Nosso filho iria se casar na base militar de Fort Lewis, estado de Washington, nos Estados Unidos. Para a alegria da nossa neta de seis anos, Makayla, ele a convidou para ser a florista. Além da aventura que ela viveria no evento, ela usaria um lindo vestido e faria uma viagem de avião.
A igreja era grande e antiga, com enormes portas de madeira, que ligavam o saguão à nave. Como capelã do hospital, eu, a vovó, participei do casamento. O ensaio começou e foi a vez de Makayla entrar com sua cesta de pétalas de flores. Ela andou rápido pelo longo corredor para chegar à frente. Tentei chamar a atenção dela para encorajá-la a diminuir o ritmo, mas ela olhava para o chão.
No hotel, tive uma última oportunidade de fazer sugestões. Makayla admitiu que estava nervosa, com medo de estragar o casamento. Então, fiz algumas flores de mentira com lenços de papel amassados e nós ensaiamos.
– Quando aquelas enormes portas de madeira se abrirem, olhe para mim.
– eu disse. Nunca olhe para baixo. A cada passo, solte uma pétala. Ande bem devagar. Se você começar a andar rápido demais, moverei minhas mãos lentamente para baixo, do meu rosto em direção ao chão. Esse é o sinal para você desacelerar. O que acha?
Makayla concordou com o plano e praticamos mais algumas vezes.
No dia seguinte, veio o verdadeiro teste. Os convidados estavam em seus lugares e o noivo estava ao meu lado, no altar. O órgão começou a tocar. Aquelas portas enormes se abriram e eu pude ver Makayla. Ela parecia tão pequena! Seus olhos estavam fixos nos meus. Então, ela começou a andar, sem nunca perder o contato visual comigo. Seu ritmo era lento e gracioso, enquanto ela deixava cair delicadamente as pétalas de flores ao longo do corredor. Ela chegou à frente com um sorriso no rosto.
Mais tarde, naquela noite, perguntei a Makayla como ela achava que as coisas tinham ido. Ela sorriu.
– Foram bem. Fiz um trabalho muito bom e estou orgulhosa de mim mesma.
Alguns dias depois, dei entrada no hospital e vi claramente a lição que Deus queria me ensinar. Preciso manter meus olhos Nele, perceber onde Ele está trabalhando e ir até lá. Sim, preciso buscar primeiro Deus, de todo o coração.
Carolyn J. H. Strzyzykowski