Há muitos mistérios na Bíblia que não podemos realmente compreender. Como pode a Trindade ser três Pessoas e um único Deus? Como surgiu o mal no coração de Lúcifer? Como Jesus poderia ter uma natureza humana e outra divina ao mesmo tempo?
O próprio apóstolo Paulo reconheceu que isso soaria como escândalo e loucura para muitos (ver 1Co 1:18-23). Se você acha difícil lidar com isso ou conhece alguém que nega a fé por causa das coisas inexplicáveis que ela possui, peça a ele para definir o que é a consciência e como ela funciona.
Veja, é graças à mente que dispomos de consciência, noção de individualidade e sentimentos, mas não sabemos como ela existe nem como funciona. Podemos até detectar sintomas “biológicos” de um estado de espírito como prazer, amor e ódio; também podemos estimular quimicamente o cérebro obtendo resultados comportamentais, contudo, a ponte entre um lado e outro ainda permanece um mistério.
Seria correto desprezar a ciência porque há nela questões “não resolvidas” e que talvez nunca se resolvam? Claro que não! Mas por que então afirmamos racionalmente a existência de coisas que não conseguimos explicar? A razão é simples: por causa do poder explanatório de seus con-
ceitos e os indícios que vemos delas. Podemos não enxergar o pensamento, mas vemos o resultado do que ele produz. Da mesma forma, podemos não enxergar Deus, mas vemos as evidências de Sua ação na história.
Não acreditamos que Jesus é o legítimo Filho de Deus apenas porque somos crentes, mas porque essa é a única explanação plausível diante de tudo o que Ele fez. Seja como for, você percebe que não são somente os crentes que duelam com realidades difíceis de entender. Os não religio-
sos também enfrentam dilemas. A diferença da fé está na segurança de um Deus que pode acalmar as angústias de uma mente inquieta. Portanto, lance suas perplexidades aos pés de Cristo. Ele cuida de você. A Bíblia diz: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4:6).