Quarta-feira
23 de julho
O SEGREDO DOS POMBOS
Depois, Noé soltou uma pomba para ver se as águas já tinham diminuído na superfície da terra. Gênesis 8:8

Na noite de 8 de abril de 1941, um bombardeiro da Força Aérea Real britânica decolou de Newmarket, a base responsável por enviar agentes da inteligência ao território inimigo. Com informações ultrassecretas, os militares foram lançados de paraquedas na fronteira franco-belga.

O curioso é que os espiões altamente treinados eram pombos-correios, que iniciaram uma operação secreta de três anos e meio que favoreceu a vitória dos aliados contra os nazistas. As aves eram colocadas em contêineres e lançadas de paraquedas no solo europeu, levando consigo informações secretas, questionários e até requisições militares.

Os batalhões em solo recolhiam os contêineres, amarravam novas mensagens ao corpo das aves e as soltavam de volta. Os pombos então sobrevoavam as bases inimigas até chegarem ao Reino Unido. O objetivo era coletar informações de pessoas que viviam sob a ocupação nazista.

De fato, os pombos foram verdadeiros heróis de guerra. Mas qual foi o segredo? Não falo da mensagem que levavam, mas o fato de voltarem para casa. É que eles possuíam um GPS instintivo apontando para o lugar de onde tinham saído.

Um pombo desses pode ser solto a milhares de quilômetros de sua origem e, ainda assim, volta para casa. Pode receber comida e ser bem tratado, mas ele sabe que ali não é seu lar. Por isso, ele retorna.

Também somos assim. Por melhor que seja nossa vida, temos uma intuição de que este mundo de problemas não é nosso lar. Independentemente de crenças, valores ou questionamentos, todos temos, à semelhança dos pombos, um desconforto, até que cheguemos à nossa verdadeira morada. Segundo a Bíblia, nós nascemos para a eternidade.

É curioso observar que dos 16.554 pombos soltos pelos soldados, 100% procuraram o rumo de casa. No entanto, muitos “pombos-humanos” preferem continuar no campo de batalha. Eles se esqueceram do paraíso e não fazem esforço para regressar. O instinto das aves parece ser mais sábio do que o raciocínio de alguns humanos. Isso seria até engraçado, se não fosse tão trágico.