Uma mulher, viúva, pobre e desprezada, entrou discretamente no templo. A Bíblia não nos fornece informações a respeito da identidade dela, mas seu exemplo foi tão poderoso que Deus quis que ele fosse preservado em Sua Palavra para as futuras gerações de cristãos.
A opinião de Jesus sobre o ato dessa mulher contrariou as expectativas humanas. Ele não exaltou o valor da oferta que ela trouxe, mas a fidelidade dela ao ofertar tudo o que tinha para viver. Os ricos que ali estavam ofertaram apenas parte do excedente de sua renda. A viúva ofertou o seu sustento.
A palavra grega bion, traduzida no verso de hoje como “sustento”, significa primariamente “vida”. Sendo assim, podemos dizer que a viúva ofertou mais do que o valor destinado ao seu sustento, ela também depositou a sua vida.
Alguns podem pensar que a atitude dessa mulher tenha sido exagerada, talvez até um pouco fanática, pois o valor depositado seria capaz de fazer mais por ela do que pelo templo, que era suntuoso e parecia não necessitar de uma oferta tão pequena. Além disso, o sacerdócio da época era corrupto, e os cambistas exploravam os adoradores. Mas nada disso a impediu de ser fiel a Deus.
A lição que podemos extrair desse humilde, mas grandioso exemplo, é que toda oferta genuína envolve sacrifício. O que é entregue pelas mãos é apenas um reflexo do que está no fundo do coração.
Está na hora de pararmos de honrar a Deus apenas com os lábios e passarmos a honrá-Lo também com nossos recursos. A verdadeira adoração envolve todas as esferas da vida.