3. Os últimos cinco reis de Israel – 10 a 17 de outubro

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[cv_toggle title=”SÁBADO À TARDE (Ano Bíblico: Mt 17–20)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-09″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de outubro de 2015″]

VERSO PARA MEMORIZAR: “Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-Me?” (Jr 22:16, NVI).

Leituras da semana: 2Cr 34; Jr 22:1-19; 29:1-14; 2Cr 36:11-14; Jr 23:2-8

O famoso escritor russo Fiódor Dostoiévski passou quatro anos numa prisão na Sibéria na década de 1840 devido a atividades políticas subversivas. Mais tarde, escrevendo sobre sua experiência, ele falou sobre a completa falta de arrependimento de seus companheiros de prisão em relação ao terrível comportamento que haviam manifestado. “No período de vários anos, nunca vi sinal algum de arrependimento entre essas pessoas, e nenhum vestígio de pensamento triste em relação a seus crimes, e a maioria delas no íntimo se considerava absolutamente certa” (Joseph Frank, Dostoevsky [sic], the Years of Ordeal, 1850-1859, p. 95).

As palavras de Dostoiévski poderiam ser aplicadas aos cinco reis que governaram Judá durante o ministério de Jeremias, sendo Josias a única exceção. Um após outro, esses homens pareciam totalmente destituídos de arrependimento por seus atos, mesmo quando se tornou cada vez mais claro que suas ações estavam trazendo as calamidades que o Senhor, através de Jeremias, havia advertido que viriam.

Nunca tinha sido intenção de Deus dar um rei a Israel. Quando chegarmos ao final da lição desta semana, entenderemos melhor a razão para isso. Conheceremos, também, a grande pressão que o pobre Jeremias enfrentou durante grande parte de seu ministério, cujo valor não foi reconhecido.

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[cv_toggle title=”DOMINGO – O governo de Josias (Ano Bíblico: Mt 21–23)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-11″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 11 de outubro de 2015″]

Josias foi o décimo sexto rei a governar no reino do sul; a data foi 640-609 a.C. Ele se tornou rei com a idade de oito anos, após mais de meio século de declínio moral e espiritual sob o governo de seu pai Amom e de seu avô Manassés, dois dos reis mais ímpios de Judá. O reinado de Josias durou 31 anos. Diferentemente de seus ancestrais, porém, Josias fez “o que era reto perante o Senhor” (2Rs 22:2), apesar do ambiente que atuava contra ele.

“Filho de um rei ímpio, perseguido por tentações para que seguisse os passos do pai, e com poucos conselheiros para encorajá-lo no caminho certo, não obstante Josias foi leal ao Deus de Israel. Advertido pelos erros de gerações passadas, escolheu fazer o que era reto, em vez de descer ao baixo nível de pecado e degradação no qual seu pai e seu avô haviam caído. Ele ‘não se desviou nem para a direita nem para a esquerda’. Como alguém que devia ocupar uma posição de confiança, resolveu obedecer à instrução que tinha sido dada para a orientação dos governantes de Israel. Sua obediência tornou possível que Deus o usasse como um vaso de honra” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 384).

1. Leia 2 Crônicas 34. Quais foram os componentes da reforma de Josias, e por que eles seriam fundamentais em qualquer tentativa de reforma espiritual, tanto no aspecto coletivo como individual?

A reforma de Josias consistiu em dois componentes principais: primeiro, a remoção, tanto quanto possível, de toda e qualquer coisa alusiva à idolatria; isto é, ele trabalhou para acabar com as más práticas que haviam surgido no país.

Mas esse foi só o primeiro passo. A ausência de práticas más ou errôneas não significa que boas práticas ocorrerão automaticamente. O segundo componente foi que, após ouvir a leitura do livro da lei, o rei fez uma aliança diante do Senhor para “guardarem os Seus mandamentos, os Seus testemunhos e os Seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro” (2Cr 34:31).

Leia 2 Crônicas 34:32, 33. Qual é o poder de um bom exemplo, especialmente entre pessoas que estão em posições de autoridade e influência? Reflita sobre a seguinte pergunta: Que influência suas palavras e atos exercem sobre outros?

Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.

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[cv_toggle title=”SEGUNDA – Jeoacaz e Jeoaquim: outro declínio (Ano Bíblico: Mt 24–26)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-12″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 12 de outubro de 2015″]

Jeoacaz (também conhecido como Salum) tinha 23 anos de idade quando sucedeu seu pai no trono. Seu reino durou apenas três meses. Faraó o substituiu por seu irmão (Eliaquim, a quem deu o nome de Joaquim) porque Jeoacaz não era favorável à política egípcia. Jeoacaz foi levado para o Egito, e ali morreu (ver 2Cr 36:4; 2Rs 23:31-34).

O rei que veio após Jeoacaz foi Jeoaquim, que reinou de 609 a 598 a.C. Era filho de Josias. Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, Jeoaquim foi levado para Babilônia junto com os vasos do templo. Novamente, Jeremias advertiu o povo de que seu novo rei estava guiando a nação por um caminho errado.

2. Leia Jeremias 22:1-19. Quais questões relacionadas com Jeoaquim motivaram uma repreensão severa do Senhor?

Falando por meio de Jeremias, o Senhor dirigiu palavras incisivas a esse rei corrupto e ambicioso. Jeoaquim foi um rei opressor e ganancioso que aplicou pesados impostos a Judá (2Rs 23:35) a fim de pagar aos egípcios. Pior ainda, usando trabalhos forçados, fez construções sofisticadas em seu próprio palácio, em desafio à Torah, que tinha instruções claras quanto ao pagamento das pessoas por seu trabalho: “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” (Lv 19:13). Além disso, diferentemente de Josias, seu pai, Jeoaquim permitiu que ritos pagãos florescessem novamente em Judá.

Jeremias 22:16 é uma passagem forte. No contexto da comparação entre o corrupto Jeoaquim e seu pai, Josias, o Senhor lhe disse: “Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-Me?” (NVI). Em outras palavras, o verdadeiro conhecimento de Deus vem da nossa maneira de tratar os necessitados; vem quando saímos de nós mesmos para beneficiar aqueles que, na verdade, não podem fazer nada por nós em retribuição. Vemos aqui, novamente, como ao longo de toda a Bíblia, a preocupação do Senhor com os pobres e os indefesos, bem como a obrigação que temos de ajudar os que não podem ajudar a si mesmos.

Pense na ideia de que ajudar o “pobre” e o “necessitado” é a maneira de conhecer o Senhor.
O que isso significa?

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[cv_toggle title=”TERÇA – O curto reinado do rei Joaquim de Judá (Ano Bíblico: Mt 27, 28)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-13″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 13 de outubro de 2015″]

O décimo nono rei de Judá foi Joaquim, filho de Jeoaquim. Ele reinou no trono de Davi apenas por cerca de três meses e meio. Em 598 a.C., Nabucodonosor levou suas tropas para Jerusalém e capturou o rei, que tinha 18 anos, sua mãe, suas esposas e muitos outros cativos reais. Em 561 a.C., no trigésimo sétimo ano de seu cativeiro, Joaquim recebeu misericórdia de Evil-Merodaque, sucessor de Nabucodonosor. Foi-lhe concedido o direito de tomar refeições com o rei de Babilônia e permissão para usar suas vestes reais (2Rs 25:27-30; Jr 52:31-34). Seus filhos também estavam em Babilônia com ele, mas a profecia de Jeremias declarava que eles teriam que renunciar ao trono de Davi.

3. Leia Jeremias 29:1-14. O rei Joaquim, sua família e sua corte foram levados cativos para Babilônia. Mesmo em meio a essa tragédia, de que forma são revelados o amor e a graça de Deus?

Um dos mais famosos versos da Bíblia diz assim: “‘Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jr 29:11, NVI). Temos ali o contexto imediato: Por meio de Jeremias, o Senhor falou aos cativos de Judá que tinham visto sua vida ser completamente exterminada pelos conquistadores babilônios. Contudo, mesmo então, por mais deplorável que parecesse a situação, o Senhor desejava que eles soubessem que Ele ainda os amava e tinha em mente apenas seu bem. Sem dúvida, considerando as horríveis circunstâncias, eles devem ter recebido alegremente essas palavras promissoras e esperançosas. Assim, mesmo em meio a todas as alarmantes advertências e ameaças, ainda foi dada ao povo a promessa de “esperança e um futuro”. Ter essa certeza deve ter sido muito importante para eles, especialmente naquele momento.

Que promessas você pode reivindicar do Senhor sobre a “esperança e [o] futuro”, apesar das circunstâncias em que se encontra?

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[cv_toggle title=”QUARTA – No fim do beco sem saída (Ano Bíblico: Mc 1–3)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-14″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 14 de outubro de 2015″]

4. Leia 2 Crônicas 36:11-14. O que esses versos dizem sobre o último rei de Judá antes da destruição final da nação? Que princípios de apostasia são revelados nesse texto?

Zedequias (também conhecido como Matanias) assumiu o trono com a idade de 21 anos, tendo sido colocado ali por Nabucodonosor como rei-fantoche. Infelizmente, como os versos dizem, ele não havia aprendido muitas lições do que acontecera com os reis anteriores e, consequentemente, trouxe ruína ainda maior à nação.

A passagem de 2 Crônicas 36:14 declara algo muito profundo, um ponto que, em muitos aspectos, estava no âmago da apostasia deles. Em meio à lista de todo o mal praticado sob o reinado de Zedequias, é dito que Judá estava seguindo “todas as abominações dos gentios”.

Ali estavam eles, séculos após o Êxodo, séculos como o povo da aliança que devia ser luz e farol para as nações (Dt 4:5-8), mas ainda tão envolvidos com a cultura dominante, tão envolvidos com o contexto cultural e religioso de seus vizinhos, que cometiam “todas as abominações” dos pagãos.
Qual é a mensagem aqui para nós?

5. Leia Jeremias 38:14-18. O que o rei perguntou ao profeta, e por quê?

Em numerosas ocasiões, o Senhor tinha deixado claro que a nação devia se submeter ao governo de Babilônia e que aquela conquista era uma punição pela iniquidade deles. Zedequias, contudo, se recusou a ouvir, e formou uma aliança contra Nabucodonosor. Israel confiou muito na esperança de uma vitória egípcia, mas Nabucodonosor foi vitorioso sobre o exército do Faraó em 597 a.C. Essa derrota selou permanentemente o destino de Jerusalém e da nação. Apesar de tantas oportunidades para se arrepender, fazer uma reforma e experimentar um reavivamento, Judá se recusou a mudar.

A igreja foi suscitada para proclamar ao mundo uma mensagem que ninguém está proclamando. Isso é muito semelhante ao que Judá devia fazer. Que lições podemos e devemos aprender com os erros deles?

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[cv_toggle title=”QUINTA – O remanescente (Ano Bíblico: Mc 4–6)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-15″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 15 de outubro de 2015″]

6. O que aconteceu com Judá e com Jerusalém depois que rejeitaram a mensagem de Deus? Jr 39:8, 9

Tudo o que Deus lhes havia advertido que aconteceria foi exatamente o que aconteceu. Por mais que não desejassem crer nas advertências, com certeza passaram a acreditar depois que tudo se cumpriu. Quem já não experimentou, até mesmo na vida pessoal, algo semelhante? Somos advertidos pelo Senhor de que não devemos fazer determinada coisa, sob pena de colher as consequências, desobedecemos e, certamente, acaba acontecendo o que havia sido dito.

7. Qual é a mensagem de Jeremias 23:2-8? Que esperança foi dada às pessoas?

Do ponto de vista humano, tudo parecia perdido para eles: sua nação estava em ruínas, seu templo destruído, seus governantes haviam sido exilados e permaneciam em cativeiro, a cidade de Jerusalém era um montão de pedras. A nação judaica e o povo judeu, naquele momento, deviam ter desaparecido da História, como aconteceu com tantas outras nações que haviam passado por situação semelhante. O Senhor, porém, tinha outros planos, e nos versos acima, como em muitos outros, Ele lhes deu a esperança de que nem tudo estava perdido, mas que sobraria um remanescente que voltaria, e através dele as promessas se cumpririam. Isto é, em meio a todas as advertências de juízo e destruição, os profetas também deram ao povo sua única esperança.
“Os tenebrosos anos de destruição e morte que marcaram o fim do reino de Judá teriam levado desespero ao mais resoluto coração, não fosse o encorajamento das predições proféticas dos mensageiros de Deus. Por intermédio de Jeremias em Jerusalém, de Daniel na corte de Babilônia, de Ezequiel junto às margens do Quebar, o Senhor em misericórdia tornou claro Seu eterno propósito, e deu certeza de Sua disposição de cumprir para com Seu povo escolhido as promessas registradas nos escritos de Moisés. Aquilo que tinha prometido fazer pelos que se mostrassem fiéis a Ele, certamente haveria de realizar-se. A ‘palavra de Deus […] permanece para sempre’” (1Pe 1:23, ARC; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 464).

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[cv_toggle title=”SEXTA – Estudo adicional (Ano Bíblico: Mt 14–16)” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-16″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 16 de outubro de 2015″]

Estudo adicional

“Nos últimos anos da apostasia de Judá, as exortações dos profetas foram aparentemente de pouco valor. Ao virem os exércitos dos caldeus pela terceira e última vez para sitiar Jerusalém, foi-se a esperança de todos. Jeremias predisse total ruína. Em virtude de sua insistência para que se rendessem, finalmente ele foi levado à prisão. Mas Deus não deixou em irremediável desespero o fiel remanescente que ainda estava na cidade. Mesmo quando Jeremias foi mantido sob severa vigilância pelos que desprezavam suas mensagens, vieram-lhe novas revelações concernentes à disposição do Céu para perdoar e salvar, revelações que têm sido uma infalível fonte de conforto para a igreja de Deus desde aquele tempo até hoje” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 466).

Considere a expressão: “[a] disposição do Céu para perdoar e salvar”. Pense nas maneiras pelas quais foi mostrada a “disposição do Céu para perdoar e salvar”. Afinal de contas, só a cruz já bastaria para nos mostrar essa disposição. Recebemos o Espírito de Profecia, um dom maravilhoso. Quais são outras maneiras pelas quais vemos a “disposição do Céu para perdoar e salvar”?

Perguntas para reflexão

1. “[As pessoas se aproximaram] do profeta Jeremias e lhe disseram: ‘Por favor, ouça a nossa petição e ore ao Senhor, ao seu Deus, por nós e em favor de todo este remanescente; pois, como você vê, embora fôssemos muitos, agora só restam poucos de nós’” (Jr 42:2, NIV). O que esse verso e a mensagem de Jeremias 23:3 dizem sobre o tema do remanescente?

2. As histórias foram escritas como exemplos para nós (1Co 10:11). O triste é que muitas das pessoas daquela época pensavam estar fazendo a coisa certa. Que advertência isso traz para nós? Podemos estar cegos quanto à nossa verdadeira condição espiritual? De que maneira podemos lidar com isso? Por que devemos manter a cruz no centro desse processo?

Respostas sugestivas: 1. Josias destruiu os altares e os ídolos; posteriormente, fez uma aliança pessoal com o Senhor, comprometendo-se a obedecer de todo o coração aos Seus mandamentos; então, levou o povo a também aderir a essa aliança. 2. O rei promovia a adoração de outros deuses, não pagava o salário dos trabalhadores e só pensava na sua ganância, em derramar sangue inocente, em violência e extorsão. 3. Deus disse que, após os 70 anos, olharia para eles e tornaria a trazê-los ao seu país; tinha para com eles pensamentos de paz e não de mal, para lhes dar o fim que desejavam; eles O buscariam e Ele os ouviria, quando O buscassem de todo o coração. 4. Zedequias não se humilhou diante do profeta Jeremias, o qual lhe falava da parte do Senhor; tornou-se muito obstinado e não quis voltar para o Senhor. Princípios da apostasia: O povo agia segundo todas as abominações dos gentios; estavam imitando o mundo em vez de ser um exemplo às nações. 5. A pergunta não é explícita, mas, em vista da situação, o rei queria saber se devia se submeter a Babilônia ou lutar contra ela. Ele queria que Jeremias dissesse o que ele queria ouvir e, como não foi isso que ocorreu, ele não atendeu ao que o profeta disse, como o próprio Jeremias havia predito que ocorreria. 6. Os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém, sendo que a maior parte do povo foi levada cativa para Babilônia. 7. Deus recolheria o restante de Suas ovelhas das terras para onde haviam sido levadas, e as traria de volta para sua terra. Levantaria pastores para apascentá-las e um Rei que executaria juízo e justiça, e em cujos dias o povo habitaria seguro.

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[disponivel em=”2015-10-09″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de outubro de 2015″]

Texto-Chave: 2Cr 34:1, 2; Jr 22:11, 12, 18, 19; 29:1, 2; 2Cr 36:11-14; Jr 23:3

O aluno deverá:

Conhecer: A trágica história dos últimos reis de Judá e saber que, após a morte de Josias, o último rei bom, as coisas foram de mal a pior.

Sentir: A completa frustração que Jeremias deve ter sentido (e Deus também) quando esses últimos reis desrespeitaram continuamente as advertências divinas.

Fazer: Decidir ser parte do povo remanescente de Deus, sobre o qual Jeremias profetizou em sua época e que também é mencionado nas profecias referentes ao fim dos tempos.

Esboço

I. Conhecer: As lições da história dos reis

A. Por que houve um contraste tão nítido entre Josias e os últimos quatro reis de Judá? Em que Josias acertou, e em que os outros erraram?

B. Zedequias tentou ficar bem com o Egito e com Babilônia. Há momentos na vida em que devemos buscar estar em paz com todos? Explique sua resposta.

II. Sentir: Completa frustração

A. Como você reage quando as coisas parecem ir de mal a pior em sua vida?

B. Devemos continuar compartilhando Cristo com as pessoas ao nosso redor, mesmo que elas nos ridicularizem constantemente?

III. Fazer: Decidir ser parte do povo remanescente de Deus

A. Deus conservou um remanescente no tempo de Jeremias. Como podemos ser parte do remanescente de Deus em nossa época?

B. Qual é a sensação de fazer parte da igreja remanescente, a última igreja da História?

RESUMO: Há um nítido contraste entre o último rei bom, Josias, e os quatro últimos reis de Judá, que foram maus. Manobras políticas, idolatria e injustiça social levaram à destruição de Jerusalém, em 587/6 a.C. Contudo, Deus prometeu conservar um remanescente, o que constitui uma mensagem de esperança para nós hoje, no fim dos tempos.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Jeremias 34:6, 7, 21, 22

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Chega uma hora em que Deus age, e então colhemos os resultados das decisões erradas que se acumularam ao longo de muito tempo. A destruição de Judá e de Jerusalém por Nabucodonosor, de Babilônia, é um bom exemplo do que acontece quando ignoramos constantemente as mensagens de advertência que Deus nos envia.

Para o professor: Nabucodonosor, de Babilônia, foi três vezes a Jerusalém: em 605 a.C., quando levou Daniel e seus amigos como reféns; em 598/7 a.C., depois que Jeoaquim se rebelou contra Babilônia e estabeleceu aliança com o Egito. Nabucodonosor sitiou Jerusalém, mas Jeoaquim morreu antes que os babilônios tomassem a cidade. Seu filho Joaquim reinou durante apenas três meses e foi deportado para Babilônia por Nabucodonosor, que instituiu, então, o último rei de Judá, Zedequias. Então o mesmo cenário se repetiu: Zedequias fez aliança com o Egito (Jr 37:6-10; 38:14-28) contra a Babilônia, e Nabucodonosor marchou contra Judá, destruindo todas as cidades do país ao longo de seu trajeto (Jr 34:7) e, finalmente, sitiando Jerusalém. Mas dessa vez sua paciência havia se esgotado. Ele arrasou completamente a cidade e o templo, cuja destruição é vividamente descrita no Salmo 74:1-8. A discussão em classe pode começar abordando a tragédia das más decisões repetidas pelos governantes de Jerusalém, e depois passar para o aspecto pessoal, abordando a frequência com que nós mesmos temos nos rebelado contra Deus.

Discussão de abertura

Durante grande parte da história do Antigo Testamento, Laquis foi a segunda cidade mais importante de Judá, atrás apenas de Jerusalém. Era cercada por vinhas e se erguia acima de um dos vales que davam acesso a Jerusalém para quem vinha do sul de Judá e do Egito. A arqueologia proporcionou um raro vislumbre dos últimos dias do reino de Judá, da época em que Nabucodonosor estava marchando para Jerusalém a fim de destruí-la. Em 1935, John Starkey escavou a camada correspondente à destruição causada pelos exércitos de Nabucodonosor em Jerusalém, e, entre os escombros que cobriam o piso de uma sala da guarda, situada num grande portão que dava acesso à cidade, foram encontrados vários cacos de cerâmica com inscrições (óstracos), que se tornaram conhecidos como as Cartas de Laquis. Eles descrevem dramaticamente os momentos finais do reino do sul, na época em que Nabucodonosor estava destruindo sistematicamente todas as cidades importantes e só restava Jerusalém. Na Carta IV lemos: “Que [meu senhor] saiba que continuamos aguardando os sinais de fogo de Laquis.” A carta foi possivelmente enviada de Jerusalém por um vigia que estava procurando desesperadamente algum sinal de vida vindo de Laquis, que teria sido transmitido por sinais de fogo feitos à noite.

É provável que não tenha havido resposta à carta, pois ela foi encontrada entre camadas de cinzas que estavam por cima de vasos para armazenamento e de pontas de flechas babilônicas. Deus estava executando juízo sobre Judá e Jerusalém, e seu templo seria destruído em seguida. Como entendemos o fato de um Deus de amor enviar babilônios para julgar Seu povo?

Compreensão

Para o professor: A grande pergunta é: Como foi possível que Judá, dentro de um curto espaço de tempo, depois de passar pelas reformas religiosas e da leitura da Lei, em 621 a.C., sob o governo de Josias (ver 2Cr 34), tenha caído na profunda idolatria e nas manobras políticas de Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, as quais selaram a sorte de Judá e trouxeram o juízo divino, executado pelos babilônios?

Comentário Bíblico

Há vários conceitos teológicos importantes na lição desta semana: o juízo divino, a rebelião humana e o remanescente de Deus.

I. De Josias até o juízo (Recapitule com a classe 2 Crônicas 34:30-33 e Daniel 1:2.)
As reformas religiosas de Josias foram motivadas pelo encontro casual do livro da lei durante as reformas do templo, em 621 a.C., cinco anos depois de Jeremias ter sido chamado para ser profeta. O “Livro da Lei” (2Cr 34:15) poderia se referir aos cinco livros de Moisés, o Pentateuco; mas torah é um conceito muito mais amplo do que apenas uma referência aos dez mandamentos. A torah é a história dos graciosos atos de Deus na esfera humana, que são comunicados por meio da história e da instrução (Sl 1, 19 e 119). Assim, a leitura do “Livro da Lei” trouxe a Josias a dolorosa compreensão de que Judá estava muito longe do que Deus havia planejado que a nação fosse, e que o juízo era iminente.

Contudo, o juízo divino iminente foi adiado por causa das reformas de Josias, e só foi executado na época de seus sucessores (2Cr 34:23-28). Quando Nabucodonosor foi a Jerusalém pela primeira vez, em 605 a.C., o livro de Daniel descreve sua conquista como ato divino de juízo: “O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim” (Dn 1:2). Do ponto de vista bíblico, Deus estava ativamente envolvido na execução do juízo em Judá, usando os babilônios como instrumentos de Sua ira.

Pense nisto: Para muitas pessoas, a imagem de Deus ativamente envolvido na execução do juízo não é uma ideia confortável. Como podemos entendê-la e integrá-la ao conceito de um Deus amoroso?

II. Repetida rebelião (Recapitule com a classe Jeremias 22:1-19.)

Ao se aliarem com o Egito e quebrarem o juramento de lealdade que haviam feito aos babilônios, Jeoaquim e Zedequias se rebelaram contra Nabucodonosor, o instrumento do juízo divino. Mas essas manobras políticas somente demonstravam a contínua rebelião deles contra Deus.

É interessante estudar os sintomas de sua rebelião. Havia injustiça social, através da opressão dos necessitados e da exploração dos pobres, enquanto os ricos viviam no luxo. Havia também idolatria, por meio da instituição de ritos pagãos no templo. É interessante notar que a injustiça social e a idolatria foram as duas principais esferas de rebelião às quais os profetas do Antigo Testamento se referiram muitas vezes. Esses dois pecados acabaram levando ao exílio.

Pense nisto: Qual é a importância da justiça e da ação social na vida do cristão? E quanto à idolatria atual? Como essas duas áreas ainda representam a rebelião da humanidade contra Deus?

III. O remanescente (Recapitule com a classe Jeremias 23:1-8.)

Mesmo quando, após séculos de graça prolongada e de advertências proféticas, Deus executa juízo, Ele o mistura com a mensagem de graça e esperança. Essa é a mensagem do remanescente, um tema que aparece ao longo dos livros da Bíblia. Desde o dilúvio até à última igreja da História, sempre houve um remanescente.

Em nítido contraste com o tema do remanescente, a metáfora dos pastores ímpios, em Jeremias 23:1-4, demonstra o quanto a liderança de Judá havia se distanciado do ideal de Deus. Em vez de pastorear o rebanho, eles o “dispersaram” (v. 2, NVI), o que indica que o exílio iminente viria como resultado do abuso de poder da parte deles.

É interessante que o segundo verbo, no verso 2, traduzido como “expulsaram” (NVI), tem as conotações de “desviar alguém” ou “seduzir alguém religiosamente”, e é usado dessa forma em Deuteronômio 13:13. Contudo, no verso 3, há uma bela mudança de juízo para salvação, pois Deus, o divino Pastor, preservará e ajuntará um remanescente, e os fará “voltar aos seus apriscos”.

Mas o remanescente de Israel, após o retorno do exílio, será dirigido por uma nova forma de governo, o Rei-Pastor, o “Renovo justo”. Essa bela promessa messiânica encontra seu cumprimento escatológico (note o indicador escatológico nos versos 5 e 7: “eis que vêm dias”) em Jesus Cristo, que conduzirá Sua igreja remanescente em segurança até o fim dos tempos. O remanescente está centralizado em Cristo.

Pense nisto: Quais são as características do remanescente bíblico? Como essas características podem ser refletidas em nossa vida?

Aplicação

Para o professor: A rebelião contra Deus (frequentemente expressa por meio da conduta ética errônea e da idolatria) continua sendo uma triste realidade no século 21, tanto quanto ocorreu no tempo de Jeremias, mesmo que os juízos de Deus não sejam tão tangíveis e imediatos como nos tempos bíblicos. É importante contextualizar essas questões com a classe de forma que elas sejam aplicáveis à nossa vida. Contudo, a esperançosa mensagem do remanescente precisa ser colocada em primeiro plano na mente dos alunos.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. De que forma os sintomas da rebelião de Judá (conduta ética errônea e idolatria) se refletem em nossa cultura e em nossa sociedade?

2. O que significa pertencer ao remanescente de Deus, isto é, à última igreja da História?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Grande parte das mensagens proféticas do Antigo Testamento denunciam a injustiça social, e a conduta ética errônea serve como indicador da verdadeira espiritualidade. A atividade da classe deve proporcionar uma oportunidade para que os alunos cultivem ações solidárias.

Atividades em classe

1. Pensem num projeto social que satisfaça as necessidades de um dos grupos vulneráveis dos quais Jeremias falou: pobres, necessitados, viúvas, estrangeiros e órfãos. Poderíamos facilmente ampliar essa lista (por exemplo, mães solteiras, prisioneiros, dependentes químicos, etc.). O ideal é que esse não seja um projeto realizado uma única vez, mas que se torne parte regular das atividades da classe.

2. Apresentem um relatório das atividades de vocês para a igreja e animem outras classes a assumir desafios semelhantes. Observem de que forma esse tipo de atividade missionária afeta o programa evangelístico da igreja e os batismos.

Atividades individuais

1. Convide os membros da classe a separar tempo no sábado à tarde para escrever sua própria história de vida, mostrando como, por tantas vezes, Deus lhes estendeu Sua graça.

2. Encoraje os membros da classe a falar com alguém (um familiar, colega de trabalho ou amigo) sobre o contraste entre a religião verdadeira e a falsa. Convide-os a contar essa experiência no próximo sábado.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

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[cv_toggle title=”COMENTÁRIO – Pr. Ozeas Caldas Moura” tags=””]

[disponivel em=”2015-10-09″ ate=”2015-12-25″ mensagem=”Disponível a partir de 9 de outubro de 2015″]

Nesta semana veremos como agiram os cinco reis que governaram Judá durante o ministério de Jeremias, sendo que só o primeiro, Josias, foi rei piedoso, do qual é dito que “fez o que era reto perante o Senhor” (2Rs 22:2). Dos outros quatro (Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias) é dito a mesma coisa: “Fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:32, 37; 24;9, 19). Esse veredito indica que esses quatro últimos reis de Judá desconsideraram a Palavra do Senhor, foram idólatras e oprimiram o povo. Esses reis pareciam totalmente destituídos de arrependimento por seus atos, mesmo quando se tornou cada vez mais claro que eram seus atos que estavam trazendo as calamidades que o Senhor, através de Jeremias, havia advertido que viriam.

Nunca tinha sido intenção de Deus dar um rei a Israel. Quando chegarmos à conclusão da lição desta semana, entenderemos melhor a razão para isso. Conheceremos também a forte pressão que o pobre Jeremias enfrentou durante grande parte de seu ministério, cujo valor não foi reconhecido.

I. O governo de Josias

Josias foi o décimo sexto rei a governar no reino do sul. Ele se tornou rei com a idade de oito anos, após mais de meio século de declínio moral e espiritual sob o governo de seu pai Amom e de seu avô Manassés, dois dos reis mais ímpios de Judá. O reinado de Josias durou 31 anos (640-609 a.C.). Diferentemente de seus ancestrais, porém, Josias fez “o que era reto perante o Senhor” (2Rs 22:2), apesar do ambiente que atuava contra ele.

A reforma efetuada por Josias, mencionada em 2 Crônicas 34 e em 2 Reis 23, consistiu em dois componentes principais: primeiro, a remoção de toda e qualquer coisa alusiva à idolatria; isto é, ele trabalhou para acabar com as más práticas que haviam surgido no país.

Mas esse foi só o primeiro passo. A ausência de práticas más ou errôneas não significa que automaticamente ocorrerão boas práticas. O segundo componente foi que, após ouvir a leitura do livro da lei, o rei fez uma aliança diante do Senhor para “guardarem os Seus mandamentos, os Seus testemunhos e os Seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro” (2Cr 34:31).

É lamentável que o rei Josias acabou entrando em uma guerra que não tinha a ver com ele nem com o reino de Judá. Ao tentar interceptar o Faraó Neco, que subia rumo à cidade de Carquemis (2Cr 35:20-27), Josias foi morto pelo exército egípcio, no vale de Megido, aos 39 anos! Isso mostra que Deus não tira as consequências das decisões que tomamos. Foi o que aconteceu com o rei Josias.

II. Joacaz e Jeoaquim: outro declínio

Joacaz (também conhecido como Salum) tinha 23 anos de idade quando sucedeu seu pai no trono. Seu reino durou apenas três meses, no ano 609 a.C. Faraó o substituiu por seu irmão porque Joacaz provavelmente não fosse favorável à política egípcia. Joacaz foi levado para o Egito, e ali morreu (ver 2Cr 36:4; 2Rs 23:31-34). Mesmo tendo reinado apenas três meses, é dito que Joacaz “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:32). Quando o rei, como líder máximo do povo, fazia “o que era mau”, isto é, idolatria, tirania e injustiça, o povo geralmente imitava seu líder. A verdade é que o povo dificilmente será melhor que seus líderes.

O rei que veio após Joacaz foi Jeoaquim, que reinou onze anos: de 609 a 598 a.C., acerca do qual também é dito que “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 23:37). Ele era filho de Josias. Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, ele amarrou Jeoaquim “com duas cadeias de bronze, para o levar à Babilônia” (2Cr 36:6), juntamente com alguns vasos do templo (36:7). Só que Jeoaquim nunca chegou em Babilônia. Talvez tenha morrido devido aos maus tratos na caminhada em direção à Babilônia. Note que o profeta Jeremias havia predito que Jeoaquim morreria fora das portas de Jerusalém e que seria “sepultado como um jumento” (Jr 22:18, 19). Jeremias novamente advertiu o povo de que seu novo rei estava guiando a nação por um caminho errado (Jr 22:1-19).

Por meio de Jeremias, o Senhor dirigiu palavras incisivas a esse rei corrupto e ambicioso. Jeoaquim foi um rei opressor e ganancioso que aplicou pesados impostos a Judá (2Rs 23:35) a fim de pagar aos egípcios. Pior ainda, usando trabalhos forçados, fez construções sofisticadas em seu próprio palácio, em desafio à Torah, que tinha instruções claras quanto ao pagamento das pessoas por seu trabalho: “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã” (Lv 19:13). Além disso, diferentemente de Josias, seu pai, Jeoaquim permitiu que ritos pagãos florescessem novamente em Judá.

Jeremias 22:16 é uma passagem forte. No contexto da comparação entre o corrupto Jeoaquim e seu pai, Josias, o Senhor lhe disse: “Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e, assim, tudo corria bem. Não é isso que significa conhecer-Me?” (NVI). Em outras palavras, o verdadeiro conhecimento de Deus se manifesta na nossa maneira de tratar os necessitados; quando saímos de nós mesmos para beneficiar aqueles que, na verdade, não podem fazer nada por nós em retribuição. Vemos nesse episódio, bem como ao longo de toda a Bíblia, a preocupação do Senhor com os pobres e os indefesos, e nossa obrigação de ajudar os que não podem ajudar a si mesmos.

III. O curto reinado do rei Joaquim de Judá

O décimo nono rei de Judá foi Joaquim, filho de Jeoaquim. Ele ocupou o trono de Davi apenas por cerca de três meses e meio, e “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 24:9). Em 598 a.C. Nabucodonosor levou suas tropas para Jerusalém e capturou o rei, que tinha 18 anos, sua mãe, suas esposas e muitos outros cativos reais. Em 597 a.C., esse jovem rei foi levado cativo à Babilônia. Em 561 a.C., no trigésimo sétimo ano de seu cativeiro, Joaquim recebeu misericórdia de Evil-Merodaque, sucessor de Nabucodonosor. Foi-lhe concedido o direito de tomar refeições com o rei da Babilônia e permissão para usar suas vestes reais (2Rs 25:27-30; Jr 52:31-34). Seus filhos também estavam em Babilônia com ele, mas a profecia de Jeremias declarava que eles teriam que renunciar ao trono de Davi.

Um dos mais famosos versos da Bíblia diz assim: “‘Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jr 29:11, NVI). Temos ali o contexto imediato: Por meio de Jeremias, o Senhor falou aos cativos de Judá que haviam visto a destruição do reino de Judá pelos conquistadores babilônios. Contudo, por mais deplorável que parecesse a situação, o Senhor desejava que eles soubessem que Ele ainda os amava e tinha em mente apenas seu bem. Sem dúvida, considerando as horríveis circunstâncias, eles devem ter recebido alegremente essas palavras promissoras e esperançosas. O conforto foi que Deus cuidaria deles e, depois de setenta anos de cativeiro, eles voltariam à terra de Judá novamente (Jr 29:10).

IV. No fim do beco sem saída: Zedequias

Zedequias (também conhecido como Matanias) assumiu o trono com a idade de 21 anos, tendo sido colocado ali por Nabucodonosor como rei-fantoche. Infelizmente, como os versos dizem, ele não havia aprendido lições com o que havia acontecido com os reis anteriores e, consequentemente, trouxe ruína ainda maior à nação. A exemplo dos reis anteriores, ele também “fez o que era mau perante o Senhor” (2Rs 24:19).

A passagem de 2 Crônicas 36:14 apresenta um ponto muito profundo que, em muitos aspectos, estava no âmago da apostasia deles. Em meio à lista de todo o mal praticado sob o reinado de Zedequias, é dito que Judá estava seguindo “todas as abominações dos gentios”.

Em numerosas ocasiões, o Senhor tinha deixado claro que a nação de Judá devia se submeter ao governo de Babilônia e que aquela conquista era uma punição pela iniquidade deles. Zedequias, contudo, se recusou a ouvir, e formou uma aliança militar contra Nabucodonosor. Israel confiou muito na esperança de uma vitória militar egípcia, mas Nabucodonosor foi vitorioso sobre o exército de Faraó em 597 a.C. Essa derrota selou permanentemente o destino de Jerusalém e da nação. Apesar de tantas oportunidades para se arrepender, fazer uma reforma e experimentar um reavivamento, Judá se recusou a mudar.

V. O remanescente

Em 586 a.C., o reino de Judá caiu nas mãos de Nabucodonosor. A cidade de Jerusalém foi queimada, incluindo seu belo templo. E ocorreu a última deportação dos habitantes do reino de Judá. O rei Zedequias foi capturado, sendo que a última cena que presenciou foi a degola de seus filhos. Depois disso, foi cegado e levado à Babilônia (Jr 39:6, 7).Tudo aconteceu exatamente como Deus lhes havia advertido que ocorreria. Por mais que não desejassem crer nas advertências, depois que tudo se cumpriu, tiveram que reconhecer sua veracidade. Quem já não experimentou, até mesmo na vida pessoal, algo semelhante? Somos advertidos pelo Senhor de que não devemos fazer determinada coisa, sob pena de colher más consequências, mas desobedecemos e, certamente, acontece o que havia sido dito que aconteceria.

Depois de 586 a.C., do ponto de vista humano, tudo parecia perdido para os israelitas: sua nação estava em ruínas, seu templo estava destruído, seus governantes haviam sido exilados e estavam em cativeiro e a cidade de Jerusalém era um montão de pedras. A nação judaica e o povo judeu, naquele momento, deviam ter desaparecido da História, como aconteceu com tantas outras nações que passaram por experiências similares ao que ocorreu com Judá. O Senhor, porém, tinha outros planos para os cativos judeus. Ele lhes deu a esperança de que nem tudo estava perdido, mas que sobraria um remanescente que voltaria, e através dele as promessas se cumpririam (Jr 23:2-8). Isto é, em meio a todas as advertências de juízo e destruição, os profetas também deram ao povo sua única esperança.

Apresentação do autor dos comentários:

1. Ozeas Caldas Moura é natural de Rubiataba-GO, e nasceu em 15 de agosto de 1955. É Bacharel em Teologia, pelo Educandário Nordestino Adventista (ENA), Licenciado em Letras, pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB – campus de Santo Antônio de Jesus, BA), Pós-graduado em Língua Portuguesa, pelas Faculdades Integradas Severino Sombra (FISS), em Vassouras, RJ, Mestre em Teologia Bíblica, pelo SALT-UNASP, Mestre em Teologia Bíblica, área do Novo Testamento, e Doutor em Teologia Bíblica, área do Antigo Testamento, cursados na PUC do Rio de Janeiro. É Pós-doutor em Teologia Sistemática, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, MG. Foi pastor distrital por doze anos. Trabalhou por três anos como redator na Casa Publicadora Brasileira (2007-2009), além de ter lecionado Teologia por nove anos no SALT-IAENE (1990-1995 e 2003-2005 – atuando neste último período também como diretor do SALT-IAENE), e por dez anos no UNASP-EC (1999-2002 e 2010 até o momento). Foi coordenador do curso de Teologia do UNASP por três anos (2012-2014). Atualmente é o coordenador da Pós-graduação em Teologia do SALT-UNASP, e professor de disciplinas na área de Antigo Testamento nessa mesma instituição. É membro do International Board of Ministerial and Theological Education (IBMTE), órgão do Departamento de Educação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. É casado com a Profa. Jane Cleide Casa Branca Moura. Tem duas filhas e um neto.

Revisão: Josiéli Nóbrega

Sugestões e dúvidas devem ser encaminhadas ao editor responsável: andre.oliveira@cpb.com.br

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Comentário 03 – PDF / WORD

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