Sempre gostei muito da flor-de-merenda e, por isso, há alguns anos, comprei uma muda da árvore na cor rosa-escuro (embora elas também floresçam em branco, roxo e lilás) para colocar em algum lugar do meu jardim. Como não tinha muito espaço, eu não queria que a árvore crescesse demais; por isso, plantei-a num vaso grande. Por cerca de dois anos, ela produziu flores de tamanho médio e eu me consolei com o fato de que a árvore produziria flores maiores à medida que amadurecesse.
Contudo, depois de dois anos, a árvore morreu. Fiquei profundamente decepcionada, mas relutei em jogar fora o tronco da planta, pois parecia ter uma forma tão artística. Daí, tive uma ideia: vou usar esse tronco como suporte para uma trepadeira (planta que “sobe” em algum tipo de apoio e que tem vida útil de uma estação). No primeiro ano, o suporte funcionou muito bem, com a trepadeira produzindo lindas flores vermelhas; mas, no segundo ano, as flores pareciam doentes. Reguei e fertilizei a planta, mas ela continuou com uma aparência ainda mais doente. Por fim, falei sobre o ocorrido com minha vizinha, que é a fitoterapeuta não oficial do nosso quarteirão.
Ao examinar a planta, ela me disse:
– Você não percebe o que aconteceu? A flor-de-merenda ficou com “ciúmes” e não queria que outra planta passasse por cima dela, então ela criou raízes e está viva novamente.
Enquanto escrevo esta história, desfruto das lindas flores que brotaram no tronco da flor-de-merenda.
O apóstolo Paulo, em Romanos 11:11, explica que a salvação que os judeus procuravam tão sinceramente também foi disponibilizada aos gentios, embora os judeus – como indivíduos, mas não como nação – ainda pudessem ser salvos. Essa reviravolta deixou alguns judeus com ciúmes. Visto que nós, como crentes gentios, fomos enxertados na árvore genealógica de Deus, apeguemo-nos firmemente ao que nos foi dado e “provoquemos” um ciúme positivo, encorajando umas às outras a servir a Cristo e a não deixar que “ninguém tome a sua coroa” (Ap 3:11).
Vashti Hinds-Vanier