No Antigo Testamento, quando o adorador se aproximava de Deus no tabernáculo ou no santuário, ele devia trazer um sacrifício. Entretanto, após a morte do Cordeiro de Deus, o sistema sacrifical perdeu a importância tipológica, e o conceito de sacrifício oferecido pelo crente recebeu um novo significado na Epístola aos Romanos.
No texto de hoje, o apóstolo Paulo trata da necessidade de apresentarmos nosso corpo como sacrifício vivo a Deus. Sob essa nova perspectiva, a adoração deixa de estar diretamente associada à morte e passa a estar vinculada à vida. Agora, o cordeirinho não faz mais parte de nossos atos de devoção, pois, por meio de Cristo, a vida comprometida com os princípios celestiais é aceita por Deus como um sacrifício agradável.
A adoração, portanto, é uma expressão ativa e contínua de fé e obediência. João Crisóstomo, em seu comentário à Epístola aos Romanos, escreveu o seguinte a esse respeito: “Como pode o corpo tornar-se um sacrifício? Deixe que o olho não veja nada mau, e ele se torna um sacrifício; permita que a língua não diga nada vergonhoso, e ela se torna uma oferta; deixe que a mão não faça nada ilegal, e ela se torna uma oferta em holocausto. Não, isso não será suficiente, mas precisamos ter a prática ativa do bem – a mão precisa dar esmola; a boca precisa abençoar em lugar de amaldiçoar; o ouvido precisa dar atenção sem cessar aos ensinamentos divinos. Pois um sacrifício não tem nada impuro; um sacrifício é a primícia de outras coisas. Portanto, que nós possamos produzir frutos para Deus com as nossas mãos, com os nossos pés, com a nossa boca e com todos os nossos outros membros.”
O culto aceitável, portanto, envolve o sacrifício do próprio eu, que é feito quando submetemos diariamente nossa vida a Cristo. Você já ofereceu essa oferta a Deus hoje?