Um estudo internacional conduzido pelos pesquisadores Abdul Khaleque e Ronald P. Rohner, da Universidade de Connecticut, Estados Unidos, avaliou os efeitos da aceitação e da ausência da figura paterna na formação da personalidade dos filhos. A pesquisa, que durou anos e envolveu mais de 10 mil participantes da infância até a idade adulta, constatou que “o amor do pai contribuiu tanto quanto o amor da mãe, ou até mais, para o desenvolvimento de uma criança”.
“Em meio século de pesquisas internacionais”, relata o doutor Rohner, “nós não descobrimos nenhuma outra classe de experiências que tenha um efeito tão forte e tão consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade quanto a experiência da rejeição, sobretudo a rejeição dos pais na infância”. De acordo com a pesquisa, o impacto da rejeição paterna pode ser ainda maior do que o da rejeição materna. Talvez por isso seja tão importante compreender por que Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai.
Ao menos no Líbano, na Síria, na Palestina e na Jordânia, “aba” é uma das primeiras palavras que um bebezinho aprende a falar. Sua pronúncia é tão simples que até mesmo os pequeninos conseguem balbuciá-la sem dificuldades. Chamar Deus de “Aba” equivale a chamá-Lo de “papá” em português.
Quando o apóstolo Paulo nos ensinou a chamar Deus de “Aba”, ele quis mostrar o profundo nível de intimidade que podemos ter com Ele. Podemos nos aproximar Dele com a mesma confiança e completa dependência que um bebê tem em relação ao seu pai terreno.
A Bíblia nos apresenta o Pai que não aguentou ficar distante e desceu à Terra por meio do Seu Filho unigênito para estar ao nosso lado. Nosso Pai divino conhece intimamente nossos maiores problemas e nos ajuda em nossos maiores dilemas. Ele Se aproxima todos os dias e diz: “Nunca o deixarei; jamais o abandonarei” (Hb 13:5).
Não importa o que tenha acontecido com você, apenas lembre-se de que, como diz o trecho de uma canção, “não há órfãos de Deus”.