O filósofo Sêneca escreveu: “Tudo está repleto de crime, e o vício se espalha por todo lugar; o mal praticado excede as possibilidades de cura, a luta e a confusão tornam-se desesperadas. Ao passo que a luxúria se degenera em ilegalidade, a vergonha está desaparecendo com rapidez; a veneração pelo que é puro e bom é desconhecida; cada um cede aos seus próprios desejos. O vício já não permanece secreto, é público; e a depravação tem avançado de tal maneira que a inocência se tornou não somente rara, mas desconhecida para muitos” (De Ira, Livro 2, cap. 9).
Essa é uma descrição perfeita do nosso tempo. O irônico é que isso foi escrito há cerca de 2 mil anos. Alguns problemas que parecem exclusivos da atualidade já acompanham a história humana há séculos.
Falando da antiga cidade de Roma, o historiador Edward Gibbon escreveu: “A sociedade era um caos pútrido de sensualidade.” As paixões das pessoas, especialmente nos grandes centros, ultrapassavam os limites da racionalidade. Sêneca não exagerou na descrição do que viu.
Nesse cenário, fica claro o texto de Paulo: “A ira de Deus se revela do Céu contra toda impiedade […]. Porque, tendo conhecimento de Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças. Pelo contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se obscureceu. […] Por isso, Deus os entregou à impureza, pelos desejos do coração deles, para desonrarem o seu corpo entre si” (Rm 1:18, 21, 24).
Contudo, apesar da descrição sombria, houve muitos, mesmo fora do judaísmo, que reconheceram os sinais proféticos. Autores romanos, como Tácito e Suetônio, afirmam que havia uma expectativa de que a salvação viria da Judeia. De alguma forma, o Espírito Santo alcançou corações até mesmo no paganismo.
É triste observar que, enquanto magos se despertavam no Oriente, judeus adormeciam em Jerusalém sem perceber os sinais dos tempos. Assim também acontece hoje. Apesar do caos, algo extraordinário está para acontecer, e Deus tem levantado pessoas de todas as partes. Não fique
de fora desse despertamento. Em breve veremos Jesus.