, cavaram para elas mesmas cisternas rachadas, que, naturalmente, não podiam reter água. Em outras palavras, tendo abandonado o Senhor, haviam perdido tudo. Como se sabe, a água na Palestina é algo muito valioso. Seria completa tolice trocar uma fonte de água corrente por uma cisterna de água estagnada e ainda rachada, que não pode reter água. Fazer isso seria trocar o real pelo irreal e ilusório (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 382).
Às vezes ficamos admirados porque os israelitas trocaram Javé, o Deus verdadeiro, por deuses como Baal. Mas parece que o ser humano sempre achou difícil acreditar em algo que não pode ver nem tocar. Além disso, para a mente carnal é “mais cômodo” adorar um ídolo, visto que ele não exige um comportamento ético. Pode-se fazer tudo errado e ainda se dirigir ao ídolo e pedir coisas a ele. No entanto, Javé, o Deus vivo, exige comportamento ético e correto de seus adoradores.
IV. A ameaça babilônica
Jeremias foi chamado ao ministério profético no 13º ano do reinado de Josias (cf. Jr 1:2), isto é, em 627/626 a.C. Foi justamente no ano 626 a.C. que os assírios foram derrotados por uma coligação de babilônios e medos. Em 612 a.C., essa mesma coligação destruiu Nínive, a capital assíria. Em 605 a.C., o que restou do exército assírio que havia fugido para a região de Harã, foi aniquilado pelas forças babilônicas. Com o declínio do império assírio, o Egito procurou recuperar o poder e o domínio na região. Contudo, na batalha de Carquemis, em 605 a.C., o Egito foi derrotado e Babilônia se tornou a nova potência mundial.
Essa nova potência fez de Judá um Estado vassalo. Jeoaquim, rei de Judá, só conseguiu estabilizar o país jurando lealdade ao rei babilônio. Contudo, muitos não queriam fazer isso. Preferiam lutar e tentar se libertar dos babilônios, embora isso não fosse o que o Senhor desejava que eles fizessem. Ao contrário, Deus estava usando Babilônia especificamente como instrumento para punir a nação por sua apostasia.
Repetidas vezes Jeremias advertiu o povo sobre o que aconteceria por causa dos pecados dele, e vez após vez, muitos dos líderes políticos e religiosos se recusaram a dar ouvidos às advertências, acreditando que, pelo fato de serem o povo escolhido por Deus, Ele os pouparia, sem Se importar com a conduta deles.
V. Falso juramento
Em Jeremias 5:1, o Senhor disse aos judeus: “Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem […] se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então Eu perdoarei a cidade” (NVI). Isso traz à mente duas histórias. Na primeira, Diógenes, filósofo grego do quarto século a.C., segundo a lenda, costumava andar pelo mercado durante o dia com uma lanterna acesa, dizendo que estava procurando um homem honesto. Na segunda história, Deus falou com Abraão, dizendo-lhe que, se conseguisse achar 50 justos em Sodoma (o número foi reduzido várias vezes, até chegar ao mínimo de 10), Ele não a destruiria.
Nas palavras do Senhor, por meio de Jeremias, o objetivo era revelar quanto a apostasia e o pecado haviam se disseminado entre Seu povo. Não havia ninguém que agisse com honestidade e buscasse a verdade? Se havia, eram bem poucos. E hoje, o quadro é diferente? Lamentavelmente, a resposta é não!
Embora a nação tivesse caído profundamente, muitas pessoas acreditavam que ainda estavam seguindo fielmente o Senhor! Estavam pronunciando Seu nome, mas estavam “jurando falsamente” (Jr 5:2, NVI), e não “com fidelidade, justiça e retidão” (Jr 4:2, NVI), como o Senhor lhes havia ordenado. Não davam ouvidos à advertência de Deus, mas prosseguiam com suas práticas religiosas como se tudo estivesse certo entre elas e Deus, quando, na verdade, quase nada estava certo. Agiam como se fosse possível comprar o favor divino mediante a prática de ritos religiosos.
A profundidade do engano em que se encontravam pode ser vista em Jeremias 7:4, onde é mencionado o falso conforto que o povo encontrava nestas palavras: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este”, como se a presença do templo fosse tudo que ele necessitava para garantir que as coisas dariam certo. Saber que se está numa crise é ruim, mas estar numa crise e não perceber isso é ainda pior.
Apresentação do autor dos comentários:
1. Ozeas Caldas Moura é natural de Rubiataba-GO, e nasceu em 15 de agosto de 1955. É Bacharel em Teologia, pelo Educandário Nordestino Adventista (ENA), Licenciado em Letras, pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB – campus de Santo Antônio de Jesus, BA), Pós-graduado em Língua Portuguesa, pelas Faculdades Integradas Severino Sombra (FISS), em Vassouras, RJ, Mestre em Teologia Bíblica, pelo SALT-UNASP, Mestre em Teologia Bíblica, área do Novo Testamento, e Doutor em Teologia Bíblica, área do Antigo Testamento, cursados na PUC do Rio de Janeiro. É Pós-doutor em Teologia Sistemática, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, MG. Foi pastor distrital por doze anos. Trabalhou por três anos como redator na Casa Publicadora Brasileira (2007-2009), além de ter lecionado Teologia por nove anos no SALT-IAENE (1990-1995 e 2003-2005 – atuando neste último período também como diretor do SALT-IAENE), e por dez anos no UNASP-EC (1999-2002 e 2010 até o momento). Foi coordenador do curso de Teologia do UNASP por três anos (2012-2014). Atualmente é o coordenador da Pós-graduação em Teologia do SALT-UNASP, e professor de disciplinas na área de Antigo Testamento nessa mesma instituição. É membro do International Board of Ministerial and Theological Education (IBMTE), órgão do Departamento de Educação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. É casado com a Profa. Jane Cleide Casa Branca Moura. Tem duas filhas e um neto.
Revisão: Josiéli Nóbrega
Sugestões e dúvidas devem ser encaminhadas ao editor responsável: andre.oliveira@cpb.com.br
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A crise (interna e externa)
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