Você sabia que igrejas na Europa estão se tornando ambientes de farra, bebedeira e prostituição? Catedrais históricas estão se transformando em cassinos, bares, escritórios, danceterias e centros de bilhar. Na música, o DJ substituiu o regente e o hino deu lugar à balada.
Dessas igrejas em declínio, aquelas que ainda mantêm alguma liturgia são as que foram alugadas por imigrantes ou se transformaram em mesquitas. A questão é quanto tempo resistiremos até que essa realidade seja vista por aqui.
Paulo falou da apostasia vindoura (1Ts 2:3), que seria a deserção dos princípios da fé. Mas como ocorre esse abandono? De modo lento e gradual. A abreviação do tempo mencionada em Apocalipse 12:12 deixa o diabo irado, mas não afoito. Seu objetivo é fisgar a presa no momento certo.
A Bíblia diz: “Bem-aventurado é aquele que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1). Veja as etapas: andar, deter-se e assentar-se. Não é na primeira tentativa que o diabo convence alguém a ser um escarnecedor; ele vai aos poucos.
Na história dos hebreus, vemos que tudo começa com a murmuração e a tolerância ao pecado. Essa disposição mental transformou a travessia de 40 dias em uma jornada de 40 anos. Eles saíram do Egito, mas o Egito não saiu deles. Mais tarde, pediram um rei para serem iguais aos vizinhos pagãos. Por fim, negligenciaram a profecia a ponto de não perceberem a chegada de Jesus.
Vemos com tristeza a história se repetindo hoje. De acordo com o professor Ricardo Mariano, o crente da atualidade deseja ser menos minoritário, menos sectário, menos distintivo e mais dotado de legitimidade social, independência religiosa e adequação ao mundo. Esse perfil condiz com uma perigosa perda de identidade, que resulta em apostasia.
Felizes são aqueles que, em meio à apostasia, tomam a mesma decisão de Josué: “Eu e a minha casa serviremos o Senhor” (Js 24:15).