Quinta-feira
18 de setembro
SEMEANDO MUITO, COLHENDO POUCO
Vocês têm plantado muito, mas colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo em uma bolsa furada. Ageu 1:6

O trecho de Ageu 1:6 é sem dúvida um alerta que reflete a realidade dos tempos atuais. Muitas vezes dedicamos grande parte da vida ao trabalho e aos estudos, porém ao olharmos para o resultado desse esforço, nos deparamos com uma colheita escassa. Nossos dias são consumidos, mas nunca temos o bastante. Na tentativa de dar vida a sonhos, acabamos vivendo um pesadelo. Temos semeado muito, mas a recompensa parece insuficiente.

Envolvidos nessa busca frenética, estamos sempre à procura do próximo alento, da próxima satisfação. Comemos, bebemos e nos vestimos, porém, nunca parece ser o bastante. O consumo se torna uma espiral viciante: quanto mais temos, mais queremos.

A vida moderna encontra eco nas palavras do filósofo Arthur Schopenhauer, que define a existência humana como um pêndulo oscilando entre a ânsia de ter e o tédio de possuir. Nossa busca incessante por mais nos mantém insaciáveis. Os adágios populares refletem nossa realidade: “Estou vendendo o almoço para comprar a janta” ou “Em minha vida entra seis e sai meia dúzia”. Contudo, mesmo diante de uma crise financeira, muitos sucumbem à tentação das promoções e liquidações, acumulando mais dívidas, que consomem o presente e o futuro.

Nesse contexto, o alerta bíblico é profundo e verdadeiro: “Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo em uma bolsa furada.” Se não permitirmos que Deus seja o Senhor do nosso dinheiro, acabaremos nos tornando escravos de dívidas e compromissos financeiros que não terão nenhum proveito.

Devemos refletir sobre nossa relação com o dinheiro e buscar uma administração sábia e responsável. Quando Deus é o centro de nossas finanças, encontramos a sabedoria para tomar decisões conscientes e evitar cair nas armadilhas do consumismo desenfreado. Se Deus não for o Senhor do seu dinheiro, você será escravo das dívidas. Pense nisso na próxima vez que você receber seu salário suado.