Sexta-feira
08 de agosto
O Monte la Soufrière
Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem que lhes falte nada. Tiago 1:4

O ar calmo da manhã era interrompido por risadas e conversas, de vozes jovens e velhas. Nossa família e amigos iriam escalar uma montanha vulcânica de quatro mil pés, o Monte La Soufrière, em São Vicente e Granadinas. A primeira parte da viagem foi em terreno plano, com sua vegetação exuberante regada pela chuva. As flores silvestres pontuavam a vegetação e tornavam a caminhada muito agradável. Subimos facilmente a primeira encosta e comemoramos quando o caminho se nivelou antes da próxima subida. À medida que escalávamos, as encostas iam ficando mais íngremes. Meu irmão, Branson, que trabalhava para o Conselho de Turismo, fez com que os trabalhadores construíssem degraus de madeira nas encostas íngremes e escorregadias, para facilitar a subida. Mas os degraus estavam tão distantes que era preciso dar um passo largo para subir cada um deles. Cheryl, uma das parentes, teve dificuldades e ficou para trás; então, três de nós fomos subindo lentamente com ela. Os homens improvisaram umas bengalas rústicas para nos ajudar. Em um determinado local, o caminho no terreno plano se tornou muito estreito. Estremeci ao olhar para as encostas cobertas de vegetação que pareciam descer para o mesmo abismo escuro de onde vinham os bambus.

Duas horas depois, avistamos o pico, mas a última encosta – com cerca de vinte e três metros de largura – estava coberta de cascalho. Alguns jovens que desciam do pico soltaram grande parte do cascalho, mas com a ajuda das “bengalas”, conseguimos chegar ao topo. Porém, antes de chegarmos, nosso guia nos aconselhou a nos ajoelharmos e rastejarmos até o cume, porque os ventos fortes no topo poderiam nos arrastar para a cratera vulcânica, centenas de metros abaixo. Ele nos permitiu espiar o precipício. Lá estava o lago da cratera, tão calmo e pacífico. Era difícil imaginar que aquilo pudesse se transformar numa força destrutiva.

Subir o Monte La Soufrière é como a jornada cristã. Geralmente, é uma subida ascendente. Às vezes, a estrada é plana e cheia de muitas alegrias e bênçãos. Outras vezes, temos que superar desafios, provações, aflições e tentações. Mas, com a ajuda de Deus, alcançaremos a altura que Ele deseja para nós. Ainda assim, lá no topo, podemos escorregar ou cair, mas Deus, nosso Guia e Protetor, nos manterá seguros até que Jesus venha.

H. Anesta Thomas