Ao visitar um parente meu, fui apresentada a um tipo de sabonete para lavar as mãos que parecia nunca diminuir em tamanho ou eficácia, embora fosse constantemente usado. Certa manhã, um enérgico menino de sete anos, pronto para ter sua aula de música, dirigiu-se ao piano.
– Não, não! – Veio o aviso de sua mãe. – Venha, lave as mãos!
– Minhas mãos estão limpas, mãe; minhas mãos estão limpas!
– Você acabou de comer doce. Lave as mãos antes de tocar nas teclas do piano.
– Está bem, mãe, está bem – foi a resposta relutante que o garoto deu ao ser levado para o banheiro.
Quando estava em frente à pia, ele pôde ver a cor do sabonete que seria usado. Com lágrimas nos olhos, ele explicou:
– Mas minhas mãos estão limpas. Essa coisa nas suas mãos parece aveia, e você sabe que eu não gosto de aveia. Isso é sabonete de aveia! Eu não vou lavar as mãos com esse sabonete – continuou ele, choramingando.
– Você sabe que não pode tocar nas teclas do piano com os dedos sujos de doce – respondeu a mãe.
– Está bem, está bem – ele disse quase chorando. – Mas eu odeio sabonete de aveia!
Quando a criança finalmente lavou as mãos, pudemos ouvi-la dizer:
– Agora as minhas mãos estão limpas, muito limpas!
– Muito limpas – repetiu a mãe.
Devo concordar – muito limpas! Aparentemente, a aveia que comemos funciona dentro do nosso corpo tão perfeitamente quanto o sabonete de aveia funciona nas nossas mãos. Entendemos que a aveia tem a função de limpar. (Na verdade, gosto de comer aveia, especialmente com flocos de milho crocantes e nozes.)
O que a mãe exigia do menino podia parecer desnecessário na visão de uma criança de sete anos. Mas, depois que o menino obedeceu, ele finalmente concordou que a obediência produzia resultados satisfatórios.
Às vezes, quando nosso Pai celestial nos pede para confiarmos Nele, quando Ele nos pede para fazermos alguma coisa específica ou para mudarmos nossos hábitos a fim de ficarmos limpas, hesitamos e damos desculpas. Mas, à medida que nos rendemos à Sua vontade, encontramos paz e experimentamos a verdadeira limpeza.
Quilvie G. Mills