Um certo dia, a filha olha para o espelho e se depara com o retrato da mãe, enfrentando os mesmos dramas, reproduzindo as mesmas reações e carregando a mesma frustração. O filho critica o pai, mas, ao mesmo tempo, reproduz seus erros. Já viu isso?
Repetir padrões familiares é uma tendência do ser humano. Repetimos inclusive aquelas atitudes que nos machucaram, as quais rejeitamos. A história da família de José, por exemplo, é marcada pela poligamia, brigas, mentiras e predileção. Esses problemas começaram com Abraão e se repetiram de geração em geração.
Os problemas que vemos se repetindo hoje não são menores. Há vítimas de violência doméstica que se tornaram igualmente pessoas violentas. Outras viram seus lares destruídos pelo álcool e se tornaram igualmente alcoólatras. Alguns tiveram a infância maculada pelo abuso e, mais tarde, passaram a agir de maneira abusiva. É claro que não é fácil sair dessa espiral negativa, mas é possível.
Nesse contexto, José pode ser visto como um agente de esperança, pois, ao constituir uma família monogâmica, marcada pelo perdão e sem preferências, ele interrompe um ciclo de sofrimento e demonstra que é possível quebrar costumes familiares negativos. O pastor e psicólogo Tairacon Robert afirma: “Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que Deus fará com o que fizeram de mim.”
Lembre-se de que Deus sustentou José e o ajudou a quebrar todas as maldições de sua família. Esse mesmo Deus quer curar seus traumas e eliminar a acomodação aos erros cometidos por seus pais. Reflita sobre esses comportamentos e, apesar das falhas de seus pais, entregue para seu filho um exemplo melhor.