Era dia 4 de abril e minha mãe estava levando minha irmã e eu para pegarmos nossos cupons do Programa de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebês e Crianças. Eu estava grávida e Darla tinha acabado de ter um bebê; portanto, tínhamos direito ao benefício de assistência do governo. No caminho para casa, uma caminhonete bateu no carro da minha mãe. Minha mãe foi hospitalizada, Darla teve o nariz quebrado, mas nos sentimos afortunadas porque nem nós nem nossos filhos tínhamos sofrido ferimentos graves. Oito dias depois, meu filho Benton nasceu por meio de uma cesariana.

Dez dias depois do seu nascimento, eu planejava levar Benton ao médico para a circuncisão, quando minha mãe, que vinha me ajudar todos os dias, comentou que eu não parecia estar me recuperando tão bem quanto do meu parto anterior. Minha irmã, Darla, ofereceu-se para levar Benton e eu para a consulta médica.

– Charlotte, o que está acontecendo? – Darla perguntou. – O jeito que estou dirigindo está assustando você?

Então, ela parou o carro e se deslocou para onde eu estava. Naquele momento, eu tive uma convulsão. Quando dei por mim, nosso médico de família estava ao meu lado, dizendo: “Charlotte, você sabe quem eu sou?” Respondi que não sabia. Ouvi o choro de um bebê e disse a Darla que alguém deveria estar cuidando dele.

– Charlotte – disse Darla, – esse é o seu bebê.

Eu pensei: O quê? Eu tive um bebê? Como eu não sabia que eu tive um bebê! Então, chorei copiosamente, pois a convulsão havia apagado toda a memória do nascimento de Benton. Quando o Dr. Tucker voltou ao quarto do hospital, eu o reconheci.

Mais médicos e mais exames sugeriram que minha convulsão era resultado do acidente de carro em que minha mãe, minha irmã e eu estávamos. Nunca se sabe quando algo vai mudar a nossa rotina. De repente, você descobre que não é mais a pessoa saudável que era apenas algumas semanas antes.

Ao relembrar o incidente, percebo que Deus enviou minha irmã naquela fatídica manhã para dirigir, porque se eu estivesse dirigindo, talvez meu fi lho e eu tivéssemos morrido naquela viagem à clínica. Às vezes, acontecem pequenas coisas que nos fazem perceber que Deus tem Sua mão protetora sobre nós e que Seus anjos estão conosco. Nunca nos esqueçamos do cuidado fiel de Deus em nossa vida.

Charlotte Swanson Robinson