Como devemos tratar nossos inimigos? Onde está o limite entre a tolerância e a conveniência; entre a paciência e a covardia? No versículo de hoje, Paulo cita o livro de Provérbios, que traz muitos princípios de sabedoria que só funcionarão no momento certo. Não são conselhos universais para qualquer hora.
Provérbios 26:4 e 5 ilustra bem isso, pois, a princípio, diz para não responder ao insensato e, em seguida, diz que, para responder-lhe, é preciso colocá-lo em seu devido lugar. Não se trata de contradição, mas de prudência. É como dizer no inverno: “Vista um agasalho”, e no verão: “Use apenas roupas leves.” Um conselho bom em um ambiente impróprio é como um remédio eficaz para a doença errada.
A ilustração das brasas vem da cultura do Antigo Oriente. Naquele tempo, brasas acesas ou brasas vivas eram uma grande necessidade. Afinal, imagine a dificuldade de acender um fogo! Portanto, uma brasa incandescente ajudava muito, pois era só alimentá-la com gravetos, e logo a chama aparecia.
O fogo obtido seria usado para iluminar, cozinhar e aquecer. Por isso, as brasas eram mantidas acesas em um braseiro e até sua fumaça era útil, pois misturada com incenso produzia um odor agradável, espantando moscas e outros insetos.
Se o dono da casa mantivesse as brasas acesas, ele poderia reavivar o fogo com novas brasas e, se acabassem, poderia ir à casa ao lado e pedir um pouco de brasas acesas. Um vizinho generoso encheria a panela do outro com brasas vivas, e ele voltaria para casa feliz, equilibrando a panela de brasas sobre a cabeça.
É sobre esse ato de generosidade que Paulo está falando. Fazer esse favor a um inimigo seria algo que todos veriam. O que aprendemos disso?
A lição me parece clara. Jamais retribua o mal com o mal. Deus lhe dará sabedoria para agir em situações complicadas, porém nunca tome o caminho do ódio ou da vingança, caso contrário, você será o maior prejudicado. Siga o exemplo de Jesus: ame e perdoe as pessoas.