Domingo
13 de julho
UM RETRATO DO NOSSO TEMPO
Vocês sabem interpretar a aparência da terra e do céu, mas não sabem discernir esta época? Lucas 12:56

Quando o século 20 começou, muitos pensavam que esse novo tempo seria a concretização de todos os sonhos da modernidade. Mas o otimismo durou pouco. As duas grandes guerras, os problemas ecológicos e a bomba atômica foram apenas alguns dos problemas recém-surgidos e nunca antes imaginados. Quem poderia, em meio ao fervor do otimismo moderno, imaginar uma destruição como a de Hiroshima e Nagasaki?

O ser humano descobriu que não tinha o controle de seu destino. A mesma ciência que se libertara do poderio medieval, salvando vidas, era então usada para matar milhares de pessoas de uma só vez. Foi assim que nasceu a pós-modernidade, colocando em questionamento o otimismo dos anos anteriores.

Já no final do século, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmou que Deus havia morrido. Sua estranha afirmação era uma forma de ilustrar o rompimento entre o ser humano e os valores religiosos. Deus Se tornara cada vez menos frequente nos discursos da humanidade, de modo que parecia morto no pensamento das pessoas, que não se importavam mais com Sua existência. Mais tarde, porém, entendeu-se que, mais do que ter “brigado com Deus”, a humanidade tinha se divorciado de quase tudo que é ético e perdido a maioria dos seus valores existenciais.

Então veio o século 21, e novamente vemos o mundo mudando. A sociedade mais uma vez questiona os últimos padrões de moralidade que sobraram do século 20. Em alguns casos, e muitas vezes em nome do “progresso”, práticas e normas antes aceitas como boas e “cristãs” passaram a ser substituídas por práticas e discursos politicamente corretos que formam as “novas regras”.

O desafio para os cristãos é olhar tudo isso com sabedoria, tendo a Bíblia como inegociável regra de fé e prática. Devemos manter sempre o dedo no pulso dos acontecimentos, não por motivos ingênuos ou sensacionalistas, mas para sermos verdadeiros intérpretes da história. Somente assim perceberemos o ponto em que estamos e para onde caminhamos. Que a nova Terra seja o nosso destino, e o evangelho, a nossa bandeira.