Sexta-feira
25 de julho
QUANTO VALEMOS?
Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. Efésios 2:10

Conta-se que um professor resolveu fazer alguns cálculos com seus alunos para verificar quanto valia o corpo humano. Então, ele começou a listar os itens na lousa: “Nosso corpo é composto de cerca de 30 litros de sangue e água, temos gordura suficiente para fazer sete barras de sabão, carvão para várias dezenas de grafites de lapiseira, ferro o bastante para fabricar um prego de tamanho médio, cal suficiente para pintar um pequeno galinheiro e enxofre em quantidade razoável para livrar um cachorro de suas pulgas. Valor final: aproximadamente 500 reais.”

Ainda que essa quantia não seja exata, o fato é que valemos bem pouco se observarmos apenas os critérios físicos. Se somarmos a tinta, a tela e a moldura que compõem a Mona Lisa, também não chegaremos a um preço extraordinário. O que torna esse quadro único e inestimável é o traço de Leonardo da Vinci, que a produziu.

Assim também é conosco. Não é nosso rosto ou nossa aparência física que nos atribui qualquer valor intrínseco – afinal, tudo isso um dia perecerá. É a impressão digital do Criador que confere a esse pedaço de barro modelado um preço incalculável, capaz de custar o sacrifício de Jesus.

É por isso que a visão bíblica do ser humano é incrivelmente superior a qualquer outra. Qualquer valorização humana que não leve em conta a criação no Gênesis e a redenção no evangelho será meramente convencional. É como uma roupa da moda que hoje é chique e amanhã se torna brega. Reduzir a consciência a sinapses cerebrais ou a espiritualidade a uma mera questão emotiva é falhar em compreender nossa verdadeira essência.

No ato criador, Deus estabeleceu uma diferença fundamental entre os animais e o ser humano. Os animais foram criados segundo a sua espécie pelo poder de Sua palavra, já os seres humanos foram modelados pelo toque do Seu amor, esculpindo carinhosamente o corpo de ambos e colocando neles a Sua imagem.

Isso significa que Deus implantou em nossos primeiros pais os atributos comunicáveis de Seu caráter, conferindo-lhes a imagem divina. Isso também pertence a nós. Ter a consciência dessa origem maravilhosa é ser estimulado constantemente a retornar ao Éden, onde tudo começou.