Terça-feira
23 de julho
O peixe-boi
Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o Meu santo monte, pois a Terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar. Isaías 11:9

peixe-boi mais parece um balão lustroso, quase negro, à exceção da barriga que apresenta uma mancha clara. Não parece ter pressa. Seu coração bate cerca de 40 vezes por minuto. E quando se assusta, ao contrário do que acontece com as pessoas, a frequência cardíaca cai para oito batimentos por minuto. Isso é uma defesa, pois, ao mesmo tempo, ele diminui o consumo de oxigênio, podendo ficar mais tempo, cerca de 15 a 20 minutos, escondido sob a água. Em condições normais, precisa subir à tona a cada três minutos para respirar. Então dá para ver as duas “janelinhas” que se abrem e liberam a entrada de oxigênio pelas narinas.

Quando as águas do rio baixam muito e a alimentação escasseia, o peixe-boi passa o período da seca em jejum, utilizando como fonte de energia a gordura acumulada na época das cheias. Um hábito para o qual não se tem ainda uma explicação lógica é o fato de nessas ocasiões o animal encher a barriga de terra, lodo e outros detritos do fundo do rio. Um olhar rápido, e imediatamente se percebe que o peixe-boi não serve para este mundo. Ele não é daqui. Grandalhão (mede cerca de três metros e pesa até 400 quilos), lento e inofensivo como um boi manso, passa horas pastando, comendo a vegetação das águas rasas.

Isso é tudo o que o homem, o predador dos predadores, quer. O peixe-boi, tanto o da água doce como o marinho, vem sendo dizimado há séculos. Somente na Amazônia, entre 1935 e 1954, mais de 200 mil animais foram mortos. A mamãe peixe-boi tem gravidez demorada: um ano. Depois, ela fica dois anos amamentando. Isso significa que ela só consegue engravidar a cada três anos, se tudo correr bem.

Apesar de todos os esforços que estão sendo feitos, o pobre animal ainda corre o risco de desaparecer do mapa. Se o peixe-boi pudesse pensar, certamente estaria ansioso para que chegasse o dia da volta de Jesus, porque então ele saberia que poderia viver em paz. Na Nova Terra não haverá caçadores de animais. Ninguém vai arpoar um peixe-boi, ou matá-lo a pauladas para vender sua pele ou comer sua carne. Ele pastará em águas limpas e tranquilas, sem riscos. Você já pensou como será viver em um lugar assim? Nadar ao lado dessa “boia” viva e explorar com ela o fundo do Rio da Água da Vida?